Briga de galo

Um conto erótico de Ícaro
Categoria: Heterossexual
Contém 1680 palavras
Data: 23/01/2002 23:34:17
Assuntos: Heterossexual

Quando ainda adolescente, costumava sair com amigos da mesma faixa etária a fim de conhecer os picos de praias inexploradas pelo nosso grupo de surfistas. Não muito raramente, saíamos em busca de novos “points” de surf – buscar outros tipos de formação de ondas, praias outras, sempre constituiu um deleite àqueles que se prestam ao trato com a pulsação diária dos mares de Netuno: as marés.

Certa vez resolvemos seguir rumo às praias da Costa Leste do estado. Encontramos algumas com ondas alucinantes; outras, porém, serviam apenas de apoio, de pontos estratégicos para noitadas à beira-mar: muita paz ao som de um violão – costumava levar meu instrumento para alegrar as noites da turma –, muita reflexão sobre a vida... E nada de drogas. Nosso grupo girava em torno de cinco a seis pessoas. Eu era um dos mais novos. Apenas os acompanhava em época de férias ou quando meu primo mais velho, de dezoito anos, me levava.

Num desses entrepostos, numa praia não muito distante de Fortaleza, ocorria à época, quase todas as noites, rinhas com brigas de galo. Nunca fui afeito a esse tipo de “esporte”, mas acompanhava o grupo. Afinal, estávamos juntos. Por haver se tornado um dos hábitos locais, essas rinhas atraíam a atenção de muitas pessoas, principalmente turistas e visitantes da capital. Era, inclusive, difícil de se conseguir um ponto de boa observação depois de certa hora. Quem chegava tarde tinha que se contentar apenas com os gritos dos apostadores e dos torcedores mais exaltados.

Um dos nossos amigos surfistas, o Marcos, adorava essas rinhas – foi ele quem nos indicou essa praia. Durante as brigas de galo que havia ele não parava de gritar. Torcia muito para o galo que escolhia. Talvez devido a essa euforia, talvez em função das feições – era um adolescente bonito, sim! (nada de homossexualismo da minha parte, apenas faço jus à beleza de um amigo)... Fato é que observei uma morena de feições exóticas (magra, alta, olhos claros, boca carnuda, algo em torno de 18 anos...) olhando, demoradamente, na direção onde o Marcos se encontrava. Pensei em avisá-lo, mas não foi necessário. O mano era muito arguto e, de chofre, percebeu que era alvo dos olhares insidiosos de uma bela mulher.

A briga continuava no ringue. O Marcos, agora mais comedido, dividia as atenções: estava entre os golpes assaz violentos dos galos que se digladiavam e os olhares deveras sedutores da morena. Aos poucos, ele vai cedendo aos apelos da mulher que o deseja – era inconteste o ar de sedução daquela mulher. Havia naquele olhar algo de mágico, de felino, de sedutor... Ela exalava sexo pelos olhos – algumas mulheres têm esse poder, essa sensibilidade de dizerem, através de um simples olhar, segredos que aguçam a libido do macho por elas escolhido.

Eu, de onde estava, percebia tudo. Conhecia-o bem e, de acordo com a retrospectiva do meu amigo, sabia que optaria pela mulher em detrimento dos galos. Fui, porém, traído em minhas projeções. Aquela mulher estava além da minha percepção de adolescente pueril. Ela, discretamente, fez menção para que meu amigo a acompanhasse. Esperou alguns segundos após o sinal (mais um que fizera apenas com o poder daquele olhar) e saiu. Marcos já não mais se preocupava com os galos. De nada importava, naquele momento, quem seria o vencedor. Ele apenas seguia os instintos de “bicho” que o invadiam. Sabia que a felicidade estava alhures, muito além daquele ringue... Sabia que algo de bom, mesmo que efêmero, estava, junto àquela mulher, esperando por ele.

Os dois seguiram, em silêncio, em direção a um dos morros que havia por detrás das barracas da praia. Um pouco à retaguarda, tento segui-los na intenção única de ser o testemunho vivo de mais um ato de amor, de sexo, de volúpia,...

Eles seguem lado a lado. Embora não muito próximo, percebo que o silêncio é a tônica do casal. Ambos estão calmos, parecem mesmo saber o que querem, prescindindo de palavras fúteis que de nada adiantariam naquele momento. Apenas uma brisa teimosa os interrompe e, providencialmente, joga ao ar os longos cabelos daquela mulher que agora, protegida pela penumbra da lua, seduz-me com o traçado das silhuetas de mulher que se me encantam os olhos. Quanta beleza! Que perfeição havia naquele corpo... A sugestão da nudez, a iminência da união daqueles corpos... A perspectiva do amor perpassava minha mente... Queria ser o protagonista daquela mulher, doar-me-ia por inteiro a ela... Mas a natureza, o poder de escolha daquela fêmea optou noutro sentido e outro era o homem que a conduzia ao templo do amor, sob os arrufos dos tambores dos deuses do mar, sob a lua, ao som da brisa e o balanço das ondas, no mar...

Chegam ao cume de uma das dunas. Descem um pouco e ficam protegidos de todos os que ficaram para trás. Acelero as passadas para não perder nenhum detalhe. Chego ao topo e me posiciono no melhor local possível – precisava assistir ao que seguiria. Eles passam alguns segundos parados, apenas se entreolhando. Ela, ainda em silêncio, abre-lhe a braguilha – não da forma brusca e apressada como as mulheres costumam fazer, mas suavemente. Parecia querer sentir o volume que certamente havia por baixo daquela calça. Minha visibilidade não era das melhores, mas percebia que ela se demorava, parecia mesmo sentir o pênis do Marcos ainda escondido... Ela se demorava... Abrira a braguilha, mas o membro do meu amigo, teimosamente, ainda se escondia por baixo das vestes dele.

A paciência daquela mulher atormentava meus ímpetos imediatistas de adolescente que tem pressa no trato com as mulheres. Minha pouca idade e minha inexperiência sexual não entendiam, ainda, o quanto de beleza, de tesão e de sensualidade estava nas entrelinhas daqueles toques sutis, daquela sugestão da nudez do meu amigo que aquela mulher insistia em protelar. Se eu, que estava apenas na condição de observador quase passivo, sofria... Como estaria o membro do meu amigo naquele momento, sendo, imagino, tão hábil e docemente acariciado? Depois de longos minutos de “espera”, talvez angustiantes, ela por fim despe o pênis do Marcos, colocando-o pra fora (não tirou a calça dele, apenas pôs pra fora). Movido por um impulso animalesco, retirei, incontinenti, meu cacete – não pude resistir, queria, a todo custo, sentir um pouco do prazer que aquela mulher oferecia, gratuitamente ao meu amigo...

Seguiram-se momentos de pura sedução. Ela, mostrando-se ainda mais tranqüila, passou a massagear o pênis do Marcos. Ele permanecia imóvel, talvez não acreditando na facilidade das coisas, ou talvez, isso me pareceu mais provável, hipnotizado com as mãos daquela que agora o acariciava. A luz refletida da lua parecia brindar aquele momento de amor. De repente, um clarão iluminou a terra e pude, finalmente, sair da penumbra e vislumbrar os dois amantes. Foi uma visão rápida, mas suficiente para contemplar dois mundos: o dele – ainda descrente do mimo que recebera; o dela – que se refletia num olhar de conquistadora, duma mulher caçadora que se deleitava com a mais nova conquista. As nuvens se moveram encobrindo a lua e voltei à penumbra.

Ele se senta. Ela, ajoelhada, inicia uma deliciosa felação. Inicia com movimentos lentos e se mantém assim por um bom período. Eu torcia o tempo todo para que ela o chupasse mais rapidamente – eu me masturbava no mesmo ritmo das idas e vindas daquela boca que percorria o cacete do meu amigo. Uma chupada mais rápida, portanto, significaria mais prazer pra mim. Ela, porém, mantinha-se firme, com chupadas lentas, percorrendo cada centímetro do meu amigo. De repente, talvez pressentindo a iminência do gozo do Marcos, ela retira o cacete dele da boca, faz um gesto que me pareceu o de uma cuspida na glande, reiniciando, em seguida, a felação. Agora sim ela chupava com volúpia e desejo. Parecia devorar todo o mastro que a invadia... Chupava-o vorazmente!

Não demorou muito e ele gozou. Percebi o gozo pelas contrações musculares que o corpo do Marcos fazia. Eram contrações involuntárias, mas provocadas por carícias intencionais e certeiras: ele estava, de fato, maravilhado! Não consegui ver os jatos de porra que certamente invadiram o espaço, mas senti minhas mãos meladas do meu gozo – não resisti e me fiz transportar por mundos imaginários, gozando como se aquela boca de mulher estivesse em mim... Gozei na solidão, mas estava feliz...

Após o gozo ela ainda o chupa durante mais alguns segundos. Percebo que agora ela busca engolir o membro do meu amigo até a “raiz”... Aquela mulher sabia mesmo o que fazer com uma pica... Meu amigo, ainda em silêncio, tenta roubar um beijo. Ela se levanta, passa as mãos nos joelhos e sai. Ele a segue. Ela acelera os passos e, quase correndo, consegue retornar ao ringue. Não os acompanhei de imediato, mas tão logo retorno ao local onde outros galos já se agrediam, percebo-os nos mesmos locais onde estavam antes de saírem... Eles se olhavam e sorriam, mas nenhuma palavra trocavam. Marcos fez novas apostas... Novos gritos, novas exaltações... Ela o observava com o mesmo olhar. Pressentia que logo voltariam às dunas, mas aquela mulher verdadeiramente me surpreendia e, depois de alguns outros olhares na direção do meu amigo, despediu-se de uma amiga que a acompanhava e se foi.

Algumas vezes somos felizardos no que se refere às expectativas sexuais que almejamos. Noutras ocasiões, estamos no lugar certo, na hora certa, mas o livre arbítrio das mulheres não nos permite qualquer aproximação. Nesses momentos temos duas opções: ou nos penalizamos pelo azar que tivemos ou aproveitamos, da forma que é possível, algo de bom que aquela rejeição traz. Foi assim que fiz. Não fui o escolhido, mas tive um gozo tão memorável que mesmo agora, após decorridos vários anos, ainda lembro do dia em que banhei minha mão de porra quando uma desconhecida, silenciosa, chupou o cacete de um amigo numa noite de lua cheia.

Há mulheres que preferem os pênis tipo G3 (grande, grosso e gostoso); outras, porém, preferem os G1 (não grande, não grosso, mas gostoso). Se você, mulher solteira e/ou casada, é uma adepta dos G1 e deseja estreitar contatos e realizar fantasias, escreva-me.

metogostoso@uol.com.br

Ícaro, Fortaleza-CE, 30 anos.

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OLHA MEU NO OU MUITO FÃ DESSES CONTO MAS ACHEI LEGAL NOTA 9

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Esclarecimentos: Quando me propus a colocar MEUS contos neste site, pensei que encontraria aqui pessoas sensatas e que buscassem apenas prazer e deleite quando da leitura dos contos aqui apresentados. No início, antes de haver esse espaço interativo com os leitores, isso, de fato ocorria. Havia uma briga entre algumas pessoas que reclamavam de um tal de ANDARILHO DO SEXO, acusando-o de manipular as votações. Achei isso chato, mas ficava restrito a um reduzido grupo de pessoas e relevei. Com a mudança, que acredito ser MARAVILHOSA, houve, e ainda há, algumas questões desagradáveis: passaram a me confundir com a DRICA (tudo porque ela gostou dos meus contos!), com a Iza, com a Isa... Até aí tudo bem! Mas, agora, dizer que os contos que envio são réplicas, isso é SACANAGEM! Manipularem comentários como se fossem meus, outra SACANAGEM! Desafio ao Sr ANDARILHO DO SEXO provar que os MEUS contos foram cópias dos dele! Você deveria ter um pouco mais de DIGNIDADE, amigo! Nunca disse que escrevo melhor que ninguém! Ao contrário, gosto de muitos contos que estão aqui e desafio, quem quer que seja, a encontrar um comentário feito VERDADEIRAMENTE por mim, criticando esse ou aquele conto... Se observarem os contos onde fiz comentário, ONDE EU FIZ COMENTÁRIOS, verão que sempre dou força para que as pessoas continuem escrevendo! Por último, entrei no site ontem e encontrei, EM TODOS OS MEUS CONTOS, mensagens de um IDIOTA E MENTIROSO, que se fez passar por mim, dando-me, IRRESPONSAVELMENTE, a alcunha de narcisista, dentre outras... Instigando os demais leitores contra mim! Amigos, dirijo-me aqui aos homens, se não gostam dos meus contos, se eles os incomodam, não os leiam. Agora daí a tomarem atitudes de, SEM OS LER, atribuir nota zero a todos eles apenas por prazer egoístico... ISSO É SACANAGEM! Aos que se ofendem com os comentários que faço, em RESPEITO E CONSIDERAÇÃO aos que lêem e gostam dos meus contos, afirmo que, a partir desses meus esclarecimentos, JAMAIS comentarei algo neste site nem remeterei mais nenhum dos vários contos que ainda tenho, TODOS MEUS! A partir de agora, aceitarei todas as críticas e provocações em silêncio! Portanto, fiquem à vontade para fazê-las! Se alguém quiser entrar em contato comigo que o faça através do meu e-mail! Obrigado!

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Drica: pena que você me enviou um e-mail que não me possibilitou uma resposta! Mas valeu!... Felicidades!

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