- Agora, enfia! - disse ela, abrindo a bundinha redonda com as duas mãos.
Louca, pensei. Louca e gostosa.
Nancy era baixinha, tinha coxas grossas, cintura fina, quadris largos, do tipo violão, a preferência nacional. Um perfil de mulher fogosa, insaciável, daquelas que exigem bastante fôlego de um homem na cama.
Vista pela frente, carregava seios grandes como armas apontadas, perigosa, atiçando os homens com sua cor morena-jambo, seu riso aberto, olhos brilhantes, cara de safada. Enfeitando e completando tudo isso, cabelos anelados, longos e soltos até a cintura, balançando livres ao sabor da brisa que vinha do mar.
Vista por trás, destacavam-se as coxas deliciosas, que levantavam e abaixavam a bundinha apetitosa, rebolativa.
Sem falsa modéstia e exagero, minha gata era mesmo um tesão de mulher. E como gostava de sexo! Era com ela mesmo!
Se mulher tinha buraco, dizia ela, era pra ser usado, manuseado, penetrado, arrombado.
Descarada por natureza, dizia o que lhe vinha à cabeça. Eu a fitava sério, ouvindo suas bobagens e me excitando intimamente com todas aquelas deliciosas sacanagens.
Se eu a queria, tinha. Se era ela quem me procurava, não negava fogo: fazia de tudo para acalmar seu tesão, seu rabo quente, abrasador.
Exibicionista, quando saía comigo Nancy caprichava nos decotes, os mais profundos possíveis, quase fazendo saltar os bicos dos seios para fora.
As saias eram mínimas: uma abaixadinha e já se via tudo, mas tudo mesmo, já que ela detestava calcinhas. Aliás, roupa íntima era coisa que ela só usava durante os jogos e fantasias. Nessas horas, a meu pedido, vestia meias, cintas-liga, sutiãs e calcinhas rendadas, esperando ansiosamente que eu lhe arrancasse tudo.
Embora goste de tudo isso, sempre fui muito contido, principalmente em público. Ficava constrangido, por exemplo, quando Nancy se agarrava no meu pescoço, me abraçava e, com o corpo apoiado na pontinha dos pés, procurava minha boca para me beijar longamente, esfregando-se em mim feito uma cobra.
Era um verdadeiro escândalo nas ruas! Mas logo me acostumei a essas ousadias. Na verdade, fiquei viciado nelas.
Nancy, minha baixinha louca e tesuda, era apaixonada por mim. E ela fazia questão de deixar isso bem claro para todos. Eu era invejado pelos homens e admirado pelas mulheres, levando ao lado dela a vida que pedi a Deus.
Eu não tinha nada além de mim mesmo para dar a ela: pobre, bancário, morando numa pensão, sem bens e sem dinheiro sobrando, sem telefone e muito menos automóvel, tinha conquistado aquela beldade por acaso, enquanto tomava, num fim de tarde, uma cerveja na padaria próxima da pensão onde morava.
Nancy havia ido comprar pão e leite para a mãe e deu comigo ali: sério, sozinho e triste.
Ela me olhou meigamente, num misto de pena e tesão, e sem nenhuma cerimônia foi logo se aproximando e se apresentando.
Ao sair da padaria, o pão debaixo do braço, deu-me um beijo estalado no rosto pedindo que a esperasse, pois logo voltaria.
Não acreditei no que prometeu nem dei confiança. Já ia saindo quando ela apareceu botando as mãos nos quadris, sorrindo marotamente. Perguntou se eu estava fugindo dela e eu respondi que, se pudesse, fugiria sim, mas com ela.
Seguiu-se uma longa conversa e ela ficou logo sabendo da minha triste rotina e eu da sua. Nancy morava com a mãe e ambas viviam à custa da pensão do pai, um ex-militar já falecido.
Nosso namoro começou ali mesmo e naquela noite. Era ela quem pagava os hoteizinhos baratos quando queríamos transar, o que me deixava muito envergonhado no início.
A gente se amassava tanto por todos os cantos da cidade que, quando o tesão se tornava insuportável, eu acabava cedendo aos apelos dela e ia para o hotel, onde usufruíamos livremente do tesão dos nossos corpos sedentos por sexo.
Nancy não se importava em pagar nem em ser bolinada em público por mini. Tinha também um desejo secreto: queria que eu lhe comesse o cuzinho ao ar livre, nas areias da praia, mais precisamente.
Tentei tirar essa idéia da sua cabeça, pois poderíamos ser presos por atentado ao pudor público. Ela teimou, insistiu, dizendo que sentia inveja dos animais, que transavam em qualquer hora e lugar e ninguém ligava pra isso.
De tanto ela insistir, acabei concordando: quando uma mulher quer, não tem homem que pode com ela. Pedi apenas que a transa fosse à noite numa praia deserta. Nancy concordou.
Fomos à praia no final da tarde e .ela passou a fazer montes de areia para esperar a noite chegar. Assim que o lugar ficou deserto, ela tirou o vestidinho e passou a brincar com meu pau, a acariciá-lo, a punhetá-lo, a chupá-lo.
Depois que o deixou pronto, duro como ferro, ela se deitou de bruços na areia, com os quadris bem empinados, e abriu provocantemente a bundinha.
Soltei todo o peso do meu corpo em cima dela, apoiando-me naquele colchãozinho de carne macia, e soquei-a furiosamente, enquanto ela reagia com gemidos às minhas estocadas. Ela pedia mais e mais, gritando os piores palavrões que já ouvi, excitando-me terrivelmente.
Acelerei vigorosamente os movimentos que fazia dentro dela e gozei fartamente na bunda dela. Ela também gozou junto comigo.
Ela se virou coberta de areia da cabeça aos pés e, feito uma sereia ou um bicho do mar, foi se rolando até a água, onde mergulhou.
Fiquei observando aquele ser livre e feliz que pertencia mais à natureza que ao mundo dos homens, de tão espontânea e natural que era. Sua nudez não chocava, antes maravilhava quem assim a visse. Seu sorriso aquecia o coração de todos, ela se dava toda à vida, celebrando o amor.
Voltou lépida e satisfeita da água e assim mesmo, toda molhada, vestiu-se. Nunca vou esquecer a cena que me deu, ao mesmo tempo, medo e tesão, amor e paixão. E, acima de tudo, cumplicidade e compreensão.
Antes dela, eu passava o tempo, não vivia. Agora vivo plenamente, conduzido pelas mãozinhas ternas e apaixonadas de um raro tesouro chamado Nancy.