Divagando...

Um conto erótico de maninho
Categoria: Homossexual
Contém 911 palavras
Data: 29/07/2004 14:07:15
Assuntos: Homossexual, Gay

Sinto uma tensão esquisita... Faz frio lá fora, mas o calor que me chega pelo corpo do amante estendido na cama, ao meu lado, onde estamos ambos nus, é mesmo providencial, embora não me evite essa sensação de desconforto que experimento.

O que se passa comigo? Visita-me uma inquietação para a qual não vejo motivo aparente, embora não consiga controlá-la, permitindo que me deixe assim, meio desassossegado.

Se acreditasse em premonições, diria que se tratava de algo dessa natureza... Tudo parece correr bem, mas eu trago comigo a impressão de que logo virá alguma “bomba” para estragar toda essa tranqüilidade.

Na verdade, esse “logo” já demorava algumas horas...

Começou, na verdade, depois que Ronaldo e eu transamos. Ah, esqueci de dizer que a cama onde estamos deitados agora é a de seu quarto, na casa onde ele mora com seus pais. Vim estudar para alguns testes que acontecem na semana que vem e, como fazemos sempre que há oportunidade, transamos descontraídos noite adentro.

Hoje é a noite de um sábado chuvoso, ou melhor, a madrugada de um domingo, pois já são quase duas horas da manhã. No quarto onde estamos há duas camas, uma delas porém vazia, pois ficamos os dois no mesmo leito, partilhando nossos corpos ansiosos um do outro.

Já estamos juntos há quase um ano e, creio, ninguém estranha o fato de estudarmos e nos divertirmos juntos. Penso que pela cabeça das pessoas não passe que haja algo mais além de uma grande amizade a nos unir. Esta existe, é verdade, mas o que nos tem mantido juntos é o desejo que temos um pelo corpo do outro, pelo prazer que nos proporcionamos mutuamente, qual paixão de adolescentes que somos e tentamos desfrutar do que temos sem pensar em culpas ou no que virá futuramente.

Uma vez que não deixamos essa paixão interferir em nosso rendimento escolar, nossos pais e parentes não têm qualquer razão para ver nesse relacionamento algo de extraordinário, no sentido de desconfiar de nossos encontros. Mesmo porque estes acontecem não muito freqüentemente, embora se eu fosse me guiar apenas pela satisfação de Ronaldo, estaríamos transando todos os dias e mais de uma vez por dia, tamanho o fôlego do rapaz.

Mas, entendendo meus motivos e concordando comigo que mais vale ter a continuidade em vez de arriscar tudo por um ímpeto, temos conseguido manter em segredo nossos momentos íntimos, em que nos desnudamos por completo, um para o outro, literalmente.

Hoje, porém, me sinto diferente! Fiz Ronaldo gozar três vezes, ele me fez gozar também uma vez que valeu pelas suas três, mas me sinto esquisito, o que me faz permanecer acordado até esta hora. Presságio? Não sei... Sei apenas que essa inquietação não passa e o frio lá de fora me incomoda, mesmo agasalhado e com o corpo de Ronaldo me cobrindo e aquecendo com o seu calor.

Levanto-me devagar, para não despertá-lo sem necessidade, vou para a outra cama, desarrumando-a ao atirar-me sobre ela, de modo a não deixar margem para que desconfiem de nós. Ali me deito de bruços, ficando a refletir nos possíveis motivos para eu estar assim.

Mesmo nada encontrando que justifique essa ansiedade, permaneço insone. Tento controlar meus nervos, pois nada há que dê amparo a essa inquietude que toma conta de mim e me impede de desfrutar inteiramente desse momento, quando tenho tudo para me sentir alegre, contente e sem qualquer preocupação.

O amante que dorme sereno e a sono solto na outra cama satisfaz as minhas necessidades atuais. Desde que fui seduzido por meu avô, há alguns anos, passei a desejar um outro corpo semelhante ao meu, fazendo de um outro macho a minha delícia. Ronaldo consegue saciar esse desejo com seu corpo másculo, bem proporcionado. Apesar de termos a mesma idade – ele é mais velho que eu cinco meses – ele tem cerca de 20cm de altura a mais do que eu, sendo bem mais forte. Mas, o detalhe principal de sua anatomia é, sem dúvida, o pênis – somente quando está flácido é que consigo envolvê-lo completamente usando apenas uma das mãos.

Jamais tive a curiosidade de medi-lo, mas sempre o admirei nesse aspecto. Ver o membro surgir ereto, com aquela glande enorme e senti-lo pulsar entre os meus dedos até hoje me deixa extasiado, embevecido. Um pouco à semelhança de quando meu avô me oferecia “pombinha” e eu, com avidez a segurava nas minhas mãos trêmulas, sem sossegar até que a levava à boca e prosseguia até receber o seu gozo que me descia garganta adentro.

Foi pensando nas cenas do final de minha infância que voltei a adormecer, momentaneamente aliviado da inquietação que há pouco me visitava graças à recordação de minha iniciação sexual, obra das mãos experientes de meu avô. Das mãos e, também, de “pombinha”...

Acordei sentindo um peso sobre o corpo, algo inesperado. Por um instante fiquei preocupado, mas logo se esvoaça a tensão. É apenas o meu Ronaldo que despertou primeiro que eu e já me procura para um gozo matinal, talvez a nossa despedida deste final de semana chuvoso.

Acomodo-me, abrindo um pouco mais as pernas, facilitando os movimentos que meu parceiro utiliza para que seu pênis se posicione à entrada de meu anel e dê início aos procedimentos da invasão que, a experiência me diz, culminarão com um novo jato de esperma, quente e viscoso, que me inundarão o reto, consumando a nova posse e trazendo satisfação para ambos, quem come e quem é comido. No caso, eu...

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