Isabel olhou o marido com um olhar meigo e feliz, sorrindo um sorriso matreiro. Aconchegou-se melhor no seu peito e respirando fundo, perguntou:
- Uma surpresa, amor? E que surpresa é essa? Vá diz... Não me deixes aqui a sofrer! Vá lá...
Adriano, saboreava ainda a alegria daquela foda estranhamente boa, depois de tanto tempo a sofrer de uma incapacidade de erecção que, na sua cabeça, mais se assemelhava a impotência. Sentia uma estranha sensação de libertação, como se pressentisse que o problema estava em vias de resolução. Aquele arrepio que sentira, espinha acima, como que lhe injectara uma nova vida e parecia preanunciar a catarse, o clímax, o supremo gozo do prazer readquirido. Seria?
Não quis falar disso com a sua amante, pois podia ser um rebate falso, cujos efeitos seriam ainda mais funestos que a situação tal como estava. Guardou para si aquela alegria, disposto a confirmar por si mesmo a veracidade daquela estranhíssima sensação. Estava perdido naquelas cogitações, até que Isabel voltou à carga:
- Então, fofo! Qual é a surpresa? Conta... cooontaaa!!!
Adriano sorriu, olhou a esposa nua nos olhos verdes a transbordar de felicidade e passou-lhe a mão pela pintelheira farta, negra, totalmente lambuzada, sentindo a carne quente do clitóris ainda inchado. O toque daquele triângulo de carne e pêlos acelerou-lhe a pulsação e o odor da vulva subiu-lhe às narinas deixando-o toldado e ébrio duma excitação de que já quase não se lembrava. Sentiu que o seu tronco sexual se movia numa excitação anormal, embora ainda não fosse assumidamente o princípio duma erecção. Mas era uma novidade no seu comportamento desde o acidente! O seu pénis parecia que estava a querer voltar à vida!
Inquietou-se, embora a sua inquietação fosse boa, mas continuou a não falar do assunto, guardando-o consigo, como o melhor dos segredos. Se a coisa se confirmasse, em vez de uma, Isabel, aquela doce e fogosa Isabel, cuja coninha tanta necessidade sentia de enlaçar, engolir e espremer um caralho, iria ter duas surpresas!
Isabel esperava a resposta do marido e visivelmente impaciente olhou-o num esgar de ansiedade, pressionando-o a falar. Adriano levantou-se acometido por um frenesim interior, por uma vivacidade inaudita nos últimos tempos e, de pichota pendente, voltou-se para Isabel e falou:
- Querida, se é surpresa é mesmo surpresa! Vais ter que esperar e logo verás! Mas tenho a certeza que vais adorar!
- Oooohhhh!!! Mau... respondeu ela, fazendo beicinho O meu maridinho é feio... E agora? Vou ficar ansiosa até quando? Quando é que vou saber qual é a surpresa?
Adriano sentia que a sua amante estava em brasa! Sabia como ela se excitava ao saber-se dependente da vontade dele, sem nada poder fazer. Concerteza aquela greta estava já alagada em sucos que ressumavam daqueles lábios vaginais suculentos e escaldantes. Ele próprio se comprazia com a excitação que adivinhava nela. Propositadamente, respondeu:
- Digamos que a surpresa pode acontecer hoje ainda ou talvez não!
- Adriano!!!! Queres matar-me do coração? Vá lá, fala a sério! Fofinho, não podes deixar-me assim nesta tensão!!! Quando é que vais fazer-me a surpresa, amor?
Adriano sorriu maliciosamente e respondeu:
- Não vou poder dizer-te. A surpresa funcionará melhor se ela própria for inesperada. Por isso, relaxa, quando for será...
Isabel agitava-se no sofá, impaciente e ansiosa. Perante a resposta de Adriano levantou-se e em silêncio dirigiu-se ao wc onde lavou a cona. Adriano fez o mesmo e de seguida foi encontrar Isabel na cozinha preparando o lanche. Abeirou-se dela, e agarrando-a por trás, beijou-a no pescoço e na orelha. Ela sentiu um arrepio e deu um gritinho.
- Adriano, pára! Doido! Ainda agora acabámos de dar uma queca! Não me ponhas em ponto de rebuçado de novo! Sai...
E empurrou-o carinhosamente com um brilho nos olhos e um sorrisinho maroto nos lábios carnudos. Adriano afastou-se e foi ao frigorífico buscar um iogurte, que bebeu de um trago. Isabel ofereceu-lhe uma torrada que ele aceitou e comeu e de seguida falou:
- Fofo, vou ao supermercado comprar umas costeletas de novilho para o jantar. Vens comigo?
Adriano não estava com vontade de sair e de repente lembrou-se que precisava daquela ausência para resolver um assunto pessoal e respondeu:
- Olha filhota, não me está a apetecer sair. Não te importas de ir sozinha?
Ela meneou a cabeça e disse tudo bem. Foi vestir uma saia muito justa e curta e calçar umas sandálias vermelhas e, qual deusa do Olimpo, saiu porta fora, bamboleando as ancas roliças e o peito bem feito, num corpo de fêmea madura e apetecível. Adriano olhou-a com gulodice e assobiou:
- Uaauuu!!! Que gata! Vê lá se alguém te rapta pelo caminho! Estás divinal, ó boazona!
Ela fez que não ouviu e bateu com a porta enquanto ele, no interior, sentia de novo aquele calafrio bom invadir-lhe a coluna, deixando-o como que electrizado.
Logo que a viu cruzar a rua, em direcção ao supermercado, fez-lhe adeus e lançou um beijo e veio pressuroso fazer uma chamada telefónica para um número que tinha guardado na sua carteira de documentos.
Do outro lado da linha alguém atendeu. Adriano forneceu dados, respondeu a perguntas e finalmente disse:
- Sim, sim... hoje às 20h00! Claro... Fico a aguardar! Espero que o material e o serviço sejam de primeira! E há hora marcada!
Do outro lado da linha responderam de forma que Adriano sorriu. Por fim desligou o telefone e suspirou!
- Uff!!! Vamos ver como corre isto... Mas ela vai gostar, tenho a certeza!
Agitado deambulou pela casa, ligou a televisão, sentou-se ao computador e acedeu à net. Digitou no Google uma página de pornografia e escolheu um filme em que uma mulher era comida, à vez e em conjunto, por dois homens. Excitou-se vivamente e instintivamente fez aquilo que já não fazia à quase cinco meses. Tirou o cacete para fora e começou a socar o seu mastro enquanto no filme ela recebia, à canzana, uma grossa vara na cona lisa e funda e a outra na boca gulosa, até quase não poder respirar.
A excitação e o prazer sentidos foi de tal ordem que Adriano se esqueceu que tinha um problema de erecção e em dois curtos minutos veio-se fartamente, derramando pelo chão da salinha a sua nata masculina. Perdido na luxuria da punheta que se fizera, urrou como lobo esfaimado e disse tresloucado:
- Anda cabrão, esporra-te que nem um cavalo! Vem-te caralho! Oooohhhh... Foda-se!
De repente deu-se conta do que acontecera e ficou paralisado, inerte, confuso, mas ao mesmo tempo feliz e cheio de vontade de partilhar aquela notícia com a sua amante. Ela ia gostar de saber! Ele estava a sentir-se melhor e quase arriscava dizer que estava curado! Finalmente o seu caralho começava a funcionar e isso era supremamente bom!
Levantou-se e foi buscar um rolo de papel de cozinha para limpar o chão, desligou a net e foi para a janela esperar que Isabel surgisse, vinda do supermercado. Sentia-se um novo homem, capaz de voltar a dar e a sentir prazer sexual.
Enquanto esperava, acabou por decidir não contar nada. Iria fazer uma surpresa uma segunda surpresa à sua doce companheira. Oh, como ela iria delirar ao sentir-se invadida daquela maneira! Oh, sim! Ela iria ficar desvairada com as surpresas!
Isabel surgiu e ele acenou-lhe. Ela sorriu e mandou-lhe um beijo. Ele rejubilava contendo em si, ansiosamente, aquela notícia há tanto esperada. Quando ela entrou beijou-a na boca, com sofreguidão, e sentiu de imediato que o seu bichano arrebitava enclausurado entre as suas pernas e preso nos boxeres justos.
Isabel pareceu estranhar aquela súbita fogosidade e boa disposição e indagou:
- Viste bicho ou estás com febre? Estás estranho, docinho! Que se passa?
- Nada... Estranho? Estranho, como? respondeu ele, afogueado naquele inesperado fogo de paixão e prazer.
Ela ignorou e começou a preparar a carne para o jantar. Ele foi ter com ela e disse:
- Amor! Sabes... Está-me a apetecer ir ao cinema, hoje! Vamos ver o Crime do Padre Amaro. Dizem que é bom!
- Está bem... disse ela, embrenhada na tarefa de preparar o jantar.
- Ok, mas então eu vou tomar um duche já e tu vais a seguir, está bem? disse ele com um interesse quase infantil.
- Pode ser! Mas... olhou para o relógio Ó querido ainda são só sete da tarde e o filme começa às... A que horas começa o filme?
- Às 21h15... respondeu ele sem pensar.
- Vês... Para quê tanta pressa! Temos muito tempo!
- Claro... Mas convém tomarmos banho antes do jantar, não é! Eu tomo agora, tu encaminhas o jantar e quando fores tomar banho eu acabo o jantar, ponho a mesa e depois vamos ver o filme.
- Está bem... Tens razão! assentiu ela - Mas basta eu ir tomar banho por volta das 19h50! É só um duche! Entretanto o jantar fica pronto e tu não precisas de ajudar nada a não ser pôr a mesa! Depois lavamos a loiça rapidamente.
Adriano disse que sim e foi até à casa de banho, preparar a banheira e pôr a água a correr. Gostava de tomar banho de imersão, embora apenas precisasse de tomar um duche rápido.
Estava pronto pelas 19h30 e foi, totalmente nu, até à cozinha onde Isabel acabava de verificar o tacho. Ao vê-lo, olhou de imediato para o membro flácido, mas grande, e com ar de quem quer brincadeira, atirou:
- Murcho, mas grande... Que salsichona! Deixa-me provar!
Adriano queria deixar que ela lho sugasse ali mesmo, mas conteve-se para não demonstrar que a sua erecção já era possível e respondeu, apesar de sentir que todo o seu ser se dispunha a proporcionar-lhe uma erecção expontânea, só porque ela o atiçara com aquela conversa de puta pronta para a função:
- Não, fofinha! Agora não... Depois atrasamo-nos! Logo eu dou-to para tu usares como quiseres.
Ela aceitou, mas os seus olhos pareciam querer saltar das órbitas ante a visão daquele mastro ali mesmo ao seu alcance. Por sua vez ele retraiu a excitação que sentia e que queria traduzir-se no seu membro, voltou as costas e enquanto se encaminhava para o quarto atirou em jeito de desafio:
- Sempre quero ver se logo vais estar com essa gana toda!
Daí a pouco Isabel chamou-o e ele olhou para o relógio da sua mesa de cabeceira impaciente e nervoso. Marcava 19h45! A hora agá estava prestes a chegar e ele precisava dominar a situação para que tudo corresse como havia previsto. Ela não podia suspeitar de nada. Absolutamente de nada!
Eram 19h46! Dirigiu-se à cozinha e com a ansiedade estampada no rosto aguardou que ela falasse. Isabel, com as mãos sujas da loiça que acabara de lavar, voltou-se para ele e disse:
- Amor, o jantar está pronto. Mais cinco minutos de fervura e está no ponto. Eu vou tomar duche e tu vais pondo a mesa, está bem! Depois vamos ver o filme que tu escolheste. E depois, ainda, vamos tratar da nossa fita de arromba! Vais ficar de rastos! Vou-te comer todo! Vais ser a minha ceia...
Eram 19h47, quase 19h48. Ele abanou a cabeça em sinal de confirmação e, de repente, lançou-se ao seu pescoço, encaixou-a nos seus braços, apertou as suas formas torneadas, sentindo as suas tetas contra o seu peito, desceu a mão direita em direcção ao seu traseiro redondo e firme e, deambulando com precisão e sabedoria por todo aquele corpo de pele sedosa, iniciou um beijo na sua boca quente e gostosa, misturando ávida e sugadoramente as suas línguas, quais serpentes que se enroscam num tronco em busca do calor retemperador do sol.
Ela deixou-se levar naquela volúpia incontrolável e apaixonadamente envolveu-se nas carícias, até que abrasada no fogo daquele contacto, se afastou e reclamou compenetrada e enérgica:
- Chega! Ai o menino! Querem lá ver que ele está a ficar tarado! Vou tomar banho. Chau! e abalou a correr, dando risadas de excitação, em direcção à casa de banho.
Adriano olhou o relógio pendurado na parede da cozinha. Eram 19h53! Faltavam apenas sete minutos. Esperava e desesperava para que o combinado fosse cumprido exactamente à hora. Se tal não acontecesse, a surpresa poderia sair totalmente frustada!
(Peço desculpa, mas a surpresa de Adriano virá apenas no próximo capítulo. Não desesperem!)