Eu me chamo Anita, tenho 34 anos... Meu conto é algo real, poderia ter acontecido contigo, ou pode estar acontecendo dentro da tua própria casa, e você nem sabe!
Eu tinha na época uns sete ou oito anos... Era a terceira filha, numa série de quatro... Meus irmãos mais velhos tinham dez e doze anos, quando tudo começou. Joana tinha doze, e era, e continua sendo, uma pessoa muito fechada, sempre estudando, e pensando na faculdade... Meu irmão João Jorge tinha dez e não queria nada com a hora do Brasil... Já tinha repetido o ano um monte de vezes. Eu tinha sete anos, e estudava em colégio particular, onde a elite da cidade pequena onde morávamos também estudava... Minha mãe estava grávida de nossa irmã caçula.
Contei isso pra vocês se situarem onde tudo começou...
Eu sempre acordava a noite gritando... Tinha alguém mexendo na minha xereca... eu senti a alguém colocando algo na minha bunda. Minha mãe, sempre me consolava dizendo que era só um pesadelo... Quando ela chegava no quarto, meu irmão, que dormia no quarto ao lado já estava lá... Minha mãe nunca desconfiou, nem eu. Passaram-se quase cinco anos... Eu sempre tinha esses pesadelos, mas quando João viajava, ou eu ia passar as férias ou final de semana fora, nada acontecia. Eu dormia que nem um anjinho.
Eu já tinha doze anos quando minha irmãzinha adoeceu e minha mãe teve que ir para a capital cuidar dela... Tínhamos empregada, meu pai trabalhava o dia todo, minha irmã mais velha estava na capital, estudando, e João, parecia que tinha tomado vergonha na cara e estava estudando sério.
Os pesadelos, que eu tinha, tinha parado um pouco, pois, com a empregada direto em casa, e nossa irmã adoentada (ela nasceu com deficiência física).
Minha mãe ficou preocupada em me deixar em casa, mas ela disse que tinha que pensar na nossa irmã que precisava de médicos que no interior não tinha...
Nós não conversávamos muito... Ela não conseguia falar comigo, de coisas simples como: de onde vem os filhos? O que é menstruação? A resposta dela era sempre a mesma: quando você crescer, você aprende... Ainda é cedo!. Mas como cedo? Eu já tinha doze anos, ainda não tinha menstruado, e pouco sabia sobre isso, não sabia nem de onde os bebes nasciam... Tinha visto ela grávida, mas ela se recusava a falar sobre o assunto... Sempre dizia que eu era muito criança para isso. Eu não a culpo pelo que aconteceu, foi assim que ela foi criada. Ela pouco conversava com a mãe, sobre as coisas da vida e do mundo.
Quando ela viajou, tinha previsão de passar só uma semana, mas o tempo passou, de uma semana, foram duas semanas, e se transformou em três longos meses. A empregada pediu demissão, assim, acho que sem mais nem menos, já na segunda semana que mamãe estava fora. Ficamos só eu, meu pai e meu irmão.
Foi nessa época que os pesadelos se tornaram reais...
Sempre foi costume de minha mãe de me dar um copo de leite quente para dormir... Quando ela não estava em casa, meu pai ou meu irmão fazia... Quando mamãe viajou fiquei preocupada, pois já desconfiava que meus pesadelos eram algo real.
Certa noite eu estava tomando banho, meu irmão bateu na porta e disse que o leite estava no criado mudo, e me deu boa noite. Achei que ele tinha ido embora, como de costume... Terminei meu banho, coloquei uma camiseta grande, e fui pro quarto terminar de me vestir... Entrei e tomei um susto, ele estava sentado na poltrona, vendo tv:
_ O que você quer aqui?, Sai que tenho de terminar de me vestir, falei, lembrando que estava só de camiseta, bem fina, sem nada por baixo.
_ Não se preocupe, não quero fazer nada demais, só vim ver você, saber como esta indo na escola...
Conversamos sobre banalidades, e pedi para ele ir, que iria dormir. Ele falou que poderia deitar, e só terminaria de ver o noticiário, já que sua tv estava quebrada.
Deitei, e já estava cochilando, quando senti ele passando as mãos em minhas pernas. Pensei em me mexer, mas tinha um medo enorme dele: quase paro de respirar.... ele foi subindo, beijando minhas pernas, e chegou a altura da minha bunda... lambi, abriu minhas pernas devagarinho.. e enfiava a língua no meu anus... eu tentei me mexer, fingindo que estava acordando, ele parou... foi subindo até a altura do meu pescoço.. chegou ao meu ouvido e falou:
_ Sei que está acordada.. vi que não tomou o leite que sempre te preparo a tantos anos... Não se preocupe, não vou fazer nada demais.
Eu sentei na cama,. Ele olhou pra mim e falou:
_ Se gritar, vou dizer a meu pai que é mais um pesadelo, se é que ele vai acordar, depois de tanta cerveja... E se contar pra minha mãe, você já sabe, ela não acredita em você.... Vai dizer que é mais de um dos seus pesadelos, e vai te dar outra surra daquela que te deu quando você falou que me viu no seu quarto... Então deita ai... E fica quietinha.
Obdeci... Ele me lambia, cheirava, enfiava a língua no meu cu, mas não mexia na frente...
Mas de repente me virou de frente e começou a me chupar... Segurou meu clitóris e começou a chupar, como quem chupa um dedo... Não sentia prazer, aquilo estava doendo, e muito. Mas o meu medo de gritar era enorme... Tentei empurrar a cabeça dele, tirar ele do meio das minhas pernas, mas recebi um tapa no meio da cara... Peguei o travesseiro, enfiei no rosto e rezei para que lê acabasse logo com aquilo.
Agora ele não se importava se eu estava acordada ou não... Entrava no quarto assim que papai dormia, e me cheirava, me lambia... Certo dia ele entrou com uma cenourinha na mão. Era pequena, mas quando vi o que ele ia fazer disse que não, que iria gritar. Ele me segurou pelos cabelos, me jogou na cama, e amarrou meus pulsos na cabeceira da cama. Segurou minhas penas, com o peso dele, e começou lentamente a enfiar aquela cenoura no meu cu... Eu comecei a gritar, mas ele me bateu e enfiou a calcinha na minha boca... A tortura levou um tempão. Ele disse que só não enfiava na frente porque eu ainda era moça, e, não tinha coragem. Mas que quando não fosse mais, que ele enfiaria tudo que achasse na minha xana...
No dia que completei treze anos, minha mãe chegou de viagem. Vinha diferente, mais conversadeira, perguntava as coisas com naturalidade; nos três meses que ficou fora, ela morou um tempo com uma irmã que tem três filhas aborrecentes (talvez isso tivesse feito ela mudar tanto); mas, eu, fiquei mais fechada ainda, não conseguia expor minhas dúvidas, nem falar sobre o que acontecia comigo.
Passou-se mais de duas semanas sem que Jorge fosse me procurar. Eu dava graças a Deus, mas confesso que já estava acostumada, e sentia falta. Eu passei a acreditar que nós não estávamos fazendo nada errada, apesar de não gostar quando ele resolvia colocar coisas dentro de mim. Certa noite minha mãe deitou cedo, pois estava com enxaqueca. Ele aproveitou o ocorrido e foi me procurar: eu não queria, realmente não queria, mas ele amarrou minhas mãos na cabeceira da cama. Começou a tirar minha calcinha, quando de repente, minha mãe entrou no quarto... Foi um reboliço, ela bateu nele, meu pai só chorava. O pior de tudo, pra mim, foi ela me dizer que a culpa era minha. Eu fiquei arrasada, isso me colocou pra baixo... Eu não tinha amigos nem amigas com quem conversar. Eu tentei falar com ela quando era pequena, tentei inúmeras vezes, mas até apanhei porque falei demais. Depois passei a guardar pra mim, tanto as alegrias quanto as tristezas. Não conseguia expor meus pensamentos. Não a culpo, nunca fiz isso, mas quando ela colocou a culpa em mim, isso me deixou atordoada. Eu passei a acreditar que nada valia a pena, até porque, logo depois que ela nos pegou juntos, ela me levou a um consultório médico, para ver se eu era virgem. Eu não deixei o médico me tocar. Ela achou que era para ele não ver a realidade.
O fato vazou, e todo mundo na cidade ficou sabendo; muitos nem deram bola, mas eu estudava no colégio elite da cidade. Sabe quando você se sente um peixe fora dágua? Era como eu me sentia. A turma foi se afastando, e só me sobraram umas duas amigas, e alguns meninos, que eu não conseguia me aproximar por pensar que eles queriam só se aproveitar. Isso eu estava no inicio do ano letivo, na 8ª série. Foi um ano terrível pra mim. Era a idade das descobertas, das festinhas, das noites dormidas nas casas das colegas. Mas eu não participei de nada disso, fui totalmente excluída do grupinho. Quando passei para o Ensino médio comuniquei aos meus pais que iria mudar de colégio. Pensei que iriam fazer um verdadeiro vendaval, afinal aquele era o melhor colégio da cidade, mas eles me apoiaram, principalmente minha mãe. Falou-me que em outro colégio eu arranjaria novas amizades, um namorado... E quanto ao ensino, isso seria melhorado com cursinho pré-vestibular.
Eu fiquei surpresa, mas hoje sei que meus pais sempre me apoiaram, eu é que sempre dava patadas neles, e os afastavam de mim. Minha mãe sempre tentava falar comigo, mas eu só respondia sim e não. Nunca aumentava conversa.
A mudança de colégio, de ambiente me fez muito bem: me fez mudar meus valores e ver que eu era uma patricinha mimada. Porem eu não conseguia namorar a sério ninguém. Era bonita, tinha um corpaço e sabia usar isso para seduzir, mas quando via que estava caidinho por mim, eu os desprezava. Foi quando um amigo, desses amigos que todos falam que você esta namorando com ele, pois passam a maior parte do tempo juntos, seja em festas, barzinho, intervalo ou mesmo na sala de aula, me alertou que eu estava errada. Chegamos a brigar por causa disso, mas eu cai em mim, e quando isso aconteceu eu me apaixonei, de verdade. Estava no final do terceiro ano. Tinha dezessete anos, quase dezoito, como preferia dizer. Tinha ido a uma cidade vizinha para uma festa e tinha um carinha que não para de me ilhar. Só que eu tinha marcado com um paquera, e não gostava de dar o cano em ninguém. Quando o paquera chegou, ele viu que eu estava olhando demais para o carinha, se zangou e chamou o rapaz e me apresentou: e ainda disse que não o procurasse mais. Na hora fiquei sem graça, Nino veio devagar, conversamos a festa toda. Quando ele ia embora, perguntou se não ia dar um beijo nele, ou quem sabe, o numero do telefone, não sei o que deu em mim, dei tudo, beijo, telefone e o resto. Casei com ele, seis meses depois, e estamos juntos até hoje.
Essa historia parece um conto de fadas? Pois é, é o meu. Foi sofrido, tem algumas partes que pulei, pois ainda é muito doloroso para eu lembrar, mas na essência é isso. Se você esperou um conto que falasse muita putaria, e muita ação, desculpe. Ele é mais um alerta para que você veja o que se passe em sua casa, ao seu lado. E passe a ouvir, mesmo quando o outro não consegue falar.
Beijos.
Anita