Sugeri a ela que chupasse meu pau. Refugou. Humildemente roguei que ao menos lhe desse um beijo e, depois de alguma relutância, mergulhou entre as cobertas e emergiu ao estalar um beijo no membro palpitante de desejo. Por fim disparou:
- Seja breve. Não estou afim de muita estória hoje.
Deveras não estava mesmo. Consumado o casamento, há exatos sete anos, não houve mais estória que valesse a pena. Até mesmo o trivial beijo na boca ficara reservado, em vez ou outra, à agitação dos segundos que antecedem a explosão do prazer. Neste instante perdia ela verdadeiramente o discernimento e, cedendo aos impulsos da natureza humana, entregava a língua para ser chupada por alguns instantes, ato continuo, recompunha-se, virava-se e dormia. Há muito deixamos de nos beijar, prática que a cada ano mais e mais se reforçou, agravando-se com a chegada dos filhos. Como um pugilista costumava atirar seu corpo contra o meu, de maneira a restringir-me os movimentos do pescoço, escapando assim da aplicação do temerário beijo na boca.
Era nosso sétimo aniversário de casamento e o que melhor que uma apaziguante trepada para fechar com chave de ouro as bodas de lã? Seguindo o pensamento coloquei-me carinhosamente a mamar seus belos seios, coisa que também não a agradou. Como de costume respeitei seu capricho passando então a acariciar e beijar sua pele macia e cheirosa. Ana retorceu-se e explicou-me sentir cócegas. Sempre tive o desejo de apimentar nossa relação e havia enxergado no aniversário de casamento um bom ensejo para tal, no entanto, mais uma vez, frustrado, estava pronto a atendê-la em sua determinação de dar um fim rápido e eficiente ao suplicio do coito conjugal. O ritual semanal consolidado ao longo dos anos, era bastante simples: deveria penetrá-la vagarosamente e ir aumentando os ritmo dos golpes a fim de obter um orgasmo, depois deveríamos virar e dormir. Estas eram as regras claras por sinal e Ana importunava-se que eu ousava transgredi-las.
Naquela noite, contudo, acontecia algo diferente. Pela primeira vez, em uma década de relação incluso o namoro , meu membro, fadigado, não mais se manteve firme no propósito de enfrentar (por assim dizer) tão pragmática boceta. Minha mente muito a desejava, mas meu desiludido cacete, se é que ainda poderia assim chamá-lo em virtude de seu crítico estado de languidez, entregara-se por fim ao desalento. Em um português chulo e claro: broxei. De repente tiro da manga uma última e infalível carta, muito utilizada nos tempos de namoro: desço a cabeça um pouco e ponho-me com a boca a acariciar sua intimidade, o dorso seguido pela ponta da língua corriam habilmente por toda a extensão de sua saborosa fenda, contemplavam no percurso pequenos e grandes lábios, ora tentavam alojar-se em alguma das várias reentrâncias que encontravam, outra, como corolário, em leves movimentos circulares acariciavam zelosamente seu suculento clitóris que, da crista daquele sexo, impunha-se majestoso. Meu cacete reagiu! Fazia muito tempo desde a última vez que ousei um sexo oral e aquilo me excitava muito. Ana, segurando minha cabeça, num sussurro rouco disse: Pára, isso está me fazendo cócegas. Irremediavelmente broxei... Por fim derrotado sentei-me à cama. Acendi a luminária. Uma angústia indescritível abateu-se sobre mim. Levantei-me. Ana sentou-se, colocou o travesseiro entre as pernas e perguntou:
- Você não quer?
Aquilo me soava como ironia, mas pacientemente retruquei:
- Assim com você me censurando o tempo todo fica impossível. Veja o que você fez... expus o eloqüente membro esmorecido.
- Ah meu filho... Se você é broxa não me venha por a culpa. Já estou vendo tudo, nem pra isso você serve mais...
O ódio tomou conta do meu ser e a injúria foi interrompida num só golpe rápido e certeiro. Conferi ao seu semblante de desprezo um tapa cinematográfico que o fez girar sobre o pescoço e enrubescer! Aonde chegamos? Nunca havia sequer imaginado a possibilidade de cometer qualquer hostilidade, mesmo que verbal, contra minha amada esposa e de fato nunca o havia feito, longe disso, sempre dispensei a ela um tratamento pautado no respeito, carinho e atenção extremos. Parentes e amigos chegavam mesmo jocosamente insinuar que eu era um barriga branca, um homem mandado pela mulher, mas, na verdade, isto nunca chegou a me incomodar. Refutava sempre alegando que nossa relação baseava-se no respeito à diversidade de opiniões, assim sendo, ninguém se submetia a ninguém. No fundo eu sabia que tinham razão, era notório que sempre respeitei as opiniões e desejos da minha esposa, mas, em contra partida, também era fácil de perceber que Ana não se preocupava minimamente com o que eu desejava ou deixava de pensar.
- Seu desgraçado você me bateu. Vou denunciar você para a polícia. Vou contar pra todo mundo que você é broxa. Seu viado broxa, filho da puta. bradava transtornada.
Irada desatinou-se rumo ao telefone, foi quando um segundo e mais severo tapa invadiu sua outra face, isto a fez dar meia volta e cair de bruços sobre cama. Segurei-a com força agarrando-a pelos cabelos, imobilizando seu corpo com minhas pernas e, num gesto simbólico, esfregava o bigulim flácido em seu bunda empinada. Estranhamente aquela situação que se iniciou em um ímpeto, e me proporcionava, pela primeira vez, pela força, o domínio daquela criatura xucra estava me deixando excitado como nunca. Naquele momento, ao subjugá-la, veio-me à maléfica consciência que a merda maior já estava mesmo feita, disso, debrucei-me então seu corpo franzino e, bem próximo ao seu ouvido, em um tom ameaçador, desafiei:
- Se fala mesmo a verdade e realmente sou um broxa, fique tranqüila, pois não vou conseguir arrombar seu cu agora. ameacei com a tora em riste como uma arma branca coagindo seu cuzinho.
Por segundos se fez no quarto um silêncio ensurdecedor, este que foi cortado pela contundente reafirmação:
- Broxa, broxa, broxa é isso que você é... Ana bradava repetidamente enquanto obstruía impiedosamente o anel de couro.
Por mais petrificada e desumana que uma pica fosse, seria, desta forma, impossível romper o bloqueio imposto pela vigorosa musculatura daquele intacto e decidido brioco. Assim, apliquei uma chave de braço na megera, catei travesseiros e almofadas ao alcance (com eles calcei-lhe a pelve por baixo) e prometi que lhe quebraria o braço caso não cooperasse. Ana tendo minha tora como um aríete forçando a entrada por trás, se debatia e não parava instante algum de espraguejar, foi quando repentinamente forcei seu braço até seu limite jurando que o quebraria, foi quando enfim descuidou-se, temporariamente, da atenta vigília imposta ao cuzinho. Aproveitei o ensejo e num vigoroso golpe, atolei meu pau até onde coube no interior do seu agora desamparado canal anal. Ana imediatamente cessou os insultos e soltou um grito desesperador, tal qual uma gata no cio, deixando, em seguida, o corpo desfalecer completamente sob meu. Não apresentando mais qualquer resistência, chorou baixinho. Minha tora de carne esfolou-se, ardia como se estivesse em carne viva, a sanção mais fazia parecer que aquele cu vingativo a havia escalpelado. Mas isso nesse momento em nada importava. Soltei o braço de minha esposa e com o pau entalado no seu rabinho, fazendo leves movimentos repetitivos (literalmente, tava doendo pra caralho) debrucei-me novamente sobre seu corpo abatido e novamente chegando a seus ouvidos zombei:
- Sou broxa?
Sem forças, baixinho Ana sussurrava alguma coisa que eu não conseguia bem distinguir. Aumentei a dose de ironia:
- O que disse? Sou broxa?
- Seu broxa filho de uma puta. em um só fôlego gritou a maldita.
Diante da persistência da afronta, empinei anda mais seu rabo e soquei seu cu com tudo que pude socar esquecendo completamente da dor que sentia outrora. Por pouco não socava as bolas. Ana gemia e chorava e recebia alguns tapas em sua anca empinada em retribuição, era puxada em minha direção pelos longos e ruivos cabelos, enquanto gritos, gemidos, maledicências de toda natureza se faziam ouvir pelo quatro cantos do quarto. Já não mais conseguia distinguir se eram produzidos por dor ou prazer e indiferente a isto, apropriei-me de seu cu ao meu bel prazer e, ainda, percebendo a chegada do gozo, virei-a rapidamente e abundantemente reguei com porra o esbofeteado rosto e os belíssimos seios daquela mulher.
Nenhuma palavra se ouviu. Ana agarrou um travesseiro e humildemente recolheu-se ao cantinho da cama próximo à parede. Esperma, lágrimas, sangue e fezes misturavam-se manchando os lençóis e eram testemunhas do desfecho daquela fatídica noite de aniversário de casamento. Consciente da barbárie cometida e sendo conhecedor do temperamento forte de Ana, vesti-me para rapidamente abandonar o local. Atentado violento ao pudor, isto poderia render-me, na melhor das hipóteses, seis anos em regime fechado. Ana, percebendo minha iminente evasão, com o ânimo que ainda lhe restara, com a voz rouca, perguntou:
- Aonde vai a esta hora da noite?
- Não se preocupe com isso. respondi secamente.
Vagarosamente levantou-se, puxou-me pela mão, beijou-me a boca longa e carinhosamente e com uma voz serena apaziguou:
- Seu bobo, venha dormir...
Dirigiu-se então meio manca ao banheiro e lá passou um bom tempo, após foi até a sala, pegou um telefone e discou. Era óbvio que estava aprontando alguma coisa. Corri para a porta do quarto, sem, no entanto, deixá-la perceber minha presença, foi quando a ouvi dizer:
- É da farmácia? Vocês entregam em domicílio? Ótimo. Por favor, traga-me gazes, soro fisiológico e um analgésico qualquer de uso tópico... Ah se tiverem algum lubrificante a base dágua, traga-me também.
Faz um ano desde o ocorrido. Ana é outra mulher, ontem foi nosso oitavo aniversário de casamento. À noite deitamo-nos e sugeri que chupasse meu pau. Refugou. Humildemente roguei que ao menos lhe desse um beijo e, depois de alguma relutância, mergulhou entre as cobertas e emergiu ao estalar um beijo no membro palpitante de desejo. Por fim disparou:
- Seja breve. Não estou afim de muita estória hoje.
Fiquei perplexo, mas antes que eu pudesse esboçar qualquer reação, Ana deu um sorriso maroto, daqueles de canto de boca, e sacanamente acautelou-se:
- Amor, não esqueça o K-Y viu?