VERÃO DE 54

Um conto erótico de Lila
Categoria: Homossexual
Contém 2406 palavras
Data: 23/07/2005 06:27:18

VERÃO DE 54

Noite fresca naquele verão carioca de 1954. O grupo de adolescentes brincava de pica-esconde no parque que rodeava o grupo escolar onde estudavam. Eram sete ou oito meninos, todos dali. Márcio, filho único do seu Justino, era um menino bonito e aos 12 anos, parecia um anjo, tamanha era a sua beleza. Moreno claro, cabelo cacheado. Era meio gordinho, o que tornava suas coxas roliças. Seus olhos muito negros e amendoados eram protegidos por longos cílios negros. Era um menino normal e, seguramente cobiçado pelos mais velhos. O grupo não diferenciava muito em idade. O Zé Carlos estava com 13 anos; Russo, estava com 16 e Chico Rei com 15 eram os mais velhos. Os demais tinham idade entre 11 e 13 anos. Russo se chamava Günhtter e era filho de imigrantes alemães. Esses meninos levavam a vida que todos os meninos pobres levam: estudavam em escola pública, ajudavam seus pais e brincavam. Como brincavam! Eram brincadeiras de bandido e mocinho, de pica-esconde, de vaqueiros, de futebol e de muitas estripulias no rio que margeava a vila onde moravam. Russo era o amigo mais querido de Márcio que o idolatrava. Várias vezes quando tomavam banhos pelados no rio, alguns moleques tentavam abusar de Márcio e Russo o protegia. Por isso, Marcio que não tinha irmãos para defendê-lo, o idolatrava. No fundo, Russo o desejava também, mas sabia que se o pai dele soubesse, haveria confusão. Seus pais eram brigados e não se davam, apesar da grande amizade que unia os dois meninos. Chico Rei na verdade se chamava Francisco. Era um negro alto, magro e forte para a idade. Filho de uma viúva catadora de lenha, nunca passava de ano e era muito violento e desavergonhado. Ganhou o apelido de “Rei” porque tinha um cacete anormal: grosso, grande e com uma cabeçona que enchia sua mão quando tocava punheta. Nos banhos de rio, costumava bater com seu “cacete” nas nádegas dos meninos mais novos e já tentara por diversas vezes comer à força os moleques mais fracos. Ele e Russo costumavam duelar com suas “espadas”. Russo embora tivesse uma rola menor, não ficava muito atrás. Afinal era mais velho. Uma vez, quando Russo estava tocando uma punheta no banheiro da escola foi surpreendido por Márcio. Márcio ficou parado admirando o cacete de Russo: grande, reto e vermelho, embora não fosse grosso como o de Chico Rei; a cabeça era cor-de-rosa e arroxeava-se à medida que Russo aumentava o ritmo da punheta. O menino moreno sentiu um não-sei-o-quê percorrendo e antes que Russo o notasse, saiu depressa dali sem mesmo ter feito xixi. À noite, na sua cama não podia esquecer a cena de antes. Notou que estava de piru duro e resolveu tocar uma punheta. De olhos fechados, “via-se” pegando na vara do Russo. Lembrou-se do corpo do amigo quando tomava banho pelado no rio. A pele clara queimada pelo sol; cabelos loiros escorridos e olhos claros. Imberbe e sem pelos nas pernas, apenas os pentelhos eram loiros tal qual seus cabelos. Essas lembranças e a visão da tarde aceleraram seu orgasmo. Acordou cedo no sábado e como nesse dia não havia aula, sempre depois do café sumia no mundo junto com os amigos. Encontraram-se no pátio do grupo escolar e decidiram que iriam explorar as ruínas de uma velha ponte colonial do século XVII. Aquele sábado amanheceu abafado e o céu estava encoberto. Antes de sair sua mãe o alertou:

― Não vão muito longe porque vai chover.

― Tá bão mãe, não se preocupe!

O grupo estava incompleto. Somente Chico Rei, Zé Carlos, ele próprio, Didi (Diego, 12 anos), Armando, o Dinho de 13. Esperaram por meia hora como ninguém mais apareceu, resolveram ir sem os outros. Márcio protestou porque queria ir chamar o Russo, mas os demais não concordaram. Enfim, seguiram para a tal ponte abandonada. Depois de uns quinze minutos de caminhada por um trilha na mata tropical, avistaram as ruínas rodeadas de mato e árvores. Por ali, já passara o leito do rio, antigamente caudaloso. Depois de alcançarem os primeiros blocos de rocha, escalaram as mais fáceis e foi quando descobriram a entrada de um túnel, dito mal-assombrado. O local estava coberto de mato, mas depois de limpo, deixava à vista a entrada escura e apertada. Todos tinham medo e ninguém se aventurava entrar. Havia lendas de que ali habitava velhos fantasmas de religiosos que tinham ali um santuário secreto, onde índios eram sacrificados. Diziam também haver uma caverna subterrânea onde eles guardavam seus tesouros e que suas almas ficaram ali protegendo o tesouro. Foi então que decidiram que entrariam em dois grupos. Tiraram a sorte no palitinho e os grupos ficaram assim formados: Chico Rei, Didi e Dinho; Zé Carlos e Márcio. Combinaram que o grupo maior entraria na frente e andaria 20 passos pelo interior da gruta e gritaria para que o outro grupo começasse a entrar e assim sucessivamente até chegarem na caverna do tesouro. Márcio queria desistir, sentia-se desprotegido sem a presença do Russo, mas foi impedido pelos demais. A exploração começou e quanto mais se aprofundavam sob o terreno, mais escuro e úmido ficava o túnel estreito. Já haviam penetrado mais de 100 metros quando encontraram uma pequena área mais ampla onde o túnel se bifurcava em dois. Reuniram-se e decidiram que os grupos seguiriam por túneis diferentes. Márcio protestava dizendo que estava com medo e que não iria passar dali. Bastou Chico Rei dizer que ficaria com ele, para ele mudar de opinião e seguir com Zé Carlos pelo túnel da esquerda enquanto o outro grupo liderado por Chico Rei seguia pelo da direita. Zé Carlos pretextando estar com medo segurou a mão de Márcio, que até gostou porque também estava com medo. Já tinham percorrido uns 10 metros quando Zé Carlos parou e encostando seu pau na coxa de Mário, disse:

― Marcinho, nunca eu tive a oportunidade de ficar assim com tu. O Russo tá sempre por perto. Tô querendo trocar com tu, mas tu naum pode falá pra ninguém, sinão nós tamos fudido cum os mulequis. Eu dô pra tu e tu dá pra mim, assim ninguém fica devendu nada pra ninguém. Segredo só nosso.

Houve um instante de silêncio entre ambos e logo estavam os dois excitados, apesar do medo. Nenhuma palavra foi dita, apenas deixavam seus hormônios atuarem em seus corpos. Subitamente, Márcio lembrou-se de Russo. Queria guardar-se para ele. Empurrou Zé Carlos tentando se livrar dos braços do colega. Estavam tão envolvidos que não perceberam que os outros colegas os haviam seguido.

― Intão é issu? Us maricas tão si revelanu, num é? Agora ocês vãu dar pra genti sinão a genti conta pra todu mundu qui ocês sãu viadu, disse Chico Rei.

Márcio tentou correr, mas foi impedido por Didi que o agarrou forte. Zé Carlos chorava porque morria de medo de Chico Rei que o agarrou forte e dirigindo-se para Dinho e Didi ordenou:

― Segura essi viadu aqui qui vou cuidá du Marcin. Ele é meu. Ocês si quisé podi cumê o Zé Carlus. Adispois eu comu eli.

Chico Rei mandou que Márcio se aproximasse e pegasse em sua rola descomunal. Ele tremia e dizia que não era viado e que poderia morrer, mas não faria aquilo. Chico Rei deu-lhe um tapa que o jogou ao chão.

― Aaii! Pode me matar mas não vou fazer isso!

― Márcinho? Você está aí? Vocês estão aí? Ô moleques, respondam!

Era Russo, o anjo da guarda de Márcio que chegava para salvá-lo. O menino correu em sua direção e o abraçou com força. Russo não entendia porque Márcio chorava e o abraçava tão forte. Sentindo-se protegido, colou o seu corpo ao de Russo e sentiu sua rola hígida, embora mole, de encontro ao seu corpo. Contou-lhe rapidamente o que se passara e vendo que Russo iria brigar com Chico Rei, pediu:

― Vamos embora, deixa o Zé Carlos com eles... vamos!

Saíram caminhando e Russo contou porque não havia se unido ao grupo mais cedo.

― Tive que ir com meu pai buscar um remédio para por na plantação. Tá dando uma praga. Agora vou ter que ir lá no barracão guardar no depósito. É veneno, sabe? Não pode ficar a céu aberto. Você vem comigo?

Era tudo o que Márcio queria. Estar com ele, seu amor secreto.

― Vou sim! Respondeu rápido.

Tomando outra direção, seguiram para o barracão. Começava a chuviscar e, mesmo tendo percorrido os últimos cem metros correndo, molharam-se muito. A chuva caiu forte e torrencial. Entraram e fecharam a porta. Ventava muito. Aos poucos seus olhos se acostumaram com a escuridão e procuraram algo com que se secar. Russo se despiu e ficou só de cuecas. Mário tirou a camisa e permaneceu de calção. Tremiam de frio e se sentaram sobre um monte de sacos vazios, aguardando a chuva passar. O calor de seus corpos começou a aquecê-los e instintivamente, Russo passou seu braço ao redor das costas de Márcio, puxando-o para si. Permaneceram em silêncio até que Márcio, mais calmo contou tudo em detalhes para Russo. O relato excitou o alemão. Estavam sentados lado a lado, corpos juntinhos, as pernas se tocando. Tentando se controlar, Russo falou:

― Sabe, Márcio, essas coisas entre meninos acontecem. É claro que você não podia aceitar aquilo lá, mas se eu não tivesse chegado, teria acontecido e nem por isso você seria considerado viado.

― Eu sei, mas... com eles eu não queria... nem que fosse um só. Não é de nenhum deles que eu gosto.

― Então se esse alguém que você gosta quisesse você deixava?

Russo também o desejava e sabia que Márcio se referia a ele. Já havia aquele algo mais silencioso e secreto entre eles. Nenhum jamais fizera antes qualquer insinuação, mas ambos sabiam que o desejo era recíproco. Seu coração batia descompassadamente enquanto aguardava a resposta de Márcio. Márcio não respondeu, apenas tocou em sua coxa apertando-a de leve e deitando-se de bruços e falou:

― Deita aqui comigo.

Russo deitou-se ao seu lado e carinhosamente começou a beijá-lo, dizendo baixinho:

― Meu anjinho eu te adoro e vou te proteger sempre daqueles que querem te magoar.

Ficaram assim abraçados por algum tempo. Lá fora a chuva forte era acompanhada pelo vento e pelos trovões. O pau duro de Russo sob a cueca latejava de encontro a bundinha morena de Márcio. Seus pensamentos voavam em rumos diferentes. Márcio, com o coração disparado, queria sentir Russo dentro de seu corpo. Russo queria ter aquele menino, mas tinha receio de machucá-lo. Foi então que com a mesma decisão que tomara em repelir Chico Rei, Márcio tomou a iniciativa. Virando-se de lado, começou a alisar o pau duro do seu amado. A cueca já não o continha de tão duro. Aos poucos foi abaixando a cueca de Russo e maravilhou-se quando aquele magnífico falo germânico saltou ao ar apontando célere para cima. Continuou a massageá-lo com carinho e com um pouco de vergonha, deixou a mão de Russo direcionar sua cabeça de encontro àquele tronco de nervo duro. Primeiramente beijou-o e depois mamou nele com amor. Russo gemia e se contorcia de prazer. De repente, com um gesto brusco, Russo tirou o cacete da boca do menino e gozou lançando jatos de esperma a, no mínimo, 3 metros de distância. Ofegante, Russo começou a limpar a porra que, abundante, ainda vertia de seu cacete. Mario retirou o calção e deitou-se de bruços, pedindo com voz angelical:

― Vem Russo, quero que você bote em mim.

O alemão untou seu cacete com cuspe e trepou no menino que de pernas abertas arregaçava a entrada de seu cuzinho virgem. Márcio que estava explodindo de tesão, sentiu quando aquela cabeça cor-de-rosa tocou-lhe levemente a entrada de seu buraquinho e implorou:

― Mete logo Russo, mas mete com cuidado pra não doer muito.

Russo lentamente foi empurrando. A dor era insuportável e Márcio gemeu alto, quase gritou. Russo recuou e lubrificando seu dedo, foi introduzindo devagar até penetrá-lo quase que completamente. Ficou assim alguns minutos punhetando com o dedo o cuzinho apertado de Márcio que gemia de prazer. Depois, lubrificou novamente sua vara e retomou a tarefa de penetrá-lo. Márcio gemeu novamente e Russo pegando-o pelas ancas, elevou um pouco as nádegas e forçou seus quadris contra a bundinha de Márcio. Com um som seco, a cabeça entrou e Márcio soltou um grito forte:

― AAAiiiiii! Tá doendo! Arhhhhh! Não Russo, não vou agüentar...

Russo não ouvia mais nada. Estava tomado pelo desejo e pela necessidade de gozar. Empurrou com força e passando a cabeça, passou também metade de todo seu cacete. Sentiu que ia gozar e então parou de forçar. Sentia apenas os apertos que as pregas do cuzinho que acabara de deflorar davam em seu cacete. Márcio já não sentia doer tanto e procurava relaxar. Aos poucos percebeu que já não doía e começou a mover sua bunda lentamente. Também Russo, controlado o orgasmo, movia lentamente seu pau para dentro e para fora. Aos poucos foi galgando cada centímetro do interior daquele cuzinho virgem. Logo, havia enfiado tudo na bundinha de Márcio que mexia e gemia, elevando a bundinha pedindo mais. Russo foi acelerando o ritmo e aos poucos estavam ambos enlouquecidos pelo tesão que os dominavam. Russo buscou o pau de Márcio que duríssimo latejava ardente. Ambos explodiram num único gozo e quedaram exaustos. Lá fora a chuva havia passado. Também suas almas e corpos estavam serenos depois da tempestade de desejo que os assolaram.

No túnel, Zé Carlos já havia mamado em todos os meninos. O último foi o pauzão de Chico Rei. Didi e Dinho se masturbaram novamente e resolveram ir embora. Ele ficaria com Zé Carlos que envergonhado, chorava sem parar. Depois que os outros saíram, Chico rei falou:

― Zé, vô cumê teu cu. Agora, si tu resisti vô ti dá tanta porrada qui tu vai implorá pra eu ti matá e num vô tê piedadi. Vô botá cum força e vai doê mais e vai te machucá. Si tu colaborá, dói menus i num ti machuca tantu. Tu qui iscolhi.

― Não Chico, seu pau é muito grande... vai me matar...

― Num vai naum. Já cumi u cu do Dinhu i eli naum morreu. Vamu logu, fica de quatru ou tu qué levá porrada primeru?

Zé Carlos tirou as calças e ficando de quatro aguardou pelo pior.

―AAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII...

Só restou SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS

Continua...

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