Meu nome é Larissa e tenho, hoje, vinte e cinco anos. O fato que vou contar aconteceu quando eu tinha dezessete para dezoito anos.
Me considero uma mulher atraente, pois aprendi a valorizar o que tenho e a me conhecer. Tenho estatura mediana, cabelos cor-de-mel, olhos escuros. Gosto dos meus seios que são redondos, os bicos bem pequenininhos. O restante é bem distribuído, sem exageros.
Fui criada por minha mãe, que é muito religiosa, de forma muito rígida. A falta de liberdade e todas as proibições sempre me incomodaram. Meus pais se separaram quando eu era muito pequena e mamãe cortou totalmente os laços com o meu pai; ela ficou traumatizada com o casamento e tinha horror a homens. Dessa forma, tudo que se relacionasse a esse assunto era proibido; não se falava e qualquer pensamento era pecado, dizia mamãe. Ela me vigiava muito. Mas não podia vigiar nem o que minhas colegas me falavam e, nem tampouco, a minha cabeça. E a minha imaginação sempre foi muito fértil...
De noite, na cama, eu imaginava mil e uma coisas. Atores da televisão com quem eu iria pra cama, seus corpos. Eu me masturbava pensando nisso. Mas aí, a idéia de pecado e o meu total desconhecimento não me deixavam ir além. Com homens de carne e osso, eu nem chegava perto.
As meninas do colégio sabiam muito mais do que eu imaginava sobre sexo e riam da minha total ingenuidade. Eu ficava vermelha nas aulas de biologia quando via o corpo de um homem nu!
Um dia, para brincarem comigo, minhas colegas levaram para a aula uma daquelas revistinhas pornográficas com fotos de mulheres nuas e cenas de sexo. Nossa! Eu nem sequer podia imaginar aquilo. Via a cara daquelas mulheres eram lindas os homens eram incríveis. Isso pra não falar nos...paus enoormes! Ficava roxa de olhar.
Durante a aula, não pude ver a revista direito, havia sempre professor em sala e a bagunça. No final da aula, rindo, as meninas me deixaram levar a revista para casa. À tarde, trancada no quarto, me deliciei vendo as fotos. O telefone tocou e fui atender na sala, esquecendo a revista no quarto, à vista de quem entrasse no quarto. E isso aconteceu: quando voltei minha mãe, furiosa, gritava. Ela era uma mulher forte, me deu uma surra que nunca imaginei e fiquei bastante tempo de castigo. Mamãe chegou ao limite de pedir ao padre que rezasse pela minha alma. Odiei-a por ter feito tudo isso comigo e passei a não suportar aquela vida, a beatice. Fiquei muito revoltada e resolvi que logo eu pudesse iria embora. Eu queria saber quem era o meu pai.
Alguns meses depois, não sem muita briga, disse à minha mãe quais eram os meus planos e que eu queria conhecer o meu pai, de quem ela havia me separado. Muito a contragosto ela me deu o endereço e telefone. Mamãe também me fez mil advertências e disse que rezaria para que eu não me perdesse em pecado. Se ela soubesse...
Meu pai, Sérgio, morava em São Paulo e trabalhava já bastante tempo como fotógrafo. Ele, ao contrário de minha mãe, tem uma cabeça liberal. Ele me convidou para que ficasse em sua casa por quanto tempo eu quisesse. Papai é divorciado e mora sozinho. Ficamos amigos rapidamente e eu me encantava com a alegria e jovialidade daquele homem que até então era um desconhecido pra mim. Ele me incentivou a descobrir coisas novas; saíamos juntos e eu ia conhecendo toda uma vida. Festas, roupas mais sensuais e instigantes que foram revelando uma Larissa que eu não conhecia.
Meu pai trabalhava, naquela época, para um estúdio. Eu arranjei trabalho lá também, como secretária; anotava recados, atendia telefones. Havia sempre muita gente por lá, pessoas bonitas, muito descoladas na minha visão.
O primeiro namorado que eu tive era modelo e participava de campanhas publicitárias cujas fotos eram feitas em nosso estúdio. Nilton era loiro, alto e tinha um corpo que fazia inveja. Ele era muito atencioso e eu estava empolgada com a história de ter um namorado. Por respeito ao meu pai, Nilton queria ir devagar e ser cuidadoso comigo, mas eu queria logo experimentar minha primeira vez. Essa foi uma grande decepção: meu namorado gastou algum tempo com beijos, mais um pouco para umas três carícias e pronto. O pau dele era pequeno, mas eu estava tão nervosa e fria que doeu muito.
Terminei o namoro duas semanas depois. Decidi que o melhor era apenas ficar, nada de compromisso. Saí com outros rapazes, mas não sentia nada além de tédio quando ia pra cama com eles. Porém, mesmo assim, eu sentia tesão quando via filmes e imaginava as cenas sozinhas. Quando apareceria um cara como aqueles em minha vida?!.
Um dia, encontrei em casa, entre as coisas do meu pai, revistas como a que as minhas colegas tinham me emprestado. Comecei a folhear distraidamente quando papai chegou. Pronto, pensei, estou frita! Mas nada disso aconteceu, ele me perguntou o que eu achava das fotos. Como?! Para minha surpresa, meu pai tinha feito aquelas fotos. Ele me explicou que conseguia um dinheiro extra e os donos do estúdio sempre cediam o estúdio para que ele fizesse as fotos. Ele me contou como era fazer aquelas fotos e todo o profissionalismo que envolvia. Não resisti e perguntei:
- Mas o senhor não sente nada?
- Éh, riu ele, morto eu não estou. Mas enquanto tiro as fotos, fotografo e pronto. Depois...
Fiquei encabulada, mas vi um lado do meu pai que jamais tinha imaginado. Me interessei muito por aquilo tudo e na primeira oportunidade que tive, quando meu pai fez um servicinho extra, fiquei espiando. Olhava para as cenas e ficava toda molhada. Sem que eu quisesse, meu pai me descobriu. Ele me deu uma piscadinha e sorriu do meu embaraço.
Em casa, comentamos o trabalho. Papai tratou com naturalidade tudo