_Vagabunda, vadia...
Acordo assustada... o mesmo sonho... minha mãe enfurecida quando soube que tinha perdido a virgindade... ela não deixou eu falar... apenas me xingava, falava do casamento que eu nunca teria, das coisas que eu iria encontrar na vida errada que escolhi...Eu tinha apenas doze anos, troquei uma caixa de chocolates por deixar aquele rapaz fazer coxinha comigo...ele gozou nas minhas pernas, mas saiu espalhando pro bairro todo que tinha me comido... Se ela soubesse...
Perdi o sono... como num álbum de fotografias vou lembrando de fatos da minha vida... a fase de rebeldia ( mudei de um colégio particular para estudar no estadual, na turma mais pesada que tinha, só para afrontar minha mãe)... as festas que ia aqui na cidade e em cidades vizinhas... adorava conquistar os garotos e depois largar... nunca me apaixonei nem fui pra cama com nenhum... até que conheci o Edy... Foi numa cidade vizinha, onde meus tios moravam, eu sempre ia pra lá... Eu tinha 17 anos, era uma morena grande, seios médios, cintura fina, bumbum grande e impinado... era de parar o transito. Esperava por um colega, para curtimos juntos a festa pois eu tinha ficado com um garoto que tinha me embebedado e tentou me estrupar... não conseguiu e ficou com raiva porque eu terminei tudo... disse que iria se vingar... Tinha medo dele tentar me atacar, por isso marquei com esse colega. Um rapaz, aparentando uns vinte e cinco anos me olhava com insistência, desviei o olhar, conversei com algumas amigas, mas ele veio até o nosso grupo e se apresentou... Conversamos a noite inteira, ele não me deixou beber nem dançar... sempre no estilo Se você quiser, pode ir!... mas eu não ia... Ficamos juntos mais de um mês, ele sempre me controlando, mas sem tocar em mim, sem pedir ao menos um beijo... ele ligava pra minha casa diariamente, controlava minhas saídas, e devagar isso foi se tornando um habito, eu já não saia sem pedir permissão, eu não fazia nada sem antes consultar ele...
Minha mãe estranhava. Ela sabia que eu estava com alguém, eu nunca escondia nada dela. Sempre brincava comigo: Arranjou alguém pra te colocar cabresto... Mas não esqueça de que você deve falar com ele... ele precisa saber... Eu queria falar... mas não conseguia...
Liguei pra firma dele e falei que tinha algo pra falar com ele... ele só respondeu, seco, que já sabia o que era... bateu o telefone na minha cara. Nos encontramos no outro dia.. eu tinha o rosto inchado de tanto chorar... Ele me abraçou, me senti tão protegida.Apesar do tom seco da sua voz, ele pediu para eu me contar tudo, não esquecer nada, pois era a única vez que iria querer ouvir-me falar do passado. Contei tudo, inclusive que, apesar de ter perdido um hímen, não tinha perdido a virgindade falada, pois nunca tinha realmente estado com um homem, em sã consciência, me entregando totalmente... e que eu queria fazer isso com ele...se ele quisesse.
Não o vi durante o dia... resolvi ir embora...já era final de tarde, teria um ônibus as cinco horas... peguei minha mochila e me encaminhei ao ponto do ônibus. Ele encostou com um carro e me perguntou onde eu pensava que estava indo... eu só abaixei a cabeça, não sabia o que responder.. Entrei no carro e ele me levou pra sua casa, me apresentou aos pais, e fomos pro quarto... Me sentia uma qualquer, pois sabia que não era certo ir direto ao quarto de um rapaz... mas nunca ousei desobedecer ele... na porta do quarto ele colocou uma venda nos meus olhos... e me carregou... senti ser deitada em uma cama, lentamente ele foi desabotoando os botões da minha blusa.. perguntava se eu tinha certeza... eu balancei a cabeça afirmativamente.... devagar foi tirando minha saia, beijava todo o meu corpo... fui aos poucos ficando completamente nua.. apenas com a venda nos olhos.. tentei tirar, mas ele não deixou...ainda não, sussurrou no meu ouvido...
Eu não sabia o que fazer para agrada-lo... onde por as mãos.... ele entendeu...pegou minhas mãos e colocou em seu peito... pude senti os músculos... os pelos que cobriam... fui descendo( ele sente cócegas no umbigo) cheguei no seu pênis... estava duríssimo... era grande... retirei a mão.. me deu um medo.. perdi a respiração... Ele sussurrou no meu ouvido, não tenha medo, mas se quiser eu paro... mas eu não queria... Lentamente ele segurou meus braços e amarrou na cabeceira da cama, não me machucava, mas não conseguia me soltar.... começou a mordiscar meu seios, a apertar o outro... aqui doía e ao mesmo tempo me deixava zonza, querendo mais...Quer que eu pare, ouvi ele perguntar... não...respondi num sussurro... ele foi descendo a língua por todo o meu corpo, chegou até a minha xana, que na época eu usava cortadinha, mas não totalmente depilada... ele foi chupando... beijando e quando foi enfiando a língua eu dei um grito... aquilo doeu muito... ele parou... tirou minha venda e me olhou feio: VOCE MENTIU PRA MIM... Como assim, não te entendo... sentia meu corpo ardendo, sentindo a falta das mãos dele em meu corpo... VOCE AINDA É VIRGEM... desamarrou minhas mãos e jogou uma camisa dele em cima de mim... Eu não posso fazer isso... NÃO POSSO... Me sentia constrangida.... comecei a chorar, não conseguia me controlar, sentia medo, vergonha, um misto de todos os sentimentos, mas tinha uma certeza, eu não queria ir embora, não queria perder aquele homem... E como a muito tempo não fazia, usei o poder das palavras, palavras francas e que só devem ser ditas quando se tem plena certeza do que se quer:
_ EU TE AMO... quero ser sua pra sempre.... quero a sua proteção, seu carinho... serei sua amiga, sua amante, sua escrava... farei sempre o possível para te fazer feliz... quero que o senhor me ensine a ser o que o senhor procura em uma mulher.
Vi o brilho no olhar dele... o mesmo brilho que vejo até hoje, depois de tantos anos, que me faz senti protegida e ao mesmo tempo senti um frio percorrer toda a espinha.
