CAPÍTULO 1
A noite era chuvosa. Renê olha, através da janela, os clarões dos relâmpagos que reluziam na pele clara e olhos marcantes de sobrancelhas finas. Sua mente estava no passado de sua infância.
Suas coleguinhas de rua, ainda com seu uniforme de colégio, brincavam com bonecas de louça. Simulavam desfile de moda. No outro lado da rua , lá estava seu pai, torcendo por seu sobrinho , Berlotti, no campo de futebol.
Berlotti era admirável em quase tudo , ótimo atleta, excelente aluno do colégio militar . Percebia-se a admiração e carinho que tinha por ele.
Todos os elogios dos familiares e colegas que o cercavam, alimentavam a personalidade egocêntrica dele e em Renê a revolta.
Seu pai com a expressão frustrada, ríspido e intolerante general de cavalaria, ensinando-a a arte da montaria e o manuseio das armas, não lhe saiam da cabeça.
Lia, sua mãe, não pode realizar o sonho de seu pai ter um filho homem, espelho de sua programação e ideais.
Renê cresceu num ambiente de cobranças e frustrações. Carente de afeto, a situação veio a piorar com a morte de sua mãe.
Numa noite, seu pai e Berlotti chegaram bêbados em casa.
- Rennnêêê, o jantar está pronto?
- Não, faça vocês mesmos, seus bêbados!
- Você não quer apanhar, quer?
- Você não se atreveria!
Nesse dia foi marcado pela maior humilhação de sua vida. O general pegou o chicote e pegou-a pelos cabelos, jogou-a no chão e lhe aplicou uma surra na presença de seu primo, Berlotti.
Renê com valentia, assimilava todos os golpes sem deixar sair um único grito, sua alma em ódio suplantava a dor.
Foi a primeira surra que sofria e também a última. A partir daquele dia deixou de amar seu pai e fugiu de casa.
Surgia a personalidade de uma mulher vingativa competitiva com enorme ressentimento em relação aos homens e de amadurecimento precoce.
CAPÍTULO 2
Um dia ensolarado. Rian caminhava ao longo da praia, molha os pés, mergulha na água, brinca com uma garotinha e sente a brisa massagear seu rosto. Aprecia as pessoas, gestos e olhares. QuandoRian, Rian!!!
Era Berllotti, o chefe de Rian. O filho de grande empresário e por coincidência o primo de Renê. Excêntrico, organizava festas particulares em sua mansão. Exibicionista e muito rico, gostava de expor seu poder colecionando orgias com mulheres colunáveis.
- Rian, amanhã sairá meu livro.
- Teu livro?
- Sim , um livro mostrando o oculto das pessoas.
- Como, oculto?
- Será um livro narrando as brincadeiras de algumas festas que organizei.
- Acho que você vai meter-se em encrencas.
- Que nada! Será um choque, mas eu não menciono nome de ninguém, apenas uma mera ficção meu caro, Rian.
Ele me fazia esquecer com sua extroversão quase infantil.
O livro contava com minúcias as situações mais picantes ocorridas durante as festas, freqüentadas por mulheres famosas, como empresárias e modelos.
O livro não teve censura, pois o autor não mencionava os nomes verdadeiros, mas teve grande repercussão, pois tratava de um livro em que o autor era conhecido pelas suas extravagâncias.
Os que liam e identificavam-se, mantinham-se em silêncio.
CAPÍTULO 3
Na piscina, Carla, amiga inseparável de Renê, bebe água de coco enquanto Renê lê o livro Festinhas jamais esquecidas, ( o livro publicado por Berlotti).
- O que há Renê? Parece aborrecida.
- Eu conheço o autor deste livro recém publicado que está estourando as vendas.
- Qual o título?
- Festinhas Jamais Esquecidas , do autor Berlotti
- AH! Sei está sendo muito divulgado. Quem é ele? e o que narra o livro?
- Este infeliz é meu primo, eu o odeio.
- Por que?
- Porque é um egocêntrico, fez parte da minha infernal infância. Ele é desprezível.
Renê assinala partes e entrega a Carla para ler e depois se retira para o interior da casa.
Carla lê algumas passagens:
Como era bom ver essa dama da high society, toda cheia de formalidades, aqui de quatro, como uma cadela, limpando com a língua meu saco escrotal, enquanto eu espalho meu leite em seu rosto e limpo meu pau em seu cabelo.
Realmente passagens muito grosseiras e sem sentido. O que Carla não entendia era onde o autor do livro queria chegar, e por que a atitude de revolta tão grande de Renê em relação ao primo.
Renê nunca mencionou sobre sua infância e não tolerava alguém perguntar.
Renê surge, e solta uma gargalhada sarcástica, quase diabólica, que percorre todos seus lábios.
- O que há Renê?
- Nada, apenas pensei em algo muito engraçado. Vamos mergulhar!
Renê após sair de casa ainda jovem, se juntou a um dos antigos chefes da máfia. Com a morte do mafioso após confronto entre gangs, ela tomou o poder e conquistava os negócios com incrível rapidez.
Sua forte personalidade e superior inteligência derrotava seus oponentes, com extrema crueldade.
O PODER ofereceu-lhe o extasiante desejo de humilhar seu derrotados, desejo este que se integrou aos seus obscuros instintos.
CAPÍTULO 4
Era uma noite de final de semana.
O telefone toca.
- Rian tenho dois convites para irmos em uma festa elaborada pela minha prima, ela me deu dois convites, acho que você merece um destes.
O caminho era dentro de uma floresta, pouca iluminação, dando um certo ar de mistério.
Depararam com um casarão com estilo medieval e um letreiro gótico, com o título:
BIZARRE
As portas com formato de grandes botas, foram abertas pelos seguranças.
Uma recepcionista toda de preto, alta usava um altíssimo scarpan que a deixava com uma altura de mais de 1,90m.
- Tomem a seiva da casa.
Ela tinha sobrancelhas longas e grossas, era muito educada, tinha uma beleza excêntrica.
Desceram para o ambiente dançante. Receberam um choque, móveis humanizados, armas e aparelhos de tortura medievais decoravam o ambiente.
As mesas tinham formas de homens musculosos em posição de quatro e correntes aos pescoços, as cabeças expressavam terror e submissão. O chão era todo espelhado. As paredes eram decoradas com armas antigas e algemas.
Sentados a mesa Rian e Berlotti apreciam as bailarinas, misturavam-se com os visitantes, trazendo uma atmosfera sedutora, sua coreografias eram agressivas.
As bebidas da casa deixaram-lhes em estado de êxtase.
Quando desce a escada, uma mulher com jeito despojada e arrogante.
Rian paralisa seu olhar naquela mulher.
- Berlotti, acho que encontrei a protagonista das minhas fantasias.
- Ah, entendi esta é a dona e a poderosa empresária Renê Virmon, minha prima.
- Isso não me assusta.
- Tudo bem, não quis dizer nada para frustá-lo, apenas saiba que ela é bastante arredia, guase não fala comigo.
Com um sorriso cínico nos lábios, Renê cumprimenta Berlotti
- Boa noite querido priminho, seja bem vindo.
- Obrigado pelo convite, depois de tanto tempo sem falar comigo.
- Que nada, você estará marcado para sempre em minha vida.
Ela se retira e não apercebe-se de Rian sentado ao lado de Berlotti.
- Você não falou que ela era arredia.
- Para mim ela continua sendo muito estranha.
Todos a paparicavam, ela começa a dançar com Carla e parecia uma exibicionista e percebia meu olhar a cada um de seus movimentos. Ela sorri, comenta algo com a amiga e retira-se em direção ao banheiro.
Uma forte impulsividade faz Rian levantar-se apressadamente e esbarrar no copo com bebida da mesa ao lado e sem tempo de desculpar-se, vai em direção ao banheiro.
Ele aproveita entra rapidamente e para seu espanto o banheiro não tinha divisões e as portas dos sanitários não existiam. Fica sem ação paralisado a frente de Renê que dá um sorriso maroto.
Ela pega o papel higiênico, se enxuga e retira-se do local. Rian parte em sua direção e aborda Renê.
- Renê, você não me conhece. Quero apresentar-me, meu nome é Rian, não tive a oportunidade de ter sido apresentado. Desculpe, não quero ofender-lhe mas apenas expressar minha emoção. Nunca imaginei encontrar a protagonista de minhas fantasias, você faz o tipo de mulher a qual sempre idealizei.
- Calma! Vamos conversar.
- Vamos nos sentar aqui.
- Não agora, não hoje. Logo darei meu telefone.
Rian foi dar-lhe um beijo. Ela rejeita e oferece suas mãos, dá-lhe as costas.
Rian senta-se a mesa, enquanto ela conversa com a amiga. Esta vem em minha direção entregar o telefone, e após, partem sem se despedirem.
A noite tinha se acabado, então Rian que tinha vindo com seu carro independente de Berlotti se despede e retorna só para casa deixando seu chefe e amigo na Boite Bizarre.
CAPÍTULO 5
Berlotti retorna para casa, quando no meio do caminho encontra um carro parado fechando o caminho e uma mulher alta de costas.
Ele solta do carro
- O que houve quer ajuda?
A mulher se vira aplica-lhe um chute no seu ponto fraco e é atacado por mais três mulheres, uma delas injeta-lhe um sonífero.
Ao despertar, ele se encontrava com os braços algemados as costa, nu, atirado impotente ao chão e com os olhos vendados em um lugar desconhecido.
Uma voz irônica quebra o silêncio.
- Teve bons sonhos bonitão?
- O que está acontecendo ? O que é isso um seqüestro?
Berlotti tinha uma venda nos olhos e para sua surpresa, só ouvia vozes femininas.
As agressoras começam a molestá-lo; pegando-o pelo cabelo e arrastando-o pelo chão para depois deixar-lhe de joelhos. Outra lhe dá um forte tapa em seu rosto enquanto é empurrado com os pés, que o faz cair de frente.
Várias chicotadas são aplicadas em suas costas, nádegas e pernas.
Ainda não satisfeitas, as três se divertem pisando-o com suas botas, aterrorizando-o com as fortes dores que rasgavam sua pele.
- Está gostando da festinha criança? Se você estiver satisfeito com seu presente abra a boca.
Uma pisa imediatamente em seu rosto.
- Limpe a sola de nossas botas, só pare guando estiverem brilhando, seu babaca.
As agressoras riem ironicamente.
- Você se saiu muito bem, e agora merece um refresco.
Duas urinam em seu corpo, quando a terceira ordena:
- Abre a boca e beba este suco de laranja
Um líquido amarelado escorre sobre o rosto de Berlotti finalizando a tortura, e um segundo sonífero é injetado na vítima.
Do quarto ao lado , Renê excitava-se com tudo que assistia e com câmeras em vários ângulos registrava todo o fato.
CAPÍTULO 6
Semana depois o vídeo entrou no mercado de filmes pornôs e a tatuagem tribal em forma de sagitário era reconhecido por vários amigos de Berlotti.
O filme fazia alusão de que aquele que estava sendo torturado não era uma vítima e sim um adepto do SADOMASOQUISMO.
Na sala de vídeo Berlottti confidenciava com Rian
- Rian, não houve jeito de identificá-las, eu estava mascarado ..
O vídeo as algozes estavam todas vestidas de calça de couro como das amazonas e botas , todas vestidas de forma igual e só mostrava da cintura para baixo.
- Dessa forma você não tem como delatar o ocorrido a polícia.
- Não deixa disso, isto iria complicar minha situação. Iria se tornar um caso público.
- Será que foi alguma vingança de uma antiga namorada relacionada no seu livro.
- Mas não citei nomes.
- Mas ela poderia ter se identificado.
- Não sei, Não sei mesmo.
Berlotti desde então se sossegou nas suas extravagâncias, mas não tinha a intenção de esquecer o ocorrido, queria algum dia descobrir aquelas selvagens.
E assim, criou-se um suspense.
CAPÍTULO 7
Ligo para Renê, Carla atende:
- Oi Carla, gostaria falar com Renê.
- Pois não, um momento.
Renê pega o telefone.
- Rian, está convidado para que venha amanhã, jantar em minha casa, gostaria?
- Claro!
- Então eu o aguardo, e boa noite.
Ela desliga e Rian não teve tempo de ter um instante para falar.
Carla observa a atitude da amiga.
- Você gostou do Rian?
- Quero apenas brincar com ele. Falou-me que era a mulher de sua fantasia. Vamos ver se ele se enquadra a minha, pois não tenho intenção de pertencer a fantasia de homem nenhum. Parece-me um rapaz bem empolgado.
- Renê você é muito perversa!
Rian fica muito ansioso e vai praticar natação, depois escuta música. Não conseguindo dormir, vai tomar um calmante.
Na noite seguinte.
No portão da mansão, seguranças fortemente armados fazem-me revista. No imenso jardim da casa. Cães enormes Rottewaillers passeavam e policiavam toda propriedade. Era impressionante a beleza daquele jardim, quando alguém toca minha costas.
- Rian, tudo bem?
- Tudo Carla!
- Acompanhe-me, por favor.
Rian aprecia o andar leve dela. Entra numa casa onde tinha a função de stand de tiros. Recebe um abafador de som e assiste ao móvel, a uma distância considerável ser atingido no ponto crítico diversas vezes. Renê sorri.
- Tome, experimente.
Rian pega a arma e o alvo é acionado. Não consegue atingir nenhuma vez o alvo.
- Boa pontaria!
Renê ironiza.
- Não sabia que era tão ruim com um revolver.
Todos começamos a rir.
- Rian, esta é minha amiga Carla. Ainda não o tinha apresentado.
- Muito prazer.
Retiram-se daquele ambiente e vão para o interior da moradia
O jantar é servido por empregados homens, depois se retiram.
- Bem Rian conte-me de você. O que você faz?
- Eu trabalho como engenheiro de planejamento com seu primo Berllotti
Naquele momento ela o penetra com um olhar frio e cruel, de seus olhos claros.
Um momento de silêncio fez com que Carla recomeçasse o assunto.
- Eu sou bailarina.
- Vocês se conhecem de onde?
- De New York , fiz faculdade de balé clássico e arte dramática, e lá entrei para uma casa de show, onde Renê era dona e lá mesmo nós nos conhecemos, e então ela me trouxe para cá para ensinar suas bailarinas e ajudá-las abrir novos empreendimentos, tornamo-mos amigas.
Renê retoma o diálogo
- Você está satisfeito em trabalhar com Berlottii.
- Claro, apenas financeiramente que ele não cede.
- Eu gostaria de uma prestação de serviço em particular para mim.
- Como engenheiro?
- Não, como um objeto.
- Objeto?
- Sim pagarei $dólares por um dia
- O quê?
Rian que estava precisando de dinheiro e ao lado de lindas mulheres.
- Tudo bem, o que terei que fazer?
- Mistério, só será remunerado no final de seu trabalho, caso não o faça direito não receberá nada. Bem já está tarde e tenho que acordar cedo amanhã, pois tenho uma viagem a negócios. Depois Carla marcará o dia.
- É claro , vou me retirando. Muito obrigado pela noite.
Rian despede-se das duas sem conseguir questionar a vida daquela mulher tão misteriosa.
CAPÍTULO 8
Rian ouvia o som, música lenta e imagina aquela mulher tão misteriosa, sua ansiedade era grande, já estava apaixonado sem ao menos conhecer aquela poderosa empresária.
O telefone toca.
- Oi, Rian, é a Carla, a Renê marcou para amanhã a noite o encontro de vocês.
- Está ótimo. Carla o que você vai fazer hoje?
- Tenho a apresentação do meu grupo de dança, inclusive eu vou participar.
- Que ótimo poderia vê-la?
- Claro deixarei seu nome na portaria.
- Carla eu também preciso falar contigo, conhecê-la melhor, não tive oportunidade.
- Está bem, aguarde-me, encontrar-no-emos após a apresentação. Um beijo
Foi tão delicada tão diferente de Renê.
No palco as luzes se apagam e por 30 segundos ficamos no escuro, dando um ar de suspense, uma luz vermelha e outra azul penetra no palco.
As cortinas abrem-se e um som suave de jazz dá início ao espetáculo.
Uma bailarina ao chão, ergue-se lentamente expressando sofrimento, quando um som mais forte e alto transforma seus movimentos mais enérgicos e agressivos. Ela sai de cena, um grupo de bailarinos sincroniza movimentos de ação e reação, de um lado homens do outro mulheres que parecem medir forças. O grupo masculino curva-se até se manterem de bruços e braços abertos ao chão.
As bailarinas dançam por cima e em volta dos homens, depois param; cada uma pisando, com um dos pés, a nuca deles.
A dançarina da abertura retorna mascarada coriografando por cima de todos aqueles estendidos no chão, com gestos de domínio e delírio; até sentar-se lentamente e sensualmente numa cadeira em forma de trono real, apontando os pés em arco e olhando desdenhosamente para o palco, ficando nesta posição, enquanto os dançarinos arrastavam-se, conduzidos pelas bailarinas guerreiras. Um a um beijava os pés da bailarina mascarada que depois os dispensava com um aceno de mão.
Todos eram muito bonitos e a coreografia muito sensual.
No final da apresentação.
Carla pega a toalha, enxuga delicadamente o rosto, massageia os pés e entra em sua banheira particular com espumas.
Após o banho e pronta para encontra-se com Rian.
Rian aprecia e sente o cheiro daquela mulher que se aproximava dele. Era a sensual Carla, ela sorri.
- Tudo bem?
- Tudo, você está linda, ou melhor, é uma linda mulher.
- Você deve dizer isso a todas.
- Como posso evitar falar isso, depois de assistir-lhe, vê-la no show e sentir sua fragrância.
Ela toma a iniciativa e conduz-me a um restaurante próximo. Todos os olhares seguem a beleza dela.
Eles se sentam a mesa. E pedem uma refeição leve, de massa.
- Engraçado sinto-me atraído por você
Carla sorri
- Você não presta.
- A muitos anos não encontro pessoas tão fascinantes como você e Renê. Belezas opostas que parecem se complementarem.
- Bem a Renê, quer ter um encontro um tanto diferente com você e está disposta a lha pagar a quantia de R$por uma noite, só que será de uma forma inusitada e você fará o papel de um objeto a mercê dela.
- Sim, como será ?
- Não sei, descubra você mesmo
- Como é sua amiga?
- Lamento, mas a resposta é a mesma, descubra você mesmo.
- Tudo bem, então me fale de você.
- Bem sou do sul do país. Meus pais morreram num acidente aéreo quando regressavam da Itália ao Brasil. Meu pai adorava ver minhas apresentações de dança.
- Você tem irmãos?
- Não. Sou filha única.
- Como você reagiu a tudo isso?
- Eu já tinha personalidade independente. Senti um tremendo impacto, tive o apoio dos meus avós. Depois decidi ampliar meus conhecimentos resolvi ingressar numa universidade de dança americana, abandonando minha carreira de advocacia.
- Como conheceu Renê?
Quando já pertencia ao corpo principal de um dos melhores grupos de Nova York, aspirava a realizar um projeto empresarial de abrir uma forte academia no Rio e assim por coincidência vim a conhecer Renê, que apreciava meu grupo e então fui trabalhar para ela.
Realizamos o projeto de um espaço cultural e esportes e com equipamentos de última geração.
- E a amizade?
- Ficamos sócias desse empreendimento e consequentemente amigas. Admiro a capacidade empresarial de Renê e sua ousadia.
- Teve alguém que marcou sua vida amorosa?
- Era apaixonada por um homem casado, não agüentava aquela situação e então o obriguei a uma decisão. Ele optou pela segurança familiar. Ele ainda me escreve, mas não o respondo, na verdade, nem leio palavras de pessoas sem expressão, um covarde.
- Por que covarde?
- Porque ele não sente nada pela esposa, apenas se protege pela situação financeira privilegiada dela, onde ela controla todas as empresas, inclusive a ele.
- Você ainda gosta dele?
- Não, eu me desenvolvi muito e ele se estagnou. Ele foi uma fase superada em minha vida.
- E Renê?
- Entendo a pergunta. Eu sou apaixonada pelo que faço. Até agora não encontrei nenhum homem que mexa com meus instintos e Renê é minha família, tenho verdadeira admiração por ela, sua forte personalidade, inteligência, criatividade tornou-a poderosa e um conjunto raro para uma mulher. Todos os homens a respeitam e raramente ousam em aproximar-se dela para alguma relação.
- Então eu sou um louco?
- Acho que sim, mas fale-me de você. E você não teve alguém?
- Sim, mas meus relacionamentos foram ficando superados e não foi possível envolver-me mais demoradamente com ninguém necessito romper os limites das emoções. As emoções ainda não concretizadas seriam aquelas que acredito levarem-me a verdadeira paixão, tornaram-se fantasias e que hoje estou envolvido por elas.
- Você busca o quê?
- Não sei, talvez o impossível, o equilíbrio.
- Não seria o desequilíbrio?
- Sim, talvez.
- Desafios e situações inusitadas, você certamente encontrará em Renê.
- Acho tudo muito excitante.
Rian e Carla se despendem com um profundo olhar, algo lhes integravam, apesar da forte atração pela misteriosa Renê.
CAPÍTULO 9
O luar refletia na noite, a grande noite do encontro. O coração de Rian disparava, era incontrolável.
Enquanto isto aguardava e apreciava as ondas do mar, a lua cheia, aos poucos fui ficando calmo, graças aos Deuses da Natureza.
Logo, uma MERCEDEZ, preta buzina, eu ainda estava hipnotizado, pela grandeza da contemplação da natureza.
Ela, René, sai do carro, com uma calça de couro e um bustiê também de couro, olhava com uma expressão séria, como que estivesse com um ódio contido.
- Toma, a chave, dirija o carro, você será meu motorista, e nem se quer deu-me um beijo de olá.
Meu destino foi uma casa de dança.
A mesa, ela se quer olhava para mim.
- Toma vai pegar um drink para mim!
Ao regressar, ela estava conversando com uma amiga.
- Sirva-me, e fique em pé.
As músicas se tornavam mais dançantes e para minha admiração René e sua amiga começaram a se beijar, numa forma profunda.
- Sente-se, vou dançar com Rebeca, tome conta das coisas e não saia, até que eu regresse!
Elas dançavam com expressões inusitadas, todos as olhavam. Eram as Rainhas da noite. Eu não sabia explicar minha posição.
Estava gostando? Sinceramente, não sabia.
- Venha aqui, Rian! Meu sapato está desamarrado, ajoelhe-se e amarre-o.
Todos se extasiavam com aquela insinuação de um jogo de domínio. Ali ajoelhado, no meio do salão aos pés de René, e sua amiga rindo da situação.
No fim da noite, ela se despediu de sua amiga com um beijo na boca, e então, fomos para um dos apartamentos de René.
Ao entrar, na minha frente uma expressão de raiva, sobrancelha elevada e a testa franzida. Com jeito de uma Lilith, mas estava lindaEntre! Vá para a sala e aguarde de joelhos e de costas.
Ela entra em seguida e colocam-me algemas e dá-me um forte chute nas costas, fazendo-me cair de cara no chão. Sem perder tempo coloca uma mordaça na minha boca.
- Está confortável homenzinho, estamos a sós, se eu quiser matá-lo ninguém vai ouvi-lo.
Ela vai a direção de um armário e pega um tecido e coloca sobre meu corpo e inicia uma série de espancamento em todo meu corpo que doía e podia ouvir o som do chicote no ar. Ela parecia se deliciar com aquilo, muito serena, como estivesse espancando um animal ou uma coisa.
- Fique de joelhos!
Eu não conseguia.
Ela puxou-me pelos cabelos até ficar de joelhos em frente a ela.
- Seu idiota, homenzinho, escravo. Odeio raça inferior.
Ela parecia uma nazista, com uma feição extremamente sádica, sua sobrancelha afinado do lado direito estava erguido, deu um tapa tão forte que fui arremessado ao chão novamente, depois puxou-me para debaixo da mesa.
Tirou minha mordaça.
- Estes sapatos são os meus mais antigos comprados na Alemanha, infelizmente ele deixa meus pés muito cansados e com odor insuportável, tire-os com a boca.
Foi meio difícil tirar, pois além de apertados, seus pés estavam suados e com um odor realmente muito forte, parecia de um couro muito velho.
- Muito bem escravo, quero repousar meus pés no teu rosto, enquanto você vai limpando todo meus pés do peito a sola, inclusive entre os dedos, pois este odor não me agrada.
Enquanto isso ela lia livros, bebia seu drink e fumava. Parecia que eu não existia.
Seus pés eram um tanto clássico e ao mesmo tempo agressivos com dedos longos e unhas longas e quadradas, estavam sem esmaltes, tinha algumas veias salientes, sem serem varizes, mas da própria musculatura dos pés. As solas tinham certas rugas quando contraídas. Com a pele umedecida, sua pele estava macia, mas quando ela abria os dedos dos pés, o chulé espalhava-se por todo ambiente, ela adorava fazer isso, para que eu penetrasse minha língua e retirasse o odor deles.
Depois de ficar 1 hora sem parar lambendo os pés dela. Ela olha para baixo, verifica se ainda existia alguma sujeira ou odor nos pés e seca seus pés no meus cabelos.
Que coisa nojenta! ainda bem que existem escravos para realizarem esses tipos de serviços.
Ela retira minhas algemas
- Vista-se e retire-se!
Ela faz uma cara de desdém para mim.
Quando Rian estava pronto.
- Espere, vá naquela gaveta e traga aquele par de sapatos e venha com ele na boca, de cachorrinho, e deixe-os aqui do lado dos meus pés. E saia imediatamente olhando para o chão. Amanhã o dinheiro estará em sua conta.
CAPÍTULO 10
Dia seguinte aguardo René, assisto a cenas de extrema crueldade, esporadas e chicotadas são aplicados nos músculos salientes e um corcel negro. A amazona vestida em roupa de couro preto, rosto enraivecido
Ela entra na sala
- Oi, o que você quer?
- Quero uma explicação.
- Rian serei rápida com você. Não existe nada entre nós, apenas quis realizar uma fantasia, e você foi meu objeto. Você aceitou.
- Estou sentindo-me péssimo.
- Lamento. Momentos e nada mais.
- Estou realmente frustrado.
- Olha, para seu bem , é melhor assim . Você não me conhece. Você parece um cara legal, mas o problema sou eu.
Rian fica por alguns momentos imóvel olhando-a nos olhos e retira-se.
CAPÍTULO 11
Madrugada na Boite Bizarre. Os grandes mafiosos reunidos traçavam seus planos e demarcavam seus territórios.
Renê era o centro de desequilíbrio das reuniões. O chefão acabava de entregá-la o domínio total do escoamento de minério daquele país.
Uma voz rouca e enraivecida interrompe a reunião.
- Isto é um absurdo! Esta mulher está obtendo os pontos mais valiosos. Uma mulher nunca fez parte do grupo por tradição....
- Cale-se
Disse o chefão
- Não, deixe-o falar. Solicito então uma disputa em forma de duelo. Colocarei meu posto a prêmio. Veremos quem é o mais forte, num confronto direto de uma forma primitiva, conforme deseja. O vencedor decidirá também o destino do derrotado.
- Que tal aquelas espadas na parede?
- Ótimo!
O confronto começa. A ira do mafioso era controlada pela sutileza da agilidade do jogo de corpo de Rêne.
O mafioso sofre o primeiro golpe e tem seu braço esquerdo ferido. Sua ira aumenta e parte como um touro para cima de Renê
Ela desvia para o lado e perfura a perna dele. Ele grita e ajoelha-se com a dor. Com mais dois golpes, o mafioso é ferido no braço e na mão onde deixa cair a espada. Renê chuta e afasta para longe. Aponta-lhe o pescoço.
- Quer viver valentão!
- Nunca! Mate-me!
- Seria muito fácil para você.
Com um movimento rápido, o fio da espada arranca uma as orelhas do mafioso, que se esperneia no chão.
Renê pega o pedaço da orelha e olha para o chefe.
- Sabe o que vou fazer com isso?
Ela joga no chão e com um pisão, esmaga aquele pedaço de carne.
- Eu sempre quis algo assim.
O chefão gargalha, enquanto Renê torce e esfrega o pé de um lado para outro contra o chão o orgulho do mafioso.
CAPÍTULO 12
Rian parte em busca intensiva de encontrar alguém parecida com Renê e freqüenta, boites, praia, academias e festas.
A cada mulher encontrava uma personalidade previsível, parecia de um mundo atrasado, sedução primitiva. Quando conversavam, logo o tédio tornava Rian impaciente e com a certeza que aquele seria mais um encontro frustrante.
Aquelas situações repetiam-se freqüentemente. Renê, com sua personalidade envolvente tiraram-lhe definitivamente o brilho das outras.
Reconhecia que tinha adquirido uma frustração, precisava de uma paixão. Teria sido bom ter conhecido aquela mulher tão inusitada e sedutora.
Rian procura Carla.
- Oi Carla.
- tudo bem, Rian?
- Não estou péssimo, preciso conversar com alguém.
- Hoje estou meio ocupada.
- Por favor, você não teria um tempinho para mim, ainda hoje?
- Está bem. Te encontro no bar da academia,, vem para cá me aguardar.
- Está ótimo. Obrigado.
O instinto de Rian pedia o auxílio de Carla.
Na academia de ginástica.
- Carla estou me sentindo péssimo.
- Devo entender.
- Por que você não me avisou?
- Não sei nem o que houve entre vocês. Mas previa que seria um relacionamento efêmero e superficial.
- Tenho vontade de devolver aquele dinheiro e dar um soco nela.
- Bobagem. Para ela o dinheiro não faz a mínima diferença e se você a agredi-la poderá complicar-se. Analise tudo com frieza. Você não a conhecia para um relacionamento mais sério, realizou a fantasia de uma mulher que milhares de homens gostariam de estar e seu lugar você foi o escolhido e ainda recebeu um presente. Suas perspectivas sobre ela foram longe demais.
- Estou sentindo-me um tanto humilhado.
- Repito. Pense friamente. A vida continua. Renê não daria certo com você. Ela teve uma infância turbulenta, sem carinho do pai e cedo teve que cuidar de sua mãe, de saúde comprometida. Hoje seu perfil é de uma mulher revoltada, desligada de sentimentalismo, seu único prazer é o desejo obsessivo pelo poder. Tenho certeza que você ainda encontrará a pessoa certa. Tudo o que você passou foi apenas uma fantasia.
- Minha busca, durante todo o tempo, por alguém que me envolvesse desta forma, tornando-me parte de um jogo psicológico, a mistura exata do imprevisível, do medo e do prazer, é raro como ouro. Descobri tudo isso em Renê, apesar de que para ser completo numa convivência do dia a dia, falta algo que ela não têm.
- O quê?
- Meu ideal seria a sensualidade do PODER com a sensualidade da LEVEZA alternando-se imprevisivelmente. A força do poder existi na personalidade de Renê e a sutileza da leveza em você.
- Por um momento os olhos de Carla ficaram imóveis e brilhosos.
A fragilidade de Rian encanta Carla.
- Eu me sinto bem com você. Eu o acho uma pessoa muito interessante. Convide-me para um teatro.
Rian sorri.
- Obrigado. Você me faz sentir melhor. Estava deprimido.
CAPÍTULO 13
Quinta-feira. A morena joga os cabelos lisos e compridos que parecem seda. Veste uma saia de couro preto, bustiê do mesmo material e um tamanco alto de estilo Nova-iorquino.
- Você está linda. Sinônimo de motivação.
- Obrigada.
Vamos ao teatro. No hall de espera, Carla centraliza as atenções dos homens e principalmente das mulheres ciumentas. As portas de acesso às cadeiras da platéia abrem-se. Sentamo-nos bem na frente.
A peça era uma comédia muito divertida, era muito divertida, era muito bom assistir principalmente ao sorriso dos dentes perfeitos de Carla.
Terminando a peça, partimos para um local de bebidas exóticas.
O ambiente freqüentado por pessoas bonitas, vídeos clips e os títulos variados e saborosos das bebidas, tornava a noite com Carla afrodisíaca.
- Como você está? Ainda deprimido por causa da Renê?
- Sinceramente, estou curado dela. Foi muito bom você me permitir conhecê-la.
Pego sua mão e passo seus dedos em meu lábios e começo a beijá-los. Ela se aproxima e olhamo-nos até aproximarmos nossos lábios. O beijo era intenso, uma mistura de tesão, sentimento de um começo de uma nova paixão.
Naquele momento tive um impulso de sair dali e levá-la para um lugar que combinasse conosco.
No carro o som do disk-laser e a brisa marítima nos acompanham até nosso esconderijo, rochedos que se encontravam com o mar.
Paro o carro.
- Espere.
Saio do carro e abro a porta do lado dela. Ela coloca as pernas para o lado de fora do carro. Tiro seus tamancos. Pés de dedos longos e proporcionais, nem magros nem gordos, largos e naturalmente arcados, uma escultura de uma bailarina, esculpido como por um artista apaixonado que a cada fase demonstrava sua mais profunda emoção. Terminado sua obra da cabeça aos pés, esta adquiria vida, transformava-se numa semideusa. E agora estava ali, perto de mim.
- Carla, você é uma escultura da cabeça aos pés. Merece ser reverenciada.
Seus pés no meu ombro, beijava-os, chupava dedos a dedo da unha bem feita e aquele cheiro de couro embriagava-me de tesão.
- Você é louco.
Ela sorri, um sorriso de uma mulher sendo reverenciada. Coloco-a nos braços e deito-a num patamar, entre os rochedos, que os deuses confeccionaram para nós dois.
O luar iluminava nossas peles integrando à paisagem, um efeito visual produzido para aquele momento. O som, apenas de nossos gemidos e do mar que abraçava o rochedo, alguns metros mais abaixo.
Minha mão entre suas pernas, a outra tocava seus seios. Minha boca na sua boca macia, descia para o pescoço com a fragrância de perfume francês que devia ter sido elaborado só para ela , seus cabelos acariciavam meu rosto. Minha mão molhada de seu sexo, enxuguei-os em minha boca. Ela encostada nas pedras morde os lábios e coloca suas mãos na minha cabeça fazendo pressão em meus cabelos que descem pela cintura até ficarem entre suas pernas, torneadas com cheiro natural da sua pele harmonizava com o cheiro do mar, cheiro de natureza.
- Vocêêê.....
Ela maliciosamente empurra minha boca de contra seu sexo.
- é é deliciosa
Ela pressionava com mais força minha boca. De baixo podia vê-la morder as pontas dos lábios e ouvir seu gemido de quase orgasmo.
Ela se vira, eu me abaixo e subo lambendo-a dos pés , tornozelos, coxas, nádegas, ânus, costas. Na altura de seu pescoço, ela ainda de costas segura meu pênis e condu-lo para dentro dela.
- Quuuuuero ser seu amante, seu escravo.
Ela sussurra
- Vou gozar!
- Estava aguardando para explodirmos juntos.
Ela se contorce entre as pedras e então , explodimos nosso prazer.
Ao retornarem para casa de Carla.
Renê observa Carla chegando com Rian e assisti ao beijo apaixonado de despedida.
Carla entra.
- Onde você estava?
Os olhos de Renê expressavam raiva.
- Sai com Rian.
Ela nada diz e se retira para o quarto.
CAPÍTULO 14
Renê começou a ficar indiferente com Carla.
- O que há Renê? você está estranha.
- Nada, eu sou estranha mesmo.
Renê não queria abrir-se
- É por causa de Rian?
- Não tenho tempo, estou com pressa vou retirar-me.
Carla começou a sentir-se mal com a situação.
Rian e Carla a cada vez ficavam mais unidos, a paixão deles era forte e era sólida, os dois sentiam-se felizes em estarem juntos.
- Rian, a Renê está estranha, acho que é pelo relacionamento de nós dois.
- Vamos falar tudo com ela.
- Não acho o momento certo, ela não em dá oportunidade de falar o assunto com ela, ela sempre foge.
- Será que ela irá a Boite Bizarre hoje?
- Sim acho que sim, por que?
- Vamos ficar juntos e tentar aproximação com ela.
- Não, não é uma boa idéia ainda.
- Vamos deixar Renê um pouco de lado e vamos para casa, fiz um jantar especial para nós dois.
Ao chegar no apartamento.
- Carla deite-se na mesa.
- O quê?
Rian pegou-a nos braços e colocou-a na mesa, e foi tirando cada peça de sua roupa
Ela entendeu e posicionou-se de maneira sensual aguardando-me.
- Derrame este vinho no seu corpo
- Ela derrama nos seios. Rian suga todo líquido que se espalha até suas pernas.
- Coloque estes morangos dentro de você. Molhe-o, esfregue-o e coloque entre seus dedos dos pés, depois ponha-os em minha boca.
Enquanto ela os coloca na minha boca, derramo mais vinho em seus pés e lambo-os. Ela se vira de costas, onde derramo o resto do vinho e sugo-a começando das costas até suas nádegas e ânus. Trago-a para o chão e ali, dentro dela, terminamos nosso momento de tesão.
Carla retorna para casa e toma um susto, encontra na sala, Renê e a recepcionista da Boite Bizarre.
Renê fumava um cigarro sentada no sofá enquanto a outra ajoelhada fazia sexo oral . Cinicamente Renê cumprimenta Carla.
- Como foi a noite Carla?
Carla retira-se rapidamente para seu quarto
Dia seguinte.
Carla e Renê discutem
- Vamos terminar nossa sociedade
- Tudo isso porque eu estou apaixonada por Rian?
- Aquele cara é um cretino. Tudo que você tem aqui, até hoje, deve a mim.. Você se arrependerá.
- Eu não sou sua propriedade.
- Mas é minha única família.
Carla arruma uma mala e sai da casa.
CAPÍTULO 15
No apartamento de Rian, Carla chega pálida e quando pretende começar a falar desmaia nos braços dele.. Ela demora a se reanimar e então rapidamente a levo para o hospital mais próximo.
- Doutor, como ela está?
- Ela já está bem. Entre na minha sala que quero falar com você, aguarde-me que já volto.
Meu coração dispara.
O médico retorna.
- Sua companheira está grávida, ela está melhor, mas está muito estressada. Vocês devem evitar a tensão.
Iria ser pai, uma emoção diferente que me fez ficar arrepiado.
Carla passa a morar com Rian.
- Carla eu quero casar contigo.
Ela sorri e abraça-o
Estava sendo muito bom morar com alguém que se gosta, apesar da força para evitar demonstrar tensão, preocupado com a saúde da futura mamãe, meus nervos estavam desgastando-se com os telefonemas anônimos e os freqüentes incidentes que aconteciam no dia a dia ( era seguido por homens armados que faziam questão de serem notados. ). Percebi que aquilo tudo só podia vir por parte de Renê.
CAPÍTULO 16
- Carla , gostaria que ligasse para Renê marcando um encontro de vocês duas aqui em casa.
- Por que?
- Depois eu explico, diga que será um encontro sem minha presença.
- E se ela não quiser vir aqui?
-Insista, transpareça que queira mostrar algo e então pressione-a para que aqui seja o único lugar onde você gostaria de falar com ela.
Ela assim procede.
- O encontro ficou marcado para hoje. Ela disse que vai se arrumar e já vem.
Duas horas depois.
Carla observa pela janela a chegada de Renê.
- Rian o carro dela acabou de chegar.
- Carla, deixe-me a sós com ela.
Abro a porta. Renê fica surpresa.
- Estou aqui porque Carla fez questão que viesse para seu encontro, ela insistiu que fosse aqui. Onde ela está?
- Renê, vamos nos entender, eu estou apaixonado por Carla e sei que você não admiti e vem fazendo ameaças indiretas com seus capangas e telefonemas.
- Não entendo o que diz.
- Mas acho que você vai entender tudo se eu lhe disser que Carla está grávida e marcamos casamento para daqui a 1 mês. Ela esteve hospitalizada por motivo de stress e creio que por você amá-la não irá querer que nenhum mal, indiretamente, afete a ela.
Renê parte em direção a porta e retira-se.
CAPÍTULO 17
Fazia uma semana que não sofria ameaças, mas ainda continuava tenso, pois estava cismado por alguma retaliação de Renê.
Eram 6 horas da manhã, depois de mais uma noite de insônia, pego os jornais que já estavam na minha porta. Leio o título Acidente Automobilístico Tira a vida de Poderosa Empresária no conteúdo da matéria citava o nome de Renê, tendo seu corpo integralmente carbonizado após colisão do automóvel que despencara do alto de uma serra.
Tive um imediato alívio, mas seria uma notícia trágica que teria que expor a Carla.
Apesar de tentar amenizar o impacto, ela entrou em choque.
Os amigos de Carla ligavam para ela e davam palavras positivas que ressaltaram de uma certa recuperação.
Não contara nada em relação o que tinha ocorrido na ocasião da pressão imposta pela falecida.
As notícias persistiam ao longo dos dias, agora denunciando as ações ilícitas dela, como o sistema de manipulação, onde controlava políticos a indústria do sexo, o tóxico e a extorsão.
A polícia suspeitava de uma nova versão do caso. Poderia ter sido um assassinato premeditado?
Mais uma bomba detonava a alta sociedade. Os vídeos eróticos comprometedores circulavam no mercado sem nenhuma permissão oficial do governo. O escândalo abalava as estruturas familiares e mais uma vez Renê era a mentora.
Renê tornava-se um mito, odiada por alguns e admirada por outros.
Debates em televisão eram constantes, sobre a personalidade de Renê e suas ações.
Carla era solicitada para dar informações sobre a amiga, uns eram repórteres outros escritores que queriam elaborar livro sobre a vida de Renê. Ela definitivamente recusava.
Houve então depois, de tudo, possibilidade de relatar a Carla as ações contra nossa união.
CAPÍTULO 18
Com véu de cor vermelha e o andar gracioso e nobre, feições suave e alegre, Carla pisa na igreja. Mulheres, homens, nossos convidados e amigos de Carla seguiam-na com o olhar a cada passo de sua trajetória até o altar.
Sentia-me vitorioso e emocionado por tudo que tinha passado.
Na recepção, a festa era simples. A expressão com que Carla falava com os convidados, estava apetitosa com aquela roupa vermelha.
Terminado tudo. Partimos para casa. Cansada, ela se deita na cama.
Peço para que fique e pé na cama. Tiro-lhe peça a peça da roupa com a boca, até os sapatos. Então minha boca percorre de baixo para cima todo seu corpo sugando o suor de seu corpo.
Deitamo-nos na cama, ela toma a iniciativa e monta em cima de mim e com suavidade coloca-me dentro dela. Suas pernas, nádegas e costas movimentam-se como uma dança, uma amazona nua cavalgando.
CAPÍTULO 19
Sete anos depois.
Carla e Rian estavam com uma filha com sete anos , tão meiga e bonita como a mãe. Já era dançarina.
Rian continuava a trabalhar como engenheiro, mas agora em uma empresa que lha pagava muito bem e Carla continuava com sua academia de dança.
Num final de semana, na praia, percebi Carla distante, olhando para o mar, sem nada falar por um bom tempo.
Nosso casamento estava tudo perfeito, mas algo nos angustiava, talvez fosse o efeito rotina.
Renê ainda estava dentro de nós, foi ela que tornou meus sonhos em realidade e o de Carla também . Aventuras alucinógenas, o imprevisto faziam parte da vida de quem convivia com aquela inusitada mulher.
Hoje estávamos no céu, talvez faltasse um pouco do inferno e emoção criado pela personalidade de Renê.
Retornávamos para casa. No hall, o porteiro nos entrega uma correspondência.
Enquanto Carla toma banho e nossa filha assisti à televisão, eu leio a correspondência,
Tenho saudades da minha única amiga, era muito bom o dia a dia ao teu lado. Surpreendia-me conhecer sua leveza sua beleza seu espírito, somos os extremos do forte e do frágil, do pesadelo e do sonho, do medo e da valentia.
Quanto a Rian, espero que seja um bom escravo, um bom escravo de seu amor.
Tenho todas as informações de vocês. Estou sempre de olho em vocês. Breve conhecerei a Carlinha.
Sejam felizes
ASS: Anônimo
Carla sai do banho e entrego-lhe a correspondência. Ela dá um ataque de choro e risos ao mesmo tempo.
- Por que mamãe está assim?
- Nada filha, sua mãe está feliz. Nós descobrimos o EXTREMO que faz parte de nossas vidas.