Os fatos a seguir são verídicos, acontecimentos do final dos anos 1980. São recordações de um tempo que não volta mais e que deixou muita saudade nesse coroa safado que escreve para você saber das travessuras que aprontou. O texto está um pouco longo porque preciso introduzir você nos detalhes da trama. Prometo que você não vai se arrepender do final.
Eu tinha meus quase trinta anos. Trabalhava para uma multinacional que fornecia equipamentos para usinas de açúcar e álcool, época do PROÁLCOOL. Por isso era um cara muito bem de vida e totalmente descompromissado com relacionamentos. Passava a vida viajando e visitando as usinas que cresciam sem parar e as novas que estavam se instalando, com dinheiro injetado pelo poder público. Se você viveu esse tempo sabe que a festa era inebriante. Mas, dentre muitos acontecimentos que marcaram minha vida, esse ficou tatuado em cores no cérebro.
Tudo começou numa usina na região de Ribeirão Preto. Os equipamentos que eu fornecia para as empresas eram fundamentais para seu funcionamento. Sem eles a operação seria totalmente paralisada, desde a colheita da cana até a embalagem do produto. Por isso, eu tinha acesso aos mais importantes executivos, geralmente os donos das usinas. Nessa usina, em particular o cara que me atendia era o filho do dono, Ricardo. Um bosta, que não tinha nenhum escrúpulo, corrupto e metido pra cacete. Mas a secretária dele era uma mulher deliciosa, em todos os sentidos. Aparentava ter pouco mais de quarenta, educadíssima, simpática, doce, charmosa e gostosíssima. Cabelos castanhos lisos, pelo meio das costas, sempre com um balanço discreto, seios médios cintura fina e quadril largo, estava sempre de camisa com mangas compridas e saia justa que ressaltava suas formas e deixava supor pernas roliças e bem feitas. No entanto, usava um conjunto de alianças com pedras na mão esquerda. Claro que pesquisei e descobri que era casada, o que atrapalharia um pouco minhas investidas. Com o tempo, desenvolvemos uma certa amizade, porque o "meu contato" me dava enormes chás de cadeira. Como ele atendia poucas pessoas, eu ficava muito tempo sozinho na sala de espera, em companhia da secretária, Malu.
Eu e Malu falávamos de quase tudo relacionado com o assunto cana e usinas. Ela se mostrava sempre muito bem informada e me fornecia informações importantes, que eu usava como trunfo nas negociações, não só naquela usina, mas em outras. Depois de quase dois anos de visitas, os assuntos já eram muito mais interessantes do que os somente profissionais e eu, na idade dos hormônios à flor da pele, sempre procurava algum meio de enveredar pelos caminhos da sedução. Sempre que tentava esses papos, ela interrompia com um sorriso cativante, mostrava um comportamento tímido e recatado de mulher séria e um veemente "não brinque com fogo, menino!", colocando ponto final em minhas investidas. Certa tarde ela deixou escapar um comentário a meu respeito que me intrigou.
- Paulo, você é mesmo obstinado. Nunca desiste, né? Continue assim, porque é dessa forma que se consegue realizar sonhos. Agora pode entrar que o Doutor vai te receber.
Entrei na sala pra resolver as pendencias que tinha, mas aquela observação não me saia da cabeça. Quando saí, Malu não estava na sua mesa, de forma que não pude me despedir.
Depois daquela tarde, passaram-se cinco semanas. Todas as manhãs eu fazia contato por telefone, do quarto do hotel, com minha empresa para me inteirar de novidades e recados. Num desses contatos, a secretária me pediu para entrar em em contato com a Sra. Malu, secretária do Dr. Ricardo. Liguei imediatamente e Malu, sempre simpática e educada me disse que o Dr. Ricardo queria uma reunião comigo para tal dia e tal hora, da semana seguinte, para resolver assuntos pendentes.
No dia marcado, uma sexta-feira no meio da tarde, cheguei um pouco antes do combinado, pois queria ficar com Malu, depois de tanto tempo. Para minha surpresa, assim que cheguei recebi uma informação inesperada.
- Paulo, quero que me desculpe. Não vai ser possível falar com o Dr. Ricardo, ele viajou esta manhã para a Austrália, junto com um grupo de usineiros para visitar as açucareiras de lá.
- Caramba, Malú, mas foi ele mesmo que marcou. Que chato!
- Chato mesmo, uma grosseria da parte dele. Mas não fique chateado. Quem sabe possamos arrumar isso. Pelo menos amenizar sua decepção.
- Como assim? O que fazer se ele não está aqui?
- Bom, essa é a parte boa, né?! Ele não está.
Rimos um pouco da afirmação e ela continuou a fala, sendo bem direta, como lhe era peculiar.
- Olha só, queria que aceitasse um convite meu. Venha tomar um vinho em minha casa hoje à noite.
O convite, totalmente inesperado, me deixou parcialmente sem ação. Foi algo muito surpreendente e eu não estava preparado para aquele convite. Meu cérebro processou depressa e respondi na lata.
- Claro que aceito, com muito prazer, mas e...
Num gesto de reflexo de um cara acostumado com mulheres casadas, toquei insistentemente no meu dedo anelar da mão esquerda e apontei para o dela, fazendo sinal de quem quer saber "e o seu marido, como é que fica?". Ela riu acanhadamente, desviou o olhar, abaixou a cabeça e baixinho, me disse: "não se preocupe com isso, ele é engenheiro da PETROBRÁS e trabalha numa plataforma de petróleo. Como você deve saber, o pessoal trabalha um período embarcado e depois folga. Ele embarcou hoje pela manhã e só volta em quatorze dias". Foi um alívio saber dessa informação. Estaríamos sozinhos e isso era tudo que eu sempre sonhei com aquela gostosa. Parece que desta vez ela havia caído na minha rede.
- Então será um prazer te fazer companhia, Malu. Ficarei extremamente feliz em tomar um bom vinho com você. Prefere os brancos ou os tintos?
- Os tintos, Paulo. Os brunelos e os barolos são inigualáveis.
- Então tá combinado. Me diz o endereço e a hora.
Ela escreveu o endereço num papel e marcou oito horas, me entregou dizendo que deixaria avisado na portaria pra que eu entrasse sem demora. Pediu licença dizendo que iria aproveitar a ausência do patrão e resolver alguns problemas particulares. Nos despedimos como sempre, sem novidades o que fez minhas expectativas ficarem duvidosas. Afinal, uma mulher casada não convida um cara com quem tem relação profissional para tomar um vinho em sua casa na ausência do marido e se despede dele com uma frieza dessas. Me perguntei "o que ela está aprontando? Qual será realmente a dela?". Pensei um pouco e disse a mim mesmo: "foda-se, dê no que der, é lucro, mas eu vou fundo e quero comer essa gostosa hoje, nem que seja pra se mandado embora do emprego".
Passei numa adega chique (naquele tempo isso era difícil de achar) e comprei um brunelo di montalcino (bicho caro) pra impressionar a moça. Fui pro hotel, me aprontei como se deve e na hora marcada cheguei. Era um edifício dos mais pomposos da cidade, um apartamento por andar, todo envidraçado e eu sabia que ali só moravam os marajás. Mas... quem sabe um engenheiro da PETROBRAS tivesse uma renda que permitia aquilo. Me apresentei ao porteiro e ele me disse que Dona Malu me esperava: "pode subir, vigésimo andar, na cobertura, vou avisar que o Sr. chegou". "Cobertura??? O engenheiro deve ser mesmo patrão", pensei.
Quando a porta do elevador abriu, havia uma deusa me esperando. Sobre uma sandália de salto, ela vestia uma saia bem mais curta do que eu estava acostumado, justa ressaltando suas curvas, mas não era vulgar. Uma blusa sem mangas, de tecido bem fino, deixando ver o sutiã por debaixo. O cabelo estava diferente daquele que eu costumava ver, que era liso. Tinha as pontas encaracolados e seu rosto reluzia, por baixo de uma maquiagem delicada e um sorriso inebriante.
- Seja bem vindo, meu querido. Estava ansiosa pela sua chegada.
- Estou muito contente pelo convite. Trouxe esse brunelo pra gente degustar junto.
Ela recebeu a garrafa de vinho e pela primeira vez me cumprimentou com beijinhos. Usava um perfume delicado mas sensual. Aquela gostosa havia se preparado para seduzir. Me convidou pra entrar e pediu licença pra colocar o vinho pra refrigerar. Fiquei por um instante sozinho numa sala maravilhosa. A saída para a sacada era totalmente envidraçada e mostrava uma vista linda da cidade. A decoração era muito limpa mas elegantérrima. Passei a andar pelo local e para minha surpresa, encontrei sobre um móvel um porta retrato que trazia a foto do casal. Para meu espanto, estavam ali a Malu e o Dr. Ricardo, o dono da usina. Fiquei em transe ao descobrir que eram casados e ela havia me enganado com a história do engenheiro da PETROBRAS. Que caralho estava acontecendo ali? O que aquela mulher pretendia?
- Bom, agora você já descobriu. Entende porque eu sempre evitei você? Porque sempre fui discreta demais naquela sala?
- Malu, você mentiu pra mim, tanto sobre o engenheiro da PETROBRAS como em relação à reunião de hoje à tarde!
- Sim, Paulo, menti e inventei aquela reunião pra você vir até aqui hoje. Foi por uma boa causa, você não acha?
- Mas que safadinha. Eu não esperava isso de você, minha querida.
- Espero que não faça mau juízo. Foi, mesmo por uma boa causa.
Nesse momento ela já estava muito próxima de mim e não pude resistir. Segurei em sua cintura e a beijei, delicadamente ao que fui retribuído deliciosamente. O beijo, rapidamente ganhou conotações sexuais e nossa línguas travaram uma luta deliciosa.
- Você foi muito safada e eu adoro mulher safada.
Ela se afastou e discretamente me fez sinal de silêncio, com o dedo na frente dos lábios.
- Que houve? Tem mais alguém em casa?
- Sim, minha filha, que estuda fora, resolveu vir dormir aqui hoje. Foi uma surpresa enorme quando cheguei aqui hoje à tarde, mas está tudo sob controle. Não se apavore, só concorde com tudo que acontecer e não recuse nada. Amanhã pela manhã ela vai pra Araraquara participar de um congresso.
- Legal, se você está dizendo que está no controle, pra mim tá tudo bem.
- Bem, vamos subir pra cobertura. Preparei uma mesa lá pra gente conversar e tomar nosso vinho. Lá é bem mais fresco e muito mais bonito.
Subimos para a área aberta do apartamento, onde ficava uma antesala tão bonita quanto a sala de visitas onde fui recebido. Equipada com confortáveis poltronas, tinha uma abertura que dava pra piscina. Num canto um magnífico bar ostentava bebidas de todos os tipos e muitos copos e taças pendurados. O edifício estava a região mais alta da cidade e era o mais alto da região, de forma que o céu estrelado era a janela inviolável do lugar. A vista de cento e oitenta graus era simplesmente magnífica. Malu tinha pensado em tudo. Sobre uma mesa de centro havia um balde de gelo com uma garrafa de vinho e vários petiscos, dentre os quais, queijos e presunto cru. Uma música suave e gostosa competia com a brisa da noite. A Lua, em sua fase crescente, quase cheia, servia de luminária pra abrilhantar o ambiente.
Malu me levou até a beirada do parapeito e me mostrou a cidade e a vista toda. Pudemos avistar as luzes da usina "dela", ao longe. Minha ansiedade, no entanto, estava em alta. Eu não consegui me conter e ataquei de conquistador.
- Malu, vou ser franco e direto. Quando me convidou pra te fazer companhia hoje a tarde, na ausência do seu marido, eu certamente pensei que fôssemos passar momentos gostosos em que dois adultos se envolvem intimamente. Pelo que me disse lá embaixo, tive certeza que é isso que você tinha planejado. Estou errado?
- Não está, meu anjo, foi exatamente isso que planejei, mas agora apareceu um fato novo sem que esteja no meu controle. Mas vamos deixar o tempo seguir e ver se arrumamos uma saída pra isso. Cuide de sua ansiedade e aproveite o momento. Vamos sentar e tomar nosso vinho, da forma mais discreta possível. Daremos um jeito nisso, tenho certeza.
Sentamos em duas poltronas, lado a lado e começamos a conversar amenidades. Nada havia a ser feito, senão relaxar e aproveitar o momento. Já estávamos no final da primeira garrafa, quando ouvi passos subindo a escada.
- Ela vem aí, relaxe, seja natural e deixe o resto comigo.
- Oi, mamãe, vim conhecer seu amigo. Olá, sou a Tais, tudo bem com você?
- Tudo sim, Taís, muito prazer, eu sou o Paulo. Sua mãe me falou de você. Como vai a faculdade?
- Bem, Paulo. Como está o vinho? Vou tomar uma taça com vocês.
- Claro filha, venha nos acompanhar, será um prazer poder trocar umas ideias com você.
A garota foi até o bar buscar uma taça e eu fiquei admirando. Se a mãe era gostosa, a moça era simplesmente deliciosa. Tinha, no máximo, vinte anos. Alta, loira de cabelos nos ombros, uma bunda espetacularmente redonda e peitinhos médios que apontavam para a Lua, por debaixo de uma camiseta branca de malha. Certamente ela não usava sutiã e vestia um shortinho bem folgado, também de malha, como se fosse um pijaminha. Devo ter ficado com cara de bobo, porque quando olhei para Malu, observei um sorriso malandro no canto da boca. Ri também e tomei um gole de vinho. A garota voltou e eu a servi. Ela se acomodou do meu lado e acabei ficando sentado entre aquelas duas deusas, de forma que eu não sabia de que lado olhava mais.
O papo rolou fácil e a terceira garrafa de vinho já estava secando. Passava um pouco das onze horas e todos nós já estávamos alegres. O álcool já tinha feito seu papel. Tais, no entanto, parecia mais de pileque do que sua mãe e eu. Pegou a garrafa do balde gelo e tomou o que restava dentro dela no gargalo.
- Viva, mamãe, hoje é uma dia especial. Conheci seu amigo e pudemos fazer uma noite gostosa, sem aquele cara.
Certamente ela estava se referindo ao pai, que não estava presente naquela festinha. Em seguida, levatou-se e se dirigiu a mim.
- Paulo, vem cá, dança comigo.
A garota me pegou pela mão e levou pra fora da sala, na beira da piscina. Estendeu os braços e enlaçou meu pescoço, puxando meu corpo pra junto dela. Se alojou gostosamente no meu peito e pude sentir seu perfume suave de banho. Coloquei minhas mãos em sua cintura e nossos corpos começaram a balançar lentamente pra cá e pra lá. Olhei para a Malu, que me fez sinal de positivo e virou sua taça de vinho de uma vez.
- Bom, vou descer pegar o brunello que você trouxe, Paulo. A noite está muito gostosa e nós merecemos mais uma garrafa.
Malu se foi escada abaixo e percebi que Tais estava um pouco alheia aos acontecimentos. Me pareceu bem embriagada e começou a se esfregar em mim.
- Paulo, me abraça mais, me agarra, assim, ó...
Ela tirou minhas mãos da sua cintura e enrolou mais no seu corpo e completou: "aperta querido". Não tive dúvidas e agarrei a moça com vontade, minhas mãos espalmaram sua costa, por dentro da camiseta e ela suspirou gostoso.
- Isso, assim, vai fundo...
E fui. Falei baixinho no ouvido dela: "você é uma gostosa, menina, quero você".
- Então aproveita, Paulo, aproveita que estamos sozinhos.
Eu entendi que que ela sabia que a mãe havia descido para buscar outra garrafa de vinho e apertei sua bunda deliciosamente. Pude sentir nádegas durinhas e gostosas. Ela reagiu afastando o rosto do meu peito e pediu um beijo. Ainda massageando a bunda dela, tivemos um beijo intenso e longo, cheio de tesão. Em seguida ela me pediu: "põe a mão por dentro". Obedeci sem pensar. A garota acendeu de forma inesperada. Voltou a me beijar como uma maluca. Me agarrava como se quisesse escalar meu pescoço e gemia desesperadamente. Não tive dúvidas e minhas mãos entraram por debaixo da camiseta e segurei os peitinhos dela. Eram maravilhosamente redondos, durinhos e brinquei gostoso com seus mamilos que estavam arrepiados. A garota derreteu.
- Ai, Paulo, isso é bom demais. Se você continuar assim eu vou gozar.
- Então você vai gozar, menina, porque eu não vou parar.
- Ai, delícia, continua, mas põe a mão nela, vai, me toca, estou pegando fogo.
Coloquei a mão por dentro do shortinho e toquei na bucetinha dela. Estava depiladinha e totalmente encharcada. Comecei a alisar aquela coisinha gostosa, meu dedo escorregava gostoso no meladinho dela e ela se contorcia de tesão. Aquilo estava fora de controle quando Tais avisou: "não para, vai, tá vindo, vai, eu vou gozar...". Deu um gritinho curto e se agarrou em mim. Seu corpo começou a tremer e a convulsionar. Minha mão espalmou a buceta dela e ela curvou o quadril, dobrando os joelhos e gozou como uma cadelinha. Rugia, gemia e não parava de tremer. Foi um delírio fantástico. A menina perdeu o fôlego e precisei ampará-la para que não caísse. Aquilo durou um tempo que não sei medir, mas foi longo e intenso.
Aos poucos, Tais foi acalmando, ainda agarrada em mim. Eu também fui voltando ao mundo dos vivos e de repente acordei. Pensei comigo: "onde está Malu? Meu Deus, o que eu fiz?". Quando olhei para as poltronas onde estávamos sentados fiquei aliviado.
Quer saber o que aconteceu? Sua curiosidade está aumentando? Então não perca o próximo capítulo. É nele que as coisas vão ficar realmente quentes e as surpresas vão se revelar. Conto com você. Até lá!