Sobre o objeto do meu prazer...

Um conto erótico de João Pinheiro
Categoria: Homossexual
Contém 730 palavras
Data: 06/06/2005 14:02:04
Assuntos: Gay, Homossexual

Nem sei exatamente como começar este novo texto, pois há muitos caminhos por onde seguir e eu não queria fazer algo vulgar demais. Embora seja difícil para mim encontrar um novo meio de dizer coisas que me parecem antigas.

Eu queria dizer que sou alguém apaixonado por pênis. De todos os tamanhos, cores, dimensões...

Depois de ter experimentado uma série deles, embora não possa me dizer um perito no assunto, sei bem do que gosto e do que não gosto. E não vi ainda um de que não gostasse: pequenos, grandes; grossos, finos; de cabeça grande como um cogumelo e de cabeça afilada com o meio dele maior do que a extremidade... Pude verificar também que há diversos tipos de esperma, alguns meio adocicados, outros muito azedos; nenhum, porém, que me fizesse deixar de saborear o fruto do gozo de um macho quando derramado em minha boca.

Fazer sexo oral é, para mim, uma delícia... Já o pratiquei em homens e mulheres, ambos com muito prazer mútuo, mas é incomparável o chupar um cacete, sentindo-o latejar por entre os lábios, bem como sorver o fruto de seu gozo.

Ser enrabado, algo que não me agradava no início, pelo sofrimento que me causava a penetração, também foi adquirindo uma nova forma de ser encarada. Não é que eu tivesse me tornado “frouxo”, mas a seqüência de penetrações foi-me permitindo um controle maior dos músculos do ânus e, assim, aprendi a ir relaxando ao ser invadido e a contrair esses mesmos músculos quando o membro estivesse saindo, mesmo que não abandonasse completamente a sua “toca”. Dessa forma, passei a conseguir proporcionar um prazer a mais a mim mesmo e ao parceiro da ocasião, contribuindo para que ele deseje uma futura transa e não apenas aquela que está desfrutando.

Neste aspecto, aprendi que qualquer que seja a dimensão do pênis o prazer é quase invariavelmente o mesmo. Trata-se de um corpo que invade o ânus e vai penetrando pouco a pouco através do orifício do prazer. À medida que avança o pênis vai se dilatando e, com isso, pressiona as paredes do reto, geralmente lubrificando-as com o seu líquido seminal, além daquilo que se usou para facilitar a penetração.

Um pênis pequeno dilata pouco e assim “estraga” menos, ainda que venha a ser grosso no calibre. A fricção contra as paredes do reto é que intensificam a excitação – a dele e a minha. Já um pênis fino e longo atinge mais profundamente e consegue alcançar a próstata sem se dilatar muito. Dói menos, mas também dá um pouco menos de prazer. Já um membro mais avantajado causa uma dor inicial, pois força as pregas do ânus, mas em seguida proporciona um prazer na mesma proporção quando já foi todo introduzido e parte para as estocadas que culminarão no gozo. Nessas horas sou sacudido pelo movimento do corpo do macho que me enraba e também pelo pênis que cutuca minhas entranhas, numa estranha massagem interna muito gostosa.

Ao variar para a posição em que o parceiro permanece sentado (ou mesmo deitado), com o pau em riste e eu vou arriando sobre ele, a penetração acaba sendo menos dolorosa, pois facilita a abertura do orifício anal e este vai engolindo o pênis, deixando a condução dos movimentos praticamente nas minhas mãos. Aí fica mais gostoso sentir o atrito que o membro provoca ao roçar as paredes do reto. Quanto mais lento, mais prazer temos os dois, mesmo que o meu anel ainda não tenha atingido o máximo de alargamento possível. Apoiando meus braços contra o chão (ou o que for), o vai e vem acontece no sentido vertical e acaba sendo muito prazeroso.

Gostoso também é quando estou na posição de “frango assado”... As pernas levantadas, geralmente sobre o ombro do parceiro, deixando à sua disposição o meu buraquinho. Da mesma forma que quando vou arriando sobre o cacete, também aqui é favorecido o relaxamento dos músculos e é possível aproveitar bastante sem que haja tanta dor ao receber o membro, mesmo que seja grosso o seu calibre e haja algum sofrimento num primeiro instante. Mas, logo que meu cuzinho se adapta ao seu invasor, acabam-se as dores e permanece apenas o prazer que vai, em certas ocasiões, até bem mais tempo do que dura o sexo em si, ou seja, até bem depois que o pênis ejaculou.

Falo mais a respeito em outra oportunidade...

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