A Janela que Me Desperta

Um conto erótico de Girls Family L
Categoria: Heterossexual
Contém 720 palavras
Data: 20/12/2025 16:56:37
Assuntos: Heterossexual

Eu sempre fui uma mulher discreta. Viúva há oito anos, morando sozinha nessa casa grande demais, com as janelas sempre entreabertas para o vento bater e levar embora o silêncio. Dona Lúcia, é assim que todos me chamam por aqui. Caminhada diária, missa aos domingos, bolo para os netos dos vizinhos no Natal. Uma vida quieta, organizada, sem grandes ondas.

Até eles.

No começo, era só curiosidade. A casa ao lado mudou quando Roberto casou com Carla — aquela loira alta, corpo de academia, sorriso que parece saber de tudo. E a filha dele, Sofia, uma menina que virou mulher da noite pro dia: pernas longas, olhos verdes que desafiam o mundo. Eu via tudo pela janela lateral da minha cozinha. Lavando louça, passava mais tempo olhando do que esfregando panela.

Mas há alguns meses... as cortinas deles começaram a ficar abertas de propósito.

Eu percebi numa tarde quente. Estava enxaguando copos quando vi Carla no sofá da sala, notebook no colo, telefone no ouvido. Falava de trabalho, voz firme, profissional. Sofia entrou devagar, como uma gata, e começou a tocar os seios dela por baixo da blusa. Eu parei de respirar. A esponja ficou esquecida na pia. Carla não parou a ligação — continuou falando de prazos e relatórios enquanto a enteada apertava os mamilos dela, enquanto abria as pernas devagar, convidando.

Eu não consegui me mexer. Senti um calor que não sentia há anos subir pelo meu corpo. Minha mão, quase sem eu mandar, desceu para dentro da saia longa. Comecei a me tocar ali mesmo, encostada na pia, olhando tudo: Sofia enfiando a mão na calça de Carla, Carla tentando manter a voz normal no telefone, Roberto aparecendo atrás, puxando o cabelo da filha e sussurrando algo que fez Sofia sorrir e acelerar o movimento.

Quando Carla gozou — eu vi o corpo dela travar, os olhos se fechando por um segundo, a boca entreaberta —, eu gozei junto. Mordi o braço para não fazer barulho, as pernas tremendo tanto que precisei me segurar na bancada. Fazia décadas que um orgasmo não me pegava assim, tão forte, tão inesperado.

Depois disso, virei refém.

Toda vez que via a luz da sala ou do quarto deles acender à noite, eu ia para minha janela. Cortina entreaberta só o suficiente. Às vezes era só Carla e Sofia — lambendo uma à outra no sofá, gemendo baixinho, corpos suados se esfregando. Às vezes Roberto assistia, depois as possuía as duas na cama, uma intensidade que eu nunca tinha visto em casal nenhum. E eu... eu me tocava toda vez. Duas, três vezes numa mesma noite. Imaginando como seria estar ali no meio deles. Sentir a boca de Carla na minha, as mãos jovens de Sofia nas minhas coxas, o peso de Roberto me prendendo contra o colchão.

No dia seguinte àquela ligação de trabalho, encontrei Carla no portão pegando correspondência. Ela me olhou direto, com aquele sorriso que não era inocente.

“Boa tarde, Dona Lúcia. Tá um calor danado hoje, né? Melhor deixar as janelas abertas pra circular o ar...”

Eu corei até a raiz do cabelo. Gaguejei qualquer coisa e fugi para dentro de casa. Mas à noite, quando vi a luz do quarto deles acender de novo e as cortinas ficarem deliberadamente abertas, eu não resisti. Fui para o meu quarto, deixei minha cortina só até a metade... e esperei.

Eles começaram devagar: Carla de joelhos, chupando Sofia enquanto Roberto fodia a mulher por trás. Eu me deitei na cama, pernas abertas, dedos fundo dentro de mim, imaginando que era eu ali. Quando Sofia olhou direto para minha janela — de novo aquele sorriso que parecia me chamar —, eu gozei tão alto que tive medo de que eles tivessem ouvido.

Agora eu sei que eles sabem que eu vejo. E sei que gostam disso.

Eu, que sempre fui a vizinha certinha, a viúva recatada... agora vivo para essas janelas. Para esses shows particulares que eles me dão. Me toco toda noite pensando neles, sonhando que um dia uma dessas cortinas se abre e um deles me chama com o dedo.

Até lá, eu fico aqui. Olhando. Desejando. Tocando-me até o corpo doer de tanto prazer.

Porque, aos cinquenta e poucos anos, descobri que ainda posso me sentir viva. E é graças a eles. Meus vizinhos deliciosamente pervertidos. Meu segredo mais sujo e mais gostoso.

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