Os gritos eram altos e as veias saltavam do meu pescoço, ofensas partiam de ambos os lados, algo dentro de mim dizia que eu estava errado, mais meu orgulho não deixava admitir e a briga se tornava cada vez mais violenta. Tudo começara há uma hora atrás em um restaurante que costumávamos ir. Um homem de uma mesa ao lado dirigia o olhar a todo o momento para nossa mesa, encarava-a descaradamente, como se eu fosse invisível. Aquilo estava me incomodando cada vez mais e comecei a pensar que ela estaria correspondendo, minha cabeça girou e deixei a raiva me dominar, chamei o garçom e pedi a conta, ainda mal tínhamos tocado na comida, ela olhou-me irritada, sem saber o que estava acontecendo, a conta foi entregue, paguei e sai da mesa direto para o estacionamento, com passos rápidos e nitidamente irritado. Abri o carro e o liguei, esperando sentado enquanto ela chegava, ela entrou e sentou-se, fitou-me calada, de braços cruzados, esperando a minha explicação, dei a partida no carro, e segui para casa.
- O que está acontecendo aqui?(perguntou)
- Você ainda me pergunta? O cara te olhava desde da hora que chegamos e você para piorar o meu humor passou a corresponde-lo.
Ela explodiu, a raiva dava espaço ao arrependimento, que não duraria muito, as suas palavras mim atingiam como agulhas, aquilo doía, alterei o tom da minha voz, falando mais alto que da ultima vez, acredito que era possível se ouvir a nossa conversa de fora do carro pois, a expressão do segurança era de descrédito, já que sempre fomos um casal pacifico e nunca foram documentadas brigas em alto volume em nosso apartamento. Na verdade tínhamos discutido poucas vezes e em um espaço de tempo grande o suficiente para não lembrarmos que tínhamos brigado, não existiam motivos, eu dessa vez estava errado e não admitia estar, sempre a amei muito e ficaria doente só de pensar em perde-la, ela era a pessoa mais importante para mim.
Subimos estressados, eu já não falava mais, apenas ouvia o que ela tinha a dizer. A porta do elevador se abre e eu adianto a minha saída, deixando-a para trás, o que a fez ficar ainda mais irritada, entrei no apartamento e abaixei a cabeça escondendo-a nas mãos, passando-a em meus cabelos. Ela irrompeu pela porta arfando, podia ouvir sua respiração próxima a mim, puxei-a e a agarrei violentamente, fitando seus olhos, sua expressão de raiva foi substituída por medo, eu lia em seus olhos que ela temia alguma violência por minha parte, empurrei-a na parede e avancei em cima dela, segurei seu rosto e beijei sua boca, tornou-se estática, senti as lagrimas salgadas descerem dos seus olhos e escorregar por nossas faces, alcançando logo depois nossos lábios, a sua boca passou a acompanhar a minha, minhas mãos exploravam seu corpo de cima a baixo, meu membro enrijecei, sempre fizemos amor lentamente, com um clima romântico e nada tão rápido e violento, aquilo estava me excitando e percebi que ela e excitava também, seus dedos abriam meu cinto e abaixavam minha calça, eu arrancava seu vestido e arrebentava sua lingerie com fúria, tomando um certo cuidado para não machuca-la, primeiro o sutiã, travei minhas mãos no tecido entre seus seios e o arrebentei, ela gemia alto, mordia meu pescoço, rasgava minhas costas com suas unhas, arranquei sua calcinha, rasgando apenas uma lado da bela peça negra que cobria a sua nudez, ela me masturbava com rapidez, nossos corpos se atracavam, um certo magnetismo fazia ficarmos presos um ao outro, o suor pingava em bicas, suguei seus seios, mordisquei seus mamilos, abraçando com força, as roupas se encontravam em trapos irreconhecíveis pelo chão, não tivemos ao menos o cuidado de fechar a porta, que escancarada nos deixava a mercê de qualquer passante.
A penetrei, a sua coxa na altura da minha cintura, seu sexo me engolindo em movimentos vorazes, o prazer emanava de nossos corpos, ela gritava e me apertava contra si, continuava a me morder, suspendi seu corpo, suas pernas me prenderem, seu peso suspense entre eu e a parede, que se encontrava encharcada. Abracei-a, prendi seu corpo ainda mais ao meu, dei alguns passos e encontrei a porta, fechei-a com minhas costas, bateu violentamente, virei-me e na parede, beijei sua boca, mordi se lábios, orelha, pescoço, sentindo seu pelos ouriçarem, suas pernas se desprenderam atrás de mim e deslizavam por minhas pernas, seu sexo já não mais me engolia, sua boca na altura do meu abdômen descia cada vez mais, passou a masturbar-me enquanto mordia minhas coxas, sua língua tocou minha carne, desfilou por toda extensão, seus lábios tocaram minha glande, encostei a testa na porta e agucei os sentidos, o olfato sentia o cheiro do sexo que saia de nossos corpos, em meu paladar o gosto doce de sua boca, meu tato sentia cada toque seu, seus lábios roçando em mim e me fazendo arrepiar, apertei levemente seus cabelos e derramei minha paixão, a sua língua ainda passeava por mim, eu arfava sentindo sua boca deslizar por meu membro que adormecia aos poucos...
Passos soavam pelo corredor, batidas na porta, procurei algo para vestir e tratei de atender a visita inesperada e bastante indesejada.