Depois de alguns minutos ali, esperando nossos corpos recuperarem as forças, eu cochilei não sei por quanto tempo, abri os olhos e contemplei aquela cena, eu ainda estava por cima dela mas grudada meio que de lado, com minha perna por cima dele e minha mão em seu peito deitada no braço dele, aquele clima meia luz deixava tudo mais interessante, eu ainda estava com os sapatos pés, eu levantei com cuidado, Rodrigo parecia que estava cochilando, mas o som do meu salto no assoalho quando o tapete terminou fez ele abrir os olhos;
-onde vai?
Eu -preciso beber algo, estou com sede
Eu olhei a hora no celular, eram 23:40, por quanto tempo cochilamos ou melhor por quanto tempo transamos?
Falei para ele da hora e quanto tempo tinha passado ele pareceu não se importar, isso era um ótimo sinal, ele estava gostando de estar ali comigo, ele levantou e veio em minha direção enquanto eu tomava um copo de água;
Rodrigo -eu também preciso repor os líquidos do meu corpo, você retirou tudo que eu tinha
Ele tomou alguns goles de água e me prensou contra o balcão;
Rodrigo -então como se sente
Eu -como assim
Rodrigo -agora você é oficialmente mulher
Rimos alguns segundos e quando me dei conta estávamos nos beijando de novo, mas eu me afastei dele e fui pegar meu vestido, ele então fez uma expressão de preocupado;
Rodrigo -quer que eu vá embora?
Eu -não, vamos para o quarto
Disso isso vestindo o vestido e colocando o casaco, ele ficou olhando para mim;
Rodrigo -porque o casaco?
Eu -melhor você vestir suas calças pelo menos, meu quarto é lá nos fundos
Rodrigo -ahhh agora entendi porque as vezes tinha luz acessa lá atrás
Peguei uma garrafinha de água, desliguei as luzes, ativei o alarme e me dirigi para o quarto, ele foi me seguindo, grudado em mim, me beijando e passando a mão pelo meu corpo, aquilo era novo para mim, eu estava de fato sendo tratada como uma garota e estava levando um homem para meu quarto.
Quando entramos lá ele ficou impressionado que o quarto não era apenas um local com coisas amontoadas, mas sim o quarto de uma garota com tudo que tinha direito, mas não levou nem 1 minuto, nós estávamos em um beijo molhado, cheio de mão bobas, um puxando o outro em sua direção.
Confesso que pensei que ele iria pedir para usar o banheiro e se vestir para ir embora, mas pelo contrário!
Estávamos em pé e não demorou eu senti seu pau ficando duro novamente, cutucando minha virilha, então ele foi me levando na direção da cama, fez eu deitar, tirou meu sapatos, um por vez, beijou meus pés, soltou as ligas das minhas meias, tirou elas, beijou minhas pernas e aquilo era maravilhoso.
Rodrigo -nunca te imaginei assim, com as pernas lisinhas, macias e delicadas e esse cheiro eu adoro!
Era o cheiro do óleo de amêndoas, ele continuou beijando chegou em minha virilha, tirou minha calcinha, fiquei só com o espartilho, ele tirou as calças e veio para cima de mim novamente, os beijos dele no meu pescoço me causavam arrepios, meu corpo reagia aquilo era como ligar um botão, meu tesão disparava como pisar no acelerador.
Não demorou muito tempo, lá estava eu com meu rabo sendo invadido pelo Rodrigo, o pau dele deslizou para dentro de mim e encaixou como se fosse uma peça feita sob medida, confesso que na cama era diferente, ou ele que me tratou diferente, não sei explicar.
Houve mais carinho talvez, não sei explicar!
Ele pediu para eu tirar o espartilho, porque queria sentir minha pele em contato com a dele, mas eu fiquei com vergonha porque aí ele iria ver meu seios falsos, então pedi para ir ao banheiro porque tinha algo que não queria ele visse, claro que ele compreendeu e ficou tranquilo com isso, peguei um sutiã que estava a vista, um preto de renda e fui correndo.
Tirei o espartilho e coloquei o sutiã, arrumei para manter a ilusão e voltei para cama, ele estava ditado com a barriga para cima e pau apontando para o teto, duro como uma estaca;
Eu -você não desliga esse negocio não, de onde vem tanta energia?
Ele apenas riu e me pegou pela mão, então fui por cima dele, montei e ele pediu para mim;
Rodrigo -arruma ele,
Rodrigo -mostra o caminho ele esta perdido
Eu -safado!
Empinei minha bunda, peguei o pau dele e coloquei a cabeça na porta do meu rabinho e fui descendo meu corpo, eu adorava aquela sensação, o pau foi entrando até minha virilha encostar no corpo dele, ele me puxou até nossos bocas se tocarem, com isso nossos corpos se encostaram e lá estava outra nova sensação, eu sentia a pele dele em contato com a minha, era diferente, as mãos dele deslizando pelas minhas costas.
Transamos muito novamente, de ladinhos, frango assado, de bruços, de lado comigo segurando as pernas, deitada na cama com uma perna para baixo e outra para cima com ele em pé, de quatro na cama, de quatro na beirada da cama com ele em pé, de quatro com ele literalmente montado em mim e tenho que concordar com ele quando me disse que eu tinha nascido para ser garota, porque a facilidade que eu tinha orgasmos dando a bunda causaria inveja em muito gente.
Apagamos os dois, eu de lado e ele atrás de mim, literalmente dormimos de conchinha, nem preciso falar que virou uma bagunça na cama.
Porque chegou uma altura da história meu rabo não conseguia segurar mais nada e acho que o Rodrigo estava na seca fazia tempo, porque meu cu nunca mais foi o mesmo depois daquela noite, não que eu não tenha experimentado no decorrer da minha vida outros paus e até maiores, mas aquele ficou marcado.
Acordei estava dia!
Eu -Rodrigo, Rodrigo… acorda!
Quando ele começou a despertar me apertou contra o corpo dele e sua mão deslizou da minha coxa até minha barriga, senti o corpo dele quente colado no meu, nós estávamos nus e sabem como é pau de manhã acorda duro, confesso aquilo foi muito gostoso, quem está nessa fase de descobertas sobre seu gênero como eu estava é uma experiência que te marca, você se sente, desejada, frágil e ao mesmo tempo protegida e acolhida.
Eu -acorda, está claro, amanheceu!
Ele deu um pulo da cama, nós estávamos literalmente grudados! kkkk
Rodrigo -nossa, a gente vai perder a aula!
Não sei porque a gente tinha isso em comum, a aula era um compromisso quase que sagrado, achei meu celular, ficou sem bateria e o dele tinha ficado lá em baixo, mostrei onde ficava o banheiro se ele queria tomar um banho porque não tinha condições nenhuma de vestir roupa, era porra para todo lado.
E quanto ele desceu juntar as roupas dele eu tirei a peruca e entrei para o banho, achei que ele iria esperar eu sair, mas quando ouvi o barulho ele estava entrando no banheiro, quando eu estava com a gaiola eu costumava tirá-la durante o banho, mas como aquele dia estava pra lá de fora do comum, eu nem a chave tinha pego.
Virei para ficar de costas caso ele entrasse, quando senti a presença dele fiquei com vergonha porque estava ali nua, sem nada para ajudar na ilusão que criava a Fernanda, o rosto com a maquiagem borrada que saia lentamente com a água quente os adesivos do sutiã de silicone a gaiola, ouvi a voz dele;
Rodrigo -oi, ai esta você!
Eu fiquei esperando algum comentário do tipo, oi Fernando ou qualquer outra observação, por causa do cabelo curto, mas não disse nada, foi se aproximando e se abraçou em mim e foi beijando minha nuca, pegou o sabonete das minhas mãos e começou a passar em mim.
Eu Levei minha mão para trás e peguei no pau dele e comecei a punhetar, então ele quebrou o silêncio;
Rodrigo - se continuar fazendo isso, vai ter que terminar o serviço!
Então ele me virou para ele, não sei o que ele via em mim naquele momento, porque não havia nada de feminino em mim, maquiagem não tinha mais, a água tinha levado, só restava o sutiã de silicone grudado puxando meu peito forçando minha pele para formar o decote falso e meu pênis preso na gaiola de castidade, talvez fosse isso, talvez ele gostasse desse fetiche.
Por sorte eu já tinha escovados os dentes, ele começou a me beijar e não demorou para eu estar ronronando no cio, fui me abaixando e fiquei com o rosto na altura do pau dele e cai de boca, já sabia que não conseguia engolir ele, mas não custava tentar de novo, forcei varias vezes até quase engasgar.
Fiquei chupando por um tempo, até ele tirar o pau da minha boca, pegou minha mão me conduzindo a ficar em pé, me virou de costas para ele e começou beijar minhas costas, nunca, fiquei na pontas dos pés empinando a bunda e procurando encaixar o pau dele no meio.
Meu cuzinho estava pra lá de judiado e sensível, mas quando o pau dele achou a entrada e eu senti o contato, aquela sensação gostosa que precede o inevitável, voltei a segurar o pau dele com a mão para manter no caminho certo e forcei meu corpo para trás.
Sem lubrificante, sem preparar, mas o pau dele parecia ter a chave do meu corpo, foi entrando em mim, no primeiro momento foi doloroso e desconfortável mas como em passe de mágica tudo mudou e eu só pensava em ter ele todo dentro de mim.
Quando minha bunda bateu na virilha dele, seus braços me envolveram, eu me apoiei na parede do banheiro e ele começou a foder minha bunda com força, eu na ponta dos pés para ficar na altura certa, como disse aquele pau parecia ter a chave do meu corpo, sem precisar procurar posição ou ângulo, ele acertava o lugar certinho para eu virar os olhos a cada estocada.
Ficamos naquilo por alguns minutos, meu gemidos quase viraram gritos, então ele deu duas estocadas forte e profundas, senti o jato do gozo dele no fundo das minhas entranhas, ele ficou lá dentro de mim por um minuto ou dois, enquanto beijava minha nuca e tentávamos um beijo de língua, minha pernas cansaram e baixei meus pés, ele saiu.
Nessa altura eu não conseguia mais segurar nada dentro de mim, sem ficar fazendo força, tomamos banho, quando saímos do banheiro e enquanto nos enxugamos;
Rodrigo -vamos ter que ir para a aula, minhas duas últimas aulas são importantes hoje, você vai também?
Eu -sim vou, vamos perde os dois primeiros já são 8:40
Rodrigo -Chegando lá até as 9:30 está bom!
Me vesti com ele me observando, coloquei lingerie claro, calcinha e sutiã, tive que colocar um protetor na calcinha, eu parecia o caminhão do leite.
Peguei uma daquelas calças femininas folgadas, que eu já usava como contei, uma blusa feminina e um dos moletons do Fernando por cima, isso ocultava bem o sutiã, (claro que eu não precisava né, mas isso era mais psicológico que qualquer outra coisa), calcei a botinha aquela que parecia um coturno, olhei para ele e disse estou pronta.
Rodrigo - sabe, Nanda, aquele dia que eu estava trocando o pneu do carro e você passou
Eu -sim, lembro
Rodrigo -fiquei olhando você passar
Eu -sim eu vi, senti seu olhos em mim
Rodrigo -naquele dia eu te vi
Eu -como assim?
Rodrigo -eu vi você a Fernanda, vi uma garota no lugar do Fernando
Rodrigo -ai caiu a ficha
Ficamos nos olhando por um tempo, dei um selinho nele e fomos descendo, levei ele pela mão, quando chegamos na cozinha, acho que dá tempo para tomar café, ele olhou a hora e concordou.
Coloquei café na cafeteira e fiz duas torradas, nesse tempo ele foi em casa trocar a roupa, pegar o carro e o material dele, quando o café ficou pronto eu tirei as torradas ele tocou o interfone, bom não tem muito o que contar aqui, fomos juntos para a universidade, agimos com tanta naturalidade depois de tudo que aconteceu que nem eu nem ele tínhamos parados para colocar na balança tudo que tinha ocorrido.
Lá na universidade, quando ele parou na frente do meu prédio, ficamos um olhando para o outro, minha vontade era beijar ele, acho que ele também tinha essa vontade, foi quase um reflexo, mas havia toda uma questão, de ambos preservamos nossas imagens.
Ele então pegou minha mão e fez um carinho;
-nos vemos mais tarde?
Eu -sim, com certeza!
Quando sai do carro eu senti o peso no meu rabo de uma noite de sexo intenso, conforme eu caminhava minha bunda doía, eu tinha que cuidar para manter o caminhar dentro do normal, mas eu me sentia leve, diferente.
Cheguei bem na troca de período, quando sentei, logo de cara uma das minhas colegas com quem eu conversava mais, era mais próximas a Cami, Camila, me perguntou;
Cami -o que você tem hoje?
Eu -porque?
Cami - vocês está diferente, com uma cara ótima
Eu -dormi além da conta, diz que sono faz bem
Quando a aula começou meu celular;
“então a senhoria chegou atrasada!”
Era a Natalia, como ela sabia que eu tinha chegado atrasada?
Eu - quem disse isso?
Natalia - eu te vi chegando agora, fui pegar um material e te vi
Eu - viu nada
Natalia - vi sim
Natalia - me conta como foi
Resulta que passei a aula toda mandando mensagem para ela, contando como tinha sido a longa noite de sexo com o Rodrigo, quando terminei de contar ela me fez uma pergunta que fez a realidade pegar minha mão de novo.
Natalia - e agora Fer?
Não respondi ela, porque minha consciência decidiu se manifestar;
E agora Fernanda, falei para mim mesma, agora que você tem o controle, o que vai fazer?
Não se iluda que o Rodrigo vai ficar muito tempo por perto, essa caminhada é tua e somente tua, tu sabe que agora não é mais possível voltar a ser como antes, tu vai conseguir viver sem essa sensação de missão cumprida, essa ardência no teu rabo que só quem passou a noite dando pode sentir?
Vai abrir mão de se sentir feminina?
Claro que não, não é, então o que vamos fazer agora?
É sou meio doida sim, falei para vocês que falo sozinha até hoje, eu falo com minha consciência!
Nos dias que se seguiram minha vida mudou, como antes em casa eu era Fernanda e fora dela, aquele garoto já meio andrógeno, abrindo caminho para o que viria a seguir.
Mas naqueles dias que se seguiram, minhas noites agora não eram mais solitárias, Rodrigo virou presença assídua, eu me sentia a namorada dele, transavamos o tempo todo, ele jantava comigo, era minha vítima dos meu cardápios.
Eu me produzia e a gente saía à noite dar aquelas voltinhas como fazia com a Natália, só que a gente terminava no motel, aquilo era muito sexy.
No final de semana que antecedeu o dia que eu ia pegar minha CNH, combinamos de sair os dois casais, o Igor iria conhecer a Fernanda, (o perigo, o medo, o constrangimento, não está em você se expor a desconhecidos, está em você se mostrar para as pessoas que você conhece, são eles que podem te magoar), mas ainda bem isso não aconteceu.
Sai de casa com o Rodrigo, look para a noite, pleno mês de agosto mas o clima estava fora do comum, fez um dia quente e a noite estava agradável, fui usando uma saia preta que ficou um pouco acima do joelho, um scarpin meia pata preto também e com uma baby look branca, claro todo o resto da produção, unhas, maquiagem, cabelo, joias.
Como estava um dia atipicamente quente, conferi a depilação, passei o satinelle para garantir que tudo estava lisinho, passei um creme hidratante nas pernas e fui exibindo elas, não era as melhores pernas, mas chamavam a atenção.
Nosso plano era ir no Pub 540, nos encontramos lá, chegamos eles já estava naquela mesma mesa de canto que ficamos a primeira vez a Nati e eu, a noite e produzida daquele jeito, (todos os gatos são pardos), saí do carro no estacionamento do lado do Pub já de mão dadas com o Rodrigo, como namorados.
Entramos, e ao passar pela recepção digamos assim, já nos demos as mãos novamente, quando chegamos na o Igor não estava tinha ido até o bar pegar bebidas, quando voltou eu ainda estava em pé, sabem aquele momento que ficamos enrolando quando chegamos ou quando encontramos amigos, então..
Ele chegou e me viu em pé, e é aqui que foi o máximo!
Ele vinha com dois copos um em cada mão, então não pode tocar em mim para pedir licença, ele se espichou o que pode e se aproximou do meu ouvido com a música do local não adiantava falar normalmente, só gritando ou falando próximo.
Igor - moça, me dá licença
Claro que conheci a voz, me virei e ele quase deixou cair os copos no chão!
Igor -serio?
Igor -Fer?
Ele me pegou pela mão e me fez dar aquela voltinha, me abraçou, nunca esperei aquele comportamento nele, ele me tratou como uma garota, logo ele que era o mais “conservador” digamos assim.
A Natália disse que ficou espantada com a reação dele, a noite fluiu, fomos para a pista, dançamos, dancei com o Igor, com o Rodrigo, terminamos indo comer alguma coisa, naquela noite o Boka não estava funcionando aquela hora, então restou outro local conhecido o B24 como diz, funcionava 24 horas, não era o melhor, mas tinham alguma coisa para comer.
Novamente, fomo para uma mesa afastada sem ninguém por perto e enquanto comíamos, falei para o Igor;
Eu -Igor, uma coisa tu acertou?
Igor -eu, o q?
A Natália começou a rir e disse eu sei!
Igor -oque? estou boiando!
Natalia - olha para nos na mesa
Igor -o que tem?
Natalia -olha amor!
Eu -hummm amor, já esta assim!
Natalia -para com isso!
Igor -ah sim, eu fiz uma previsão!
Rodrigo -do que estão falando!
Aí o Igor decidiu contar nossa conversa no dia que ele falou que eu deveria fazer as pazes com o Rodrigo me assumir e ficar junto que daí seriam dois casais e finalizou com outra pérola.
Igor -o bom da Fer é que posso dizer que conheço ela desde que era um guri, que andava por aí de bicicleta.
Muita risada, muita mesmo, que todo mundo ficou olhando e veio outra, essa foi foca;
Igor -Rodrigo, tu não vai aprontar nada com essa garota, primeiro porque se ela quiser te pegar ela corre muito, olha o tamanho das pernas dela e depois ela à partir de hoje é minha irmã, se mexer com ela meche comigo.
Eu me aproximei dele e fiz um carinho no rosto dele, aquilo foi muito foto da parte dele!
Na semana seguinte eu peguei minha CNH, ai o céu era o limite, passei a carregar roupas femininas e usar figurinos que com poucas trocas permitiam alternar entre Fernanda e Fernando.
Mesmo não sendo um romance assumido, Rodrigo passava as noites comigo, o sexo entre nos era muito bom, eu sempre tinha uma lingerie, uma ideia, ele gostava dessas brincadeiras na cama, ele me via como uma garota até mesmo quando estava nua, sem nenhum apetrecho ou artificio para feminizar meu corpo.
Quando estávamos nos quatro, Rodrigo era tratado pela Nati e o Igor como sendo meu namorado e até ele as vezes se intitulava como tal, vivia querendo sair comigo para lugares mais públicos e a luz do dia, mas era passageiro porque lembrava dos pais dele e toda confusão que poderia dar, digamos que a família dele era, é conhecida na cidade e era 2012 o mundo ainda não era o que é hoje.
Mas eu sempre mantive minha lucidez nesse ponto, pode ser bom, ótimo, mas aproveita em quanto durar!
O agosto terminou e veio setembro, meu pai viria passar uma semana em casa, chegaria na véspera do feriado de independência, mas devido a compromissos do trabalho ele adiou a vinda chegaria no dia 19 e ficaria o feriadão de 20 de setembro, partindo na semana seguinte.
Eu lembro do dia 1 de setembro, um sábado, porque algo místico aconteceu naquele dia, como já era costume, o Rodrigo estava lá comigo, ele sempre avisava os pais que iria dormir fora, na casa da namorada misteriosa dele, tive que ouvir a mãe dele se queixando para mim o melhor amigo que o Rodrigo tinha uma namorada e não contava para ninguém quem era, não levava lá que eles conhecerem.
Se ela imagina um terço da missa, tinha um treco!
Como disse, aquele dia foi místico, dormimos depois de ficarmos exausto de tanto transar, mas eu nunca sonhava, bom, sonhava coisas normais, como todo mundo sonha, mas nunca tinha sonhado como Fernanda, até aquele dia.
Sonhei que eu me olhava no espelho e meu corpo era feminino, eu tinha seios, um quadril largo, minhas coxas estava mais grossas eu tinha traços femininos no rosto, cintura, no meu sonho eu apenas me olhava no espelho do meu quarto, mas ero o espelho da Fernanda no quarto do Fernando.
Eu acordei no sábado, o Rodrigo do meu lado, era por volta de 8 horas, o sol estava alto e forte, era um dia muito agradável, fui para cozinha preparar um café e o sonho não saia da minha cabeça, aquilo martelou o dia todo em mim.
Rodrigo levantou, foi me procurar, transamos na cozinha, como já tínhamos feito tantas outras vezes, ele foi em casa buscar a bicicleta e fomos pedalar, depois ele tinha os compromissos dele, eu fiquei sozinha e o sonho não saia da minha mente.
Ele me ligou avisando que iria voltar só no domingo a noite do interior, então fiquei sozinha a noite a Natália estava com o Igor não iria atrapalhar os pombinhos, mandei uma mensagem para a Patrícia e resulta que ela foi até lá para a gente conversar e tomar vinho.
Quando chegamos no assunto do sonho, eu falei para;
-eu quero aquilo pra mim!
Patricia -aquilo o que?
Eu -aquele corpo, quero ter aquele corpo
Patricia - Fernanda, Fernanda, essa sim é uma linha complicada de cruzar
Patricia - porque não é a mesma coisa que você tem agora, troca de roupa, corta o cabelo e pode voltar a sua vida antiga.
Patricia - Estamos falando de mudanças corporais, muitas delas até irreversíveis!
Depois desse sermão todo eu apenas olhei para ele e disse, “eu quero”, o assunto da noite foi esse, ela estudava psicologia na mesma universidade que eu, então falava com propriedade do assunto, me deu toda a orientação como deveria ser feito, os passos, que medico ir, onde era melhor e um monte de recomendações, mas no final depois de toda aquela saliva gasta;
-mas eu posso te conseguir, tudo que precisa e encurtar o caminho e a burocracia, eu posso até te acompanhar psicologicamente!
Primeiro passo é amanhã vai em algum laboratório e faz um exame completo de sangue, vem em qual você vai me avisa que consigo uma solicitação, tu deve ter plano de saúde, para a gente ver como teu organismos esta.
Não preciso nem falar que topei o caminho mais curto!
Só pedi a ela que aquilo fosse nosso segredo, não iria contar nem para o Rodrigo, pelo menos até não poder negar mais, afinal meu corpo iria mudar, meu cabelo já tinha crescido mais de 3 centímetros, já estava com uma ajuda, mais 3 e chegava em 10 centímetros e eu podia eu podia colocar um alongamento no cabelo, estava medindo com a régua, era adeus peruca.
Na quinta feira a Patrícia me fez outra visita, ela me levou um estoque de coisas, parecia que tinha assaltado uma farmácia, como meu pai me disse que eu comprasse coisas para mim, “besteiras”, bom eu estava comprando, foi uma besteirinha bem cara.
Ela me passou as doses, melhor horário, me ensinou a aplicar onde aplicar as injeções e me recomendou que eu comprasse um frigobar para manter aquilo longe da vista das pessoas se eu tinha planos de manter o segredo por algum tempo, foi o que fiz depois.
Mas no dia 6 de setembro às 18:45, véspera do feriado , na quinta feira mesmo, junto da Pati eu tomei minha primeira dose de hormônios, sob as recomendações e avisos dela.
Ela deixou claro para mim, eu não iria tomar aquilo e acorda linda e bela com peito e uma bunda enorme, aquilo era uma terapia e iria demorar, que se meu metabolismo aceitasse ou fosse rápido, ou alguma outra variável genética me favorece eu iria notar os efeitos de forma mais rápida, me falou até que eu iria ficar brocha. hahahaha
O dia 7 de setembro de 2012, seria marcado como o primeiro dia em que eu comecei a transformar o corpo que eu conquistei do Fernando em meu.
Continua…
