Telegrama Maldito

Um conto erótico de FredBB
Categoria: Heterossexual
Contém 535 palavras
Data: 05/07/2007 18:22:57
Assuntos: Heterossexual

Juvenal tava desempregado há meses.

Com a resistência que só os brasileiros tem, o Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista.

Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:

Qual foi seu último salário?

"Salário mínimo", respondeu Juvenal.

Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil dólares por mês!

Jura?

Que carro o Sr. tem?

Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um carrinho de mão!

Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW para sua esposa!

Tudo zero!

Jura?

O senhor viaja muito para o exterior?

O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte,visitar uns parentes ....

Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10 vezes por ano, para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc.

Jura?

E lhe digo mais... O emprego é quase seu.

Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido...

Se até amanhã (sexta-feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.

Juvenal saiu do escritório radiante.

Agora era só esperar até a meia-noite da sexta-feira e rezar para que não aparecesse nenhum maldito telegrama.

Sexta-feira mais feliz não poderia haver.

E Juvenal reuniu a família e contou as boas novas.

Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muita música.

Sexta de tarde já tinha um barril de choop aberto.

As 9 horas da noite a festa fervia.

A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta.

Dez horas, e amulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero.

A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pra perto do Juvenal.

E a banda tocava!

E o choop gelado rolava!

O povo dançava!

Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro.

Gastaria horrores para o bairro encher a pança.

Tudo por contado primeiro salário.

E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio boba, meio assustada.

Onze horas e cinqüenta e cinco minutos...

Vira na esquina buzinando feito louco uma motoca amarela...

Era do Correio!

A festa parou!

A banda calou!

A tuba engasgou!

Um bêbado arrotou!

Uma velha peidou!

Um cachorro uivou!

Meu Deus, e agora?

Quem pagaria a conta da festa?

Coitado do Juvenal!

Era a frase mais ouvida.

Jogaram água na churrasqueira!

O chopp esquentou!

A mulher do Juvenal desmaiou!

A motoca parou!

Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?

Si, si, sim, so, so, sou eu...

A multidão não resistiu...OOOOOHHHHHHHHHHH!

- Telegrama para o senhor...

Juvenal não acreditava...

Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou para todos.

Silêncio total.

Respirou fundo e abriu o telegrama.

Uma lágrima rolou, molhando o telegrama...

Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.

Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.

O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.

E agora?

Quem vai pagar essa festa toda?

Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...

Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal ecomeçou a gritar eufórico .

Mamãe morreeeeuuu!

Mamãe Morreeeeuuu!

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Comentários

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boa historinha mais esta no lugar certo, esse ak nao é um lugar de contos eroticos.

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