Vício!

Um conto erótico de Cajuzinha
Categoria: Heterossexual
Contém 1408 palavras
Data: 25/09/2006 00:29:19
Assuntos: Heterossexual

Recentemente publiquei aqui, uma narrativa sobre um episódio ocorrido comigo anos atrás. A verdade é que me fez um bem imenso escrever sobre aquilo e gostaria de repetir a dose. Inclusive conversei com minha psicóloga e ela, além de pedir e ler uma cópia do texto, ela recomendou que eu continuasse a fazê-lo, mesmo que optasse por não torna-los públicos. Mas farei dessa forma, até porque isso pode ajudar outras pessoas.

Tenho trinta anos e sou viciada em orgasmo. Isso foi uma conclusão óbvia. Desde que perdi minha virgindade aos dezesseis anos, passei a empreender uma busca diária pelo prazer máximo que o sexo pode proporcionar. Nas poucas vezes que não satisfazia esse meu impulso, ficava extremamente nervosa e agressiva com meu parceiro. Isso, curiosamente, aconteceu com o cara que é o pai da minha única filha e com quem não mantenho mais nenhum outro laço.

O fato é que essa necessidade praticamente irresistível me levou por caminhos perigosos, onde passei por situações ridículas e perigosas, mantendo relações com parceiros desconhecidos, em lugares públicos e passando por humilhações. Também abusei do álcool, consumi cocaína e maconha, vícios que felizmente não mantive. Engraçado que também não fumo.

Minha vida hoje mudou bastante e continua mudando. Estou de mudança! Logo sairei de minha cidade e irei pra um lugar mais tranqüilo, longe da confusão que a metrópole em que vivo. Espero encontrar lá, a paz que preciso pra acabar de educar minha filha e, quem sabe, encontrar alguém pra dividir a minha vida.

Mas, continuando, até pouco tempo atrás eu saia na noite em busca de sexo apenas pelo prazer de um orgasmo. Transava e nem queria saber o nome do meu parceiro. Tudo que me interessava residia no interesse dele em transar comigo na hora e no local mais próximo daquela necessidade. E alguns podem até se perguntar: “Por que você não se masturba ao invés de procurar homens por aí?”. A resposta: eu não consigo gozar me masturbando. Gozo com outro cara me olhando, mas não consigo me masturbar de forma eficiente. Fiz inúmeras tentativas e só consegui gozar fraquinho umas três vezes.

Continuando, no caminho de volta pra casa há uma rua antiga cheia de bares. Na verdade são várias ruas e becos. Tem buteco pra todo gosto e com tudo que se pode esperar encontrar neles: casais, gays, homens sós, piranhas...E eu me integrava perfeitamente a esse ambiente. Sozinha ou acompanhada de amigas, passava quase todo dia nesse lugar. E assim que chegava, meu radar era ligado para rastrear possíveis parceiros.

Tem outra coisa: sou como as cadelas em dois sentidos. A primeira coisa que tenho em comum com as cachorras é algo como um cio. Passo meses sem pensar em homem, mas de repente bate uma onda de calor. Ela vem devagar, começa mudando minha cabeça, me fazendo escolher roupas mais decotadas, calcinhas menores... Quando vejo, estou molhada, excitada com qualquer coisa que me pareça um falo. A segunda coisa é prefiro trepar de quatro.

Voltemos aos butecos. Lá, depois de um gole ou dois de cerveja ou uma caipirinha, meu corpo relaxava e eu ficava muito espontânea. Meus gestos ficavam mais fluídos, minha língua solta e minhas amigas, invariavelmente, com vergonha do que eu falava. Depois de um tempo, só sobrou uma, a “Dani”. Ela é um pouco como eu, então a gente se entende.

E como nem sempre podia estar acompanhada dessa amiga, ia sozinha quantas vezes fosse necessário. E ia lá atrás de sexo e só. Não me interessava por homens, mas pelo prazer de que precisava pra aplacar meu fogo. Eu ficava sentada numa mesa com uma garrafa de cerveja ou uma caipirinha por horas se necessário. Observava a todos ao meu redor. Atacava até homens casados acompanhados de suas esposas. E dava pra eles enquanto elas bebiam sentadas nas mesas. Depois eu pagava minha conta, ia embora e nem queria saber a cor do sujeito.

Uma vez, com a ajuda da Dani, trepei debaixo de umas seringueiras com o noivo de uma conhecida nossa. Ela era novata na empresa em que nós duas trabalhávamos. A garota era linda, o noivo dela, bem, não era importante. O fato é que eu estava naquela situação desesperadora e eles apareceram lá por coincidência. Era tarde, quase encerrando o expediente do bar. Pra piorar a noite fora chuvosa e poucas pessoas saíram de casa naquela noite. E com alguns goles embebedamos nossa colega. A Dani tratou de levar ela para o banheiro enquanto eu fiquei com o noivo dela, que também estava ligeiramente embriagado.

Eu não sou de se jogar fora, mas a menina era bem mais bonita que eu. Só que sou muito direta e objetiva quando quero sexo. Em cinco minutos sozinha com o cara, deixei claro pra ele que estava muito a fim de transar. Ele hesitou um pouco, mas logo estava na minha. Faltaria um lugar e um pretexto pra nos afastarmos dali o tempo suficiente.

Passados algum tempo e outras tantas doses, deixamos nossa colega ainda mais embriagada. Dei um toque no noivo dela por baixo da mesa, depois disse que ia chamar um táxi pra eles. Tinha um ponto há poucas quadras dali, mas ninguém tinha celular naquela época. Então tive a idéia de chamá-lo pra ir comigo enquanto a Dani cuidava da nossa colega. Tudo entendido entre eu e a Dani, saímos pela viela escura em direção ao ponto de táxi.

Assim que viramos a primeira esquina, nos agarramos e nos demos um beijo de tirar tatu do buraco. Estava escuro, mais que o normal até, pois o céu estava nublado. Procuramos um canto, um beco pra entrar, mas não havia nada. Eu queria dar pra ele ali mesmo na calçada, mas ele resistiu. Cheguei a por os peitos pra fora e abrir o zíper dele. Ele me segurou e me fez caminhar um pouco mais.

Assim que chegamos até a outra esquina, vimos um monte de árvores formando uma cobertura natural. Era o tal ponto de táxi. Havia lá um único carro. Fomos em direção ao sombreado, eu louca de tesão. Felizmente pra mim o local estava deserto. As raízes das seringueiras formavam uma parede entre o canteiro e a rua. Juntando isso à escuridão, convenci meu parceiro que seria ali mesmo. Ele ainda relutou um pouco, não se sentia seguro. Viaturas da polícia eram vistas ao longe. Convenci ele me abaixando, puxando seu pinto pra fora e chupando seu pau, só o tempo suficiente pra ele ficar bem duro.

Eu sempre visto calças de lycra. Fica bem em mim. É prática, durável e fácil de tirar. Depois de deixar o pau do cara pra lá de duro, abaixei minha calça o suficiente apenas pra mostrar minha bunda branca pra ele. Levantei a blusa atendendo aos seus pedidos. Ele mamou nos meus peitões um tempinho, mas insisti que ele me comesse logo, pois eu estava louca pra gozar.

Aí, camisinha posta, virei-me de frente para o enorme tronco da árvore e agarrei em algumas raízes que pendiam do alto. Ele nervosamente me segurou pelos quadris e ficou esfregando o pinto na minha bunda. Acho que pensou que eu queria dar o cú pra ele. Necas de katibiriba, não dou o meu cuzinho pra ninguém. Então ele enterrou a rola na minha xoxota e trepamos naquela posição por uns 15 minutos. Eu gozei rápido e por duas vezes seguidas. Ele metia como um cavalo, e eu, acho, na cabeça dele era mesmo uma égua. Eu tenho os cabelos bem longos que uso soltos. Naquela noite eles estava molhados pela garoa. Foram agarrados e quase arrancados da minha cabeça. Como ele começou a demorar muito, ofereci outra coisa que faço e gosto muito. Deixei ele meter na minha boca e ele gozou em segundos.

Inventar uma desculpa pra demora que tivemos – quase meia hora pra ir e voltar dois quarteirões – foi moleza. Mas aquilo era rotina pra mim. A seringueira foi testemunha de inúmeras outras situações idênticas. Era pagar um boquete, virar a bunda pro cara e tomar pinto. Gozar, voltar pra casa e no outro dia, procurar tudo de novo, e de novo, e de novo...

Foi assim que acabei detida pela polícia. Na próxima vez conto essa história.

E gostaria de receber comentários de pessoas que passaram por problemas parecidos com o meu. Não faço objeções ao sexo ou a opção sexual de ninguém, mas dispenso cantadas. Meu e-mail é: cjcajuzinha arroba gmail com

Beijos!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Cajuzinha a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Já estou esperando as críticas mas tenho uma amiga na mesma situação que vc. A diferença é que ela mantém um casamento. Somos íntimos o suficiente para eu saber que ela não está feliz nessa relação mas a decisão de sair disso só pode vir dela mesma. No mais desejo a vc toda sorte e felicidade e que encontre um parceiro que te complete e aceite como voce é. E acredite: ele existe. (EDU)

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Mandarim, o que rolou entre eu e o meu ex, foi sim uma violência. Mas é difícil caracterizar tudo como estupro. Diria que ele se excedeu, e isso foi sim um ato contrário a minha vontade.

Por outro lado, sinto desapontá-lo, mas o caso é que não é uma questão de encontrar um cara assim ou assado. Sexo anal não é tão prazeroso pra mulher quanto é para o homem. Sei que há quem realmente goste, mas ainda assim, continua sempre melhor para o homem. E tb há que considerar que, numa relação sexual, muitas vezes fazemos coisas pelo prazer do parceiro e só pra ele. Faz parte apenas agradar.

Eu não sinto prazer com sexo anal. Nunca me vi fazendo. Até gosto de toques nas nádegas, sinto tesão com isso, mas NÃO curto anal. Talvez se fosse vc no lugar da mulher entenderia o que estou dizendo.

Boa sorte pra vc tb.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

...Ele não se comovou muito, estava muito bêbado. Só consegui sair daquilo depois de concordar que continuássemos, mas noutra posição.

Eu queria mesmo é sair fora, mas ele insistiu tanto que tive que ceder. Ele me penetrou e a dor era horrível. Ele acabou gozando, mas eu tive foi uma senssação de nojo que perdurou por dias. E, claro, isso tudo contribuiu para o fim da nossa relação.

Bjs!

0 0
Foto de perfil genérica

Mandarim, você não lerá um conto onde eu fale sobre sexo anal, pois não curto mesmo, não me dá prazer nenhum. Mas, claro, sei disso porque já aconteceu.

E só pra matar a sua curiosidade, aconteceu exatamente com o pai da minha filha. Foi uma coisa idiota, pois ele tem um membro muito grande até pra uma penetração vaginal.

O fato é que de tanto ele insistir, etc, numa ocasião eu estava muito cansada e ele muito bêbado. Acordei com ele em cima de mim, eu estava nua, só durmo assim. Então ele estava com aquela vontade de transar e eu só queria dormir. Deixei ele fazendo o que queria, torcia pra ele desistir ou gozar logo. Mas o que ele fez foi tentar uma penetração anal, aliás, até conseguiu. Lambuzou minha bunda com óleo johnsons e forçou a barra. Tentei sair fora, mas ele é um homenzarrão de quase dois metros. Ele me segurou na cama com seu peso e ficou tentando me penetrar até conseguir. Eu aguentei o quanto pude, mas teve uma hora que vi estrelas e comecei a me debater. Ele não se comoveu muito, es

0 0
Foto de perfil genérica

Gostei, acho q tenho o mesmo problema q seu, so que me reservo um pouco mais, nao transo com qualquer uma, mas sou tarado mesmo, nota 8

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Cajuzinha, antes de comentar o conto, quero dizer que fiquei preocupado contigo. Não por você querer gozar aqui, agora e sempre, até porque orgasmo é talvez a melhor sensação que alguém pode ter. Mas sim pela maneira como você vem utilizando para atingir esse objetivo. Acho que o que não falta é homem querendo ter, para conviver, uma mulher fogosa assim. Quanto ao conto, apesar de ficar claro que não há nenhuma intimidade ou cumplicidade sua com o parceiro, ele passa certa excitação sim, um tesão diferente talvez até pelo perigo envolvido e pela clara sensação de proibição.

0 0