São duas e meia da manhã, madrugada de uma quarta-feira e eu insone. Procurando outras coisas, achei um arquivo com relatos meus e me vi recordando fatos de um passado que eu já não recordava há algum tempo.
E a mente começou outra vez a passear, visitando esses espaços quase tenebrosos do meu pensamento, deixando chegar ao presente sensações e idéias que se encontravam quase perdidas num ontem que, parecia, encontrava-se há séculos de distância. E ler esses meus pequenos segredos, detalhes de uma sexualidade toda tresloucada, sem uma definição adequada, causou um rebuliço dentro de mim.
Foi como se eu retornasse àquelas noites em que me deitava na rede com meu avô e revivia os episódios de tomar em minhas mãos "Pombinha", levá-la aos lábios e deleitar-me com aquele pênis semi flácido em minha boca, preenchendo-a num prazer que nem sei como descrever corretamente.
E volta ao pensamento, rápido como um raio, a imagem daquele colega e daquela situação primeira, quando me propôs a experiência de sexo anal, fato que me provoca um certo que de saudade. E chega o desejo de voltar a fazê-lo agora, quando é-me impossível fazer o tempo retornar àquela manhã de sábado, àquele momento exato em que me foi apresentada a proposta.
Vem-me aos lábios um outro "sim" que é todo loucura, devasso, que demonstra o clamor desenfreado de luxúria dentro de mim, um desejo que eu nem sonhava fosse capaz de sentir, sobretudo por alguém de meu mesmo sexo.
No entanto, é o que deveras experimento, pois, mesmo a sós, tento disfarçar o princípio de ereção que me vem e ainda as pregas do ânus a se dilatar, sensação que vivo ao presenciar na TV cenas de sexo ou nudez, ou também quando me retiro para minhas sessões de masturbação no banheiro, introduzindo objetos volumosos no reto e gozando gostoso sob o chuveiro, à falta de um macho a me comer de verdade.
Aqui é interessante relatar uma forma de masturbação diferente que encontrei, sob as águas. Deito-me de bruços, de forma que o jato d'água incide sobre as nádegas e também sobre o pênis, que posiciono de tal modo que o líquido cai sobre a glande e o freio.
Com as mãos vou massageando minha bunda, abrindo-a e, com a água em grossos pingos derramando sobre o pênis, sinto me transportado a um êxtase maravilhoso em poucos minutos, enquanto fantasio que tenho um macho me cobrindo e me comendo gostoso, disfarçado nas gotas d'água...
Mas, passado o momento do gozo, depois de relaxar debaixo do chuveiro, retorna a mesma realidade e tudo volta a ser apenas expectativa.
E nessa expectativa eu permaneço, às vezes desejando que tudo isso se acabe, que eu crie coragem e destrua estas minhas confissões, como já fiz com dezenas de outras anteriores e cujo teor era ainda mais forte, indo do realismo aqui descrito para uma infinidade de fantasias que sonhei ou mesmo pude apreciar em escritos ou cenas vividas por outros personagens.
Não sei se terei coragem para isso, como não garanto que chegue ao final de meu tempo sem experimentar novamente como parece ser o meu destino um pênis de verdade entrando em meu ânus e lá deixando seu esperma como "marco" de uma posse tão ansiada por mim.
E não somente ter esperma, a "porra" no reto, mas também no estômago, pois resiste e é até mais forte este desejo de vivenciar uma cena concreta de sexo oral com outro macho, em que eu o leve ao gozo com meus lábios e minha língua, dando-me a oportunidade de chupar inteiramente o fruto de seu prazer. Ocorrerá, de fato, essa cena, ao menos uma vez? Quem sabe?
Outra vez e eu volto...
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