III Capítulo
No dia seguinte, estava já levantada muito antes do despertador a ter acordado. Como estava com bastante tempo, tirou de imediato aquela camisa de dormir tormentosa, e arranjou um banho de imersão, com óleos e sais de banho, que lhe acalmou bastante as dores que sentia no seu corpo.
De seguida, tomou um duche rápido e limpou-se bem numa toalha turca bem macia. Decidiu olhar-se ao espelho da casa de banho e ficou horrorizada ao ver a sua cara. Estava com umas olheiras enormes, o que se devia essencialmente ao pouco descanso que tivera nessa noite.
Depois de se lavar, maquilhou-se o melhor possível, de forma a disfarçar tais olheiras, mas mesmo assim, quem a olhasse com mais atenção, notaria o seu ar de cansaço.
A seguir, foi ver as peças que tinha deixado no estendal, e como o tempo já estava quente, as mesmas estavam secas. Apanhou-as e vestiu-as, assim como a mini saia e a blusa que vestira na véspera, e que entretanto tinha passado a ferro, para terem um ar mais apresentável. Depois, e muito constrangida, mas não sem antes ter untado bem os aparelhos com vaselina, introduziu o vibrador e o plug anal, no seu corpo. Bastante desconfortável com aqueles aparelhos no seu interior foi então à cozinha e preparou um pequeno almoço como habitualmente fazia.
Começou a pensar qual seria a reacção das pessoas na sua empresa, quando lá entrasse vestida daquela forma. Já sabia que iria ter montanhas de problemas, mas preferia tê-los, do que desobedecer às ordens que recebera.
Arrumou o seu quarto, e saiu do apartamento, descendo até à rua, e como habitualmente, entrou no café ao lado, para tomar um café, que pediu bem forte, ao empregado que a costumava servi-la. Notou que todas as pessoas que se encontravam no café, quando entrou e se sentou, olharam-na bastante. Sentiu que estava a dar espectáculo, e isso incomodou-a bastante.
Acabado o café, pagou e saiu dali, tendo ido até à garagem do seu prédio, onde apanhou o carro e foi para o escritório. Tinha tido o cuidado de meter o envelope que o chefe do João lhe dera no serão anterior, pois pretendia, no intervalo do almoço, visitar algumas das lojas lá indicadas, para levantar a roupa que lhe estava destinada.
Pondo o carro a trabalhar, saiu da garagem e foi para o seu escritório. Teve alguma dificuldade em adaptar-se à condução, com os sapatos que calçava, devido aos saltos muito altos que tinham, além do incómodo que sentia, por estar sentada em cima dos aparelhos que se cravavam no seu interior.
Quando chegou ao edifício onde ficava o escritório da empresa em que trabalhava, como era bastante cedo, ainda havia muitos lugares para estacionar. Pensou para consigo que ainda bem que era tão cedo, pois assim, não estaria ainda muita gente no escritório por onde teria de passar para ir para o seu gabinete, e como tal não daria tanto nas vistas.
Entrou no edifício do escritório da sua empresa, e metendo-se no elevador, subiu até ao andar do seu gabinete. Ao sair do elevador, reparou que a rapariga da segurança, que estava no átrio da entrada, lhe deu, como habitualmente, os bons dias, mas ficou a olhar fixamente para ela. Sentiu que estava a dar espectáculo e que iam começar os seus problemas. Baixando a cara, tentou passar o mais anonimamente possível, pela zona de espaço aberto que o piso tinha, e dirigiu-se o mais rapidamente possível para o seu gabinete. Sentiu que embora ainda estivessem poucos funcionários naquela zona, a sua passagem fora bem notada, e dera azo a vários comentários, alguns dos quais ouviu, e a magoaram, pelo teor ordinário e erótico que continham.
Quando entrou no seu gabinete, sentou-se à secretária, puxou para a sua frente os vários dossiers em que tinha de trabalhar, e enterrou-se neles, para tentar esquecer tudo o resto, embora quer o vibrador quer o plug anal a incomodassem bastante. De repente, começou a senti-los a vibrar no seu corpo. Olhou para o relógio que tinha no pulso, e viu que eram nove horas. Pensou para consigo, que não iria aguentar aquele tormento por muito tempo, e que o homem que a controlava, era implacável. Enquanto pensava nisto, tocou o telefone da sua secretária. Atendeu e era o chefe do João a dar-lhe os bons dias e a saber se tinha dormido bem e se estava bem disposta. Ela respondeu afirmativamente a tudo. O homem informou-a que os aparelhos que estavam no seu corpo iriam ficar a vibrar até ela ir ao cabeleireiro, altura em que os deveria tirar. Disse-lhe que automaticamente, estavam programados para vários níveis de vibração, não devendo ela admirar-se de mudanças de ritmo. Finalizando e rindo-se, disse-lhe que esperava que ela gozasse bastante e se viesse bastantes vezes.
A Fátima, nada respondeu, pois ele entretanto desligara o telefone, mas ficou furiosa com o sarcasmo do homem. Tentando não pensar nisso, começou a estudar os assuntos que tinha entre mãos.
A certa altura, ouviu o telefone a tocar novamente. Atendeu e era o seu chefe do escritório, que lhe pedia para ela ir de imediato ao seu gabinete. A Fátima, ficou bastante preocupada, pois a sala ao lado àquela hora deveria estar cheia de pessoas, empregados da empresa, que a iriam ver, assim como o seu chefe, que de certeza a iria recriminar, por estar vestida daquela forma. Porém nada podia fazer. Levantou-se, e sentiu de imediato os aparelhos a vibrarem com uma intensidade enorme, que ainda não sentira, e teve uma tontura, tendo de se apoiar na sua secretária para não cair. Respirou fundo, para aguentar tal tormento, e saiu do seu gabinete. Assim que começou a atravessar a sala contígua, sentiu-se um silêncio enorme, e todos os presentes cravaram o seu olhar nela. A Fátima, muito cabisbaixa e corada, tentou andar o mais rapidamente possível, mas o mal estar que sentia, causado pelos vibradores, quase a não deixavam andar, e pareceu-lhe que aquela sala nunca mais acabava. Finalmente chegou ao átrio, apanhou o elevador e foi para o último piso do edifício, onde ficava o gabinete do seu director. Quando chegou, depois de bater à porta e ele a ter mandado entrar, abriu a porta e entrou.
Ele quando a viu, ficou com um ar atarantado e sem sequer a mandar sentar-se disse-lhe com ar grave:
- Dra. Fátima, o que se passa consigo. A senhora está bem?
Ela respondeu-lhe que sim, mas percebeu que para ele a estar a tratar daquela forma tão informal, o que não era seu hábito, viria a seguir trovoada. Se melhor pensou, teve a prova logo de seguida, pois perante tal resposta o seu chefe disse-lhe:
- Como a Dra. Fátima sabe, a nossa empresa é muito rígida na forma como os seus funcionários se devem apresentar ao serviço. Peço desculpa por lhe estar a falar nisto, mas esta manhã, chegaram-me várias informações sobre a forma como a doutora hoje está vestida, o que não é conforme as normas da nossa empresa. Tem alguma explicação plausível para a situação?
A Fátima, um pouco atrapalhada, começou a dizer-lhe:
- Sr. Doutor, explicação para o que se passa, tenho. Se ela será plausível ou não, isso já não sei como o senhor e a empresa considerarão.
O seu chefe disse então para ela expor o que entendesse, e convidou-a a sentar-se. A Fátima, puxou então uma das cadeiras que estavam em frente à secretária do seu chefe, e com todos os cuidados, por causa dos aparelhos que tinha no seu corpo, sentou-se, tentando que a sua mini saia a cobrisse o mais possível, o que era quase impossível. Depois de estar sentada e o mais arranjada possível começou a explicar ao seu chefe o que se passara, não lhe contando porém todos os pormenores, principalmente o que lhe sucedera no serão anterior, mas explicando-lhe que tinha de passar a andar vestida da forma como agora estava, ou ainda com ar mais provocante e sensual. O seu chefe, fez-lhe ver que tal situação, era de uma humilhação e brutalidade impensável, e disse-lhe não compreender como ela, uma pessoa educada, culta e inteligente, se submetia a tal tratamento. Disse-lhe ainda saber que ela não tinha família próxima com quem pudesse falar, e que por isso mesmo sempre a tratara quase como uma filha, pois tinha filhas da idade dela, e tinha pena de a ver a ser tratada daquela forma. Perguntou-lhe se ela não poderia desistir de tal desafio. A Fátima disse-lhe que poderia, mas que, pelo que estava em jogo, não deveria, nem queria desistir.
O seu chefe disse-lhe então, que com muita mágoa, tinha de lhe dizer que só lhe restavam duas soluções para resolver a situação. As soluções eram as seguintes. Como a Fátima, ainda tinha perto de duas semanas de férias para gozar, poderia de imediato pedir esse período que lhe seria de imediato concedido, e nesse período tentar resolver o problema, devendo, quando voltasse ao serviço, apresentar-se de forma mais formal, ou então teria de se despedir, para que a empresa não a despedisse.
A Fátima, embora ficasse bastante preocupada com o que acabara de ouvir, disse ao seu chefe que pensava que as duas semanas de férias que lhe restavam, não seriam suficientes para resolver o problema que atravessava, e que assim, nada mais lhe restava que não fosse apresentar a sua demissão.
O seu chefe, muito constrangido, perguntou-lhe se ela não pretendia pensar mais calmamente no assunto, e disse-lhe para ela tirar o resto do dia para ponderar o assunto, e no dia seguinte falar com ele de novo. A Fátima agradeceu a sua compreensão e aceitou a sugestão do seu chefe. Este disse-lhe então para ela sair e a Fátima, voltando ao seu gabinete, arrumou tudo e saiu do escritório.
Como ainda era meio da manhã, resolveu aproveitar o tempo livre para ir às lojas que lhe tinham sido indicadas para levantar a roupa que passaria a usar. Meteu-se no seu carro, e foi até à primeira que tinha na lista. Era uma loja de roupa interior de senhora. Lá chegada, dirigiu-se a uma empregada de balcão, e disse-lhe que procurava conjuntos de roupa de acordo com as ordens da Instituição. A empregada pediu que ela aguardasse um pouco, e quase de imediato, apareceu um senhor, de meia idade, com muito boa aparência que disse ser o gerente da loja. Perguntou-lhe se ela era a Fáfá, ao que ela respondeu afirmativamente, embora um pouco chateada, pois pensava que tal tratamento só lhe seria aplicado, quando ao serviço da instituição. O senhor pediu que ela lhe indicasse a sua morada, pois ao princípio da tarde, mandaria entregar em sua casa, os embrulhos da roupa que a instituição mandara arranjar para lhe ser entregue. Como ela dissesse que ao princípio da tarde, poderia não estar, ficou combinado que a encomenda lhe seria entregue na porteira do prédio. Antes de sair a Fátima, pretendeu saber se não poderia escolher os conjuntos que deveria levar. O senhor, com toda a deferência, explicou-lhe que sendo mandada pela Instituição, era ela que escolhia os modelos que ela usaria, e não tinha qualquer hipótese de escolha. A Fátima, rendida às evidências, agradeceu, e saiu daquela loja. Como uma outra que estava na lista que lhe tinha sido entregue, era perto, mesmo a pé, foi até essa loja. Quando entrou nela, verificou que era uma loja de fardas de serviço, para criadas e empresas. Foi de imediato atendida por uma funcionária, que lhe perguntou o que pretendia. A Fátima disse-lhe que ia à procura de uniformes de criada. A funcionária perguntou-lhe se sabia as medidas da pessoa para quem queria os uniformes. A Fátima, um pouco encabulada, disse-lhe que era para ela própria. A funcionária da loja olhando-a de alto a baixo e reparando então na forma como ela estava vestida, perguntou-lhe se ela vinha da parte de alguém. Ela respondeu-lhe dizendo que vinha da parte da Instituição. A funcionária, anuindo pediu-lhe se ela autorizava que lhe tirassem as medidas, pedindo que a Fátima passasse para um gabinete ao lado. Ela assim fez, e apareceu uma outra funcionária que lhe tirou as medidas que achou necessárias. Disse-lhe depois que lhe iriam ser preparados seis uniformes diferentes que lhe seriam entregues ao fim do dia em sua casa, tendo-lhe pedido a sua morada. A Fátima, já nada disse, pois sabia que a resposta que de certeza ouviria, caso pedisse para ver os modelos, seria a mesma que ouvira na loja anterior.
Saiu daquela loja conformada com a situação, e sendo já quase fim da manhã, e estando perante o problema de ter de pedir a demissão da empresa onde trabalhava, resolveu ligar do seu telemóvel para o número de telefone que o chefe do João lhe dera, para quando, por questões de emergência precisasse de falar com ele.
Passado pouco tempo de ligar, foi atendida por uma rapariga que perguntou quem falava. A Fátima disse que era a Fáfá e pretendia falar com o seu responsável. A rapariga disse-lhe que iria transmitir a mensagem e que daí a pouco lhe ligariam.
A Fátima, resignou-se e como era hora de almoço, resolveu ir comer qualquer coisa, embora estivesse com pouco apetite, não só por tudo o que se passara, mas também, porque os aparelhos não paravam da a violentar.
Quando se dirigia para um restaurante que estava parto, ouviu o seu telemóvel tocar e atendeu. Era o responsável, que posto ao corrente do que ela pretendia, e depois de lhe perguntar se ela já tinha ido às lojas que lhe tinham sido indicadas para levantar a roupa que ela deveria passar a usar, e saber que a Fátima já tinha ido a duas e faltava a terceira, disse-lhe para ela então almoçar, ir à loja que faltava, e antes de ir para o salão de beleza que estava marcado, se encontrar com ele, dando-lhe indicação do local onde se deviam encontrar, que era uma confeitaria, numa das zonas novas da cidade. A Fátima agradeceu, e despedindo-se, o homem desligou a chamada.
Após almoçar uma refeição ligeira no restaurante onde estava, a Fátima, saiu e metendo-se de novo no seu carro, foi então a outra loja que estava na listagem que lhe tinha sido fornecida. Entrando, viu que era uma loja de pronto a vestir feminina. Dirigindo-se a uma empregada de balcão, disse vir da parte da Instituição, e que lhe tinha sido dada indicação para se dirigir a essa loja, para escolher a sua nova roupa. A empregada, pediu-lhe se ela aguardava um pouco, e retirando-se, voltou pouco depois acompanhada de uma senhora, ainda jovem, e que se apresentou como a dona da loja. Essa senhora, perguntou-lhe como ela se chamava, tendo a rapariga dado o seu nome. A senhora sorrindo, disse-lhe que esse nome era o dela, mas para ali era necessário saber o nome que lhe tinha sido atribuído na Instituição. A Fátima, um pouco aborrecida, disse-lhe que era Fáfá. A senhora, pegando num telefone, fez uma chamada e depois convidou a Fátima a acompanhá-la a uma sala reservada da loja, onde estavam expostos uma data de modelos de saias, blusas e vestidos, tendo-lhe dito que ela deveria escolher o que lhe pudesse interessar. Porém antes de a deixar escolher os modelos, olhando para a Fátima e medindo-a com o seu olhar experiente, disse-lhe que os modelos que lhe deveriam servir, estavam nos expositores do lado direito delas. Perguntou-lhe ainda se ela sabia o que deveria escolher. A Fátima, um pouco atrapalhada, disse-lhe sinceramente que não. A senhora, perguntou-lhe se ela gostaria da sua ajuda, o que a Fátima prontamente agradeceu. A senhora disse-lhe que ela deveria escolher quatro ou cinco saias diferentes, o mesmo número de camisas ou blusas, e dois ou três vestidos.
Com essas informações, a Fátima deslocou-se ao expositor que a senhora anteriormente lhe indicara, e começou a ver o que lá estava. Eram peças boas, mas um tanto ao quanto arrojadas. Perguntou à senhora se não havia nada mais sóbrio e conservador. A senhora a sorrir, disse-lhe que ela ao ter acordado aderir à Instituição, teria de se habituar a não ser nem sóbria e que deveria sempre dar nas vistas. A senhora, vendo a indecisão da Fátima, tomou a liberdade de lhe escolher duas mini saias diferentes e convidou-a a experimentá-las. A Fátima pegando nas saias perguntou-lhe onde era o gabinete de provas ao que a senhora lhe respondeu que naquela parte da loja não havia e que portanto ela deveria vestir as saias ali mesmo. A Fátima, sem nada dizer, despiu a mini saia que trazia, ficando só com o cinto ligas que trazia por baixo, e vestiu a primeira saia que a senhora lhe dera. Era da medida que ela usava habitualmente e ficava-lhe bastante bem, mas era ultra curta. A Fátima perguntou se não tinham aquele modelo, mas um pouco mais comprida. A senhora disse-lhe que as instruções que tinha da Instituição era que a Fáfá não poderia usar saias ou vestidos mais compridos do que aquele tamanho. Ela, pouco satisfeita com o que ouviu, acabou por escolher cinco saias de tecidos diferentes. Duas eram tipo kilts, outra era de ganga, e as outras duas eram traçadas e de trespasse. Escolheu de seguida as blusas. Escolheu todas tipo camiseiros, com botões à frente, de manga curta, sendo todas de popelina de algodão bastante finas e de cores claras. Por fim escolheu dois vestidos, um simples direito e de alças finas, e com caixa de peito trabalhada, e outro mais convencional, em sarja beige.
A senhora, dizendo-lhe que ela tinha escolhido bastante bem, tomou nota numa folha os modelos e referências que a Fátima escolhera, e disse-lhe que se ela quisesse podia dar uma pequena volta, que daí a cerca de meia hora, teria tudo pronto e embrulhado, para ela levar.
Por fim perguntou-lhe se ela já tinha sido apresentada à direcção da Instituição, o que a Fátima disse que não. Então a senhora disse-lhe que nesse dia ela deveria apresentar-se de forma muito especial, e adiantou-lhe que caso ela necessitasse, teria todo o gosto em fornecer-lhe a roupa para essa ocasião. Só precisaria que a Fáfá a informasse com dois dias de antecedência da data da apresentação, para ela lhe preparar a roupa mais conveniente. A Fátima, agradecendo, disse que ia tomar qualquer coisa no café ao lado, e já voltava para levantar as suas encomendas.
Saiu da loja, e como estava dentro de um centro comercial, resolveu dar uma volta pelo centro, para ver as lojas que lá existiam. Após o tempo que a senhora da loja lhe tinha indicado, voltou e deram-lhe uma data de embrulhos muito bem arranjados. Pediram só que ela assinasse uma requisição, que ela depois de conferir, verificou indicar todos os modelos e referências das diversas peças que escolhera e levava. Perguntaram-lhe se necessitava de ajuda para levar os embrulhos, ao que ela respondeu negativamente, pois tinha carro próprio no estacionamento do piso inferior. A dona da loja, apareceu então, e desejando-lhe as maiores felicidades, disse-lhe que ficaria à sua espera para o que ela pudesse precisar. Entre dentes e sem que ninguém a ouvisse, disse-lhe:
- Fáfá, eu também já passei pela fase que você está a passar, e acredite, vai precisar de muita coragem para ultrapassar tudo o que ainda a espera. Mas se é forte, não desanime, pois a compensação será grande.
A Fátima, não percebendo bem o que ela lhe queria dizer, agradeceu de novo, e pegando nos embrulhos todos, desceu ao piso do estacionamento e depois de meter tudo na mala do carro, arrancou e foi para a confeitaria, onde tinha ficado de se encontrar com o seu responsável.
Quando lá chegou, ainda não era a hora que ele lhe tinha marcado. Entrou, escolheu uma mesa e pediu um refrigerante. Pouco tempo depois chegou o seu responsável, que a vendo se dirigiu à mesa onde ela estava. Quando ele se aproximou, ela levantou-se e cumprimentou-o Ele sentou-se, e mandou-a sentar-se de novo, mas com a cadeira virada para o exterior da mesa, mandando-a afastar bem os joelhos. Ela fez como ele mandou, e da forma como estava sentada, e devido ao comprimento reduzido da saia que vestia, assim como ao modelo, ficou com o seu corpo totalmente exposto, a tal ponto que quem a olhasse, lhe poderia ver a sua vagina e a púbis. De seguida o homem mandou que ela desapertasse os dois botões superiores da blusa que vestia e fizesse realçar o seu peito, o que ela fez, ficando a notar-se ainda mais o soutien que vestia. A Fátima, exposta daquela forma perante as pessoas que estavam na confeitaria, ficou envergonhada e começou a corar bastante. O seu responsável notando isso, disse-lhe para ela se acalmar, pois como sabia, existia para dar prazer aos seus acompanhantes, e naquele momento, o prazer que lhe podia dar, era ser exposta daquela maneira, perante todos os presentes.
A seguir, e depois da Fátima já estar mais aclimatada à situação, perguntou-lhe o que se passava. A Fátima explicou-lhe a conversa que tivera com o seu director naquela manhã, dizendo que só via como alternativa despedir-se da empresa, decisão que teria de assumir no dia seguinte, logo de manhã. O seu responsável perguntou-lhe se ela não pretendia antes desistir daquela situação, continuar no seu emprego e esquecer o João.
A Fátima, toda indignada disse-lhe:
- Meu amo, ainda que me custe muito ser exposta da forma como agora estou, de ter de satisfazer todos os caprichos seus e sei lá de quem mais, não desisto. No entanto o meu amo, tinha-me dito que se houvesse qualquer problema que me arranjava um novo emprego e eu preciso dele. Arranja-me ou não?
Ele, sorrindo perante a irritação da Fátima, sem nada dizer, pegou no seu telemóvel, levantou-se, fazendo sinal para ela se manter sentada onde estava, e afastou-se um pouco, até ao pé de uma mesa onde estavam dois rapazes, que não deveriam ter mais de 17 ou 18 anos. Teve uma conversa ao telefone de mais ou menos cinco minutos e depois voltou à mesa da rapariga, acompanhado dos dois jovens que estavam na outra mesa. Sentou-se no lugar onde anteriormente estivera e disse:
- Fáfá, penso que já te arranjei colocação, mas para saber ao certo se a mereces e se não queres desistir de tudo conforme há bocado disseste, cada um destes dois jovens, querem beijar-te e apalpar-te. Se isso acontecer, sem qualquer restrição da tua parte, passamos à fase seguinte. Se te recusares, acaba tudo aqui e esqueces-me, à Instituição e ao João .
A Fátima, aflita, mas sem querer dar parte de fraca, perguntou-lhe:
- O que é que o meu amo quer que eu faça?
- Nada, deixa somente que estes jovens te mexam e te beijem!
- Tudo bem, meu amo! Respondeu-lhe a Fátima.
Então e a um sinal do homem, um dos rapazes baixou-se um pouco, e metendo a sua mão direita entre as pernas da Fátima, por baixo da saia, mexeu-lhe bem nas suas partes íntimas e ao mesmo tempo beijou-a demoradamente na boca, introduzindo dentro da boca dela a sua língua que a explorou demoradamente. Enquanto isso, o outro, foi para as costas dela, e pôs-lhe as suas mãos sobre os seios da rapariga, por cima da blusa e apalpou-a demoradamente, tendo depois metido as mãos por baixo da blusa da rapariga apalpando os seus seios directamente, passeando as suas mãos demoradamente sobre eles. O responsável da Fáfá, vendo o gozo que eles estavam a ter, e vendo a sensação que estava a causar, estando várias pessoas a olhar espantadas, achando que já era suficiente, disse aos rapazes que já chegava de gozo. Eles pararam e a Fátima, manteve-se impávida, ficando toda descomposta. O responsável da Fátima, pediu aos rapazes para voltarem à mesa onde estavam, e disse então à Fátima para se arranjar. Ela pediu para ir à casa de banho, o que ele autorizou, e ela levantando-se, foi até lá. Ao passar por algumas das mesas que estavam com pessoas até chegar à zona dos lavabos, ouviu diversos comentários sobre o que tinha feito, ouvindo algumas pessoas dizer que ela era uma desavergonhada, e que era uma prostituta. Muito envergonhada e quase a chorar, entrou nos lavabos, e depois de se compor, voltou à mesa do seu amo.
Quando ela chegou, o seu amo, deu-lhe um cartão da Instituição, onde tinha escrito algumas palavras, um nome e uma morada, e disse-lhe:
- Amanhã de manhã, vais à tua ainda empresa, apresentas a demissão conforme disseste que querias fazer e depois vais a esta morada, perguntas pelo senhor que o nome está aqui escrito, e fazes tudo o que ele te ordenar. Caso cumpras tudo o que ele te mandar, terás um novo emprego, e ficarás a trabalhar nessa nova empresa. Fez uma pequena pausa e depois continuou Agora, sentas-te de novo nesta mesa, esperas que eu saia daqui, e dez minutos depois de eu sair, podes pagar a despesa e ires embora, até porque tens de ir ao salão de beleza, não é?
- É sim, meu amo! Respondeu a Fátima sentando-se de novo na cadeira como anteriormente estivera.
O homem disse-lhe:
- Quando saíres do salão de beleza, caso queiras podes jantar na rua, e depois deverás ir para o teu apartamento, onde deverás vestir-te de criada e de forma bem sensual. Cerca das dez horas da noite irei fazer-te uma visita. Se não estiveres devidamente fardada e de forma sensual, serás duramente castigada. Entendidos?
- Sim, meu amo! Respondeu-lhe a Fátima.
Ele nada mais dizendo, levantou-se, dirigiu-se à porta de saída, parando na mesa onde estavam os dois rapazes, tendo ficado um pouco a conversar com eles tendo-lhes eles dado uns papéis. Depois saiu da confeitaria.
A Fátima, esperou cerca de dez minutos, depois chamou o empregado, pagou a despesa, e saiu da confeitaria sem olhar para ninguém e sem ligar aos comentários que ouvia. Jurou para si própria que nunca mais ali poria os pés de tão envergonhada que estava.
Chegando à rua, dirigiu-se ao seu carro, entrou nele e foi para o salão de beleza onde tinha hora marcada.
(Continua em O Castigo de Fáfá IV)