Marisa tem 39 anos cheios de vida. É uma mulher de corpo inteiro, busto torneado, escultural e longos cabelos negros, sempre irrepreensivelmente penteados. Tem uma face de princesa, que trata sem exagero de maquilhagem, onde sobressaem dois olhos grandes, dum verde felino, e uma boca rasgada, cujos lábios apetece beijar sem pedir licença.
Depois de um casamento fracassado de dez anos, sem filhos, Marisa optou por viver a vida, sem constrangimentos de liberdade, sem obrigação de prestar contas a ninguém, sem deveres de esposa. O divórcio, litigioso, aconteceu quando Marisa descobriu que Marcelo, seu marido, lhe era infiel com mulheres da vida nocturna, justificando-se durante anos com a necessidade de viajar devido ao trabalho. Se tal era verdade, só o era em parte, pois, como veio a descobrir por acaso, Marcelo nem sempre viajava, como dizia. Sofreu um choque, mas recuperou com vontade férrea de não voltar a cometer o mesmo erro e quando obteve o divórcio festejou no silêncio do apartamento que obteve no acordo de separação, embebedando-se como nunca antes acontecera.
Daí por diante, fez a sua vida de todos os dias, no ritmo vibrante do trabalho, numa empresa onde era Assistente Administrativa. Acedeu a viver aventuras de ocasião e tirou de cada uma delas um saldo sempre positivo, pois vivia o sexo como uma autêntica mercenária, tirando dele todo o partido possível. Nos momentos de solidão, aprendeu a viver com o seu corpo, numa sintonia perfeita, dando-se completamente em noites de desconforme luxúria. Passou a escrever, como se de um diário se tratasse, as suas aventuras sexuais intimas e unipessoais e decidiu passar a falar do sexo com as colegas e amigas, como uma forma de autoconhecimento e de descoberta das fantasias escondidas de cada um dos seres que a rodeavam. Chegou a pensar numa forma de entrar no circuito sexual, prestando-se a vender o corpo e o prazer que podia dar, apenas a troco da aventura da descoberta do lado mais escondido dos seus amantes de ocasião, fossem eles homens, mulheres ou casais. Mas acabou por desistir, pois concluiu que chegar a tal situação acabaria por tornar-se numa quase obrigação e ela, definitivamente não queria mais sujeitar-se aos ditames de ninguém.
Lia muito, via muito teatro e cinema, dava-se ao luxo de jantar fora todos os fins-de-semana e passeava de Norte a Sul, conduzindo o seu velho VW Polo.
Um dia apeteceu-lhe ter um animal de estimação e, em conversa com uma colega de trabalho, tomou conhecimento de que no canil municipal da sua cidade de residência, era possível escolher um cão abandonado e adoptá-lo.
Tomou a iniciativa de ir visitar o canil e à saída trazia consigo um cãozito muito meigo, de cerca de três meses, que apelidou de Mustang, apesar do seu ar franzino e do seu porte pouco desenvolvido. Era preto, de raça indefinida, com as patas brancas e uma mancha igualmente branca na barriga. Como pessoa bem formada, comprou-lhe todos os acessórios necessários, nomeadamente uma alcofa para dormir, recipientes para água e comida, uma trela, shampoo, escova, etc. e foi com ele ao veterinário, mantendo em dia as vacinas e as demais obrigações quanto à sua higiene e saúde.
O tempo passou e Mustang passou a acompanhar a dona para todo o lado, nas viagens e passeios que ela fazia, tornando-se inseparáveis, excepto nos dias de trabalho.
Três anos depois, Mustang era já um cão adulto, de pelo sedoso e porte altivo, mas sempre muito meigo e brincalhão. Marisa saía com ele todos os dias antes de ir para o trabalho e quando voltava, dando com ele um passeio que pretendia, além de permitir que fizesse as necessidades fisiológicas, dar-lhe alguma possibilidade de correr e brincar livremente, para que se mantivesse saudável e feliz. Mustang vivia esses momentos com muita vivacidade e tornava-se uma companhia quase ao nível dos melhores amigos humanos.
Um dia à tarde, quase noite, pelo mês de Setembro, Marisa saiu com Mustang e foram, sem pressas, dar uma volta junto ao rio, saboreando o fim do dia e o por do sol. As tardes já refrescavam um pouco, mas sabia bem sentir a brisa fresca que vinha do rio.
Marisa sentou-se num banco enquanto Mustang se divertia correndo por ali, e absorta lia um livro sobre o comportamento humano. Tão embrenhada estava na leitura que não deu pelo afastamento de Mustang. Quando se apercebeu da sua ausência olhou em redor e, não o vendo, chamou por ele. Mustang não respondeu ao chamamento e não apareceu como era costume. Marisa inquietou-se e levantando-se foi à sua procura.
Percorreu uma centena de metros e, de repente, viu o seu cão ao longe, junto a uns arbustos. Correu na sua direcção e, quando se preparava para chamá-lo, parou sem palavras a olhar a cena que se lhe apresentava.
Mustang havia crescido e desenvolvido a sua capacidade de animal adulto. E ali estava ele, pleno de força e vigor, a responder ao seu instinto, quando a oportunidade se lhe ofereceu.
Marisa sabia que mais tarde ou mais cedo isso aconteceria, mas parecia não querer acreditar que estava a acontecer agora, ali, Ã sua frente e sem que ela pudesse ter feito fosse o que fosse para o evitar. Mustang estava em cima de uma cadela, fornicando a sua greta com estocadas sem fim, arfando e salivando, de língua de fora, sobre a cabeça da bicha, que deliciada e totalmente entregue permanecia imóvel, com um olhar submisso, aceitando a verga dura e inchada do macho que a possuía com afinco. Marisa recuou, mas não conseguiu deixar de olhar uma e outra vez para a cena que se desenrolava a seu lado. Outros cães estavam por ali, rondando, na esperança de conseguir o seu quinhão de sexo, mas só Mustang havia atingido os seus intentos. A imagem, como um filme, prolongou-se por seis ou sete minutos, embora, decorridos breves segundos, Mustang, satisfeito, tivesse descido do dorso da cadela, continuava engatado nela, deixando ver o seu grosso e duro cacete, cuja bola inchada permanecia no interior da vulva vermelha e escaldante da fêmea.
Marisa esperou impaciente que o tempo decorresse e o caralho de Mustang abrandasse a tesão e se pudesse soltar daquela greta canina, para poder voltar para casa.
No seu cérebro uma nuvem de imagens revoava, sem descanso, enquanto esperava. Estranhamente (ou talvez não) sentia a sua rata húmida, quente, gelatinosa, ao ponto de sentir uma escorrência encharcar as suas cuecas grenat. Os mamilos tinham ficado duros enquanto via o seu amigo de quatro patas montado naquela cadela, despudorada e freneticamente, socando com força aquela vara gorda e rosada na gruta quente e macia da bicha. Apetecia-lhe masturbar-se e descarregar o vulcão de lava que se acumulava nas suas entranhas.
Nunca antes sentira um tal sentimento, uma tal sensação de excitação e tesão, ao ver um animal possuir outro. Porquê agora? Por ser o seu Mustang? Que queria esta estranha sensação dizer?
Quando Mustang saiu da cadela, veio ligeiro ter com a dona que o esperava e, feliz, lambeu-lhe a mão que se esticava para ele. De seguida deitou-se no chão e foi lamber os restos dos sumos vaginais e do seu próprio leite que ainda se conservavam no cacete agora recolhido e saciado.
Marisa sentiu um arrepio descer a espinha dorsal e ir alojar-se no fundo mais fundo da sua cona escaldante. Aquela imagem deixou-a de cabeça perdida, turvada, totalmente zonza, sentindo as forças faltarem-lhe e as pernas bambolearem.
Ainda assim levantou-se e chamou Mustang que a seguiu de pronto, abanando o rabo e pulando de contente.
Chegada a casa, Marisa foi à casa de banho e olhou-se no espelho como se procurasse um qualquer sinal que lhe indicasse as respostas às perguntas que lhe bailavam na cabeça. Abriu a torneira do bidé e deixou a água correr. Tirou as calças de ganga que usava e despiu as cuecas encharcadas dos seus sumos vaginais, que levou ao nariz para sentir o odor de profunda tesão que delas emanava, e sentou-se, de pernas abertas no bidé, preparando-se para lavar a sua rata semi depilada e abundantemente lambuzada. Não resistiu e massajou o seu grelo inchado, metendo, de quando em vez, um ou dois dedos na sua greta escaldante, enquanto revia em pensamento o grosso ferramental de Mustang possuir a cona lancinante da cadela da beira rio.
A sessão masturbatória durou dois breves minutos. Marisa veio-se num ápice, gemendo como louca, gritando desvairada, grunhindo enquanto seus dedos cutucavam o grelo e se afundavam na coninha gulosa e entesoada, que explodiu sumos quentes e leitosos. À porta do WC Mustang uivava um uivo suave, como se perguntasse: está tudo bem?
Marisa lavou-se então demoradamente, massajando a sua greta rosada e saciada. Levantou-se vestiu a camisa de dormir de alças, sem cuecas, e foi até à sala onde Mustang a recebeu com alegria. Sentou-se um pouco e descansou. Apesar de se sentir satisfeita, as imagens de Mustang e da cadela desconhecida, continuavam a inundar o seu espírito. Daí a pouco levantou-se e foi até à cozinha onde deu início à preparação do jantar. Mustang foi deitar-se no seu cesto e adormeceu até que a dona o chamou para jantar a sua ração.
Eram 20h30 quando Marisa deu o trabalho de arrumar a cozinha por findo e foi sentar-se no sofá da sala assistindo à televisão. Continuava apenas com a camisa de dormir no corpo e sem cuecas. Sentia-se nua e queria continuar assim, pois era uma sensação boa, de liberdade.
(continua)