Aquele dedo introduzido no sexo de Gina era algo tão grandioso, estrondoso, que vislumbrava todo o desejo lívido dentro de sua alma, que agora transparecia, queimava, ardia, virava o pecado esboçado em cores que corriam entre suas veias. O vermelho da luxúria, a cor da paixão, dos amantes, dos enamorados.
Pedia para aos céus para que o que sentia naquele momento não acabasse jamais. Tudo tão rápido, tão intenso, e voraz, que violentava seus princípios, seu corpo. A mão daquele homem tinha a obrigação de faze-la pedir para que continuasse, que a jogasse entre chãos, que a amasse como nunca havia amado uma mulher.
O escuro, rabiscado pela luz da lua, rabiscava os corpos dos amantes trancados num quarto qualquer de uma rua qualquer. Eram os hormônios que estavam gritando? Não! Era uma mulher carente de amor, pedindo um toque, um carinho, um afago, um gozo. E era tão intenso, que mesmo deitada, dava uma sensação de flutuar sobre o lençol.
Ela ainda não conhecia domínio de si.
A boca, que agora a fazia se contorcer, era algo novo e inesperado. Não controlava seu corpo, apenas ficava mais excitada. A língua desenhava sua boceta; os grandes e pequenos lábios, adentrava-a, circulava seu clitóris, misturava-se com o seu sabor, com o gosto do sal, do sal que escorria do seu mar, que batia no rebento doce da língua do homem desejado, do homem amado. Uma agonia, um furor, a mão sobre seu seio, abaixando sua alça, desnudando-a, deixando ainda mais duro seu bico, provocando o seu gozo profundo, louco, desconhecido. Estava sem voz, não conseguia pronunciar nada, apenas ouvia-se sua respiração profunda, seu gemido tímido.
Ele queria faze-la gritar, pedir implorar por clemência, continuava com seu dedo no calor de Gina, e sugando com todo a seu fervor o ponto mais íntimo, o que a faria explodir num segundo gozo mais violento e mordaz.
O corpo nu pesava sobre o seu, e podia sentir o calor que vinha dele, podia sentir a respiração ofegante em seu ouvido, meio a língua que percorria seu ouvido lentamente. Sua mão apertava-o, alisava-o, deixava suas digitais naquele alguém queria ama-la. Seu olhar era o comando: ame-me, ou deixe-me morrer, mate-me, não me ame, faça-me feliz, apenas mais feliz do que estou agora.
A dança começava, lentamente, explorando um corpo desconhecido, mas que parecia conhecer tão bem. Os primeiros segundos dentro foram contemplados com um sorriso de prazer e satisfação. Então ele a penetrava, sentindo o calor molhado de Gina que o sentia lhe invadindo. Nesse vai e vem gostoso, ela suspirava, agarrava seu homem, tateava, beijava, e gostava. Com o suor surgindo a cada momento, a fusão, a combinação, a harmonia de suores num corpo só, em cada corpo, pela cama, pelo quarto.
Os olhares se cruzavam, penetravam na alma, um beijo gostoso, agora estava por cima, cavalgava, delirava, ardia, tremia suas paredes. O rosto dela o encantava, e suas mãos seguravam em sua cintura, subiam até seus seios, seguravam suas mãos. Gina continuava louca, agora gemendo, deixando límpido seu sonho transformado em realidade. O sonho de saber o que é ser amada, do que é um gozo, ou orgasmo para os mais científicos. E ela estava chegando perto...perto do seu gozo maior, o vaginal.
No seu galope os cabelos negros sobre seu rosto, a pele morena, um calor, um gemido, a cara de prazer e de dor, mas aquela dor gostosa arranhando seu fim, roçando em suas paredes. O balançar de seus seios, que num rápido movimento estavam contra o peito cabeludo, que a virada de costas. A paisagem daquelas costas largas e bem desenhas, com a marca tímida da calcinha sendo admirada por aqueles olhos que contemplava o suor, o cheiro, o som que vinha daquela mulher que ele tanto amava. E num movimento involuntário ela contraiu-se abraçou fortemente seu amor que agora não tinha mais domínio de si. Era Gina que comandava. A agonia, a dor, o prazer, o calor quente dos dois corpos, em movimentos intensos, produzindo um barulho esquisito, o suor, a pele, o tato, o olhar, o paladar do corpo, eles iriam gozar. Juntos, vorazes, amantes, inexplicável química. Ele pensou em parar para poder prolongar a transa, mas não podia negar isso a ele e nem a ela. Apenas a abraçou por trás, e com cuidado, e pressa de satisfaze-la, deitou-a de bruços não saindo de dentro dela. Beijando suas costas, ouvidos, pescoço, sendo abraçado, violentado, descoberto, o ponto mais fraco, adorando, amando, gemendo, tendo o cuidado para não fazer barulho.
Estava quase, mas queria olhar nos olhos dela, mostrar sua alegria, satisfação, seu amor, desarmar todas as suas defesas, deixar que a aparência de ser alguém puramente frio que trata o sexo como algo banal, que o faz apenas para tirar o acúmulo de esperma. Assim...
Olhos nos olhos, era aguda a dor que ela sentia, rápido, mais rápido, boca na boca, pele na pele, coração com coração, mãos nas costas, unhas na pele, a mão tocando o cabelo. Não havia mais nada a fazer, era deixar vim o gozo mais intenso de suas vidas, juntos, sim na mesma hora, no mesmo minuto, no mesmo segundo. Explodiram! As pernas ficam bambas, completamente exaurida, sem forças, Gina beija o seu amado ainda o guardando dentro dela.
A lua ainda desenha seus rostos, a janela entreaberta deixava entrar o vento da madrugada. A cama suada, a pele molhada, um beijo sela o compromisso de amor. A mulher que agora era não era mais a mesma, que havia se descoberto, e descoberto um pouco do seu homem. Volta lentamente no escuro para o quarto ao lado, onde