S.O.S

Um conto erótico de Anônimo
Categoria:
Contém 343 palavras
Data: 19/07/2004 08:44:25
Assuntos:

Era madrugada na serra de Petrópolis e um veículo seguia lentamente pelas curvas fechadas e sinuosas dos vários abismos da BR-040. Mesmo com os faróis, a visão que Jacó era limitada pelo forte nevoeiro e pela chuva.

A viagem era solitária. Seus olhos não desviavam da estrada. Seu rádio estava mudo, talvez pelo mau tempo ou talvez por causas das montanhas da região. Já tinha feito essa viagem centenas de vezes e em condições piores. Entretanto, estava muito tenso.

Ao sair de uma curva fechada, seu coração quase parou quando viu no meio da estrada um vulto branco de formato humano com os braços abertos acenando vigorosamente. Sentiu pânico mas logo viu que se tratava de alguém pedindo ajuda.

A visão era assustadora. Uma mulher em trajes brancos e longos. Sua face mostrava terror e desespero. Seus cabelos, sua face pálida e os olhos fundos eram mais terríveis que as manchas de sangue espalhadas pelo corpo. Jacó ficou paralisado por alguns instantes quando viu aquele quadro assustador, mas logo se acalmou. Ela se arrastava na lateral do carro, gemendo e com as palmas das mãos sujas de sangue apoiadas nos vidros.

Jacó prontamente saiu com uma lanterna. A mulher segurava os cabelos e gritava sem cessar. Jacó tentava falar com a mulher mas não conseguia resposta. Olhou em volta e reparou que uma parte da proteção lateral da estrada estava destruída. Jacó compreendeu que ali alguém acabara de sofrer um terrível acidente. Correu até o local e percebeu que no meio da grota escura havia duas pequenas luzes vermelhas que logo notou serem da traseira de um carro, além de um clarão mais ao fundo do matagal dos faróis dianteiros. Ele se aproximou um pouco no meio da mata e apesar da escuridão, pode notar que um carro havia capotado e estava bastante danificado.

Quando ele olhou com atenção, um calafrio percorreu todo o seu corpo e sentiu um terror mortal em sua alma quando percebeu que o corpo daquela mulher que pedia ajuda na estrada estava jazia sem vida dentro dos destroços.

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