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Memórias de uma exibida (parte 14) Um novo começo
Quando acordei, naquele dia, não fazia a menor idéia de onde estava. Estava em uma cama de casal, em um quarto escuro, com ar condicionado. No armário, que estava aberto, apenas roupas masculinas. Eu estava coberta por um lençol, vestindo apenas uma blusa de homem, sem nada por baixo. Ao me mover, senti uma dor nos joelhos, que estavam com curativos.
Minha primeira sensação foi de pânico, mas, aos poucos, fui lembrando do que havia acontecido na noite anterior.
Há vários meses, meu namoro com Betinho chegara ao fim. Nós tínhamos curtido muito, mas, restava pouca coisa em comum entre nós dois, além do sexo. Mesmo isso, estava começando a ficar monótono. Tanto era que nossos encontros ficavam mais raros e espaçados. Ele deixara de assistir aula à noite, e já não estudávamos juntos. No dia em que resolvi colocar as coisas a limpo, chegamos à conclusão de que deveríamos dar um tempo. O primeiro homem da minha vida acabara de sair dela.
Ele curtiu abertamente esse novo status de solteiro, juntando-se a outros agroboys e mergulhando nas vaquejadas e outras festas do gênero. Eu, por outro lado, me voltei mais para as minhas amigas, saindo sempre em grupo, para baladas mais tranqüilas. Nesse período, cheguei a sair com outros rapazes, fui para a cama com alguns deles, mas, nada que pudesse considerar sério. A maioria deles era adepta da trepadinha coelho, aquela que vai ser bom, não foi?.
Uma vez, as meninas me convenceram a ir a uma grande festa de São João que iria acontecer em uma cidade próxima. Entre as milhares de pessoas que estavam lá, tinha que estar Betinho, ostentando a sua namorada nova, uma garota fresquinha que conhecera na faculdade. Eu nem estava me importando muito com ele, pois achava que não existia mais nada entre nós, mas, ele fez questão de se mostrar, beijando e apalpando a menina, sabendo que eu estaria olhando para eles.
Irritada, ao contrário dos meus hábitos, descontei na bebida, e tomei umas cinco caipiroscas, uma atrás da outra. Eu estava com duas amigas, e alguns rapazes estavam jogando conversa em cima da gente. Um deles, percebendo que eu estava meio altinha, tentou me beijar, e eu me esquivei. Meu equilíbrio já não estava essas coisas todas, e eu terminei tropeçando e caindo de joelhos no calçamento.
Quando as meninas tentaram me levantar, senti uma ânsia de vômito, e lá se foram as caipiroscas para fora, junto com o meu jantar. Eu não sabia onde me enfiar, pelo mico que estava pagando, ficando bêbada por causa de um idiota que não merecia, caindo feito uma tonta e vomitando tudo. Eu queria mais era ficar no chão e que todo mundo me esquecesse.
Foi nesse momento, literalmente no fundo do poço, que eu ouvi uma voz chamando o meu nome. Levantando a cabeça, me deparei com Eduardo, com um lenço na mão, limpando os restos de vômito do meu rosto. Já seria difícil encontrar alguém com um lenço por ali, mas, logo Eduardo, me ver naquela situação! Eu queria que o chão se abrisse, para eu me enterrar, de tanta vergonha.
Com muito jeito, ele me pegou pela cintura e levantou, dizendo que iria me levar em casa. Um dos boys quis saber se ele era meu pai ou o quê, para levá-la assim. Irritada, eu empurrei o carinha com a mão, e deixei que Du me levasse para fora dali.
Enquanto dirigia, Eduardo perguntou aonde era a minha casa, para deixar-me lá. Eu comecei a chorar, de vergonha, tristeza, raiva, sei mais o quê, e pedi para não ir para casa. Meus pais estavam viajando e eu não queria ficar sozinha, naquele estado. Sem dizer nada, Du foi para o seu apartamento.
Devo ter cochilado no trajeto, pois quando me dei conta, Du estava me chamando para sair do carro. Ele me ajudou a chegar até o apartamento, e disse que iria pegar uma toalha para que eu pudesse tomar um banho. Quando escutei a palavra banho, achei que seria a minha salvação, que um banho iria limpar a vergonha, a raiva, o vômito, Betinho, sua namorada esnobe e tudo mais. Entrei no box e liguei o chuveiro, de roupa e tudo.
Quando percebeu, Du veio me ajudar, dizendo que iria deixar a toalha ali e iria esperar eu terminar. Nesse instante, eu sentei no chão do box e recomecei a chorar, sei lá o porquê. Com a maior paciência, ele me levantou do chão, ajudou a tirar a minha blusa e a minissaia, que estavam ensopadas, e colocou-as de lado. Quando ele se virou, eu já tirara o sutiã e a calcinha, ficando completamente nua na sua frente.
Com a maior paciência, ele lavou os meus cabelos com xampu, passou sabonete no meu corpo, tendo cuidado ao passar no peito. Eu puxei a mão dele e passei na xoxota, que estava toda depilada, me sentindo bem que ele me visse nua, querendo que ele me achasse gostosa e atraente. Com cuidado, ele me ajudou a tirar o sabão, jogando a água com o chuveirinho e tirando a espuma com a outra mão. Desta vez, ele tocou os meus seios, a minha bunda, e com muito cuidado, a minha xoxota, evitando passar a mão na parte mais interna. Depois, ele me enxugou com a toalha, tendo cuidado com os joelhos, onde eu me ferira na queda.
Depois de enxuta, ele me vestiu com uma blusa sua, que quase chegava aos meus joelhos. Me fazendo sentar na cama, ele fez os curativos nos meus joelhos, como se lidasse com uma criança. Teve uma hora, quando ele passou um remédio, que ele abaixou para soprar, para não arder. Esse gesto me tocou tanto, que eu recomecei a chorar, silenciosamente. Ele me fez deitar na cama, dizendo que iria dormir no sofá.
Eu me deitei de barriga para baixo, abraçada com o travesseiro. Sabia que as minhas pernas estavam abertas e a blusa estava um pouco levantada. Na posição em que estava, minha xoxota e o cuzinho estavam totalmente à mostra, e eu queria que ele visse. Eu não teria me importado que ele dormisse ali, que me comesse, que fizesse o que quisesse. Mas, ele apenas me cobriu com um lençol e acariciou os meus cabelos, de modo que logo eu peguei no sono.
Ao acordar, pela manhã, minha cabeça ainda estava dolorida, mas, quase sem ressaca - pelo menos, a física! Acho que vomitar ajudou bastante. Saí do quarto, à procura de Du, encontrando-o dormindo no sofá da sala. Por um momento, eu fiquei ali, em pé, numa casa estranha, só de blusa, sem nada por baixo, curativos nos joelhos, imaginando o quão ridícula essa situação era. Du virou-se de lado, e pude perceber que estava com o pênis ereto dentro das calças do pijama. Estaria tendo um sonho erótico comigo, ou era só a bexiga cheia?
Eu me sentei ao seu lado, fazendo questão de encostar a bunda no seu pau. Isso fez com que ele acordasse e levantasse, meio embaraçado, escondendo um pouco a ereção.
- Oi, você está melhor? perguntou ele, esfregando os olhos.
- Estou ótima, só com uma baita fome. respondi, com uma risada.
Ele levantou, sentando no sofá. Eu fiquei de frente para ele, dobrando um pouco a perna. Sabia que devia estar aparecendo a xoxota, mas, me fiz de doida.
- Ei, - disse ele cuidado que você está sem calcinhas.
- É mesmo retruquei, me fingindo de surpresa e como foi que eu perdi as calças?
- Você estava de porre ontem, e quando vi, estava debaixo do chuveiro. Tive que tirar a sua roupa e dar banho em você.
- Ah, Du, se aproveitando de uma pobre donzela bêbada... Não sei como não estou com a bunda ardendo... disse eu, com uma risada.
- Bem, não aproveitei tanto quanto eu gostaria, mas, pelo menos deu para limpar a vista. disse ele, entrando no clima de brincadeira.
- Coitado de você, Du, além de eu ter atrapalhado a sua noite, a única mulher que você pega é uma amiga de porre.
- Pois é, e como você está sentando legal, dá pra ver que eu não abusei da sua honra. Sabe como é, cu de bebo não tem dono...
- Ah, devia ter aproveitado a chance, eu não iria me lembrar mesmo...
Continuamos naquele clima de sacanagem saudável, sentindo que havia, agora, uma intimidade maior do que jamais houvera, mesmo na noite em que ele me fotografara nua. De repente, eu percebi que o homem que eu procurara em Betinho estava bem ali, pertinho de mim, e eu não prestara atenção. Estava na hora de recuperar o tempo perdido.
Tomamos café juntos, ainda no clima de brincadeira. Eu já fazia os meus planos para colocar em prática o jogo de sedução. A velha exibida estava de novo em ação.