PUNHETA E POESIA NOS TEMPOS DA ESCOLA

Um conto erótico de Seu Saraiva
Categoria: Heterossexual
Contém 1152 palavras
Data: 24/02/2007 20:13:53
Assuntos: Heterossexual

Ah! Mari Laura... Faz muito tempo, tinha catorze anos na época e estava definhando por causa da punheta. Mari Laura era a musa da vez. Estudávamos na mesma classe, sendo que ela era mais velha e ostentava um corpo de mulher. Seios grandes, quadril arredondado e lábios enlouquecedores. Pensava em mil maneiras diferentes de comer Mari Laura e em cada novo pensamento você já sabe... era pela manhã, pela tarde e sem faltar à noite. No final do dia os jatos nem tinham mais força para sair, tamanha era a tara que eu tinha por minha colega.

Em uma monótona aula de Geografia resolvi descobrir meus dotes literários e fiz um poema erótico para Mari Laura. Erótico era eufemismo. O poema era pura putaria mesmo. A imaginação corria solta. Após contemplar minha obra finalizada comecei a prever o futuro. Manchete dos principais jornais do Brasil: “Adolescente superdotado da literatura surpreende o mundo”, “Brilhantismo de aluno alavanca vendas de livros”, “Poeta mirim concorre ao Nobel da literatura”, “Explosão de vendas dos livros de poesia”. Sonhava com o sucesso inerente da minha descoberta. E eu nem sabia que tinha tanto talento. Podia prever muitas mulheres, carros, mulheres, fama, mulheres, dinheiro e mulheres. Não precisaria mais me punhetar o dia todo graças a uma poesia... Claro que muitas viriam após.

A hora do recreio chegou e saí com a cabeça erguida da sala. Meus colegas, coitados, pobres mortais. Não dizem que os grandes escritores são imortais? Pois então alcancei a imortalidade. Passei todo o recreio viajando literariamente na maionese. O sinal tocou e voltei para a sala. Procurei minha obra prima para mais uma vez contemplá-la. No caderno, na pasta, no chão, na mesa do vizinho... O desespero começou a bater quando avistei minha folha. Três filas à direita em diagonal, minha poesia descansava nas mãos de Mari Laura. Seus olhos faiscavam de raiva. Até hoje não sei como aquela porra foi parar lá. Colegas meus? Dela? Ela mesma? O fato é que fui descuidado e provavelmente deixei minha arte dando sopa em cima da mesa. Algum filho da puta viu e foi entregar.

Estava frito! O colégio era de freiras e certamente Mari Laura iria me delatar. Expulsão, perda da bolsa, uma surra daquelas em casa e sei lá mais o quê. Podia adivinhar as manchetes nos principais jornais do Brasil: “Adolescente depravado coloca em xeque a educação no Brasil”, “Estudante ridiculariza tradicional instituição de ensino”, “Descoberta nova doença mental em escola do Rio Grande do Sul”, “Escândalo na escola: além de não ter conteúdo a poesia continha erros de Português”.

O turno acabou e fui para casa completamente apavorado. Não consegui dormir e a única solução foi bater mais uma, pensei em Mari Laura lendo meu poema e tirando a roupa, bem o resto você já sabe...

No dia seguinte para minha surpresa não teve aula para minha turma. Os meninos foram levados para uma sala e as meninas para outra. A minha poesia estava na mão do Professor Israel que além de dar aula de História também era membro do serviço de orientação educacional, ou algo que o valha. Ele queria saber quem foi que tinha escrito aquela merda. Evidente que eu não era bobo, bem pelo menos não tão bobo, e sabia que ele sabia que era eu o autor. Fiquei firme e não me entreguei. Todos meus colegas ficaram petrificados e ninguém me dedurou. Não tinha idéia o que se passava com as meninas, mas estava muito apavorado para querer saber. Ameaças foram ditas e as mais variadas penalidades passaram por nossos ouvidos. Agüentamos assim até a salvadora hora do recreio.

Quando fomos dispensados para o intervalo é lógico que todos os meninos se reuniram para um conselho de guerra. A turma estava dividida. Metade queria que eu me entregasse a outra metade achava que eu deveria manter a minha posição de quem não sabe nada.

Voltamos para o massacre, o professor continuava com seu joguinho psicológico e uma hora antes da saída foi dado o ultimato. Se não houvesse uma indicação de culpabilidade todos iriam sofrem as conseqüências. E saiu da sala. Como você deve adivinhar a metade que achava que eu deveria manter minha posição mudou de idéia e agora todos pressionavam para que eu me entregasse. Quando o mestre voltou eu me entreguei. Os outros alunos foram dispensados e o professor olhou fundo nos meus olhos e falou que sabia que era eu. Filho da puta, pensei. Para que essa porra toda então! Para minha surpresa fui dispensado logo em seguida. Tentei em vão levar minha obra, mas ela ficou confiscada pela inquisição escolar. Os dias passaram monotonamente até que meus pais foram chamados para uma reunião. Novamente os pensamentos de tortura me assombraram. A merda foi jogada no ventilador. Minha mãe leu a poesia. Porra minha mãe leu que eu queria meter em tudo que era buraco da minha colega. E agora?

Que coisas foram debatidas nas reuniões do conselho de classe eu nunca fiquei sabendo, mas não fui expulso, não perdi minha bolsa e nem levei suspensão. Minha mãe ficou indignada comigo até o final do ano e meu pai só queria saber se a colega era boa mesmo. Meu pai foi legal, porém tive que prometer que nunca mais iria escrever poesias ou qualquer outra coisa que tivesse sacanagem. Minha carreira literária recém tinha começado e já estava finalizada.

A vida continuou e a conseqüência imediata do meu ato foi que a escola iniciou uma disciplina de educação sexual (acho que foi constatada que a culpa não era só minha) Evidente que eu fui “convidado” a assistir todas as aulas. Esta aventura literária quase me custou caro. O que mais me magoou foi que nunca mais recuperei o original.

E lá corria a aula de educação sexual ministrada pela irmã Apolônia: “Meninos têm pênis, meninas têm vagina”. Porra! Queria o quê? Fiz por merecer.

Quase ia me esquecendo: Mari Laura veio falar comigo depois de toda essa maratona ter finalizado. Naturalmente ela me xingou, descarregou um amontoado de impropérios, mas a última frase eu nunca mais vou esquecer na vida: “Vou dizer uma coisa, mas vê se não fica convencido: continuo te achando bonitinho”.

Mari Laura estava de quatro. Minhas mãos agarravam sua cintura minúscula enquanto eu dava estocadas sem parar. Ela gemia e este som me alucinava cada vez mais. Sua cabeça balançava freneticamente deixando os cabelos crespos dançarem no ar. Enfiava com força, a entrada e saída de ar faziam barulhos desconexos, aumentei a velocidade e a força. A bunda de Mari Laura encaixava perfeitamente no meu corpo. Cravei minhas mãos nelas, abri as nádegas para visualizar melhor o meu cacete na penetração. Tirei da frente e botei atrás, com violência, com raiva...

Então acordo... Que porra do caralho!!!!!! Tinha que acordar logo agora? Estava todo suado e com o pau duríssimo. Peguei-o com vontade e... Bem o resto você já sabe.

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Comentários

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Verry good! Adoraria ler esse poema!

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Como sempre vc arrasando!!!

A-DO-REI....rsrsrs

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