Era domingo de carnaval e tudo voltava á minha mente. Sua voz, suas intenções, seu olhar carente, seu jeito adulto, sua ponderação, o pausar na voz, o escolher das palavras, suas mãos a percorrer meu corpo, se fazendo de dono, seu membro moreno ereto numa curta ascendente, lindo seu cacete nas minhas mãos, doce tentação nos meus lábios. A cerca de um ano atrás ouvi sua voz ao telefone, mas minha intuição nada me revelou, acho mesmo que não era o momento. E como tudo na vida tem hora e lugar para acontecer, eis que ali estava depois de ter vivido dissabores e desilusões. No timbre grave da voz algo me tocou, uma curiosidade quem sabe talvez guardada. Receios que não tinham mais lugar de existir. Uma semana se passou e nosso encontro envolto em ansiedade e um nervosismo natural, o jeito mais reservado dele contrastava com meu lado extrovertido. Tínhamos vivido e convivido com várias pessoas do universo virtual, pessoas que habitam nas salas e no cotidiano, alguns bons, outros descartáveis. Ríamos das coincidências, falávamos sem pudor do que tinha sido bom, do que tinha sido válido como experiência. Agora no entrelaçar das nossas mãos, no sorriso dos seus 26 anos, no meu olhar sapeca de 36. Não havia diferenças, nossas semelhanças estavam no desejo, no tesão pela vida, no suor que escorria da minha pele morena, da sua pele de ébano em pleno carnaval baiano, longe da folia, numa outra forma de celebração da vida, na saliva a misturar em beijos tímidos e sedentos de calor. No quarto do motel, um banho sensual pra revigorar e tirar o suor da pele, o ensaboar a espuma, minhas mãos deslizando pelo seu corpo, o massagear do seu membro duro como rocha, no pulsar do tesão, na pressão dos meus lábios ao redor da sua vara, no leve gemido que ele proferia, na clama dos seus olhos famintos. A toalha secou parcialmente nossos corpos, entre os lençóis carícias a mais, bocas que se reconhecem, lábios que se desejam, pernas que se cruzam, aquele calor a mais, um calor de corpos em vibração. Ele se ajoelhou na cama e apontou seu canhão negro e eu chupei com vontade devagar e saboreando o cheiro e o gosto do seu sexo a se misturar com a saliva. Girou meu corpo magro, segurou firme na minha cintura, lambuzou meu cuzinho com KY e foi me penetrando bem devagar, seu cacete machucou um pouco no inicio, talvez pelo meu nervosismo, talvez pelo fato dele ser encurvado pra cima. Mas depois minha bundinha engolia sua vara todinha e queria mais, muito mais. Nós viramos com cuidado e agora eu cavalgava no seu pau de chocolate, pedia para ele enfiar mais, um misto de dor inicial e depois muito prazer, numa sensação de domínio, sim ele me dominava, tomava posso do meu corpo, no vai e vem gostoso, num sobe e desce ritmado. Nosso frango assado de pernas bem abertas me enlouquecia de tesão e na expressão do seu rosto, sua gula, sua fúria, seu desejo, seu tesão bombando na minha gruta, no calor do meu cuzinho, me fazendo sua presa, tomando posse do meu corpo. Seu gozo veio em jatos fortes que encheram a camisinha, gozei logo em seguida e assim seguia a noite e várias gozadas gostosas aconteceram. O lençol tingido, a boca, os mamilos, um 69 delicioso, nossos corpos cansados, pernas e braços que se reconheciam, depois do ato o cansaço e um abraço de boa noite, um beijo mais brando, um olhar feliz de reconhecimento, uma madrugada só nossa, o início da segunda feira de carnaval.
Ébano Baiano no Carnaval 2002
Um conto erótico de WSMorrisson
Categoria: Homossexual
Contém 602 palavras
Data: 11/02/2002 15:46:50
Assuntos: Homossexual, Gay
Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.