Era noite de sábado, nem frio nem quente, nós lá, na festa na casa da minha amiga, formalmente apresentados numa roda de bate-papo. Beber, ela não bebia, mas ouvia e falava. Falava de si, falava de tudo, falava simpática.
Tinha bom gosto pra cheiros e roupas, e como cheirava bem aquela menina, que com os seus não mais do que 19 anos sabia se vestir e se perfumar como poucas.
Ludmila era seu nome, Ludmila luz que brilha - ela gostava do significado e eu também gostei - Ela dizia não saber a origem, mas mesmo assim gostava.
Também tinha bom gosto pra música, e eu também gostava.
Não era gorda nem magra, era bonita, fazia-se notar a presença e perceber o seu eu. Eu percebi e gostei.
Coloquei-me ao lado dela na roda de bate-papo, ora eu olhava, ora ela olhava. Senti que era aquele o momento, então de leve, toquei com o dorso da minha mão, no dorso da sua mão. Ela correspondeu, e assim ficamos alguns segundos, até que começarmos de leve a esfregar nossas mãos em posições diferentes. Dorso no dorso, palma no dorso, palma na palma, daí para rosto no rosto e boca na boca não demorou muito.
Nós nos gostamos e assim ficamos por um bom tempo.
Comecei a me imaginar sozinho com aquela menina - Ohh mente poluída a minha - eu me imaginava roçando meu corpo em seu corpo, sentindo seus outros cheiros e outros gostos, e por falar em gostos, que gosto gostoso tinha aquela boca, beijava-nos ora lento, ora rápido de forma a aproveitar o momento, sem desespero e com razão. Pensei em roçar o meu rosto nos seus peitos - e que peitos tinha aquela menina. Ensaiei passar a mão na sua bunda, que logo fui interrompido por sua mão - E que mãos ela tinha. Pensei mais... pensei em sentir aquelas mãos me tocando intimamente. Então pensei mais ainda, e pensei em convida-la... Bateu-me a dúvida: Convido ou não convido? Ou simplesmente arrasto? E aquilo foi me consumindo, e copo vai e copo vem, e beijo e abraço, e de repente no canto com menos luz e menos gente, roçando meu pinto que a esta hora, coitado, já dolorido de tanto tempo duro, roçando com roupa e tudo naquela menina, a razão foi se embora, e eu não me aguentei e perguntei:
-Passe esta noite comigo? ... Um longo silêncio se fez e com a voz quase irritada, um não ela respondeu, com cara de decepção, e aos poucos fugiu de mim... A esta altura já era tarde para mudar a frase para: Tome o café da manhã de amanhã comigo. Imagino que esta última teria fica melhor, mas a esta altura já era tarde, não adiantava mais chorar a frase falada, ela já havia ido.
Este fato acontecido em 2001, a mulher descrita foi vista no ano de 2009 trabalhando no mesmo lugar onde naquela época trabalhava, não estava tão bonita quanto antes, mas estava muito charmosa e bem vestida.
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