Gosto da palavra, trepar. De todas as palavras para designar o ato sexual, a melhor, sem dúvidas, é trepar. Não sei dizer o motivo, mas acho que deve ser pela sonoridade, ou por causa das traduções dos filmes americanos. Bom, o foco do texto é uma trepada que dei com uma vulva muito difícil de ser conquistada, que por sinal, era uma vulva apertadinha e gordinha, sabe daquelas que parecem uma pata de camelo? Dessas! Uma delícia.
Enfim, o fato é que estava já há algum tempo planejando comer essa vulva, porém a desgraçada vinha sempre com a ladainha de que tinha medo de mim, que eu a assustava e tal. Mas nossas conversas sempre desembocavam na sacanagem. Não sei porque insisti tanto tempo. Nos aproximamos porque não gosto de ninguém do meu trabalho, ela também não gosta de ninguém de lá, só por conta disso. Mas naquele dia ela me convidou pra puxar um fumo, eu ofereci meu kitinet e, com uma certa relutância, ela aceitou vir. Coloquei Los Hermanos para tocar, eu detesto, mas sempre funciona com vulvas que acham que sabem o que querem. Não deu outra, depois de umas risadas e voltas na conversa, cheguei onde queria, a sacanagem.
Mas a desgraçada não era fácil. Outra vez com aquela conversa mole que tinha medo de mim, que eu a assustava que eu ia com muita sede ao pote, que tinha medo que eu batesse nela e blá, blá, blá.
Não entendia aquele pavor que ela sentia de apanhar de mim, ela sempre dizia quando a gente transar não vai me bater, hein! Senão eu pego minhas coisas e vou embora. Eu com a paciência que o tesão me dava, sempre dizia, nunca bato na mulher na primeira trepada, ela não se sentia à vontade com essa palavra, vivia falando de sacanagem comigo, de suas trepadas com o namorado, mas não se sentia bem quando eu dizia trepar. Cada coisa que somos obrigados a aturar por uma vulva quentinha.
No ato, quando começou, pensei que seria uma trepada sem a menor graça. Uma coisa chocha, sem entusiasmo, sem tapas, pois ela me advertiu a esse respeito. Entretanto, com o passar do tempo ela foi se empolgando, a trepada foi tomando proporções, e a dúvida começou a me assolar. Dar, ou não dar um tapinha?
E mudávamos de posições e voltávamos pra anterior, e tentávamos outra e ela começou a puxar e a gemer, e gemia feito uma atriz pornô. E a dúvida: bater ou não bater? E começa a falar palavrão. Só um tapinha? Melhor não. Mete, mete, mete, vai gostoso, mete mais. Vou dar um tapa. Puxa meu cabelo! Me chama de puta. Vou bater, ela quer. Ela, então, começa a gritar, pede mais rapidez e eu indeciso se bato, ou não bato. Foi quando dei o primeiro tapa na bunda, achei estranho, porém, continuei. No segundo, olhei seu rosto e diminui o ritmo, ela gritava pra não parar. No terceiro tapa, dei mais umas três bombadas e ela gozou, gozou e relaxou-se toda. Virou as costas pra mim e disse: me abraça!
E eu pensando: dar, ou não dar um murro nessa vadia