Se você está esperando ler uma história mentirosa em que eu me atribuo um pênis de 23cm por 8cm de diâmetro, e que fiz sexo com uma mulher, gozei 6 vezes e ela 10, e que deflorei o ânus dela e ela gozou desesperadamente, pode parar de ler. Essas coisas só existem na fantasia das pessoas. A vida real é diferente. O que você vai ler aconteceu, embora eu tenha alterado os nomes das pessoas e alguns detalhes, para impossibilitar o reconhecimento.
Este caso se passou há vários anos. Fui transferido para Belém (PA) pela empresa onde trabalhava. Após 1 mês morando em hotel, em abril mudei-me para a casa do chefe do Departamento de Pessoal, Ulisses, que receberia uma remuneração para isso por parte da empresa. Era uma casa espaçosa e com grande terreno. Nela moravam Ulisses com sua esposa Jussara, seus dois filhos pequenos, 3 irmãos, 3 irmãs, os pais e uma prima com certo grau de debilidade mental. Todos dormiam em redes. Para mim foi reservada uma cama de solteiro no quarto dos dois irmãos mais velhos de Ulisses.
Jussara, esposa de Ulisses, era natural de Rondônia e filha de índios. Exceto pela cor morena, em tudo e por tudo parecia japonesa: olhos bastante rasgados e negros, rosto e nariz achatados, cabelos nigérrimos e lisos chegando à cintura, baixa estatura, seios pequenos. Como toda índia, não era bonita pelos nossos padrões de beleza. Índias de pele lisa, seios durinhos e beleza deslumbrante como Camila Pitanga só existem em filmes. Apesar disso, Jussara me chamou a atenção pela sua feminilidade e por algo mais que não consigo descrever. Um hábito dela também me fazia rir: passava horas penteando os cabelos, puxando-os com o pente, da raiz até o fim deles, na cintura. Nessas horas, parecia estar com o pensamento longe, sonhadora. Ulisses troçava dela por causa disso.
Durante os meses que se seguiram, convivi na família. Jussara me tratava com cortesia mas sem intimidades. Ulisses e eu nos dávamos muito bem. Conversávamos muito na varanda da casa, fugindo do calor belenense. Ele era muito calmo e bastante culto.
No Natal, eu e Ulisses estávamos na tal varanda quando o pessoal iniciou os cumprimentos pela data. Quando Jussara me abraçou, senti um frisson. Era a primeira vez que experimentava isso por ela. Também era a primeira vez que sentia o contato do seu corpo e da sua pele. Nos dias seguintes, fiquei ansiando pela chegada do Ano Novo, quando haveria novo contato físico entre nós.
Na passagem do ano, novamente nos abraçamos em cumprimento. Apertei-a contra mim e, aproveitando que não havia ninguém por perto, mantive o abraço por mais tempo do que o normal. Ela ficou quietinha e pareceu retribuir. Senti seus seios pequenos encostados no meu peito, seu corpo quente e mignon colado ao meu, seus braços em torno do meu pescoço. Encostei meu rosto no dela, demoradamente, e beijei-a no pescoço, abaixo da orelha. Ela se assustou e se desvencilhou. Havia ficado tão perturbada que quando retornou para dentro de casa chegou a trombar com o portal. Temi que ela me censurasse ou contasse o fato para o marido, mas isso não aconteceu.
Nos dias que se seguiram, trocamos olhares silenciosos e cúmplices. Mas mantivemos distância um do outro.
Em meados de janeiro, parte da família resolveu passar um fim de semana na casa que tinham em Soure, na ilha de Marajó. Na época, era uma viagem de 5 horas de navio. Ulisses ficara em Belém porque a empresa havia demitido muitos funcionários e ele tinha de providenciar a papelada e calcular a rescisão de todos. Não havia computadores naquela época. O trabalho era todo manual. Assim, Jussara havia ido com os filhos mas sem o marido.
Chegando em Soure, o pessoal resolveu partir para uma festa que havia na cidade, com barraquinhas e tudo o mais. Como não sou fã de festas, aleguei enjôo por causa do navio e fiquei na casa, juntamente com Jussara, seus dois filhos e os pais de Ulisses. Às 22h o gerador da cidade foi desligado e a iluminação na casa passou a ser feita por lampião. Os filhos e os sogros de Jussara foram dormir nas redes instaladas no único quarto da casa. Eu me acomodara no chão da cozinha, porque não estava acostumado a dormir em rede. Estava de short e camiseta. Um lampião espalhava uma luz mortiça pelo ambiente.
Algum tempo depois, Jussara entrou na cozinha, para beber água. Quando passou sobre mim, deitado no chão, sorrimos um para o outro. Levantei-me, a pretexto de também saciar a sede. Peguei o copo dela e segurei ao mesmo tempo sua mão. Ela se voltou para mim. Retirei o copo de sua mão, pousei-o em cima da pia e olhei-a nos olhos. De repente, nos atiramos nos braços um do outro. Mas corríamos perigo ali. Automaticamente, fomos para o gramado atrás da casa. O céu estava coalhado de estrelas e soprava uma leve brisa. As silhuetas das centenárias mangueiras da rua se recortavam contra o fundo de estrelas equatoriais. A sinfonia de grilos, pássaros amazônicos noturnos e outros animais servia de fundo sonoro. Só a Natureza falava. Não se ouviam sons humanos.
Abracei-a e começamos a nos beijar ardentemente. Seus lábios eram carnudos e doces. Ela suspirava. Desabotoei seu vestido e deixei-o cair na grama, suavemente. Minhas mãos acariciavam sem cessar as suas costas, em movimentos circulares. Soltei seu sutiã, beijei-lhe os pequeninos seios e fui descendo ao longo de seu ventre, ajoelhando-me. Chegando à cintura, fui arriando sua calcinha, lentamente. A baixa luminosidade não me permitia ver seu sexo com nitidez. Apenas sentia a penugem que o cobria.
Uma vez nua, ela passou a me despir. Tirou minha camiseta e começou a beijar meu peito cabeludo. Ulisses não tinha cabelos no corpo, exceto alguns nas pernas. Já eu os tenho em excesso. Ela alisava os cabelos do meu peito. Depois, baixou meu short até meu pau surgir. O resto, baixei eu.
Colamo-nos um ao outro. Meu pau se encaixou entre suas pernas, tocando o seu monte de Vênus. Apesar da posição desconfortável, pois ela era mais baixa que eu, comecei a fazer lentos movimentos de vai e vem entre suas coxas, enquanto beijava-lhe a orelha, pescoço, olhos e lábios. Ela gemia baixinho. Não podíamos fazer barulho em virtude da proximidade dos filhos e sogros que dormiam dentro da casa. Não quis me afastar mais da casa, por medo do que poderia haver na grama. A Amazônia é pródiga em aranhas, formigas e cobras perigosas.
Procurei cobri-la de carinhos, pois este é meu jeito de ser. Preocupo-me muito em dar prazer à minha companheira, e Jussara acendera algo dentro de mim desde aquele abraço no final do ano. Na época eu era pouco experiente em termos de sexo e compensava isso com carinhos.
Ulisses também deveria ser tão carinhoso quanto eu, pois Jussara retribuía maravilhosamente a minhas carícias. Parecíamos estar em sincronia um com o outro. Estendi o vestido dela na grama e deitamo-nos (não sem um pouco de receio de minha parte, confesso - nunca se sabe onde há aranhas). Beijei-lhe o corpo todo e concentrei-me no seu sexo. Apesar da semi-escuridão, encontrei seu clitóris e massageei-o tanto com os dedos quanto com a língua. Em pouco tempo ela gozou, retesando as pernas, arqueando o corpo e gemendo mais alto.
Deitei-me de lado junto a ela e fiquei acariciando-lhe o rosto. Após algum tempo, ela se virou e começou a me acariciar e beijar o corpo, descendo lentamente até chegar ao meu pau. Aí colocou a glande na boca e iniciou um movimento circular com a língua, em torno dela, enquanto com as unhas arranhava de leve meu saco. Era uma loucura. Muitas vezes depois pedi a outras mulheres para me fazerem esse tipo de carinho, mas nenhuma delas conseguiu reproduzir o de Jussara. Seria uma técnica indígena? Não sei. Só sei que era indescritível. Mas eu não queria gozar em sua boca, e por isso pedia que ela parasse quando o gozo se aproximava. Então era a minha vez de beijar-lhe o clitóris, também parando nas vizinhanças do seu gozo. Ficamos assim, nos revezando, durante algum tempo. Poderíamos ter feito um 69, mas daquele jeito era melhor porque quem estava recebendo o carinho podia se concentrar totalmente no seu próprio prazer, sem desviar a atenção.
Quando já não agüentávamos mais, virei-me sobre ela e comecei a esfregar meu corpo sobre o seu, especialmente meu peito cabeludo sobre o ventre e seios dela. Ela vibrou com isso, pois não conhecia tal tipo de carinho. Finalmente, penetrei lenta e cuidadosamente sua vagina, que estava completamente viscosa. Cada vez que meu pau estava totalmente dentro dela e nossas púbis encostadas, eu me esfregava nela, de forma a massagear-lhe o clitóris com meu corpo. Então, retirava lentamente o pau, até quase sair. Recomeçava a penetração e repetia a massagem no clitóris. Esse tipo de carinho fez com que ela gozasse violentamente, arranhando-me dolorosamente as costas com as unhas e esmagando-me contra si com as pernas, e eu tive de tapar-lhe a boca com minhas mãos para não acordar o pessoal. Ela ficou arfante, sem ar.
Demos um descanso. Eu já não agüentava mais, porém queria gozar junto com ela. Assim, quando ela se recuperou, recomeçamos. Quando o gozo mútuo se aproximou, apertamo-nos fortemente e novamente tive de tapar-lhe a boca. A cena se repetiu. Meu pau parecia estar se derretendo, não só pelo líquido dela como pelo sêmen que saía aos borbotões.
Continuei deitado sobre ela, acariciando sua face e beijando-a carinhosamente. Ela estava de olhos fechados e respirava com certa dificuldade. De vez em quando abria os olhos, sorria e os fechava novamente.
Quando já estávamos nos recuperando, ouvimos tosses vindo da casa. Levamos um susto. Ela cobriu apressadamente o corpo com o vestido, eu vesti o short ao contrário (que mico!!) e debandamos para dentro da casa. A tosse continuava. Ela ajeitou melhor o vestido, colocou a calcinha, amassou o sutiã dentro da mão e entrou no quarto onde estavam as redes dos sogros e dos filhos. Eu deitei no chão, cinicamente. Ouvi a sogra perguntar onde ela tinha ido. Ela respondeu que tinha ido beber água.
Nossa noite de amor estava encerrada. Não tivemos mais coragem de tentar.
No dia seguinte fomos à praia. Eu não pude tirar a camiseta porque minhas costas estavam lanhadas das unhas dela. Mais outro mico: um carioca na praia, de camiseta.
No final do dia, voltamos a Belém. A maior parte da viagem foi feita à noite. Muitas pessoas dormiam nas redes penduradas na coberta do navio. Eu e ela, mais de uma vez, nos aproximamos da amurada e, fingindo conversarmos, colocávamos nossas mãos juntas, sobre a amurada. Mas não podíamos permanecer muito tempo assim, para não chamar a atenção do pessoal com quem estávamos e que andava a esmo pelo navio ou descansava nas redes. A cerca de 2 horas de Belém, já se avistava no horizonte do céu estrelado a cúpula de luz urbana que anunciava a posição e a proximidade da cidade. Era uma visão maravilhosa. Eu e ela a apreciávamos sempre que podíamos estar juntos. Mas confesso que me doía o coração, pois aquela luz significava que nós teríamos de voltar a ficar distantes um do outro.
Foi o que aconteceu. Em Belém, sentíamos um desejo imenso de estar juntos, mesmo que fosse apenas para trocarmos carinhos. Mas como fazer isso numa casa onde residiam seu marido, seus filhos e mais 9 pessoas? E não havia como nos encontrarmos fora de casa, pois eu trabalhava junto com o seu marido e um dos seus cunhados, e eu ia e voltava com eles na caminhonete da empresa.
Dias depois, aproveitando que estávamos na cozinha só eu, ela e a prima de Ulisses, que conforme citei apresentava debilidade mental, perguntei a Jussara se ela gostaria de voltar para o Rio de Janeiro comigo. Era uma pergunta idiota, pois eu já sabia que ela negaria. Afinal, tinha dois filhos pequenos. A resposta foi a que eu já pressupunha. De repente, a sogra dela entrou na cozinha. A prima contou o que ouvira. Fiquei gelado. Mas, felizmente, a mãe de Ulisses não acreditou e fez troça do caso.
No fim de semana seguinte, à mesa do almoço, com toda a família reunida, a prima novamente contou o que ouvira. Gelei novamente. Ulisses estava a meu lado, com o filho menor sentado no colo. Jussara baixou os olhos e sorriu sem graça. Felizmente Ulisses interpretou como brincadeira o que a prima dissera e falou para o filho: "Pode levar essa mãe chata, sim!". A mãe dele deve ter pressentido que o fato era verdadeiro, pois a prima o havia repetido, e desviou rapidamente o assunto. Respirei aliviado.
No início de fevereiro, chegou um telegrama do Exército me ameaçando de prisão se eu não me apresentasse no então Ministério da Guerra, no Rio de Janeiro. Eu tinha de cumprir um estágio e até então conseguira fugir disso. Mas agora não dava mais.
A despedida foi dolorosa. Eu vivera 11 meses naquela casa, num ambiente de amor e carinho mútuos. Estava apaixonado por Jussara e sentia enorme estima por Ulisses. Na antevéspera de meu retorno, ele me convidou para sairmos, só nós dois. Pensei que ele havia descoberto o caso e me daria uma lição de moral. Mas não era nada disso. Ele apenas queria quebrar a tristeza que tomava conta de nós todos.
A última noite, passei num alojamento do acampamento da empresa, porque iria pegar o ônibus às 5h da manhã. Quase não dormi. Chorava desesperadamente.
Voltei para o Rio. Nas semanas seguintes, volta e meia me pegava chorando.
Cerca de 1 mês depois, recebi correspondência de lá, contendo duas fotos. Numa delas, Jussara estava posando com os filhos e o marido, sentados na sala da casa. O texto trazia uma mensagem de carinho. Tenho até hoje essa foto.
Nunca mais soube dela. Em 2003 voltei a Belém e fui até aquela casa onde passei um dos melhores períodos da minha vida. Foi difícil localizá-la porque o bairro estava completamente diferente e a rua havia mudado de nome. A casa estava abandonada e quase em ruínas. Os vizinhos disseram que conheciam a família que lá residira mas que eles haviam se mudado e não tinham deixado o novo endereço. Procurei na lista telefônica, mas também não localizei ninguém. Talvez tenha sido melhor.