Briga de galo

Um conto erótico de Ícaro
Categoria: Heterossexual
Contém 1652 palavras
Data: 10/09/2003 10:27:09
Assuntos: Heterossexual

Ainda adolescente, costumava sair com amigos da mesma faixa etária a fim de conhecer os picos de praias inexploradas pelo nosso grupo de surfistas. Saíamos, não muito raramente, buscando novos “points” de surf – outras formações de onda sempre constituiu um deleite àqueles que se prestam ao trato com a pulsação diária dos mares de Netuno: as marés.

Resolvemos, certa vez, seguir rumo às praias da Costa Leste do estado. Encontramos algumas com ondas alucinantes; outras, porém, serviam apenas de apoio para noitadas à beira-mar. Costumava levar meu violão para alegrar as noitadas da turma. Eram noites de muita reflexão sobre a vida, muita paz e nada de drogas.

Nosso grupo girava em torno de cinco a seis pessoas. Eu era um dos mais novos. Apenas os acompanhava em época de férias ou quando meu primo mais velho, de dezoito anos, me levava.

Num desses entrepostos, numa praia não muito distante de Fortaleza, ocorria à época, quase todas as noites, rinhas com brigas de galo. Nunca fui afeito a esse tipo de “esporte”, mas acompanhava o grupo. Afinal, estávamos juntos. Por haver se tornado um dos hábitos locais, essas rinhas atraíam a atenção de muitas pessoas, principalmente turistas e visitantes da capital. Era, inclusive, difícil se conseguir um ponto de boa observação depois de certa hora. Quem chegava tarde tinha que se contentar com gritos de apostadores e torcedores mais exaltados.

Um dos nossos amigos surfistas, o Marcos, adorava essas rinhas – foi ele quem nos indicou essa praia. Durante as brigas de galo ele não parava de gritar. Torcia muito para o galo que escolhia. Talvez devido a essa euforia, talvez em função das feições – era um adolescente bonito, sim! (nada de homossexualismo, apenas faço jus à beleza de um amigo)... Fato é que observei uma morena de feições exóticas (magra, alta, olhos claros, boca carnuda, algo em torno de 18 anos) olhando, demoradamente, na direção onde o Marcos se encontrava. Pensei em avisá-lo, mas não foi necessário. O mano era muito arguto e, de chofre, percebeu ser alvo de olhares insidiosos daquela bela mulher.

A briga continuava no ringue. O Marcos, agora mais comedido, dividia as atenções: estava entre os golpes assaz violentos dos galos que se digladiavam e os olhares deveras sedutores da morena. Aos poucos, ele vai cedendo aos apelos da mulher que o deseja – era inconteste o ar de sedução daquela mulher. Havia naquele olhar algo de mágico, de felino, de sedutor... Ela exalava sexo pelos olhos – algumas mulheres têm esse poder, essa sensibilidade de dizerem, através de um simples olhar, segredos que aguçam a libido do macho por ela escolhido.

Eu, de onde estava, percebia tudo. Conhecia-o bem e, de acordo com a retrospectiva do meu amigo, sabia que optaria pela mulher em detrimento dos galos. Fui, porém, traído em minhas projeções. Aquela mulher estava além da minha percepção de adolescente pueril. Ela, discretamente, fez menção para que meu amigo a acompanhasse. Esperou alguns segundos após o sinal (mais um que fizera apenas com o poder daquele olhar) e saiu. Marcos já não mais se preocupava com os galos. De nada importava, naquele momento, quem seria o vencedor. Ele apenas seguia os instintos de “bicho” que o invadiam. Sabia que a felicidade estava alhures, muito além daquele ringue... Sabia que algo de bom, mesmo que efêmero, estava, junto àquela mulher, esperando por ele.

Os dois seguiram silenciosamente em direção a um dos morros que havia por detrás das barracas da praia. Um pouco à retaguarda, tentei segui-los na intenção única de ser o testemunho vivo de mais um ato de amor, de sexo, de volúpia...

Eles seguiram lado a lado. Embora não muito próximo, percebia que o silêncio era a tônica do casal. Ambos estavam calmos, pareciam mesmo saber o que queriam, prescindindo de palavras fúteis que de nada adiantariam naquele momento. Apenas uma brisa teimosa os interrompia e, providencialmente, jogava ao ar os longos cabelos daquela mulher que agora, protegida pela penumbra da lua, seduzia-me com o traçado das silhuetas que se me encantavam os olhos. Quanta beleza! Que perfeição havia naquele corpo... A sugestão da nudez, a iminência da união daqueles corpos... A perspectiva do amor perpassava minha mente... Queria ser o protagonista daquela mulher, doar-me-ia por inteiro a ela... Mas a natureza, o poder de escolha daquela fêmea optou noutro sentido e outro era o homem que a conduzia ao templo do amor, sob os arrufos dos tambores dos deuses do mar, sob a lua, ao som da brisa e o balanço das ondas.

Chegam ao cume de uma das dunas. Descem um pouco e ficam protegidos de todos os que ficaram para trás. Acelero as passadas para não perder nenhum detalhe. Chego ao topo e me posiciono no melhor local possível – precisava assistir ao que seguiria. Passam alguns segundos parados, apenas se entreolhando. Ela, ainda em silêncio, abre-lhe a braguilha – não da forma brusca e apressada como as mulheres costumam fazer, mas suavemente. Parecia querer sentir o volume que certamente havia por baixo daquela calça. Minha visibilidade não era das melhores, mas percebia que ela demorava, parecia mesmo sentir o pênis do Marcos ainda escondido... Ela se demorava... Abrira a braguilha, mas o membro do meu amigo, teimosamente, ainda se escondia por baixo das vestes dele.

A paciência daquela mulher atormentava meus ímpetos imediatistas de adolescente que tem pressa no trato com as mulheres. Minha pouca idade e minha inexperiência sexual não entendiam, ainda, o quanto de beleza, de tesão e de sensualidade estava nas entrelinhas daqueles toques sutis, da sugestão da nudez do meu amigo que aquela mulher insistia em protelar. Se eu, que estava apenas na condição de observador passivo, sofria... Como estaria o membro do meu amigo naquele momento, sendo, imagino, tão hábil e docemente acariciado? Depois de longos minutos de “espera”, talvez angustiantes, ela por fim despe o pênis do Marcos, colocando-o pra fora (não tirou a calça dele, apenas pôs pra fora). Movido por um impulso animalesco, retirei, incontinenti, meu cacete – não pude resistir. Queria, a todo custo, sentir um pouco do prazer que aquela mulher oferecia, gratuitamente, ao meu amigo...

Seguiram-se momentos de pura sedução. Ela, mostrando-se ainda mais tranqüila, passou a massagear o pênis do Marcos. Ele permanecia imóvel, talvez não acreditando na facilidade das coisas, ou talvez, isso me pareceu mais provável, hipnotizado com as mãos daquela que agora o acariciava. A luz refletida da lua parecia brindar aquele momento de amor. De repente, um clarão iluminou a terra e pude, finalmente, sair da penumbra e vislumbrar os dois amantes. Foi uma visão rápida, mas suficiente para contemplar dois mundos: o dele – ainda eescrente do mimo que recebera; o dela – que se refletia num olhar de conquistadora, duma mulher caçadora que se deleitava com a mais nova conquista. As nuvens se moveram encobrindo a lua e voltei à penumbra.

Ele se senta. Ela, ajoelhada, inicia uma deliciosa felação. Inicia com movimentos lentos e se mantém assim por um bom período. Eu torcia o tempo todo para que ela o chupasse mais rapidamente – eu me masturbava no mesmo ritmo das idas e vindas daquela boca que percorria o cacete do meu amigo. Uma chupada mais rápida, portanto, significaria mais prazer pra mim. Ela, porém, mantinha-se firme, com chupadas lentas, percorrendo cada centímetro do meu amigo. De repente, talvez pressentindo a iminência do gozo do Marcos, ela retira o cacete dele da boca, faz um gesto que me pareceu o de uma cuspida na glande, reiniciando, em seguida, a felação. Agora sim ela chupava com volúpia e desejo. Parecia devorar todo o mastro que a invadia... Chupava-o vorazmente!

Não demorou muito e ele gozou. Percebi o gozo pelas contrações musculares que o corpo do Marcos fazia. Eram contrações involuntárias, mas provocadas por carícias intencionais e certeiras: ele estava, de fato, maravilhado! Não consegui ver os jatos de porra que certamente invadiram o espaço, mas senti minhas mãos meladas do meu gozo – não resisti e me fiz transportar por mundos imaginários, gozando como se aquela boca de mulher estivesse em mim... Gozei na solidão, mas estava feliz...

Após o gozo ela ainda o chupou durante mais alguns segundos. Percebi que naquele momento ela buscava engolir o membro do meu amigo até a “raiz”... Aquela mulher sabia mesmo o que fazer com uma pica... Meu amigo, ainda em silêncio, tentou roubar-lhe um beijo. Ela se levantou, passou as mãos nos joelhos e saiu. Ele a seguiu. Ela acelerando os passos e, quase correndo, conseguiu retornar ao ringue. Não os acompanhei de imediato, mas tão logo retornei ao local onde outros galos já se agrediam, percebi-os nos mesmos locais onde estiveram antes de saírem... Eles se olhavam e sorriam, mas nenhuma palavra trocavam. Marcos fez novas apostas... Novos gritos, novas exaltações... Ela o observava com o mesmo olhar. Pressentia que logo voltariam às dunas, mas aquela mulher verdadeiramente me surpreendia e, depois de alguns outros olhares na direção do meu amigo, despediu-se de uma amiga que a acompanhava e se foi.

Algumas vezes somos felizardos no que se refere às expectativas sexuais que almejamos. Noutras ocasiões, estamos no lugar certo, na hora certa, mas o livre arbítrio das mulheres não nos permite qualquer aproximação. Nesses momentos temos duas opções: ou nos penalizamos pelo azar que tivemos ou aproveitamos, da forma que é possível, algo de bom que aquela rejeição traz. Foi assim que fiz. Não fui o escolhido, mas tive um gozo tão memorável que mesmo agora, depois de decorridos vários anos, ainda lembro do dia em que banhei minha mão de porra quando uma desconhecida, silenciosa, chupou o cacete de um amigo numa noite de lua cheia.

Há mulheres que preferem os pênis tipo G3 (grande, grosso e gostoso); outras, porém, preferem os G1 (não grande, não grosso, mas gostoso). Se você, mulher solteira e/ou casada, é uma adepta dos G1 e deseja estreitar contatos e realizar fantasias, escreva-me.

metogostoso@uol.com.br

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Voltei! Ao contrário de muitos, gosto de escrever sobre experiências VERÍDICAS... Por isso a demora! Entretanto, tenho duas novas aventuras que darão muito que falar! O reenvio dos antigos contos serve apenas como um aperitivo sexual... Cheiro nas xotas, princesas!... FALEM DO ÍCARO... FALEM MAL, MAS FALEM!

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