Relembrando

Um conto erótico de Nino
Categoria: Homossexual
Contém 2546 palavras
Data: 11/04/2005 14:23:24
Assuntos: Gay, Homossexual

Não importa o quanto me digam que é normal... A verdade é que, sempre, duas pessoas do mesmo sexo que se entregam aos prazeres que a carne pode proporcionar cometem uma anomalia. Ou, se preferirem, uma perversão.

Arder de desejo por alguém do mesmo sexo é contrário aos anseios da natureza. Mesmo que haja anomalias na natureza, essas sempre serão a exceção, jamais a regra geral. Digo isso sabendo que o que se passa comigo é exatamente uma aberração, pois não me comporto conforme essa regra geral de que falei anteriormente.

Mesmo sendo um homem, com um pênis no meio das pernas, o que mais me seduz é justamente a visão de um outro membro masculino. Sobretudo se for maior do que o meu, mais grosso e mais longo quando em ereção, independentemente de cor; basta que seja mais volumoso que o meu para me despertar esse apetite insano que carrego comigo.

Hoje a constatação dessa realidade já não me traz a inquietação que trazia há alguns anos, quando eu buscava disfarçar das mais diversas formas essa tendência que me deixava perturbado. Porque, nas minhas elucubrações solitárias poucas vezes eu fantasiava com um corpo de mulher. Houve ocasiões em que isso ocorreu; muito mais, porém, foram as oportunidades em que eu sonhava com um pênis que se apresentava disponível para as minhas brincadeiras, justamente aquelas de quem se inicia nos caminhos do sexo sem qualquer orientação responsável.

Não pretendo fazer um tratado a respeito, mas em muito contribuiu para que eu chegasse a esse ponto o fato de ter sido iniciado por meu avô, num tempo hoje longínqüo. Ao travar conhecimento com “pombinha” [o apelido que ele dava (depois, eu mesmo) ao seu pênis], meu caminho ficou então determinado, a exemplo do que muitos igualmente o declararam em relatos implícitos ou mesmo explícitos a que tive acesso.

Lendo alguns relatos de quem passou por experiências semelhantes, concluo que ele me viciou nessa maneira de viver o sexo, fazendo com que, mesmo depois de adulto, continuasse a ver nesse desvio de personalidade uma forma de relacionamento capaz de proporcionar um prazer que chegava a ser indescritível para a mente do menino de então, seduzido pelo horizonte que se abria com o contato homossexual concreto e sem medidas na ocasião.

Antes mesmo de ter consumada a posse “de fato” – quando "Pombinha" enfim se alojou por completo em meu ânus, rompendo de vez as minhas então virgens pregas e ejaculando no mais íntimo de mim, momento a partir do qual nos tornamos efetivamente amantes – eu já ardia de desejo por ele – mais exatamente pelo membro, que me parecia descomunal e era o meu objeto preferido de prazer. Eu contava os minutos, todos os dias, para estar naquela rede com ele e ter “pombinha” só para mim, ficar com o pênis em minhas mãos, manuseá-lo e levá-lo à boca para em seguida engoli-lo gulosamente era a minha diversão predileta.

Quando a essa “brincadeira” foram adicionados outros “ingredientes”, como os carinhos de seus dedos e língua em meu ânus, a minha ânsia foi crescendo ainda mais. A ponto de eu já ir para esses encontros – geralmente no meio da madrugada – quase sem roupas, esperando pelo contato de suas mãos enormes navegando em meu corpo quase infantil. Eu tremia quando sentia seus dedos descendo pelas minhas costas, indo até o início das nádegas, quando suas mãos amassavam meus glúteos e entreabriam as bochechas, permitindo que um vento frio atingisse o orifício do prazer – nosso, dele e meu.

A primeira ejaculação sua que presenciei me deixou extasiado. Ver “pombinha” jorrar aquele líquido esbranquiçado, pegajoso e quente sobre minhas mãos me provocou delírios. Experimentar-lhe o sabor, primeiro nas mãos de meu avô e mais tarde ao recebê-lo diretamente na boca, parecia-me então a maior das delícias, que eu saboreava com vagar, mantendo-o na boca, antes de engolir. Era mais um “aditivo” que, mal podia imaginar, ia me seduzindo e também viciando.

Finalmente, ficara faltando apenas a penetração anal para que tudo enfim se consumasse. Mais tarde pude concluir que o que meu amante menos tinha era pressa. Dava a impressão de que tudo simplesmente “acontecia”. Antes de receber “pombinha” meu ânus foi “comido” pelos dedos grossos e pela língua quente e grande de meu avô. No princípio, eu quase desisti, pois estava chupando "Pombinha" e suas mãos me apertavam as nádegas quando, sem qualquer aviso, um de seus dedos (não lembro qual) invadiu meu orifício de repente, causando-me um certo incômodo, uma pequena fisgada de dor. Ele se desculpou e passou a massagear o ânus, hábito que passou a fazer parte de nossas “brincadeiras” a partir de então, uma vez que, ao me perguntar se eu desejava continuar recebendo carinhos daquela forma, consenti ao saber que dava prazer a ele. O meu prazer só mais tarde fui descobrir...

Numa determinada ocasião, estando numa posição meio esquisita – ele quase sentado à rede e eu, de cabeça para baixo, chupava seu membro, apoiado em suas coxas e deixando à sua disposição minha bunda – ele abria minhas nádegas com as mãos firmes e socava devagar o meu anel; nas primeiras vezes com a língua, depois com os dedos, em alguns momentos dois deles. Nem preciso mencionar que, a essa altura, eu já adorava tudo isso. Somente bem mais tarde vim a saber que a isso se chamava de “preliminares”...

Quando forçava a entrada do ânus com a língua e começava a invadir-me, esse movimento me fazia revirar os olhos, experimentando um prazer diferente de tudo o que havia sentido antes. Eu quase não conseguia me concentrar em “pombinha”, relaxando o quanto podia, para deixar caminho livre para a língua ávida que me comia com estocadas alucinantes. Com o passar do tempo, passei a gostar também quando ele introduzia um de seus dedos, geralmente o maior deles, e o mexia dentro de mim, como se estivesse me “investigando”... Quando eram dois os dedos a se agitar através do meu anel, eu praticamente abandonava "Pombinha", para me concentrar no prazer vindo da manipulação de meu orifício.

Quando já estava pronto para ser de fato possuído, tive que acolher no ânus três dos dedos de meu avô, que justificava a ação como preparativo para algo melhor, que viria mais tarde. E veio...

Confesso que estranhei o impacto de receber o volume de “pombinha”, que era bem mais grossa do que os três dedos enfiados anteriormente. Ao forçar a glande contra o meu anel virgem, senti uma dor lancinante, aliviada pela pressão que seus dedos faziam numa massagem gostosa em minhas nádegas, em especial na orla do meu anel, já completamente preenchido pelo membro.

Mas essa dor da primeira penetração não durou muito, sendo logo substituída pelo prazer que é sentir o corpo do pênis roçando as paredes do reto, dilatando meu cuzinho e me fazendo inteiramente seu. Depois que a cabeça do pênis venceu a barreira das minhas pregas e abriu caminho para que todo o membro pudesse aninhar-se dentro de mim, a dor de antes transformou-se num prazer que não consigo descrever em palavras. Logo eu tinha dentro de mim "Pombinha" inteira.

A partir daí, o pênis ia e vinha, percorrendo o canal do reto, enchendo-me de prazer ao arranhar as paredes internas, causando-me arrepios de pura luxúria. Suas mãos fortes me erguiam e arriavam, enquanto eu usava das minhas para arranhar suas pernas ou apertar suas costas, trazendo-o para mais perto ainda de mim. Ao me erguer, eu contraía os músculos do ânus para apertar o corpo do pênis, como a impedi-lo de sair de mim; quando ia me arriando eu relaxava esses mesmos músculos, para permitir a "Pombinha" chegar ainda mais ao fundo de minhas entranhas. E eu colaborava abrindo ainda mais minha bunda, para que pudesse receber ainda mais o corpo daquele mastro que eu considerava lindo e que me fazia seu. Logo meu avô acelerava o ritmo das estocadas, num crescendo até que chegava ao clímax e me inundava com o fruto de seu gozo, apertando-me ainda mais forte, forçando “Pombinha” para mais dentro de mim, como se fosse possível ir ainda mais profundamente para lá depositar seu desejado sêmen.

Depois que ocorreu a posse, quando relaxamos sobre a rede, meu avô passava os dedos sobre meu anel, como para constatar o estrago causado por “pombinha”, dizendo-me que a dor seria passageira e, com o tempo, haveria só prazer. Eu mesmo passava minha mão e sentia meu cuzinho arrombado, com algumas pregas reviradas para fora e que, ingenuamente, eu insistia em recolocar na posição correta. Com o passar do tempo pude atestar que o ânus retomava seu formato original, inclusive dando a impressão de jamais ter sido um dia penetrado por uma tora, como “pombinha”.

Daquela primeira experiência somente me ficou um ardume no ânus, que me incomodou por alguns dias e quase me levou a abandonar os encontros noturnos, precaução que eu julgava exagerada de meu avô, talvez arrependido por ter-se aproveitado de mim. Mas não havia como voltar atrás. Apesar de ter ficado uns dois dias sem poder sentar direito, a verdade é que o vício se instalou de vez e a sede de sexo me levava sempre de volta à rede e aos encontros com meu iniciador. Que agora incluíam também a invasão anal, além de todas as outras “brincadeiras” preliminares bem como as novidades que meu amante sempre providenciava para fazer bem mais interessantes ainda as nossas madrugadas, que iam às vezes até o amanhecer. Ainda bem que os familiares não se aperceberam do nosso cansaço matinal, sempre aos sábados, quando tentávamos permanecer dormindo até mais tarde do que o normal. Sobretudo porque eu me afastara das brincadeiras que os garotos da minha idade costumavam fazer aos fins de semana, preferindo ficar em casa, mesmo nos dias ensolarados e quando os outros colegas vinham me convidar para sair. Nessa ocasião já me atraíam bem mais as noites, quando eu quase flutuava pelos corredores de casa, até chegar à rede onde meu amante fingia dormir (ou mesmo dormia e era por mim acordado) para saciar nossa sede de sexo: ele querendo comer e eu ser comido, “devorar” minha querida "Pombinha"...

Eu continuava fascinado em levar meu amante ao delírio fazendo-o gozar em minha boca, o que era a minha verdadeira paixão; mas a sensação de ter o pênis rijo e quente sendo apertado pelo esfíncter anal era alguma coisa de maravilhoso, e do que eu já não queria mais abrir mão. Ou o cu, melhor dizendo, deixando-o ali como a me entalar de um gozo todo especial. Os movimentos que meu avô me ensinara – em especial quando eu “cavalgava” seu membro, subindo e descendo pelo mastro lambuzado pelo seu líquido seminal e também pela minha saliva – causavam enorme prazer a nós dois, o membro esfregando-se em doce atrito por entre o que restava das minhas pregas até o instante em que se acabava, jorrando dentro de mim o fruto de seu gozo...

Foi assim que cheguei à minha primeira ejaculação, sem que tivesse a necessidade de sequer tocar em meu pequeno pênis. Somente anos mais tarde vim a descobrir que a causa era a massagem que “pombinha” fazia em minha próstata, desencadeando o processo que me levava ao gozo. “Pombinha” me penetrava, depois de “beijar” meu anel e ir avançando até que estivesse aninhada a glande. Em seguida, as mãos de meu amante massageavam minhas nádegas e, à medida que as ia abrindo, o pênis ganhava mais terreno dentro de mim. Quando já se instalara por completo e o movimento que fazia entrando e saindo do orifício não pressionava demais o corpo do membro, meu avô fazia movimentos com a pélvis que levavam “pombinha” a alcançar o mais profundo de meu interior, prosseguindo assim até gozar abundantemente. Eu me sentia inundar com os jorros de esperma que ele lançava dentro de mim, ao tempo que me comprimia contra seu corpo, apertando fortemente minhas nádegas com suas mãos enormes.

Quando o gozo se dava em minha boca a sua reação me parecia ser menos intensa. Mas eu me esforçava para que fosse prazeroso a ele tanto quanto era para mim. Eu o chupava, lambia o corpo do pênis em toda a sua extensão, às vezes passava a língua pela abertura da uretra, chupava suas bolas com cuidado. Ao perceber que se aproximava do momento do gozo – quando eu me entretinha nas chupadas, ele se encarregava de me avisar – eu dedicava mais atenção à cabeça do membro, procurando mantê-la dentro da boca e, com a língua, estimulava-lhe o freio, sabendo que isso agradava a meu amante, enquanto minhas mãos se ocupavam do resto do pênis e das suas bolas. Ele então se contorcia num êxtase e deixava sua ejaculação vir toda por cima de minha língua, para nosso grande prazer. Eu então procurava engolir seu mel sem me engasgar com o volume de esperma em cada jato que "Pombinha" deixava, fazendo disso a minha delícia e o deleite de meu macho...

Ao ocorrer a separação – minhas lembranças não incluem as razões que levaram a isso – permaneceu em mim um vazio que eu não sabia como preencher. Pelas conversas que mantinha com meu avô, sabia que nossas aventuras não eram para ser compartilhadas com mais ninguém, embora não tivesse a noção exata disso, apenas tinha como verdade o que ele me dizia.

Restava-me, então, o recurso da masturbação. Como aprendera também com meu avô, eu manipulava meu pênis até que chegasse o gozo, deixando-me levar pelas recordações. O problema é que não havia uma satisfação plena. Faltava a sensação de preenchimento que “pombinha” sempre me proporcionava, fosse quando a recebia no ânus ou na boca. Além disso, faltavam as mãos a me percorrer o corpo, arranhando-o e me fazendo quase colar-me ao seu, sentindo seu peito de encontro ao meu ou às minhas costas, dependendo da posição experimentada.

Aí nasceu a idéia de tentar introduzir pequenos objetos em meu orifício enquanto me masturbava. Primeiro foi um dedo: manipulava o pênis com a mão direita e o indicador ou o médio da esquerda acariciavam ou tentavam penetrar o anel. Como eu já sabia desde as trepadas com meu avô, os músculos anais davam a falsa impressão de que eu ainda era virgem. Assim, usava minha saliva ou um creme qualquer para lubrificar meu orifício e facilitar as tentativas de invasão que ali fazia em minhas brincadeiras solitárias.

O fato de vir um gozo mais intenso depois de ser penetrado por meu dedo me estimulou a prosseguir nessa nova “brincadeira”. Logo, um só dedo não era suficiente e passava a introduzir dois, e até três dedos. Pequenas velas de cera, cujo comprimento era maior que os meus dedos, iam mais fundo; deixavam, porém, a desejar quanto ao “preenchimento”. Veio daí o artifício de usar garrafas de refrigerante. A mais deliciosa aventura foi quando me deixei penetrar por uma garrafa de sidra – cujo gargalo era mais largo e a boca se assemelhava, no volume, a “Pombinha”.

Mesmo não sendo a mesma coisa, ficaram esses “exercícios” como recordação e eu os utilizava para aliviar a tensão excitante que me vinha quando a saudade apertava e não havia mais "Pombinha" para me satisfazer, invadindo meu anel, dilatando o meu reto e se aninhando no mais fundo de mim, ali depositando o fruto de seu prazer.

Comentem, que eu mando mais...

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