I
Não raras vezes, as coisas acontecem sem que temos uma explicação. E vez ou outra, quando a temos, não é suficiente para elucidar nossas inquirições. Muitas vezes isso gera uma inquietação da qual não temos a menor idéia do que fazer para nos livrarmos dela. Uma inquietação que dependendo do tipo se torna de forma gradual em obsessão. E conseqüentemente num grave problema com desfechos imprevisíveis. Pois foi algo assim que me veio acometer.
Ainda não era verão, mas o rubro sol salpicava a pele dos banhistas que se arriscavam a permanecer na praia por longos intervalos de tempo. Talvez, por morar numa cidade rodeada de belas praias, não sentia aquele fervor em correr, sempre que possível, à praia para tomar banho de sol e mar. Além de não dispor de tempo, quando dispunha não havia companhia - ir à praia a sós realmente não é muito agradável. -; e, quando havia, muitas vezes preferia fazer outra coisa a ir à praia. Assim, raramente me arriscava a ir. Isso, aliás, não impedia de apreciar a beleza das jovens adolescentes pouco vestidas a perambular pela orla da praia, tanto durante o dia quanto ao anoitecer. Jovens essas que nessa época podem ser encontradas em todos os cantos da cidade.
Sem sombra de dúvida, nos fins de semana são os dias que mais a encontramos. Muitas saem dos bairros mais afastados e, em pequenos grupos, tomam o ônibus até a praia. Por volta das 17:00 horas é o horário em que muitas retornam com seus corpos num tom avermelhado escuro. A grande maioria delas se preocupam tão somente em cobrir com mais cuidado a parte inferior do tronco.
Era um belo dia ensolarado de novembro - uma sexta-feira -, quando tomei o ônibus de volta do trabalho para a casa, como fazia todos os dias. Deviam ser quase dezoito horas. Naquele dia, eu vestia uma camisa de tergal com listras verticais brancas e azuis, uma calça jeans e calçava sapatos prestos. Minha aparência não era de toda esplendida. Beirando a casa dos trinta, não se pode dizer que se tem um corpo que desperta a cobiça das mocinhas que estão a desabrochar. Contudo, a verdade tem que ser dita, se por um lado era de estatura mediana e não possuía um corpo atlético, por outro foi agraciado com uma aparência de que os anos teimavam em não passar. Qualquer pessoa que tentava adivinhar minha idade errava para menos uns cinco anos. Para uma grande maioria ainda era um rapaz de pouco mais de vinte anos, quando na verdade tinha quase trinta.
Naquele dia, como quase sempre acontecia, o ônibus ainda estava com poucos passageiros. Para dizer a verdade eu nunca reparava em quem estava ou não no ônibus. Entrava, pagava, passava pela catraca e ia sentar num banco desocupado. Sempre tive preferência pelos bancos da janela para poder ficar olhando para fora. Eu não prestava atenção em nada, mas mesmo assim gostava de sentar na janela. Aproveitava o trajeto, que era razoavelmente longo, para por as idéias em dia. E todos os dias, fazendo aquele mesmo percurso, eu me perdia em pensamentos fúteis que não seria capaz de lembrar minutos depois.
Alguns pontos adiante o ônibus começou a ficar mais cheio. De tempos em tempos eu meneava a cabeça e fitava com indiferença os passageiros. As mesmas fisionomias que eu via todos os dias naquele horário.
Mas eis que ouço uma voz de menina se aproximar do outro lado do corredor. Era um doce, meigo e encantador som que se adentrou em meus ouvidos, provocando uma sensação indizível. Meus pensamentos desvaneceram-se. Um calor inquietante afogueou minha face e, sem compreender direito o que se passava, girei a cabeça e lancei um prestante olhar naquela desconhecida menina. Tinha certeza absoluta que nunca a tinha visto.
Gostaria de descrever com detalhes o que senti naquele instante, mas foi uma sensação ímpar, indescritível. Foi uma sensação aguda, voluptuosa que me fez com que o sangue arrefecesse nas veias, dando-me a perturbação deliciosa de uma vertigem. Foi um descontrole, um não saber o que fazer, o que pensar. Foi algo grandioso e mágico.
Como era ela? Estava de costas. Mas nem era preciso estar de frente ou de perfil para que eu deduzisse sua beleza e encantamento. Percebia-se que era uma adolescente de 13 a 14 anos. Era uma jovem de cor parda, corpo com as formas ainda indefinidas, parecia ostentar uma saúde de ferro. Estava de chinelos, usava um pequeno short vermelho, o qual não cobria totalmente as nádegas. Na parte superior do tronco, via-se duas tiras azuis amarradas; o que me fez deduzir que usava um pequeno biquíni. Estava acompanhada por outra jovem aparentando a mesma idade. Quando ela virou a face para falar com a outra, pude delinear com mais clareza os contornos de seu resto. Era muito bonito: rosto redondo, olhos grandes e lábios carnudos.
Não sei ao certo o que nela me despertou aquelas sensações. Ver-lhe a parte inferior das nádegas desnudas, o pedaço de pano ocultando o restante, combinando tão perfeitamente com sua pele tão jovial e lisa, foi a gota d'água. Admirável! Singular! Arrebatador! Seriam essas as palavras que poderiam ser usadas por alguém que sabe admirar tamanha obra de arte. Era como se aquela jovem fosse a obra prima de um artista que, no ápice de genialidade e inspiração, produzisse uma obra única, inimitável e perfeita. Para aqueles que sabem identificar a mais perfeita rosa num roseiral, aquela era uma delas. Uma ninfeta! A mais sedutora que eu vira até aquele momento.
Em poucos segundos eu fui tomado pelo desejo de tê-la. Pensamentos e reações agiram sobre meu corpo. Era como se ela tivesse o poder de me hipnotizar. Meus olhos não conseguiam se desviar dela. Dir-se-ia que os outros passageiros fossem como sombras, como se não existissem, como se estivessem e não estivessem ali ao mesmo tempo.
Enquanto o ônibus avançava de ponto em ponto, recolhendo e despejando passageiros, eu me perdia em pensamentos libidinosos com aquela jovem. Procurava nela os mínimos detalhes para alimentar meus devaneios. Reparei minuciosamente nos pequenos seios em formação quando ela virou de lado. Eram ainda pequenos. Encobertos pelo biquíni, despertavam uma curiosidade ainda maior. Eu imaginava o quão rígidos, belos e, ao mesmo tempo, macios deveriam ser.
"Como eu gostaria de aperta-los delicadamente com minhas mãos! Tê-los em meus lábios e poder morde-los... Aposto que ela ia ficar louca de tesão...", devaneava enquanto o ônibus deixava a avenida principal e entrava em pequenas ruas. "Ah!, se eu pudesse tê-la todinha para mim! Nós dois numa cama... Eu ia leva-la a loucura! Ia morder esses peitinhos bem devagarinho, devagarinho..., ia deita-la nuazinha na cama, arreganhar suas coxas e chupar sua bocetinha até ela gemer de prazer... Talvez eu nem fizesse isso! Talvez eu deitasse lentamente sobre ela e, escorregando no meio de suas pernas, fosse penetrando-a e sentindo o deleite da xoxotinha bem apertadinha... Que prazer enorme!... Ah!, como seria delicioso sentir meus quadris irem de encontros àquela bundinha!... Hum. São tantas as possiblidades!... Ela também poderia ficar em cima de mim. Assim ela teria mais liberdade para fazer os movimentos com seu corpo de acordo com suas sensações... Acho que assim seria muito melhor! Enquanto ela me possuía, eu poderia agarrar e chupar aqueles peitinhos durinhos, minhas mãos poderiam apertar com força aquela bundinha... Eu não ia agüentar por muito tempo... Caramba! Estou super excitado! Nunca imaginei que poderia encontrar uma coisinha tão encantadora assim!... Ah!, eu ia gozar até não ter mais forças... Ia fazer ela cair de exaustão em cima de mim...", continuei a devanear.
O transito estava muito lento. Outras vezes eu me irritava e ficava impaciente com isso; mas agora, pelo contrário, desejava que ele demorasse o máximo possível para apreciar aquele corpinho de ninfeta. Ela, tão alegre e sorridente, conversava com a amiga. Ambas, às vezes falavam alto, achavam graça do que falavam e pareciam indiferentes aos demais passageiros.
"Já tô todo molhado!... Qual será o nome dela? Onde ela mora? E virgem, será que ainda é?... Mas o que adianta isso! Ela nunca vai querer se relacionar com um homem bem mais velho assim como eu..." Meus pensamentos não paravam de fluir, assim como meus olhos teimavam em não se desviar dela. Vez ou outra, ela jogava a cabeça para trás a fim de olhar os passageiros que estavam no ônibus. Quando seus olhos encontravam os meus, a minha face afogueava, eu ficava desconcertado e, por alguns instantes, eu movia os olhos para baixo envergonhado.
Mais que de repente, as duas meninas se dirigiram à porta. Sabia que iam descer. Meu ponto ainda estava longe, então pensei: "Vou descer aqui e ver onde moram... Não posso perder essa menina!...". Levantei e me aproximei delas para aguardar a parada do ônibus. Aproveitei a chance para iniciar uma conversa e tentar arrancar alguma coisa delas.
E os meus planos deram certos. Tanto que só não fiquei sabendo onde ela morava como também o seu nome. Chamava-se Ana Carla.
II
As coisas passaram a dar tudo certo. No dia seguinte passei duas vezes diante da casa dela. Da primeira vez, não obtive sucesso; contudo, da segunda vez, encontrei-a sentada no meio-fio conversando alegremente com algumas amigas. Cheguei a pensar que ela não fosse se lembrar de mim. Ao me aproximar para cumprimenta-la, ela me deu um largo sorriso. Trocamos algumas frases e ela me perguntou se viera arrumar o computar do mesmo cliente Eu havia inventado isso no dia anterior . Respondi que sim, que não o havia terminado de arrumar. Tal como fiz no dia anterior, menti dizendo que sim e que talvez ia também dar algumas aulas para ele. Em seguida, parti. Não queria parecer petulante demais.
Sei que estou sendo um pouco longo demais; talvez até um pouco maçante, mas eu queria tão somente mostrar o quanto a visão daquela menina me levou a perder a cabeça e a arriscar tudo por um relacionamento que estava condenado, desde o início, a um final infeliz. Não pensem que eu não sabia disso. Desde o primeiro instante eu sabia muito bem onde estava me metendo. Todavia, quantas e quantas vezes fazemos conscientemente algo de errado porque não somos fortes o suficiente para resistir a tentação. Ana Carla, foi mais que uma tentação. De uma forma que não sei explicar, eu simplesmente fiquei sem alternativa. A todo instante sabia no que estava me metendo, mas mesmo assim queria cada vez ir mais fundo.
Não foi por acaso que voltei àquela rua no outro dia, no outro e no outro. E voltaria quantas vezes fosse necessário para vê-la e falar com ela. Precisava de forma lenta e gradual ir adquirindo a confiança dela e tornando-me mais íntimo. Sabia que só assim poderia ter alguma chance de tê-la. Sabia também que, teria que me apresentar impecavelmente bem trajado e de forma mais jovial possível. Além disso, tinha que fazer algo que lhe despertasse o interesse por mim. Minhas chances não eram nada animadoras, mesmo assim não desistiria por nada nesse mundo. E não desisti.
No terceiro dia, encontrei-a caminhando sozinha pela rua. Disse-me que estava indo à casa de uma amiga. Disse-lhe que no dia anterior estava passeando pelo Shopping, e parei diante de uma loja, e vi uma coisa me fez lembrar dela; mas que não comprei porque não sabia se ficava bem comprar um presente para uma garota que não conhecia direito.
-- Se você quiser dar não tem nenhum problema -- respondeu ela, demonstrando grande interesse.
-- Então eu vou comprá-lo. Mas não vou te falar o que é -- falei. -- Amanhã cedo se arrumar um tempinho eu dou uma corrida lá e compro. Se não der eu vou à noite. -- Meu coração parecia querer saltar, tamanha a minha tenção. Sabia que ali estava dando a cartada definitiva para cair nas graças dela. Então continuei. -- Só não sei como fazer para te dar. -- Quis testar o grau de cumplicidade dela.
-- A gente combina uma hora e você passa aqui, eu te espero e você me entrega.
-- Eh! Pode ser. -- exclamei, tentando demonstrar indiferença.
-- Eu posso te esperar ali na esquina e você me entrega. O que você acha? -- sugeriu ela. Essa sugestão indicava que ela não queria que o nosso encontro acontecesse na porta de sua casa.
Naquele instante, tive certeza que o bote havia sido dado. Por isso falei: -- Vou fazer melhor ainda; vou te dar o número do meu celular e aí você me liga. Assim que eu comprar, a gente combina um lugar para eu te dar -- sugeri, tentando manter o controle da situação. -- Não é melhor assim?
-- Hum.. rfez ela meneando a cabeça para cima e para baixo.
Peguei um pedaço de papel e anotei o meu nome e o número do telefone. Depois lhe entreguei o papel.
-- Só tem uma coisa! recomendei, por segurança. -- Não deixe ninguém ver esse número de telefone, senão podem pensar alguma besteira da gente.
-- Tá bom! Pode deixar -- respondeu-me ela.
Trocamos mais algumas frases e então eu me despedi dizendo:
-- Tchau! Um beijo.
Duas quadras adiante, eu virei na outra rua e voltei para casa.
III
Havia mentido para ela e agora teria que arrumar alguma coisa para comprar. Mas o quê? Não tinha a menor idéia do que poderia fazer com que ela ficasse encantada. Quase não dormi a noite pensando naquela menina e no que comprar para ela. Finalmente resolvi comprar uma pulseira de ouro. Uma que fosse discreta e que não chamasse muito a atenção. Foi só então que eu consegui virar para o lado e dormir.
Aproveitei o intervalo do almoço para comprar o presente. Passei no banco, retirei algum dinheiro do caixa eletrônico e fui tentar encontrar uma pulseira que a seduzisse. A muito custo, depois de muito olhar, eu acabei encontrando uma bem fininha com detalhes trabalhados. Comprei-a. Aproveitei que estava ali e comprei uma roupa nova para encontrar-me com ela. Ainda teria que dar algumas aulas para dar. Por isso voltei ao trabalho.
Ela me ligou por volta das quatro horas da tarde. Disse-lhe que não poderia falar com ela naquele instante, mas que havia comprado o presente só para instigar ainda mais sua curiosidade. Perguntou-me o que era, mas eu disse que era surpresa e que não ia contar. Pedi-lhe para me lidar as dezessete horas que estaria livre e poderia combinar com ela onde lhe entregar o presente.
Ligou-me prontamente no horário. Conversamos por alguns minutos. Sugeri nos encontrarmos numa praça que havia ai perto. Ela concordou. Perguntei se não havia problema dela sair sozinha e respondeu-me que diria a mãe que ia na casa de uma amiga. Marcamos o encontro para as dezenove horas.
Foi um encontro extremamente produtivo. Eu estava tão bem vestido e perfumado como nunca tivera em toda a minha vida. Ela também se produzira para a ocasião. Usava uma blusinha decotada branca e uma mini-saia jeans. Quando lhe dei três beijinhos na face, percebi o quanto ela estava perfumada. "Ela se arrumou para mim...", deduzi.
Ela estava muito ansiosa em saber qual era o presente. Não queria deixá-la naquele estado, por isso entreguei-lhe a jóia pouco depois. Vi o quanto ficou encantada e admirada. Seus olhos brilhavam intensamente. Nos instantes de felicidade, são os momentos em que as pessoas ficam mais vulneráveis. Nesses momentos, a pessoa está num estado em que seu cérebro não consegue enxergar o perigo diante dos olhos. Está tão absorta e aproveitar aquele momento ao máximo, que o perigo parece coisa distante. Sabendo disso, eu dei o meu bote final.
Primeiro eu perguntei se poderia colocar-lhe a pulseira. Sabia que concordaria. Ela estendeu o braço e a coloquei. Em seguida, eu peguei em sua mão para manter o braço dela estendido e perguntei-lhe se havia ficado bonito. Ela me disse que sim. Depois, perguntei-lhe se não merecia um abraço bem apertado. Ela abriu os braços e nos abraçamos. Tomei-a nos braços e foi um abraço apertado e maravilhoso. Fiz com que ela sentisse o meu calor colado ao seu corpo. Enquanto a abraçava, beijei-lhe a face e o pescoço, afaguei seus cabelos e alisei cuidadosamente, de forma bem leve e suave, as pontas dos dedos pela sua nuca. Disse-lhe também que me sentia muito feliz em estar recebendo todo aquele carinho e ela me respondeu que também estava gostando.
Senti-la em meus braços me causou uma exaltação tão grande que quase não me contive. Não foi nada fácil me controlar naquele instante para não fazer algum gesto que pudesse assustá-la. Minhas mãos comichavam, ávidas em querer tocá-la por sobre a blusinha decotada. Fiquei tão excitado que temi em ter um orgasmo só de encostar-me nela. Sentia-me ficar molhado por dentro da íntima peça de roupa. Um desejo ardente, sufocante e desmedido tomara conta de mim. Tinha que fazer um esforço quase sobre-humano para manter o autocontrole. Havia perdido a espontaneidade, e agia sempre com um pé atrás, para não atirar tudo ao vento.
Ficamos sentados conversando por mais alguns minutos. Minutos esses que se tornaram segundos. Queria ficar mais com ela, todavia não podia prendê-la e deixa-la em situação embaraçosa em casa. Por isso, quando ela me disse que precisava ir embora, eu concordei que estava ficando tarde. Disse-lhe que gostaria de me encontra-la mais vezes e que era para ela me ligar. Não estipulei nem a hora nem o dia para que me ligasse, porque queria saber o quanto havia ficado impressionada. Quanto mais rápido me ligasse, mais estava interessada em mim, essa foi a conclusão que cheguei.
Antes de ela ir embora, nos abraçamos mais uma vez, e ela foi me dar três beijos na face. Como que sem querer, no último beijo e virei o rosto e nossos lábios se tocaram. Foi tão somente uma fração de segundo, contudo, aquele tão curto instante me deixou tão feliz e exultado que quase não dormi aquela noite. Isso só foi possível quando, depois de perceber que não conseguia deixar de ficar excitado e de desejar aquele corpinho de menina, corri até o banheiro e então me masturbei, tendo-a como fonte de minhas fantasias. Mesmo assim, meus pensamentos pareciam que teimavam em não se dissipar.
IV
Ela me ligou no dia seguinte e contou-me que sentira vontade de falar comigo. Conversamos por alguns minutos e disse-me que me ligaria à noite. Explicou-me que os pais iam sair e só ela e o irmão menor estariam em casa. Então eu lhe perguntei se poderia ligar, e respondeu-me afirmativamente.
Conversamos por quase uma hora ao telefone. Aproveitei aquele tempo para saber um pouco mais sobre seus hábitos, seus gostos e seus pais. De posse de tais informações, ficava-me mais fácil saber como agir. Os detalhes dessa conversa, eu não vou relatar aqui para não prolongar mais do que já estou sendo longo. Peço perdão, leitor, mas, às vezes, não posso resistir a tentação de ser o mais detalhado possível. Sei que esses pormenores podem não vos interessar, mas pediria que tivessem um pouco mais de paciência. Espero que ao final possa, pelo menos, não frustrá-lo.
De volta a minha narrativa, eu me surpreendi quando ela me convidou para sairmos no dia seguinte à tarde. Perguntou-me se não ia trabalhar. Respondi-lhe que só trabalhava no período da manhã. Mesmo que tivesse, eu deixaria tudo para lá. Não ia perder aquela chance por nada desse mundo. Então ficou combinado que eu a pegaria no ponto de ônibus, a algumas quadras de sua casa.
Naquele sábado quase não consegui trabalhar. Só tinha pensamentos para o nosso encontro à tardinha. Não tinha a menor idéia do que poderia acontecer; e isso me deixava mais tenso ainda. Sabia o que almejava, mas não sabia qual seria o seu grau de receptividade. Dúvidas e mais dúvidas pairavam sobre minha cabeça. Dúvida! Maldita palavra essa! Nada é tão difícil quando se está cheio de dúvidas e é preciso tomar decisões, sem que você tenha certeza de que são acertadas. Não é por acaso, que ser um grande estrategista, é coisa para poucos. A história é que o diga.
Cheguei ao nosso encontro quase meia hora adiantado. Quis aliviar um pouco o meu nervosismo, mas acabei piorando as coisas. Aguardá-la por meia hora não foi nada fácil. A hora teimava em não passar. Não bastasse isso, novas dúvidas foram acrescentadas às que me corroíam por dentro. Quando deu o horário e ela não aparecia, fui tomando por uma sensação horrível de que ela poderia não vir. Nunca havia ficado tão tenso e inquieto como naqueles minutos que se seguiram. Tudo de ruim que poderia ter acontecido passava em meus pensamentos. Todo o meu ânimo evaporou com o calor que fazia naquela tarde.
Infelizmente não tenho palavras para descrever a emoção que experimentei quando a vi surgir do outro lado da rua. Vinha caminhando apressada. Ela parecia a ninfeta mais encantadora da face da terra. Como estava exageradamente bela! Sei que pode ser coisa da minha cabeça, mas parecia que ela havia se arrumado daquele jeito para me instigar os mais primitivos desejos. Ainda me recordo dos mínimos detalhes da roupa que ela usava. Ou melhor, da pouca roupa que usava. Ana Carla vestia uma blusinha florida que deixava o umbigo à vista, um shortizinho jeans tão curto quanto o que usava naquele dia no ônibus e também calçava um tênis com coloridas meias.
Nada me chamou mais a atenção do que seu minúsculo shortizinho. Parecia que cobria o extremamente necessário. Desnudas estavam não só as redondas e rígidas nádegas, como as marcas deixadas pelo biquíni na parte de cima do shortizinho. Aquela pele escurecida pelo sol parecia mais uma tentação. Uma tentação que cristão algum seria capaz de resistir. Ao atravessar ar rua, ela jogava os quadris para os lados como se dissesse: Toma que é teu! Pegue este corpo e descubra os teus mistérios! Explore as tuas profundezas e saboreia a pureza do raríssimo mel! E quanto mais ela se aproximava, mais eu a desejava. E ela foi chegando... chegando...
Quando me viu, abriu um desmedido sorriso. Sem medo de assustá-la, ofereci meus lábios. Ela só não os aceitou como os tocou com os seus lábios sem titubear. Foi um rápido beijo. Acho que nem ela e nem eu nos sentíamos muito à vontade de estar nos beijando em público. Não sei se os motivos eram os mesmos. De minha parte, sentia-me incomodado de estar beijado uma jovem daquela idade. Creio que ela estava muito mais para minha filha do que namorada ou coisa parecido. E acho eu que ela também tinha consciência disso.
Depois de conversarmos por alguns minutos, resolvemos que ali não poderíamos ficar. Nisso, ambos concordávamos. Restava-nos sair dali e ir para um lugar mais discreto, onde não corríamos o risco de ser reconhecidos. Mas para onde? Quando esta pergunta saiu dos ardentes lábios dela, eu não tinha uma resposta. Perguntei-lhe se não tinha uma sugestão e respondeu-me que não tinha a menor idéia. Então eu tive que pensar rápido. Apesar de inseguro, não queria demonstrar insegurança. Se o fizesse, poderia, de certa forma, dar a impressão de que não tinha certeza do que estávamos fazendo não era muito certo. Nessas horas, um pouco de conhecimento de psicologia é muito importante. Por isso, fui rápido e sugeri que fossemos dar uma volta na praia.
É de conhecimento de todos que a praia é um local em que os casais de namorado adoram se encontrar. Ao cair da noite, circulando pela orla, encontra-se quase todos os bancos ocupados por felizes casais de namorados. Naquele local, não seríamos alvo de olhares curiosos.
Passamos momentos inesquecíveis à beira da praia. No começo, sentíamos acanhados, mas, com o passar do tempo, fomos nos soltando e nos tornando cada vez mais íntimos. Sabia que não poderia avançar muito naquele encontro, mas com certeza testaria a resistência dela. E foi o que fiz.
Não disse que estava apaixonado por ela. Se o dissesse estaria mentindo. Meus desejos obscuros eram outros; contudo, se algum sentimento mais nobre brotasse do fundo do meu peito, não ousaria em revelar-lhe. Quando percebi que o grau de intimidade permitia, eu me aproximei dela, tomei-a nos braços e então nos foi possível beijarmos sem constrangimento. Foi um beijo gostoso. Um beijo que me deixou tão excitado que parecia que não seria capaz de me conter. E não foi nada fácil. Meus impuros pensamentos almejavam aquela menina mais e mais... "Será que ela está tão molhadinha assim como eu?", arrisquei a me interrogar. "Será que está me desejando tanto quanto eu a desejo? Não, isso acho que não. É muito novinha para ter esses pensamentos...", continuei a pensar.
Houve momentos em que meus desejos quase me traiam. Em dado momento, sem que me desse conta, minhas mãos foram escorregando lentamente por entre suas pernas até tocar feminilidade. Havia posto de propósito uma das mãos em suas coxas e a alisado com carinho, mas de uma forma como se procurassem algo, escorregaram para onde ainda não deviam. Em outro momento, eu me descuidei e a mesma mão me traiu mais uma vez. Ao tocar seus quadris, ela foi escorregando para cima até que, quando percebi, tateou, perdida, o teso seio dela. Acho que nem é preciso dizer o quanto estava incontrolavelmente excitado naquele momento. Confesso que, minutos mais tarde, eu temia que o fluido do meu corpo pudesse ter provocado uma mancha visível em meu bermudão.
O que mais me espantou foi que ela me brecou em nenhum dos meus descuidos. Eu parei por mim mesmo. Não queria parecer abusado e aproveitador mais do que já estava sendo. Sabia que ela não se dava conta disso, contudo não se deve ir com muita sede ao pote. Que isso me deixou um pouco intrigado, me deixou. Todavia, não estava em condições de fazer conjecturas.
Mas o momento mais sublime de nosso encontro foi quando estávamos sentados frente a frente no banco e lentamente fui puxando-a para junto a mim. Na posição em que nos encontrávamos, não era possível nos abraçarmos. Para que nossos corpos se unissem, era preciso ajeitar as pernas dela por sobre as minhas. Sem que ela prestasse a atenção, talvez por estar muito absorta, veio parar no meu colo. Eu a abracei fortemente contraindo seu corpo de encontro ao meu. E então, ela ficou sentada no meu colo. Sentia o quanto que o peso de seu corpo exercia uma pressão sobre meu teso falo. Ah! Foi indescritivelmente gostoso sentir suas duras nádegas no meu colo! Foi uma cena que não pude deixar de imaginar: "Hum! Como seria delicioso tê-la inteiramente nua sentada assim no meu colo!... Tenho certeza que ia cavalgar feito uma amazona...". Esses e tantos outros maus pensamentos surgiram e se dissiparam.
V
Depois daquele encontro, outros aconteceram. E finalmente o tão esperado momento aconteceu. Havia planejado tudo direitinho, nos mínimos detalhes, para que nada pudesse dar errado. Os meus pais tinham viajado. Portanto, estava sozinho em casa. Então o problema do local estava resolvido. Levá-la até lá não seria difícil. Já havia prometido que a levaria para conhecer a minha casa outras vezes e agora poderia cumprir a promessa.
A minha maior dificuldade, sem dúvida, seria seduzi-la. Naquele encontro em que tivemos na praia, num dado momento, eu a perguntei se já havia transado com alguém. Ela me respondera que não. Era virgem! Uma ninfetinha virgem!
Desde aquele dia eu não pensava em outra coisa a não ser em romper aquela fina membrana, marca de sua pureza. Via-me como um bandeirante desbravando o interior paulista. Explorando aquela mata intocável, com todos os seus mistérios e segredos. Muitas vezes eu me fantasiava além da conta. Imaginava-a deitada na cama, suas pernas se abrindo para me receber e eu a deflorando. Em seguida eu não me continha de êxtase ao me ver borrado do sangue dela. Sabia que nem sempre acontece o sangramento, contudo, em minhas fantasias isso fazia parte do ritual. Vez ou outra para conter um pouco minha excitação, eu me trancava no banheiro e, fantasiando-me com ela, friccionava o pênis até que a tenção dava lugar a um relaxamento muscular.
Naquele domingo, ficamos de nos encontrar por volta das quatorze e trinta, próximo a minha casa. Havia uma pracinha ali perto e fiquei de aguardá-la naquele local. E ela, numa das raras vezes, não se atrasou. Chegou cerca de cinco minutos adiantada.
Entramos em casa e ela correu os olhos pela mobília da sala. Assim como eu, ela parecia um pouco sem jeito. Convide-a sentar e assistirmos um pouco de TV. Não estava com pressa; sabia que dispunha de muito tempo.
Entabulamos alguma conversa da qual me recordo somente algumas frases desconexas. Na realidade, isso foi só uma forma descontrai-la. E funcionou. Minutos mais, comportava-se como se estivesse em sua própria casa. Além do mais, estarmos ali as sós nos permitiu que não houvesse a preocupação de sermos visto nos beijando a vontade, como um casal de namorados apaixonados. E nossos beijos não só eram ardentes, como escandalosos.
Em dado momento, fui inclinando o meu corpo para cima do dela. Ela, então, foi deitando mansamente no sofá. E sem que percebesse - ou se percebeu, também não se importou -, eu estava por cima dela. Os braços dela me abraçaram com mais vigor, premendo meu corpo ao dela. Os meus instintos, difíceis de serem contidos, fluíram de uma forma tão intensa que não pude mais conte-los.
Eu nem sei dizer ao certo quanto tempo foi necessário para que minhas desesperadas mãos soerguessem a blusinha branca dela. Ela apenas me encarou com olhos desconsertados. Talvez estivesse um pouco envergonhada, confusa com o que poderia acontecer; ou ainda, sabendo que seria deflorada, com medo do momento. Contudo, isso são divagações da minha cabeça; não posso afirmar o que seus olhos queriam dizer.
Meu corpo tremeu de uma extremidade a outra quando meus olhos se fixaram nos cônicos seios dela. Não bastasse a delicadeza e a beleza estonteante daqueles seios em formação, ainda havia os contornos do biquíni deixados pelo sol. Aquele triângulo quase branco em contraste com o resto do corpo quase negro formava uma imagem tão belíssima que nem a visão do criador poderia ser igualada. Tomado pela emoção, eu não sabia o que fazer. Ao mesmo tempo em que queria toca-los delicadamente, queria também morde-los, aperta-los e acaricia-los com a ponta da minha língua. Aliás, quem pensa nisso nessas horas? A razão é suprimida, jogada de escanteio e só o instinto primitivo, animalesco é quem toma as rédeas de nosso corpo.
Sei que algo parecido deve ter acontecido com ela; porque, quando meus lábios tocaram o anel rosado que envolve o mamilo e meus dentes o hauriu, um calafrio ou coisa assim percorreu-lhe o corpo e ela aspirou um gemido de deleite. Foi uma sensação nova, desconhecida, nunca experimentada por ela. Uma sensação tão forte e avassaladora; quebrou qualquer resistência que ainda fosse capaz de esboçar. Se ainda tivesse um pingo de razão, eu me teria dado conta disso; mas não via, não sentia outra coisa a não ser o desejo de possui-la.
Depois de experimenta-los e de senti-los, foi que me lembrei de acabar de retirar a blusinha dela. Peguei-a pelas bordar e as puxei para cima. Ana Carla estendeu os braços e assim a peça de roupa foi parar em algum canto da sala. Queria sentir aqueles quentes seios em meu corpo, por isso retesei o tronco e arranquei de forma desesperada a camiseta. Esta voou pela sala como se alguém brincasse de atirar peças de roupa para todos os lados. E ai eu senti os quentes e rijos seios dela em meus peitos. Ah!, caro leitor, você não pode imaginar a sensação deleitosa que eu senti com aquela menina seminua tão submissa em meus braços.
O fogo queimava minhas entranhas, mas eu não queria ser apressado demais. Queria saborear aquele momento como se fosse o único. Era como comer algo que se adora sabendo que talvez nunca mais vai come-lo de novo; então você vai querer comer aos poucos e sentir o supra-sumo daquilo. Comigo acontecia o mesmo. Sabia, desde o momento em que a vi, que se a tivesse, não teria outra igual. Mas também não era só isso: eu também queria que de alguma forma aquele momento fosse algo mágico, magnífico, prazeroso e inesquecível para Ana Carla. Apesar de estar prestes a manter relações carnais com uma jovem de 14 anos eu não era um pedófilo. Não! Eu não estava preocupado tão somente no meu prazer. Queria compartilhar aquelas sensações. Diferentes, na verdade; mas sensações mágicas. E estava disposto a fazer de tudo para que ela pudesse pelo menos sentir a metade do deleite que estava sentindo.
Levantei por algum instante para contempla-la à distância. Queria olhar e ver aquele corpo coberto com aquela mini-saia, tão curta que parecia ser de uma criança. Meus atentos olhos não só admiraram aquelas coxas quanto foram descaindo lentamente até a sandália preta. Estava magnificamente bela!
-- Você está com medo? arrisquei a perguntar.
-- Um pouco.
-- Não precisa ficar. Na primeira vez é assim mesmo. Eu também já passei por isso, por isso sei como é quis conforta-la. Você vai ver! Depois vai até achar engraçado por ter ficado com tanto receio de fazer uma coisa tão gostosa.
Ela deu um sorriso de concordância. Percebi que foi um sorriso forçado, mas não dei importância.
-- Você também está com muita vontade de fazer isso, não está?
-- Hum, hum.. balbuciou ela, meneando a cabeça afirmativamente.
-- Então não tenha medo falei. Vai ser muito gostoso. Levantei e peguei em sua mão. Então venha cá.
Ela levantou e fomos para o meu quarto.
VI
Pedi que ela sentasse na cama. Em seguida, ajoelhe de frente para ela, peguei delicadamente uma de suas pernas e a estiquei.
-- Bonita essa sua sandália! Você tem bom gosto.
Desabotoei a fivela e retirei a sandália. Que pesinho mais lindo! Dá até vontade de beija-lo todinho!.., pensei. Depois peguei o outro pé e o descalcei também.
Com ousadia, eu lhe fui escorregando suavemente as pontas dos dedos pernas acima. Os pequenos pêlos se enrijeceram. Certamente aqueles pequenos gestos estavam provocando-lhe uma sensação muito agradabilíssima. Isso me encorajou a continuar com a brincadeira. E fiz a mesma coisa, ora em uma perna, ora em outra. Ela fechou os olhos e contraiu as pernas. Ah! Que sensação mais gostosa ver com os próprios olhos o deleite daquela menina! E quanto mais ela se deleitava, mais eu avançava por baixo de da pequena saia.
Ana Carla permanecia deitada na cama, tal qual uma menina obediente à espera de que a mandassem se mexer. Foi então que me descalcei e sentei ao lado dela. Ainda vestia a bermuda jeans, mas não era momento para me livrar dela. Tudo tem o seu momento e o de ficar inteiramente desnudo diante dela não havia chegado.
Deitei ao seu lado e voltei a acaricia-la com docilidade pela face e nos cabelos. Toquei novamente os seus rijos seios com as pontas dos dedos ao mesmo tempo em que a contemplava. Queria conhecer as reações dela, por isso levei a ponta do dedo aos meus lábios, e, num gesto provocativo, umedeci-o com minha saliva, e tornei a perpassa-lo muito levemente pelo cume do mamilo. Uma coisa nova foi experimentada por ela. Algo que fez seu corpo tremer e seus pelos alvoroçar. E isso me deixou mais exaltado, com mais vontade de possui-la mais e mais. Queria ir mais longe e mais fundo. O temor de que ela não fosse saborear aquele momento já não tinha mais razão de ser. Agora eu tinha certeza: ela me desejava e me queria.
Repentinamente, eu virei por sobre ela e a beijei suavemente nos pequenos lábios. Ela correspondeu ao beijo. E nos beijamos, extasiados e enlevados, beijos demorados e ardentes. E nos beijamos e nos beijamos. Todavia algo mais forte aconteceu: eu não pude mais me conter. Estávamos ali, deitados naquela cama macia, entrelaçados. Eu a queria como nunca. Ela também me queria. Então nossos instintos agiram da forma mais livre e espontânea possível.
Parei por alguns instantes e soergui, ficando de joelhos na cama, diante dela. Levei as trêmulas mãos ao único botão da sai e o desabotoei. Imediatamente minha mão direita procurou o zíper e o abriu. Ao se desprender, a borda folgou em volta dos quadris. Agora era só puxa-las pernas abaixo. Impulsivamente, foi o que fiz: peguei-a delicadamente pelas bordas e a puxei para baixo. Ana Carla levantou um tiquinho os quadris e ela deslizou suavemente até se desprender.
Ah! Você nem pode imaginar a beleza daquela menina deitada ali, na minha cama, usando tão somente uma delicada calcinha amarela, ornamentando com personagens de desenho animando? Imaginem! Quanta inocência! Ainda usava uma calcinha de bichinhos! Minha menina! Só minha... só minha...
Nem bem havia atirado a saia sobre a cômoda, Ana Carla levantou e agarrou a minha bermuda. De forma carinhosa e prestante, ela a abriu e puxou-a para baixo. Eu sentei e acabei de retira-la. Agora usávamos tão somente a mais íntima peça de roupa.
A curiosidade dela foi tanta quanto a minha. Meus ávidos olhos perscrutaram o que ainda estava oculto nela. E os dela fizeram o mesmo: também perscrutaram o volume oculto pela pano azul escuro. Vi isso quando desvie o olhar a fim de indagar o que ela estaria a olhar.
Não sei que impressão aquela visão causou nela. Poderia até ter perguntado isso. Todavia, naquele momento, um turbilhão de coisas passou pela minha cabeça; menos esta curiosidade. O que eu vi e senti? Não me recordo direito! Estava meio que dopado, embevecido. Só posso afirmar que senti uma necessidade muito grande de arrancar-lhe o restante da roupa e completar o que estava por fazer.
Eu lutava comigo mesmo, contra meus impulsos. Uma luta desigual, da qual eu levava ligeira desvantagem. Eu lutava para conter a ânsia de querer possui-la logo de uma vez. Quase tudo em mim queria isso; uma pequenina parte, aquela que distingue o homem do animal, é quem lutava bravamente para eu me conter, para não ser apressado. Ela dizia a todo instante: Não tenha pressa! Saboreei lentamente! Contemple! Admire! Toque! Sinta!
Então, no auge daquela batalha, escorreguei lentamente as pontas dos dedos por sobre a pequena coxa dela, por entre as pernas, e perpassei por sobre a calcinha amarela até a borda. Com um movimento leve dos dedos, eu enfiei a mão por sob o delicado tecido e fui tateando em direção aos grandes lábios. Senti que havia ligeira quantidade de pelos. Ela contraiu o corpo num calafrio ardente, desesperado. E minha mão avançou mais e mais...
Meu dedo médio, talvez pela posição privilegiada, foi quem parou sobre a fissura que dividia as duas partes. E por isso foi quem descobriu o quanto úmido estava ali. Aquilo deu mais força a minha parte animal. E o meu dedo, como se agisse por si próprio, por impulso, contraiu e escorregou naquela fissura. E tocou o ponto mais sensível do corpo dela. Ana Carla estremeceu o corpo, abriu a boca e sorveu o ar de uma forma que parecia prestes a desmaiar. As pernas se contraíram numa reação espontânea. E eu dei um sorriso de encanto para ela.
Não sei explicar o motivo, mas minha mão tremia como se eu estivesse arriscando a vida ao toca-la. Risco eu sabia que estava correndo ao fazer aquilo, mas não era desse risco que estava querendo dizer. Era como se tivesse pondo a mão em algo muito delicado e valioso que, se lhe acontece algo, eu estaria desgraçado por toda a vida. Inconscientemente, eu deveria estar me sentindo assim. Por que outro motivo minha mão tremia tanto?
Ao mesmo tempo, para disfarçar e para provocar-lhe novas sensações, eu fiz alguns movimentos para frente e para trás com o dedo. Sem saber qual seria a reação dela, ela levou as mãos até meu braço e balbuciou implorando:
-- Para que eu não agüento mais.
Parei. Retirei a mão e examinei o liquido incolor esfregando o dedo um no outro e depois passando sobre a ponta da língua para experimentar o apurado sabor. Único! Sem igual!
Em seguida, minha atenção voltou à calcinha dela. Levei as mãos à borda e fui puxando-a lentamente, bem vagarosamente..., bem devagar...
Aqueles negros pelos foram sendo descobertos. Cada vez mais e mais, até que ela escorregou pernas abaixo. Finalmente minha menina estava despida! Nesse momento, eu fixei meus olhos no meio das pernas dela. Meu desejo foi tão intenso que quase tive orgasmo. Meu corpo parecia ter pegado fogo, enlevando-se em chamas. Ana Carla mantinha as pernas fechadas. Talvez estivesse se sentindo acanhada de expor toda a sua nudez daquela forma. Era a primeira vez. Era natural que isso acontecesse. Mas eu não queria que isso viesse a estragar o deleite que ela experimentava com toda aquela experiência. Por isso, minhas mãos foram parar entre seus joelhos. Com um pouco de força no início, fui afastando as pernas dela. Ela entendeu o que pretendia e terminou por afasta-las por si mesma. E foi então que eu pude contemplar, como nunca havia contemplado, a beleza, a magia do sexo de uma ninfeta. E as chamas que ardiam meu corpo rugiram.
Sem ter mais a noção de tempo, sem condições de perceber ou ouvir qualquer som que viesse de fora, eu levei as duas mãos até os grandes lábios e os afastei. Só um desejo se apossava de mim naquele instante: ver com os meus próprios olhos e gravar na minha memória a imagem da sua pureza intacta. Sabia que era uma membrana fina. Mas eu queria contempla-la pela derradeira e última vez. Porque dali a pouco, ela deixaria de existir para sempre. Queria prestar reverencia pela sua magnitude e magnificência. Não importa que fosse uma coisa pequena e, pra muitos, sem valor. Para mim, valia mais que qualquer diamante. Era por aquilo que eu sentia prazer em viver.
Tentei. Juro que tentei contemplar por mais tempo aquela coisinha tão delicada; com um orifício tão pequeno, que mal dava para passar o dedo mínimo. Mas eu não resisti. Senti minhas forças faltarem e inexplicavelmente fui sendo atraído por aquele ponto. Quando notei alguma coisa, meus lábios já haviam tocado os grandes lábios dela. Eu estava meio que enfiado no meio de suas pernas.
Minha boca se abriu e a língua saiu desesperada para tocar o intocado. E quando ela principiou a se agitar, como se procurasse algo desesperadamente, eu experimentei a sensação de que minhas veias iam estourar. Era como se as chamas, que ardiam meu corpo, houvessem incendiado meu sangue e percorresse todas as extremidades numa combustão magnífica.
Eu não sei o que Ana Carla sentiu. Não conseguia perceber mais nada. Só sei que ela me puxou para cima dela. As delicadas mãos dela foram até as bordas da única peça de roupa que nos impedia de completar aquilo e a empurrou para baixo. Eu nem sei como, mas eu a ajudei a acabar de me despir e a peça de roupa ficou perdida por algum canto nas proximidades de nossos corpos.
Sei que talvez vou desaponta-lo, amigo leitor. Mas o que há de se fazer! Peço imensamente a sua compreensão. Ponha-se no meu lugar. Como é que eu poderia me recordar de todos dos detalhes do que viera se passar a seguir? Não posso afirmar com certeza; todavia, se naquele instante alguém batesse à porta, eu não ouviria. Talvez nem que a pusessem a baixo. Eu simplesmente estava num estado em que as percepções estavam todas bloqueadas. Eu não via e não ouvia mais nada. Meus instintos eram as únicas coisas que moviam meu corpo.
Os poucos fragmentos que o meu cérebro conseguiu reter não ajudam em muito para reconstituir os que se passou naqueles poucos minutos. Recordo-me que a penetrei sem ao menos me lembrar de usar uma camisinha. Só não foi um erro mais grave devido à pureza dela. Assim eu não estava correndo tanto risco. Talvez se tivesse me lembrado não a teria usado. Queria saborear da forma mais natural possível aquele momento ímpar. A camisinha não permitia isso.
Tentei recordar sem sucesso, se ela chegou a sentir dor ao ser penetrada. Sei que ela me abraçou fortemente e me beijou com a boca suave e molhada. Não sei o que sussurrei naqueles instantes e nem o que ela me sussurrou. Uma frase dela, porém, ficou perdida em minhas lembranças. Uma frase que não sei em que momento foi dita. Pelo conteúdo, pode-se afirmar que ela estava experimentando e gostando daquelas novas sensações. Foi a frase: Eu quero ser sua para sempre...
No resto, o que me recordo faz parte dos momentos seguintes ao meu colapso. Quando voltei a mim, meu corpo jazia estirado sobre o dela. Tanto ela quanto eu arfávamos intensamente. O suor brotava de todos os poros e banhados estávamos. Meu rosto pendia para o lado entre os seios dela. Estavam vermelhos, como se tivessem sido mal tratados. Uma parte de mim, ainda tensa, perdida nas profundezas dela, eu a sentia dolorida. Deduzi que alguma parte dela poderia estar bem mais dolorida que a minha. Por isso, com muito cuidado e lentamente, ergui os quadris.
Alguns minutos se passaram até que eu tivesse forças para levantar e verificar o estrago que havia feito. Quase fiquei decepcionado quando encontrei uma pequenina mancha de sangue na extremidade da glande. Provavelmente eu imaginava de forma errônea que o defloramento provocasse um sangramento maior. Talvez não tenha sido maior porque, além de muito lubrificada, Ana Carla não estava tensa no momento.
Contemplar mais uma vez aquela ex-vírgem desabrochada, encheu meu coração de alegria e júbilo. A felicidade era tão intensa que me senti o homem mais feliz do mundo. Meus olhos brilharam e se encheram de lágrimas. Um sentimento mais forte que eu havia nascido de dentro de mim com toda a sua intensidade. E a vontade de querer tomar posse e de ser o único homem daquela menina foi imensa, inefável. Não havia planejado aquilo, mas o destino havia me pregado uma peça. Agora só me restava arriscar o meu futuro.
Foi o que fiz...