Esperança

Um conto erótico de Augusto
Categoria: Homossexual
Contém 1009 palavras
Data: 18/02/2006 15:39:50
Assuntos: Gay, Homossexual

A vida costuma pregar muitas peças em todos nós... E quando parece que tudo está perdido, sempre surge, como num passe de mágica, uma luz no fim do túnel que nos faz acreditar que conseguiremos ser felizes...

Rafael sempre foi um garoto solitário e melancólico. Ao contrário dos outros meninos da sua idade, Rafael vivia preso em um mundo à parte, distante das travessuras e alegrias características da infância... Sua vida sempre foi muito difícil: a miséria e a apatia foram oniscientes em seu cotidianoSuas pernas sempre eram maiores que suas calças, as mangas de seus agasalhos nunca cobriam seus braços por inteiro e, o pior, Rafael padecia da insônia da fome... Seu pai era um homem violento, sua mãe uma fraca... Seu pai lhe agredia violentamente, sua mãe presenciava tudo e chorava em silêncio, pois supunha que não possuía forças para enfrentar seu “marido”... Gritos, dores e infortúnios de natureza mil são as lembranças que Rafael possuía de sua infância...

Assolado por todas estas intempéries, Rafael era uma criança infeliz, amargurada, ressentida... Um dia, graças a Deus, um anjo, que tomou a forma de uma bondosa assistente social, o levou para uma casa grande, onde havia muitas crianças e onde lhe davam três refeições por dia... Mas, naquele orfanato, embora inexistissem privações, não havia afeto ou carinho... Todos eram frios e distantes... E Rafael, continuou sozinho...

Após algum tempo, Rafael começou a freqüentar as aulas e, assim, tomou ciência de que poderia lutar por seu lugar ao sol... Entretanto, sempre carregaria o estigma de “menino de rua”, um ranço indelével que o acompanharia para todo o sempre... Mas, agora havia uma esperança... E Rafael dedicou-se aos estudos com uma vontade que nunca supôs possuir...

Enquanto esteve no orfanato Rafael conviveu com o aflorar de sua sexualidade... Estava com 12 anos quando percebeu que uma parte de seu corpo começava a pulsar de forma diferente... Assim, nesta época, Rafael começou a participar das “brincadeirinhas” que ocorriam nas dependências daquela instituição... Descobriu os prazeres da masturbação, do sexo oral e, aos poucos, foi encontrando uma nova razão para viver...

O tempo passou... Rafael cresceu e abandonou o orfanato... Trabalhava durante o dia em um supermercado do subúrbio e a noite freqüentava um curso supletivo... Era uma época difícil, pois ele ganhava pouco e possuía muitas despesas... Assim, antigos fantasmas novamente voltaram a perturbá-lo... Com 22 Rafael concluiu os estudos e prestou vestibular... E conseguiu ser aprovado!!!

Rafael continuou trabalhando de dia, estudando de noite e fazendo alguns “bicos” de madrugada... Embora as tentações fossem muitas, não se desviou do bom caminho e não cedeu ao fascínio do “mundo do crime” ... Acreditava piamente que Deus mudara sua vida e lhe era grato por isto...

Quando voltava para casa, em uma noite fria e escura, após ter feito um “bico” num posto de gasolina Rafael sentiu a fria pressão de uma faca em sua nuca... O sujeito, em tom autoritário, ordenou que Rafael lhe entregasse tudo o que possuísse de valor... E ele, então, entregou as três notas de R$ 1,00 que estavam em seu bolso e um chocolate que lhe ajudaria a sanar o ronco de seu estômago aquela noite... O sujeito não se contentou... Queria mais, muito mais, para mostrar que não estava “brincando” e expor Rafael ante a gravidade da situação ele o jogou no chão e começou a chutá-lo... Rafael, neste instante, se lembrou de seu pai... E chorou, não de dor, mas de tristeza... O sujeito o agredia rude e barbaramente, Rafael, agora, estava reduzido a um amontoado de trapos empapados em sangue e a uma profusão de hematomas nunca antes vistas... Rafael gritou, mas os poucos que o ouviram, fingiram que não escutaram nada...

O sujeito, não satisfeito com esta barbárie, abriu sua braguilha e mandou que Rafael chupasse seu pênis... Ele ficou surpreso, mas obedeceu... Afinal, queria continuar vivo e não possuía forças para resistir... A faca agora estava colocada em seu pescoço... Rafael chupou aquele enorme caralho com asco e aversão, mas o sujeito parecia estar gostando, pois gemia alto de prazer...

De repente, Rafael sentiu aquele caralho latejar em sua boca, ele pulsava fortemente anunciando a hora do gozo... Rafael quis se afastar, mas ele o segurou pela cabeça e obrigou-o a engolir cada gota de sua porra... Rafael engasgou, tossiu, escarrou, mas, no fim, sentiu aquele líquido quente e pegajoso escorrer pela sua garganta... O sujeito o colocou de quatro, Rafael estava indefeso, ferido, humilhado, sobrepujado... Ele introduziu seu mastro no ânus apertado e estreito de Rafael, pois ele apesar de ser homossexual, sempre havia se comportado como ativo... O sujeito gritava obscenidades impronunciáveis, alegrava-se com a agonia e com a dor que estava impingindo ao pobre Rafael... Ao longe, um grupo de mendigos divertia-se vendo aquela cena... Rafael estava sendo massacrado, aquele enorme caralho estava arrancando as pregas de seus ânus, era uma dor indescritível, nunca antes em sua vida havia sofrido tanto... Finalmente, ele gozou... E deixou Rafael ali jogado, com o cú ardendo e expelindo porra e sangue...

Um dos mendigos veio e urinou encima de Rafael, aquele mijo quente e fétido o despertou, pois ele estava semi-inconsciente... Chorava de tristeza, sentia-se humilhado... Alguma alma caridosa chamou uma ambulância; Rafael foi levado para o hospital...

Era um hospital público com poucos leitos... Rafael aguardava a sua vez de ser atendido no corredor... Um jovem enfermeiro passou por ele e o olhou de forma carinhosa e compadecida... Rafael foi levado para dentro de uma das salas e medicado...

Durante o período que estava se recuperando, Rafael telefonou para seu patrão para expor-lhe o ocorrido e ficou sabendo que havia sido demitido... Telefonou para a faculdade e disseram-lhe que havia sido reprovado por freqüência... Com a alma em frangalhos, Rafael adormeceu... Quando acordou, segurando sua mão e tocando levemente sua testa, estava o enfermeiro que havia convencido os médicos a socorrê-lo... Neste instante, uma estrela cadente cruzou os céus e Rafael fez um pedido... Dali para a frente, Rafael teve certeza que, apesar de tudo, havia encontrado a felicidade!!!

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