Cadete Rafael

Um conto erótico de Tio Flor
Categoria: Homossexual
Contém 2115 palavras
Data: 19/02/2006 17:59:22
Assuntos: Gay, Homossexual

Cadete Rafael

Eu me chamo Ivone. Sou vizinha da família do Rafael desde que ele nasceu. Hoje ele tem 18 anos, a idade do meu filho, com diferença de seis meses a mais pro Denílson.

Cristina, mãe do Rafael, se separou do pai dele quando o menino tinha dois anos. Então ele foi criado só pela mãe, com a ajuda das tias. Rafael e Denílson brincavam juntos, um freqüentava a casa do outro. Quando eles tinham por volta de dez anos, surgiu uma diferença muito importante entre eles. Rafael começou a revelar uns dengos mais próprios de menina, uns gestos efeminados. A voz era bem fina, própria daqueles garotos... você sabe como é. Denílson não, era moleque mesmo, na pura acepção da palavra. Queria saber de jogar futebol, soltar papagaio, coisas assim. Rafael não gostava de jogar bola e ficava muito em casa, no rabo da saia da mãe, ou cuidando de uma coleção de figurinhas de artistas da TV e do cinema.

Meu marido percebeu isso e cuidou para que Rafael e Denílson não ficassem muito próximos, que se freqüentassem menos do que antes. Não foi preciso nem forçar nada: na adolescência, Denílson se tornou o galã das meninas e acho que, já naquela época, traçou algumas delas. Meu filho é fogo: caiu na rede, crau. O Rafael ficou ainda mais fresco. Usava umas calças esportivas de elastano que colavam no corpo, deixavam ver as marcas da cueca. Enfim, roupas apropriadas para meninas. Cheguei a vê-lo ir ao supermercado com uma calça daquelas e ainda por cima com umas havaianas cor-de-rosa no pé, que certamente ele pediu e a sonsa da mãe comprou.

Bom, que o Rafael era bichinha o bairro inteiro sabia. Denílson não queria nem ser visto perto dele, para não ficar mal falado. Mas o Rafael sempre o procurava. Denílson o recebia, com certa frieza mas recebia.

Uma ocasião, vi o Rafael entrar em casa para conversar com o Denílson e não o vi sair. Mas como sempre fui muito ocupada, não liguei para o fato. “Ele deve ter saído e eu nem percebi”, pensei. Fui ao supermercado, à costureira, a vários lugares. Quando voltei, no meio da tarde, a casa estava silenciosa. Fui ao quarto do Denílson e abri a porta com cuidado, sem fazer barulho. A pouca luz que entrou pela porta iluminou um pé da havaiana cor-de-rosa do Rafael, encostada ao pé da cama. Percebi que havia duas pessoas sobre a cama. Abri um pouco mais a porta e vi que o Rafael dormia de bruços, nu sobre a cama, e o Denílson estava sobre ele, também de bruços e nu. Entendi tudo: Denílson mandou ver na criança! Eu balancei a cabeça e ri, porque não tinha jeito. Denílson fez o que qualquer moleque como ele faria ao ser assediado por uma bichinha como o Rafael. A situação era constrangedora, pro Rafael e pra Cristina. Apesar de achá-la um pouco posuda, tive pena dela. “Ninguém merece”, pensei.

O pai do Rafael raramente aparecia e, numa das visitas, viu o rumo que a coisa estava tomando e convenceu a mãe de que ele deveria levar o rapaz consigo para passar uma temporada. Não foi uma, mas várias temporadas intercaladas. Aos poucos Rafael foi se tornando mais “normal”, até que, aos 17 anos, quem não o tinha conhecido antes poderia jurar que ele nunca foi bicha. “Será que o pai consertou ele?” - perguntei pro meu marido. “Que o quê!” - ele respondeu. “Pau que nasce torto não indireita mais. Isso aí é disfarce pra não pegar mal e não envergonhar a família.”

O fato é que, pouco tempo depois, Rafael voltou de uma de suas temporadas vestido numa belíssima farda militar. Estava irreconhecível. Sempre fora um garoto bonito, mas agora, paramentado, era um rapagão exuberante. Creio que havia se exercitado e ganhado músculos. A mãe não cabia em si de orgulho. Ela explicou que Rafael entrara numa Escola Militar super concorrida, era cadete da Marinha ou do Exército, não me lembro agora.

Rafael não só deixou de lado a fala mole, os jeitos de mulher, a calça colada ao corpo e as sandálias cor-de-rosa, como também ganhou um ar de soberba. Não sorria e nos cumprimentava só com um movimento de cabeça. Cristina também começou a mostrar um ar de superioridade por causa da condição privilegiada do filho. “Quem te viu e quem te vê”, pensei. “Não faz muito tempo a pica do meu filho entrou inteira no rabo do soldadinho dela.”

Aquela pose toda do Rafael e da Cristina começou a incomodar também ao Denílson. “Eu tô de saco cheio, mãe! Eles passam pela gente como se a gente fosse mosquito”. Era bem por aí.

Assim como o Rafael, o Denílson era um menino muito bonito. Ele fazia musculação, nadava e jogava futebol. Como usava short e camiseta cavada, o corpo ficava bem à mostra. Era o terror das menininhas. As mais ajeitadas do bairro tiveram sua primeira vez com ele. Ele pegou até uma professora de Português que tem quase a minha idade. O danado comeu ela tão bem comida que a infeliz veio aqui, descabelada, descalça, pedir pra ficarem juntos, disse que o amava, etc. Ela tinha filhos da idade do Denílson. Eu meti a mão na cara da fulana e falei pra ela tomar vergonha, pra procurar alguém da idade dela pra dar conta daquele fogo todo, já que o marido não servia. Ela ficou tão envergonhada que abandonou as aulas na escola e sumiu. O Denílson é foda. É um rapaz cheio das manhas pra virar a cabeça da mulherada. Moreno, puxou à família do pai, que tem muitos mulatos. É bem diferente do Rafael, que é magricelo, branquelo e de cabelo ruivo. Não chega aos pés do meu filho, mas tenho de reconhecer que também é bonitão. Cada um no seu estilo.

Certo dia o Denílson chegou pra mim e disse: “Eu ainda vou dar uma lição nesse figura, você vai ver”. Eu lhe disse: “Deixe ele pra lá, filho! Não perca seu tempo! Você tá assim de menina na sua cola e esse aí, com farda bonita e tudo, que eu saiba não arrumou ninguém até agora... E aqui vai ser difícil, porque o povo conhece a fama dele.” Mas o Denílson não tirou da cabeça a idéia de dar o troco em cima do Rafael, de responder àqueles olhares glaciais, aos narizes empinados dele e da mãe.

Passaram-se algumas semanas. Um domingo à tarde, meu marido saiu para uma pescaria e o Denílson não o acompanhou, pois teve de treinar no clube para uma prova de natação. Ele chegou todo suado, sem camisa e descalço, trazendo as chuteiras na mão. “Ave, vai tomar um banho já, Denílson!” - ordenei. Ele subiu a escada até o quarto. Ao vê-lo de costas, seminu, pensei, orgulhosa: “Meu filho é um Apolo!”

Não se passaram dez minutos e a campainha tocou. Abri a porta e, para minha surpresa, me vi diante do Rafael.

“Boa tarde, senhora. Seu filho se encontra?”- ele perguntou, em tom áspero e autoritário. Estava fardado, creio que de partida para a Academia Militar.

“Ele está lá em cima. Eu vou chamar...”

Não houve tempo. Rafael passou por mim igual a um foguete, subiu as escadas com o corpo duro, abriu a porta e entrou no quarto do Denílson. Fiquei pasma, sem entender nada. Logo comecei a ouvir uma discussão, as vozes alteradas dos dois, principalmente a do Denílson. Mas eu não conseguia entender do que se tratava. Moramos num sobrado, os quartos ficam na parte de cima. Não fui até lá porque o Denílson vira um bicho quando eu o interrompo nas suas brigas com outras pessoas. Mas por que será que os dois estavam brigando?

Passou-se mais de uma hora. O silêncio era total. Eu não ouvia mais vozes. Fiquei preocupada. Estava prestes a subir e olhar quando o Denílson abriu a porta lá em cima com cuidado. Estava só de toalha. Desceu a escada num segundo e se aproximou de mim. “Mãe”, disse ele, cochichando no meu ouvido, “vá até o quintal e fique sentada de frente pra janela do meu quarto, agora!”

“O que é que foi?” - perguntei.

“Não posso dizer nada agora, faça só o que eu disse, tá?”

Ele subiu novamente e eu fui pra fora. O sol estava escaldante. Peguei uma cadeira e fiz como ele me pediu, me sentei diante da janela do quarto dele, que estava fechada. A janela é alta, é praticamente uma porta, e tem sacada.

A janela começou a se abrir. Denílson apareceu na sacada, completamente nu, e escancarou a janela do quarto. É lindo meu rapaz, lindo e homem pra caramba, bem dotado de pica, como todo bom comedor que se preza. Ele olhou pra mim e sorriu, maroto. O Denílson sempre foi desinibido, nunca teve vergonha de ficar pelado na minha frente. Mas também convenhamos: não tem vergonha porque tem ferramenta pra mostrar! Ele me disse: “Mãe, o cadete Rafael apresenta suas armas!” Denilson se afastou e ficou encostado na parede do quarto, rindo. Então, quase desmaiei: surgiu ali, diante de mim, na sacada, o Rafael, peladão, com aquele corpo branquelo como leite e com o bilau mole, envolvido num monte de pentelhos. Ele me encarou com o semblante sério, bateu continência e me disse, com voz de comando: “Cadete Rafael às suas ordens, senhora!”

Denílson se aproximou dele por trás. Vi que estava com o pau duríssimo. Ele encostou a seringa quente na bunda do Rafael e disse pra mim: “Mãe, o cadete Rafael é um tremendo queima-rosca e tá louquinho pra dar! Qual é a ordem da senhora pra ele?”

Meu filho sorriu e piscou pra mim. “Meu Deus”, pensei, “o Rafael tá acabado! Mas quem procura acha, não é assim? Esnobou a gente, agora tá aí. É um vexame!”

“Dá o cu pro Denilson, agora!” - eu disse. Foram palavras duras, que saíram do fundo do meu coração.

Imediatamente, vi que o pinto do Rafael começou a endurecer e a levantar. Ele continuou sério, com o olhar fixo em mim, mas agora tinha os olhos cheios de lágrimas. Denílson se movia muito atrás dele. Rafael afastou as pernas devagar. Denílson introduziu o pênis no seu cu e começou a se movimentar, pra frente e pra trás. A expressão de Rafael mudou: em alguns instantes era de dor, em outros era de prazer. Ele punha a língua no canto da boca, soltava gemidos e pequenos gritos. Seu pênis estava tão ereto que ultrapassava o vão da sacada e formava uma sombra embaixo, parecendo um vigoroso galho de árvore. No auge da coisa, ele levou as duas mãos à cabeça. Vi Rafael gozar, seu esperma jorrou do pênis e caiu no chão, embaixo. Em seguida ele me olhou de novo. Aí aconteceu uma coisa bonita que eu nunca mais vou esquecer: ele abriu um enorme sorriso, de orelha a orelha. Eu nunca tinha visto o Rafael sorrir daquele jeito. Foi uma explosão de felicidade. Eu sorri também e fiz gesto de positivo com o polegar. Ele retribuiu. Aquela imagem jamais me saiu da cabeça.

Depois daquele dia, o sorriso virou a marca registrada do Rafael. Desapareceu a cara sisuda, austera. Ele começou a sorrir de tudo e pra todos. Passou a tratar a mim e ao Denílson com o maior carinho, como se a gente fosse da família. Era um tal de beijar e abraçar! Não tenho dúvidas de que a injeção do Denílson matou aquele Rafael que se escondia atrás da farda e fez surgir outro, mais parecido com o menino que ele foi.

Na outra vez que ele voltou lá - pra entrar na vara do Denílson, claro! - já era um rapaz muito diferente daquele que subiu a escada fardado. Pois o Denílson fez ele descer do quarto pelado, pegar balde e vassoura e lavar a cozinha. Ele limpou tudo direitinho. Eu não faria melhor. Rafael olhava pra mim e sorria. Estava de pau duro, excitado com o Denílson e com a minha presença. Depois que terminou, olhou pra mim e disse: “Ah, eu posso dar um beijo e um abraço na senhora? Eu gosto muito da senhora, viu? como se fosse minha segunda mãe.” Ele correu até mim, me abraçou e me deu um beijo no rosto. Senti seu pênis duro por sobre minha roupa. Eu também o abracei e beijei. Depois, o virei de costas e lhe dei uma palmada de leve na bunda e no saco. “Vai, se veste e vai pra casa que sua mãe já deve estar preocupada. Juízo, hein, rapaz?” Ele foi pro quarto do Denílson se vestir, serpenteando o corpo e cantando uma música em inglês, “blue eyes”, muito bem, por sinal.

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