Será a mesma?

Um conto erótico de Contador de Causos
Categoria: Heterossexual
Contém 1639 palavras
Data: 12/05/2005 13:52:27
Assuntos: Heterossexual

Com o advento da Internet abriu-se um canal que precisoso, que permite as pessoas darem vazão aos seus mais íntimos sentimentos, fantasias, de um modo, gigamos assim, menos invasivo. Antes, nessa direção, contávamos apenas com o telefone que, absolutamente, não trazia a liberdade e icognicidade desejada: pelo menos um lado era identificado, quer fosse pelo número do telefone, quer fosse de outra forma. Com o advento das “binas”, então, até o recurso do telefone teria ficado inviável se não fosse a Internet.

O que as pessoas não sabem, entretanto, é que através dos textos, muito se revela. O grau de educação formal das pessoas, revelada pelos erros de linguagem em geral, o grau de educação social demonstrado pela forma de se referir às pessoas (Não falo quanto aos palavrões porque, de fato, os palavrões contém certo conteúdo erótico que é impossível de se obter de outra forma, p. ex.: quando um cara sussurra no ouvido da mulher, “Ah, que putinha deliciosa você é com essa bucetinha de ouro”, ou coisa do gênero, é obvio que isso provoca um estímulo da libido que a mesma coisa dita em linguagem culta jamais faria; quando uma mulher diz: “Ai amor, mete tudo, enterra este cacete em mim, me fode inteira”, o mesmo efeito também ocorre.). Mais ainda, e este é ponto onde quero chegar, as atitudes revelam traços da personalidade da pessoa. Vocês não ignoram que hoje as empresas empregam técnicas desenvolvidas na psicanálise para determinar a personalidade das pessoas e saber, de antemão, se elas irão corresponder às expectativas para este ou aquele cargo.

Extremamente desenvolvidas, estas técnicas que tiveram início com Sigmund Freud , cuja principal novidade foi a descoberta do inconsciente e a compreensão da natureza sexual da conduta, chegaram a um grau e acuracidade que, para aqueles que efetivamente se dedicam a esta profissão, “um pingo é letra”, quero dizer, a partir das mínimas manifestações de uma pessoa, pode-se dizer, com segurança, sobre a personalidade das pessoas.

Eu me dei a este trabalho para falar-lhes de uma pessoa que eu não conheci pessoalmente, apenas através de um site, como este, e, nem sei se seu nome era realmente aquele que dizia ser. Se era, havia um caso grave, porque a pessoa que projeta sua agressividade sem proteger sua identidade quer, tem um desejo reprimido (a repressão se dá quando o ego não consegue administrar o conflito entre o consciência e o superego) de ser agredida de volta; se não era, também refletia um caso grave, de covardia, onde a pessoa desejosa de agredir alguém tem medo de fazê-lo abertamente e o faz de forma sub-repticia, isto, fraudulenta, por debaixo do pano, valendo-se de falsa identidade, desdenhando aquilo que feito pelos outros, possa ela fazer melhor ou não (normalmente não — vê-se muito isso nos críticos de arte, em comentaristas de futebol que nunca chegaram a ser jogadores profissionais).

Bem, a pessoa em questão identificava-se como “Eliara” e era, por aqueles que liam seus comentários no site, até que tratada com certa consideração, porém sempre adotava um espírito crítico quanto ao que lia. As mulheres que apareciam nos contos, fosse reais ou fictícias, e, a própria escritora, se fosse mulher, eram sempre putas, ou filhas de putas, não deixando, aos homens, melhor sorte. Identificando, aí, um caso de identidade sexual mal resolvida, decidi investigar um pouco. Você sabe como é, busquei descobrir que hora as mensagens eram postadas, dei uma pequena monitorada no site, descobri o provedor, a assinatura, etc., e pedi, a uma pessoa próxima a sua localidade, que procurasse “dar uma olhada na bixinha”, ver “que pito ela tocava”, e o que passo a relatar foi o que me foi contado a respeito.

A tal Eliara era, mesmo, Bicho Grilo, como se costuma dizer. Sempre de calça jeans e camiseta, com um cabelinho parecido com o de homem, vivia provocando os homens mas não se tinha a menor notícia de que ela já estivesse andado com algum. Sua obsessão por sexo era tão grande que ela despendia a maior parte do seu tempo, da sua vida, por assim dizer, apenas entrando nos sites de contos eróticos, apenas alternando-os com sites pornôs, onde deliciava-se, ao ver aqueles cacetes enormes que aparecem, lambendo a tela do computador imaginando “Ah se eu fosse mulher suficiente para ter um cacete desse em minha boca”.

Ela era, mas não sabia disso, aparentemente, até hoje, nunca soube. As estórias narradas pelos colaboradores dos sites eram, para, o espelho da sua frustração e, assim, não hesitava em criticá-las, projetando para os colaboradores sua raiva, seu desprezo a tudo aquilo que ela queria ser, queria saber escrever, mas não conseguia.

Um dia, num ato de desespero, querendo ter ao menos uma gozadinha, saber como é, a Eliara enfiou o microfone do computador (a primeira coisa que viu à mão), na sua xoxota e tentou se masturbar com ele. Frígida, sem lubrificação, em que pese o microfone ser fininho, ela se arranhou toda e, acabou, mesmo, enfiando um dedo no cu enquanto tocava uma siririca. Também não chegou lá.... ela nunca gozava! De raiva, entrou na Internet, num dos sites que ela freqüentava, e saiu falando bobagens, uma em cada conto que abria, sem sequer lê-los; frases curtas, porque seu intelecto não lhe permitia elucubrar uma frase de sentido com mais de dez palavras.

Mas, dizia Lupiscínio Rodrigues, “todos na vida encontram seu par” e, um dia, com um tremendo pau no computador, a Eliara viu-se obrigada a chamar um técnico de computador e acabou recebendo, em sua casa, um rapaz novo, dos seus dezessete anos, que por ser vidrado em computador, nada sabia de sexo real, só virtual, e que, ao checar o “Internet Temporary File” do computador dela, percebeu que ela só entrava em sites eróticos e pornôs”, onde, por sinal tinha pego um Trojan filha da puta de bravo, e começou a falar com ela sobre os sites — ele também era vidrado e, acertado o computador, os dois, juntos, começaram a entrar nos sites pornôs.

Num rasgo de tesão, a Eliara, que até então tinha tido sua maior aventura enfiando o microfone do PC na buceta, resolveu mostrar seus predicados para a Técnico e, num arrogo de capacidade sexual que ela, na verdade, não tinha, enfiou o microfone no cu!

Foi um desastre! O microfone, daqueles frágeis, com haste de plástico, quebrou em certo ponto e a cena que se teve, se não fosse trágica, teria sido cômica: a haste pendurada por um fiozinho que saia do cu da Eliara se mantinha preso, junto a ela, que não sabia o que fazer para tirar a parte que ficara dentro — na realidade não muito grossa — e pedia pelo amor de Deus que o rapaz a ajudasse tirar aquilo, pois ela não podia dar entrada num pronto-socorro com o microfone enfiado no cu.

O rapaz muniu-se de uma pinça, debruçou a Eliara no espaldar de uma cadeira com o cu virado para cima. e pôs a tentar o microfone buscando abrir o rabo dela com dois dedos. Tudo aí na chincha, a seco, ela não agüentava de dor e ele sugeriu-lhe usar um pouco de vaselina, o que também não havia. Pinça pra lá, pinça pra cá, um pouco de graxa de cooler de computador, e nada.

Foi aí que o técnico teve uma idéia danada de boa, pegou uma espécie de seringa, bem fina e sem agulha, que ele utilizada para lubrificar as partes de difícil acesso sem desmontar os computadores, e enfiou ali um óleo fino, o mesmo que usava para computador, e injetou, no cu da Eliara, um tanto daquele óleo, deu umas mexidas na bunda dela, e pediu para ela ficar agachada, como se fosse dar uma bela cagada no mato, e forçar o cuzinho enquanto ele, por sua vez, lhe esfregava a xoxota: “quem sabe a excitação ajudaria, também, aquele cuzinho se abrir”.

E foi quase quando a Eliara estava o primeiro orgasmo da sua vida que, numa contração, a cabecinha do microfone pulou para fora do cuzinho da Eliara auxliado por uns punzinhos.

A felicidade da Eliara foi tanta que ela, de gratidão, quis chupar o cacete do garotão. Insistiu tanto que ele, meio sem jeito, tirou para fora seu, pequeno, fedorento por só sabia limpar computador, ela a Eliara, ao chegar perto, sentiu nojo, vomitou, e não conseguiu botar aquela trolinha na boca. Ficou pior a emenda que o soneto! O rapaz ficou muito magoado, foi em cima do teclado dela, tocou ali uma punheta e, com grandes ares de dignidade, arrumou suas ferramentas para sair, ao que a Eliara reagiu dizendo que o vidro de óleo ele não levaria e ele,enfim, foi embora.

Naquele mesmo dia, em todos os sites de contos eróticos, o rapaz fez questão de contar a estória, na realidade história, com “h”, porque era verdadeira, enquanto que Eliara fez questão de pendurar o microfone quebrado, ainda com o fiozinho prendendo a cabeça na haste, como lembrança do dia em que ela “deu para o rapaz”; é, porque impossibilitado que administrar a situação, deu-se uma transferência de identidade e, no subconsciente da Eliara ficou registrado que ela deu para o razaz e não para o microfone.

Fato é que a Eliara, vexada em todos os sites eróticos e pornôs, sumiu, passando a tocar siririca, da forma como ela aprendeu com seu “amado”: agachada, fingindo que vai cagar, lubrificada com óleo de computador...

Há pouco tempo um amigo, conhecedor do caso, disse que agora existe uma Eliara que anda, novamente, assombrando os sites eróticos, fazendo as mesmas críticas e, eu, que há muito não lia um conto erótico, resolvi entrar neste site e, vendo que existe mesmo uma Eliara, decidi escrever o que lhes narrei. Não sei se, na realidade se trata da mesma Eliara; se for, bem vocês sabem o que aconteceu com ela....

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