Aquela cena do Tim beijando o mlk na pista de skate fritou meu cérebro.. Eu não conseguia pensar em outra coisa.
Passou dias e eu continuava dando replay daquilo na minha cabeça. O tim colocando a mão na nuca do mlk, as línguas se tocando gostoso, a falta de vergonha na cara daqueles putos.. Eu ficava durão toda vez que pensava nisso.
Em casa eu ficava sempre pilhado tb. Via o Bernardo de cueca no quarto e eu me segurava pra não fazer alguma merda. Eu queria avançar nele, mas como não podia, eu só me trancava no banheiro e passava o tempo todo ali na punheta e depois sentindo culpa.
Às vezes eu até evitava ficar lá com o Bernardo. Quando ele não tava afim de ir andar de skate eu saia pra rua.
Só que a cidade que moro em Oregon ajuda a deixar a gente meio maluco. É bem bonita, mas acho o lugar meio estranho. Tem umas florestas fechadas em volta de tudo que me dá uma sensação meio ruim. Mas ao mesmo tempo o centro é bem movimentado, a cidade onde moro tem uma das melhores universidades da região e um supermercado gigante onde todo mundo das cidadezinhas vizinhas vai. E ai aparece uns universitários bonitos pra cacete, tanto as minas quanto os caras. Aí isso só me fazia me questionar mais do que eu realmente curtia...
Eu fui só aceitando.
Nesse tempo eu fiquei com algumas garotas, mas toda hora vinha o Tim, o Bernardo, ou algum outro garoto na minha cabeça. Parecia uma maldição.
E ai parece que a escola só piorava minha situação, tudo nela me fazia perder a cabeça. A escola é gigante, parece aquelas de filme mesmo. Tem até piscina olímpica, e pra minha desgraça fazer natação é obrigatório. Então imagina eu, fudido da cabeça, vendo aquele monte de mlk gostoso de sunga molhada logo cedo. Isso num ajudava em nada minha sanidade mental.
A situação nos vestiários era foda. Nas aulas de natação ou de educação física pelo menos quase nenhum mlk ficava pelado, tomavam banho de sunga mesmo e depois se vestiam com a toalha enrolada. Mas ae no treino de futebol era foda.. Os mlks chegavam completamente suados, com cheiro forte de macho, parece até que não usavam desodorante de propósito. E aí tiravam toda a roupa pra ir tomar banho. Uns mlk roludo, outros muito rabudos, outros eram abençoados tanto com rolão quanto rabão grande.
Um desses abençoados é o Neil. Ele é um dos atacantes do time. O cara é a definição de um completo babaca, é aquele típico americano patriota chato pra caralho. Na escola tem muitos, mas acho ele o pior, ele é MAGA doente, vai até de boné do Trump pra escola e vive falando merda sobre política.
- A gente precisa fechar as fronteiras, cara. Tem muito imigrante pegando nosso lugar.
Eu reviro os olhos toda vez que ele fala isso.
O foda é que o Neil é bonito demais. Do time de futebol acho esse fdp o mais bonito. Ele é loirinho, tem aquele maxilar quadrado e aquele corpo fudido de quem deve fazer musculação desde qnd era pré-adolescente. Só que ele é convencido, anda estufando o peito como se fosse o dono da escola. Eu odiava cada palavra que saía da boca dele, mas quando ele tirava a roupa no vestiário minha raiva virava só tesão. Ficava secando o cara imaginando ele calando a boca enquanto eu mamava aquela anaconda dele. Sério, deve ter uns 18cm mole. Toda branquinha de cabecinha rosada e pelinhos loiros em cima.
Um dia, depois de um treino pesado que foi quase até de noite, o vestiário foi esvaziando.
Eu demorei aquele dia pra sair do banho porque tava lotado de barro. O vestiário ficou silencioso, só com o barulho de goteira dos chuveiros. Até achei que eu tava sozinho. Foi aí que eu percebi uns barulhos estranhos perto dos boxes de privada.
Tava tudo quieto, mas eu ouvi um som abafado, respiração ofegante. Fiquei curioso e fui me aproximando devagar. Quando cheguei perto do último box, vi que a porta tava trancada, mas não tinha som de ninguém cagando ou mijando. Era um silêncio tenso, de quem tá se segurando pra não gemer. As vezes escutava uma conversa sussurrada que não dava pra escutar. De repente um barulho de... foda. Aquele barulho de boxa batendo na bunda, saco batendo com saco. Eu fiquei em choque.
Olhei pra baixo, naquela fresta grande que tem nas portas dos banheiros. Vi lá quatro pés, dois estavam descalços, o outro, do mlk que tava dando, calçava uns chinelos adidas azuis, daqueles clássicos com as listras brancas.
Os pés de chinelo azul estavam na ponta dos pés, fazendo força, e os descalços estavam entre as pernas dele.
- Shhh... Acho que tem alguém vindo... - ouvi um sussurro rouco de um deles.
Eu saí de perto rápido, peguei minha mochila e vazei, mas a imagem daqueles chinelos azuis grudou na minha mente. Pra variar... Mais algo pra eu ficar pensando sem parar.
Nas semanas seguintes, eu virei um maníaco. No vestiário, na natação, na aula de educação física... eu não olhava mais pra cara de ninguém, eu olhava pros pés. Eu precisava saber quem era o dono daqueles chinelos adidas azuis. Eu procurava em todo canto, no pé do Neil (que usava Nike), no pé dos amigos do Bernardo, nos caras da natação, nos mlks do futebol.
Eu não achei o dono.
Fiquei frustrado pra caralho. Mas nessa busca maluca, percebi que meu corpo tava reagindo estranho.
Eu comecei a reparar mais nos pés dos caras. Pés grandes, dedos grossos... De repente, eu não tava só procurando o chinelo, eu tava sentindo tesão nos pés dos mlks. Que porra tá acontecendo comigo? Agora virei tarado por pé também?
Eu tava explodindo. Era Bernardo de cueca no quarto, aquele porra de Tim confundindo minha cabeça, ódio e tesão pelo Neil no campo, e agora essa paranoia de ficar procurando chinelo azul e sentir tesão em pé. Eu precisava fazer alguma coisa antes que eu surtasse de vez.
Daí numa tarde depois da aula, vi o Tim sentado sozinho na arquibancada do campo de futebol fumando maconha escondido. Minha perna tremeu mas eu fui até lá. Ele era a única pessoa que eu sabia que devia me entender.
- E aí, brasileiro - ele disse, soltando a fumaça pro alto, com aquele jeito marrento.
- E aí, Tim - respondi, sentando do lado dele, mantendo uma distância segura.
Ficamos em silêncio um tempo. Eu tava suando frio.
- Eu vi você na pista aquele dia - soltei de uma vez, sem filtro, na cara dura. - Com aquele mlk...
O Tim virou o rosto devagar e me encarou. Deu um sorrisinho de canto, sem se abalar.
- Ah É? E o que você achou? Ficou com nojo ou ficou com inveja?
A pergunta me pegou de jeito.
Eu olhei pra boca dele, depois pros olhos. Aquele jeito desafiador dele me desarmou, e ainda me perdi encarando o rosto dele. Aquela boca carnuda soltando fumaça, os olhos castanhos claros brilhando no sol da tarde. Tentei desviar o olhar, mas não conseguia.
- Eu... eu não sei, mano. Eu só... - Minha voz até falhou. Mas eu tava cansado de fingir, cansado de segurar onda.
O Tim apagou o cigarro no banco de concreto e se aproximou um pouco.
- Po Cae, você tá tenso demais. Dá pra ver de longe que você não tá bem.
O cheiro da maconha e o leve perfume Versace misturado com o suor dele tava invadindo meu nariz. Eu olhei pros lados, o campo tava vazio. A adrenalina bateu forte, nunca senti aquilo antes na vida.
Foi automático, eu levantei meu braço e puxei a nuca dele.
Quando meus lábios tocaram os dele eu senti meu pau endurecer praticamente na hora. No começo eu tava meio rígido, meio tremendo.
A barba dele ficou arranhando meu rosto, achei estranho, mas gostoso. A boca tava com gosto de maconha e chiclete de menta, uma mistura deliciosa que me fez não soltar nunca mais. Quando a língua dele se movimentou com força pela minha boca, alguma coisa dentro de mim simplesmente quebrou. Eu agarrei a camiseta dele e puxei ele pra mim, beijando com uma vontade desesperada, tentando tirar todo o atraso, toda a confusão e todo o tesão acumulado daquelas semanas malditas.
Senti a mão dele passando pelas minhas costas, descendo. O peito da mão acariciando minha barriga... Ele segurou no meu pau pela calça. E eu só deixei... E aí fiz o mesmo. Passei a mão pelas costas dele, catei na pica dele.
Me senti uma puta. Mas agora queria aquela rola na minha boca.