"Perdoai as Nossas Ofensas..."

Um conto erótico de Guland
Categoria: Heterossexual
Contém 1262 palavras
Data: 23/08/2002 07:53:14
Assuntos: Heterossexual

“Ah! Pai nosso que estais no céu!

Ah! Santificado seja o vosso nome!”

Obesa de desejos reprimidos, a madre contempla, sentada no banquinho da capela, a imagem do cristo loiro. Olhos clarinhos, brilhosos como os sapatos das freirinhas! Complacente!

Antes mesmo do “pão nosso de cada dia nos dai hoje”, a coitada já se desvanecia de fome. E o Cristo, tão lindo! Lembrava da infância quando, na inocência, contava à mãe que um dia casaria com ele.

Um risinho:

“Perdoai as nossas ofensas”

Ninguém que não esteve num convento faz idéia daquela vocação. Olhinhos serenos de tão humildes! Mãozinhas tímidas! Um desengonço de pudores!

“E não nos deixeis cair em tentação”

E tanta fome!

“...livrai-nos do mal.

Amém.”

Bochechas rosadas, um rosto de lua, olhos arregalados; vivia sorrindo e com medo de pensar. Ocupar-se o dia todo, até o ultimo momento. “Cabeça vazia, oficina do Dia... nome feio! Horroroso! Vade retro!”

Mas um dia...

Um dia desses, na paz da casa do senhor, nossa Madre – ironicamente – Tereza, foi passear no jardim. Olhou demais os pássaros, talvez; as árvores, talvez; devaneou demais, talvez. Onde ela foi parar!

“Dois meninos... pulando o muro... coberto de trepadeir... Ah! É só uma plantinha! Trepadeir... nome feio! Mas que diab... Deus.”

Escondeu-se. Atrás de uma grande árvore. Vestida de pingüim! Espiona.

Os garotos descem, limpam as folhinhas do corpo e começam a caminhar em direção ao convento. A Madre segue. Observa-os parando atrás da última fileira de árvores espionando algumas noviças. Tereza, pouco distante, os olhos arregalados, observa que duas de suas noviças fazem sinal para os dois rapazes esperarem. Cabecinhas baixas, olhinhos de canto, as mãozinhas tímidas espalmadas na direção dos rapazes.

E os rapazes esperam; também a madre.

“Hoje eu pego! Nunca imaginei! Tão traída... Messalinas! Prosti... Deus me ajude!”

À tardinha, as moças descem até o pátio, inseguras avaliam as chances e vão orando em direção ao bosque.

Lá, cruzam-se os rumos.

“Eu sabia, eu sabia!” - a Madre desesperada – “...aguardo um pouco.”

Festinha no bosque! Mãozinhas dadas, correndo felizes, risinhos baixos. Ninfas, alegres e sibilantes tentando conter a algazarra.

A gorda ofegante! Faltava-lhe saúde, fôlego e juventude! Teve de parar um momento. Perdeu-os de vista, mas calculava a direção. De tanto suor, uma enxurrada por baixo do habito! Tenta continuar em passos rápidos. Longos vinte minutos de busca e:

“Gemidinhos? Das minhas meninas? Se as pego!”

Mais alguns passos e uma legítima cena dantesca começa a surgir em sua frente. As costas de alguém desnudas, apoiado no chão! Um joelho e depois uma perna levantando-se embaixo daquele alguém. Mais próxima, mais movimentos, mais peles desnudas, mais gemidos. “Santa Igreja de Deus! Que é isso?” E outro corpo surge! O um tronco desnudo surge levantando-se por trás de um arbusto. Mais alguns passos e nota movimentos de quadris! E logo na frente, outros quadris! “De quatro! Meu Pai...”

Já próxima: “Ei, o que está acontecendo aí?” Óbvio, levantaram-se assustados. Todos nus olhando a Madre. As roupas que tentavam alcançar: distantes. “Fiquem bem aí!” As mocinhas tentando esconder-se com as mãos.

“O que está havendo, minhas filhas! Que vergonha! Que desrespeito! Serão freiras! Não! Não serão se eu... – fitou os dois garotos. Não havia observado antes. A intenção em descobrir o que iria acontecer, absorvera-lhe todos os pensamentos. O mais alto era loiro, cabelos nos ombros, os olhos quase brancos de tão claros! Uma barba, pouco rala, é verdade, mas a fé opera milagres! Pra quem acredita em gnomos, ventinho no bosque é fada! A Madre parou de falar e boquiaberta olhava a face do rapaz. “Será possível? ...um Cristo na minha frente? ...Claro, não ele, mas se alguém tivesse de ser...” - olhou mais para baixo, o corpo magro – “...talvez um anjo!” - mais para baixo – “...ou demon... vade...” – mais para baixo e tornou a olhar o rosto – “... onde estão as asinhas?”

Diante do silêncio, um dos rapazes: “Senhora, posso explicar.” Falava, mas a Madre já não ouvia – exceto o som de harpas. A imagem na parede se confundia com a face do rapaz. Um vazio estúpido tomava-lhe conta da mente; “Claro ele não é Jesus! Mas se Cristo... pelado... aqui e agora... seria isto!”

O outro fala: “Cara, a gorda ta hipnotizada! Ta na tua! Tenta livrá a gente dessa, mano.”

“Irmã, oremos agora.”

Caiu, a obesa, de joelhos e mãos juntas ao pé do rapaz. Agora, na altura da pélvis, fitava o membro, completamente flácido, a alguns palmos de distância de seu nariz.

Notando a completa submissão da até agora não menos Madre, o falso cristo, inicia um tímido Pai Nosso. A monstra agarra uma de suas mão e começa a beijá-la, ternamente. Ele interrompe a oração e percebe o gancho que a situação lhe inspira: “...este é o corpo de Cristo...” Ela crava-lhe as unhas nas nádegas, puxando-o para si.

Atônitos, os demais começam a rir: “ A gorda pirou!”

Ela começa a beijar o “corpo de cristo” de modo frenético e sua boca encontra o pênis: “O corpo de Cristo... não... não o de verdade... mas se Cristo fosse... livra-me da tenção!” E inicia a felação intercalada, por orações.

Os demais, não demoraram a entender o que ocorria e juntaram-se a festa. As noviças iniciaram o mesmo ritual com o outro rapaz, o que já se haviam habituado. Masturbavam-no e rezavam para agradar a Madre, mas sem tanto entusiasmo.

Já, Tereza tinha na boca um pau duro: “Crê em Deus pai todo poderoso...”- começa a despir-se – “... criador do céu e da terra...” – um calçolão, imenso sai por entre as banhas. Deita o rapaz no chão, já confunde-se e quase baba: “..não sou digno de que entreis em minha morada...” – e senta na geba de cristo!

O peso, gigantesco, causa um pouco de incômodo ao rapaz, mas ela estava tão lubrificada e sua vagina era tão apertada que ele começa a gostar – de olhos fechados, é claro. Aquele corpo mórbido começa a cavalgada mais selvagem já vista: “Ah, meu Deus... Ah... delícia... dizei uma palavra e serei salvo...” – as garotas: uma de quatro tentava chupar a outra em meio aos gemidos enquanto era penetrada. O rapaz empurra-a para o lado e começa a comer a outra, com violência.

Os gemidos de ambos e as orações suadas confundiam-se no bosque. A Madre: “... Meu deus, que pau... nome feio... perdoai as nossas ofensas... gostoso... tes.. escutai a nossa prece... me fode gostos... perdoai... perdoai a... que pica gross... vade retro satana!” Possuída, olha para os lados, um cheiro imenso de sexo: “... e Cristo... disse... vinde a mim as criancinhas.” Faz sinal para que os outros se juntem, a eles. Prontamente atendida. Agora seus seios imensos pertenciam um a cada boca das meninas enquanto o rapaz que sobrou tentava introduzir em uma delas: “... irmãs, comunguemos! Este é o corpo de Cris... hmmm... t t to! E a freira goza; e despenca para trás! Ouviu-se o urro ao longe e, mais próximo, o som do pênis saindo da vagina ensopada como um tapa. “Eu quero terminar!” A mórbida, ainda se contorcendo de gozo, abre as pernas. O “anjo” introduz novamente, socando com violência. Suava e ela se lambia. “Mais forte... mais forte... mais forte...” – agora ele goza juntamente com seu parceiro.

Após alguns minutos de silêncio, surge o pacto óbvio. Claro, de ninguém seria o interesse de se contar o fato. Então, vestiram-se de pudores novamente e mais medos e foram-se.

A Madre morreu Madre, de complicações no parto, escondido de todos os olhos cristão, mas feliz, imaginando parir o filho de Cristo, nove meses depois.

As, agora, freirinhas, ainda adoram orar no bosque. A fé transpõe montanhas!

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