Ambas estavam decididamente nervosas. Sentaram-se à beirada da cama. Timidamente, se deram as mãos e os dedos entrelaçaram-se. "Eu te amo," disse Selina, deixando escapar um suspiro abafado e trêmulo de expectativa. Danielle voltou os olhos para ela, as pupilas cintilando. "Eu te amo, também," murmurou, meiga, o coração batendo depressa. Subitamente, o sorriso desvaneceu dos lábios de Danielle quando ela conseguiu ler uma cintilação amorosa e sensual nos grandes e belos olhos castanhos-claros de Selina. O amor e o desejo vinham tornando-se avassaladores, torturantes, consumindo-as mais e mais desde que se conheceram há meses atrás. E, agora, os olhos de Selina clamavam por uma resposta. Cobrindo a ínfima distância que os separava, Danielle se inclinou para beijá-la. Tensa, deixou toda ternura que sentia por Selina dominá-la e roçou suavemente seus lábios nos dela. Estremeceu ao sentir o sensual perfume floral da mulher que tinha em seus braços. Um aroma naturalmente erótico. Respondendo à ternura com a urgência, Selina aprofundou o beijo, estimulando-a, convidando-a, brincando com a súbita intimidade. Sentindo os braços firmes e esguios da outra estreitando-a e comprimindo-a, os seios se roçando, Selina emoldurou-lhe o rosto entre as mãos e separou os lábios, deixando que a língua de Danielle a explorasse. Como eu te amo, Selina pensou, já a beira de perder o rumo dos seus pensamentos. Dando vazão aos seus instintos, sentiu-se segura para correr um mão pelos cabelos longos e sedosos de Danielle, enrodilhando-os na ponta dos dedos e segurando-a pela nuca com a outra mão, tornando o contato mais intenso. Sem qualquer pensamento de resistência, Selina desceu os braços, envolvendo suavemente o pescoço de Danielle e sua cabeça inclinou-se para trás, num convite. Lentamente, Danielle beijou-a na curva sensível do pescoço, lutando para controlar toda a fúria e desejo que o calor e sabor da pela macia incitava. Um gemido mudo de prazer escapou pelos lábios de Selina, que não protestou quando Danielle a deitou sobre a cama, abraçadas. Selina mordeu o lábio inferior e suas pálpebras se tornaram pesadas ao descobrir que Danielle a abraçava e, ao mesmo tempo, corria com a outra mão as curvas dos seus quadris, explorando o vale entre os seios. E, descia, deslizando habilidosamente sobre sua coxa, e comprimia suas nádegas num movimento ousado de provocação sensual. "Como te amo, Dani!", Selina gemeu alto. Reuniu toda sua determinação e, ousada, tomou Danielle pelos ombros e afastou-a de si. Com o coração batendo vertiginosamente, afrontou o recato, sentou-se à beira da cama e livrou-se da blusa, expondo-se ao olhar, selvagem e veemente, de Danielle. Selina deu-lhe as costas, jogou os cabelos para o lado, cedendo-lhe novamente a iniciativa. Num instante, as mãos hábeis de Danielle abriam o gancho do sutiã e corriam pela nudez das suas costas, num movimento delicioso e abrasador. Olhando-a por sobre o ombro, Selina ruborizou ao deixar o sutiã cair ao chão num gesto premeditadamente elaborado para excitar Danielle ainda mais. Determinada a não entregar-se totalmente, ainda, Selina cobriu os seios com as mãos e voltou-se para Danielle, um sorriso de satisfação feminina curvando-lhe os lábios. Deitou-se suavemente sobre a cama e abriu os braços, as unhas enterrando-se nervosamente no tecido do lençol. Por um instante, Selina capturou o olhar desejoso de Danielle focalizado nos seus seios, firmes e altos. Ela não resistiu e, excitada, arqueou o corpo e abraçou Danielle, fazendo-a deitar-se sobre si. "Como eu te quero...", sussurro Selina ao seu ouvido, a mão de Danielle acariciando o seio, o polegar rodeando o mamilo, deixando-a sem ar. Agora, os seios intumescidos, perfeitos, com os mamilos rígidos de excitação, ofereciam-se para à boca doce e ávida de Danielle. A cintura esquia pedia para ser acariciada por suas mãos. Os quadris curvilíneos convidavam-na. "Ai, como é bom," Selina gemia e estremecia enquanto Danielle lhe devorava os seios, degustando a carne tenra com os lábios, a língua, os dentes. Sem fôlego, Selina lutava para recuperar o auto-controle e provocá-la mais ainda. Porém cada vez mais perdia o controle e a sanidade. Deliciada com o efeito das suas carícias sobre aquele corpo feminino, maravilhoso e tentador, Danielle moveu a mão para baixo, rumando vagarosamente, numa tortura maravilhosa, pelo abdômen delicado e fascinante, até atingir o cós da calça de Selina. Posicionando a mão sobre o púbis, firme e pequeno, ela a escorregou por entre as pernas de Selina e afagou-lhe o sexo por cima da calça jeans, e sorriu ao vê-la tentar imobilizar-lhe os movimentos. Respirando profundamente, Selina determinou-se a apagar o sorriso de triunfo dos lábios de Danielle. Mesmo trêmula, ela iniciou por desabotoar-lhe a blusa de seda branca. A mão correu livre por aqueles seios firmes e estonteantes, acariciando-os. Assim que a palma da mão de Selina assinalou o batimento do coração de Danielle, aquela teve que lutar contra uma onda de desejo que a invadiu. Desafiando a si mesma, Selina arqueou o tronco e capturou um mamilo de Danielle entre os dentes, mordiscando-o levemente e, depois, beijando-o e lambendo-o languidamente. O golpe foi certeiro. Abalada e extasiada, Danielle interrompeu a carícia sobre o sexo de Selina, fechou os olhos procurando absorver todo prazer que ela lhe oferecia. Deixou as mãos caírem ao longo do corpo e, ao vê-la retirando o botão da calça da sua casa, Danielle tirou a blusa e se levantou. Ajoelhou-se entre as pernas, esguias e intermináveis de Selina, e segurou o cós entre as mãos, retirando a calça cuidadosamente. De pé, à sua frente, foi a vez de Danielle despir-se. Assim que a calça chegou ao chão, formando uma poça entre seus pés, Selina vislumbrou um corpo irresistível de mulher. Curvas certas nos lugares certos, seios lindos e redondos, cintura esguia, quadril generoso e pernas perfeitas. Não resistindo, Selina se levantou e a abraçou. O efeito dos seios e dos mamilos de Danielle roçando e comprimindo os seios de Selina foi devastador. Todo corpo de Selina pareceu derreter por dentro e seus joelhos fraquejaram. Não, ainda não, Selina gritou para si mesma, saboreando a urgência de Danielle num beijo ardente. Sentindo o coração de Danielle batendo contra o seu, o calor da paixão redobrou a coragem de Selina, e ela cravou as unhas, ovais e perfeitas, na pele quente e trilhou um caminho até a cintura de Danielle, rodeando o elástico da calcinha de renda dela nos seus polegares. Desta vez, foi Selina quem sorriu quando esticou seus braços, abaixando-lhe a calcinha até o início das coxas. Dobrando os joelhos, ela a despiu, contendo um gemido de satisfação ao ver as coxas bem torneadas, o sexo, os pelos úmidos a centímetros do rosto. Rapidamente, Selina ergueu-se e girou nos calcanhares, dando as costas para Danielle, permitindo-lhe que ela puxasse sua calcinha para baixo. Rápida e ágil, assim que sentiu a peça de renda na altura das coxas, Selina projetou o tronco para frente, enrijecendo as pernas, num movimento elaborado para que Danielle a despisse mais facilmente. Selina esperou até sentir que Danielle ficasse de pé, e voltou-se novamente para ela, o rosto inclinado, um sorriso aberto iluminando-lhe a expressão. Passou os braços longos e elegantes pela cintura de Danielle e a beijou, os olhos de ambas entreabertos, faiscando. Um gemido de prazer escapou dos lábios de Danielle ao sentir a língua feminina e ávida de Selina buscando a sua, entrelaçando-se com ela, numa dança sensual e tórrida. Ardente. A urgência de Danielle atingiu níveis desconhecidos quando Selina ondulou os quadris contra os dela, e excitou os seios com as mãos. Os joelhos de Danielle tremeram. A pele macia de de Selina a inflamava, dava combustível a um incêndio que a devorava. Suspirando fortemente, Danielle segurou Selina pelos antebraços e e beijou-lhe febrilmente a curva dos seios antes de pousá-la na cama. O relâmpago de uma incandescência primitiva e instintiva cintilou nos olhos de ambas. Era fogo contra fogo, urgência contra urgência. Não poderia haver complacência com sobreviventes naquele jogo letal e erótico. Selina espalmou as mãos sobre o lençol, ergueu o tronco e encarou Danielle, ofegante, mas sustentando uma expressão desafiadora. E no olhar, um brilho furtivo. O suor banhava-lhe as faces de Selina, o corpo, gotas deslizam pelo rosto. Ela achou impossível resistir ao sentir uma gota de suor escorrer por entre os seios e pelo busto. Danielle obedeceu seu instinto e posicionou o corpo entre as pernas de Selina, não deixando de fitá-la. Absorveu imediatamente o aroma que lhe indicava a direção a seguir, uma fragrância ardente e doce. E ela contornou-lhe o umbigo com a língua. Desceu o rosto entre as suas coxas e beijou calidamente a pele sensível, irradiando uma sucessão de arrepios por todo corpo de Selina. Embriagada pela expressão de desejo que lia nos olhos de Selina, Danielle deslizou a mão pelas pétalas úmidas e túrgidas da sua feminilidade. Com os dedos abriu os pequenos lábios da vulva e se pôs a acariciá-la com felina suavidade. Para a frente e para a trás, sem pressa. Esperando, como um predadora fabulosa, pelo momento que a umidade se intensificasse, tornasse mais viscosa. Deitando-se ao lado de Selina, Danielle também ofereceu sua feminilidade para que Selina a explorasse, com a língua, os lábios, os dedos. Presas àquele latejar íntimo, selvagem e primitivo, elas deixaram escapar gemidos, os corpos estremecendo, sinalizando que o momento de maior intimidade estava próximo. Selina encostou o rosto na coxa de Danielle e sua vista se enuviou quanto ela traçou com a língua o contorno do sexo da outra. Gritou quando Danielle, por sua vez, introduziu a língua entre os lábios de Selina e, umidecendo-a com o próprio mel dela, subiu e rodeou e comprimiu o clitóris com a ponta da língua, para depois beijá-lo e lambê-lo. Arrebatada, Selina separou ainda mais as coxas e arqueou os quadris, incitando-a a mergulhar dentro de si. Junto com as carícias da língua e dos lábios, Selina sentiu o dedo médio de Danielle penetrando no seu sexo. Primeiro um, depois dois, e três. Indo e vindo. A língua rodeando, subindo e descendo. Selina tendou retribuir a carícia com seus lábios e línguas, lambendo, beijando desesperadamente as coxas e o sexo de Danielle, como se sua vida dependesse disso. Como é gloriosa a entrega, foi o pensamento que passou pela mente de Selina, deliciada com o sabor e o perfume do sexo de Danielle. E, depois, não pode pensar em mais nada. Imediatamente uma pressão começou a se formar dentro de Selina. Seu corpo ficou totalmente retesado e sua mente rodopiou sem controle. Prendeu a respiração e cerrou fortemente os olhos para absorver o prazer de cada instante. Deslizou uma mão sobre seu seio e sentiu o mamilo perdendo a rigidez e intumescendo. E todo o universo explodiu em som, cores e calor, num estremecimento que avassalou seu corpo todo. Selina ouviu um grito, muito alto, uma voz feminina, estranhamente distante dela mesma. Percebeu que flutuava transportada pelo prazer. E, quando abriu os olhos, notou um casal abaixo de si, na cama do quarto. Correu os olhos em volta e viu as estrelas cintilando no manto azul-cobalto da noite. Tudo era silêncio e perfeição. Mas faltava algo. Repentinamente, viu à sua frente Danielle, a mulher que amava. Não era a sua figura real, mas uma imagem radiante, resplandecente como a lua a brilhar. Atrás dessa imagem, ela distinguiu inúmeras outras, perfiladas sob o manto das estrelas, da noite e do universo. Figuras de mulheres bárbaras, guerreiras, comerciantes, mulheres refinadas e sofisticadas. Todas vestindo trajes de todas as épocas, de todos os continentes, numa sucessão que culminava com sua amante atual. Porém, todas tinham o mesmo rosto, os mesmos traços, enfim, eram a imagem de Danielle multiplicada ao infinito. Então, Selina entendeu. Uma sempre pertencera à outra, por toda a história, por todos os séculos, haviam-se amado e celebrado sua união como agora faziam. Lá embaixo, estavam se reencontrando, pois haviam sido criadas e destinadas uma para o outra, para toda a eternidade, para todo o sempre. Selina não conseguiu evitar as lágrimas e partiu em direção àquela imagem de luz e cor, e a abraçou fortemente, beijando-a, adorando-a. "Sempre fui sua, sempre serei, Danielle", ela murmurou e fechou os olhos, vibrando com o abraço carinhoso e quente que recebeu da outra sob a radiância magnífica das estrelas e da luz do luar. "Para todo o sempre," Selina ouviu. E quando abriu os olhos, estava de volta àquela cama. Danielle a rodeava nos braços e afagava seu cabelo com a ponta dos dedos. "Para todo o sempre eu vou te amar," ela disse e a beijou, ternamente. "Parece que sempre a conheci, que você sempre foi minha," Danielle completou, a voz suave e profunda. "Meu amor...", Selina murmurou apaixonada, encostando os lábios nos de Danielle. "Meu único e eterno amor."
Amor de Verdade é Eterno - Romance
Um conto erótico de Cosmic
Categoria: Homossexual
Contém 2111 palavras
Data: 28/01/2006 01:41:46
Assuntos: Homossexual, Lésbicas
Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.