Fabiana levada - parte I

Um conto erótico de Fábio
Categoria: Heterossexual
Contém 7002 palavras
Data: 01/09/2007 15:16:50
Assuntos: Heterossexual

PRÓLOGO

O ônibus percorria aquela estrada asfaltada, costeada de muito verde, naquela tarde ensolarada de setembro. O bom estado do asfalto, e o pequeno tráfego de outros veículos, permitia ao motorista que pisasse com mais intensidade no acelerador. Lá dentro, poucos passageiros. Quinze ao todo. Uma criança que não parava de chorar. Um velho que tossia bastante e não parava de contar estórias ao companheiro do lado. Bem atrás, isolada, uma jovem, com ar melancólico, olhava a paisagem que passava pela janela. Mas seus pensamentos estavam longe dali. Lembrava do momento da partida, o abraço da mãe, da irmã mais nova, e de algumas colegas que foram se despedir dela. O pai estava viajando, e não pode estar lá para vê-la partir. Agora lá estava ela, dentro de um ônibus, indo para um lugar que nunca vira antes, num estado que não era o seu. O que lhe aguardava por lá? Não pode evitar a angustia desse dilema. Ela ficara muito feliz ao saber do resultado do concurso daquela banco federal que fizera. Ela fora umas aprovadas. Só que lhe sobrara uma vaga numa distante cidade fora do seu estado natal. Mas o desejo de recomeçar uma nova vida, de crescer, de ter um emprego permanente e consistente falara mais alto. Deixou tudo para trás: o curso de Administração, a família, e, por mais que não quisesse, por mais que se esforçasse, seus pensamentos sempre caiam “nele”. E como doía pensar “nele”. A verdade é que fugira pra não mais vê-lo. . Mas sentia que havia promessas no ar. Logo tudo aquilo se desvaneceria e a vida seguiria lenta, normal, sem “ele”.... Mas agora, dentro daquele ônibus, Alda, este era seu nome, uma belissima morena de 23 anos, estava a caminho de Água Clara, uma cidade da qual ela nunca ouvira falar!

Enquanto isso, em Água Clara....

O jeep ia aos trancos e barrancos por aquela estreita estrada cheia de pedregulhos. Havia também muito pó. Uma nuvem imensa de pó ia ficando para trás a medida que o carro avançava. Fábio dirigia. Sua irmã Fabiana, sentada ao seu lado, tapava os olhos para se proteger do pó. Tossia as vezes. Os dois voltavam da chácara que pertencia a sua família, de onde traziam carne de ovelha, frutas, legumes e hortaliças. Fabiana reclamava muito.

ELE: eu te avisei...esta estrada cada dia fica pior... ELA: (coff..! coff! ) eu não devia ter vindo...que m......! ELE(rindo): guenta aí..só falta dez km! Ah ah ah ah ELA: engraçadinho…. Avançaram mais alguns km, quando a garota pediu que ele parasse. ELE: não...! eu tenho o que fazer na cidade....vc não vai querer parar na cachoeira de novo...! ELA: vamos sim...eu to coberta de terra....! pelo amor de Deus! Fabiana pedira que ele parasse pois estavam perto de uma cachoeira que caia e formava um belíssima piscina natural de águas cristalinas. Ficava na propriedade da família e a ninguém, que não fossem eles, era permitido o acesso. Apesar das reclamações do irmão, a garota conseguiu que ele parasse o jeep. Ela pulou fora e desceu por uma pequena encosta, logo chegando as margens da piscina. A Fábio restou somente se curvar diante da vontade de sua bela irmã, uma formosa garota de 20 anos, que fazia jus ao nome, pois tinha a pele alva, e um rosto bonito que harmonizava com o resto do corpo. Ela se voltou e chamou por ele. ELE: vc é doida, eu tenho o que fazer lá na cidade... ELA: mano, não vamos perder esta chance...adoro esta cachoeira! Dizia ela, com os pés já enfiados dentro dágua. Ato continuo, ela começou a se livrar de suas roupas, uma por uma, que ficaram amontoadas numa pedra, na margem. Ficando apenas de calcinha e uma blusinha top, branca, de tecido fino, exibindo seu corpo extremamente escultural, a garota entrou na água. O rapaz, mesmo contrariado, seguiu seu exemplo e se livrou de suas as roupas, ficando apenas de cueca. Logo estavam um atirando água no outro, tal como crianças travessas. Após muitas brincadeiras dentro da piscina natural, resolveram estender seus corpos, sob o sol, em cima de uma rocha achatada, que mais parecia uma mesa . Lá conversaram e riam, alegres, livres de qualquer pudor ... Pouco depois, Fábio deu um salto, pois se lembrou do compromisso que tinha. Fabiana pôs-se de pé diante dele. Os olhos do rapaz subiram por suas pernas perfeitas, passearam por aquelas coxas grossas e extremamente sedutoras. Ela parecia aflita, no entanto.

- Mano, esquecemos das horas...! ELE: caramba, eu aqui na boa...o ônibus já deve estar chegando...vamos! Sem dizer nada, a garota saltou para dentro dágua, e nadou em direção à outra margem, onde estavam todas as suas roupas. Lá se vestiu rapidamente, querendo rir dos movimentos atrapalhados do irmão, que se vestia ali do seu lado, observando o manear dos quadris da moça vestindo a bermuda.

O ônibus chegou a rodoviária da cidade e estacionou no seu box. Alda foi a última a descer. Já lá embaixo, paciente, esperou o motorista retirar sua mala do bagageiro. Naquele dia ficaria num hotel, como planejara. Mas no dia seguinte, se apresentaria a direção do banco, e estes a encaminhariam a sua nova casa. Puxou sua malona, com rodinhas, e se encaminhou a banca de revistas que havia por ali. Comprou algumas. Resolveu procurar um táxi. Havia pouco movimento por ali. Ao sair pela porta que dava acesso a calçada, ela dá de encontro a um rapaz que vinha em sentido contrário ao seu. Com o choque, suas revistas caíram ao chão. O rapaz, aflito, pedindo desculpas, se curvou e pegou as revistas e passou-as a Alda. RAPAZ: desculpe, moça..eu não vi vc...se machucou? ALDA: não foi nada...ta tudo bem.... RAPAZ: posso ajudar em alguma coisa? ALDA: não..ta tudo bem, já disse... RAPAZ: ok, então..desculpe mais uma vez... O rapaz ia se afastando, e ela achou que fora um pouco rude com ele. ALDA: ei, psst! - chamou. O rapaz se voltou. RAPAZ: é comigo? ALDA: sim...olha, vc pode me ajudar sim...sabe de algum hotel cofortável, mas que não seja muito caro? Ele sorriu, parecendo feliz em poder ajuda-la. RAPAZ: sei, sim...é o Hotel Água Clara. Fica daqui duas quadras, seguindo por esta calçada. Fale com o Pelé. Diz que o Fábio mandou. ALDA: quem é Fábio? - Quis saber ela. RAPAZ: sou eu...Fábio Rodrigues..prazer..! ALDA: obrigada, Fábio..vc foi legal. ELE: imagine..não foi nada...desculpe a trombada... Ela riu da sua insistência em se desculpar. Aliás, era a primeira vez que ria em muitos dias. Fábio se afastou em direção ao ônibus que chegara. Correra feito um maluco pela estrada a caminho de casa, e assim poder chegar a tempo de pegar o depósito da rodoviária aberto, de onde teria que retirar uma encomenda que chegara ao seu pai. Por sua vez, logo depois, Alda chegou ao hotel indicado pelo rapaz. Encontrou o tal Pelé, um negro sorridente de dentes muito brancos, e todo atencioso com ela. Ela disse que fora Fábio que a mandara, e ele redobrou as atenções. ELA: vcs são muito amigos? Se surpreendeu querendo saber a moça. PELÉ: ah, somos, sim...que nem irmãos... Ela sorriu ante o entusiasmo do recepcionista. Pelé colocou Alda num belo apartamento. O hotel era de pequeno porte, mas muito chamoso. O quarto era dotado de banheiro interno, TV, e uma cama de casal enorme. Ela adorou. Não via a hora de tomar uma ducha e se esparramar naqueles lençóis brancos e perfumados. Foi o que fez logo depois. Exausta, adormeceu.

Fábio passou pelo hotel Água Clara , dois dias após, para encontrar Pelé. Após se cumprimentarem, ele quis saber de uma hóspede a quem ele recomendara aquele hotel. PELÉ: ô, veio, tremendo corinho, heim? Rapaz, como vc conheceu ela? FÁBIO: esbarrei nela na rodoviária..nem sei o nome dela...mas concordo com vc, é uma tremenda gata...qual é quarto dela? PELÉ: qual ERA o quarto dela...ela saiu ontem mesmo daqui...acho que estava de passagem pela cidade...ela não disse nada a respeito.... FÁBIO: que pena! Não sei por que, masPELÉ: mas o que, véio...? FÁBIO: nada...não é da sua conta...e aí, a pelada hoje a tarde ta de pé? PELÉ: claro...me pega às seis.

Um mês se passou. Aquele tempo fora suficiente para Alda se acostumar a nova casa. Alias, era uma bela casa. Ela dividia aquele espaço com uma colega do banco, uma carioca chamada Cibele, e as duas se davam super bem. Alda, nas horas de folga, vivia pendurada no celular. Conversava com seus pais e irmãos. Recebera vários telefonemas “dele”, os quais ela não retornara. Se afundou no trabalho, e isso a ajudou a não pensar no que ficara para trás. Mas os primeiros dias foram terríveis. Chorava quase todos os dias, e por vezes sentira ímpetos de pegar sua mala e retornar a sua cidade. Mas o bom senso sempre prevalecia. Aos poucos ela foi superando aquela difícil fase.

Fábio recebeu naquele dia uma incumbência do pai. Tinha que trocar dois cheques que recebera como pagamento por serviços prestados. Seu pai, mesmo aposentado, exercia a profissão de mecânico de máquina pesada. E Fábio o ajudava na parte “contábil”, ou como o velho dizia, a “contar dinheiro”. Entrou no banco e viu que a fila estava um tanto comprida. Mas resignou-se. Ali dentro pelo menos estava fresquinho. Olhou em volta, e olhou os mesmos funcionários que costumava ver quando entrava naquela agência. Com exceção de uma, uma morena clara de cabelos pretos ondulados, sentada numa das mesas, e, toda sorridente, atendia um cliente de idade avançada. Ela levantou o rosto e Fábio prestou mais atenção. Já a vira antes, mas não se lembrava. Forçou a mente e se lembrou então: era a garota da rodoviária! E parecia ainda mais bonita! Perdeu a noção do tempo olhando para a moça, e nem percebeu que chegara sua vez de ser atendido. O caixa o chamou, e só então ele despertou do seu transe. Trocou os dois cheques, e se dirigiu em direção a bela atendente. Já não havia mais ninguém para ser atendido, de modo que ele sentou-se, de frente a moça. ELA: pois, não, senhor? ELE: oi..tudo bem com vc? Ela sorriu, parecendo não entender o que aquele desconhecido queria. ELA: tudo bem..em que posso ajuda-lo? ELE: sou o cara do esbarrão na rodoviária....lembra? ELA: esbarrão..? peraí...agora to me lembrando...claro. ELE: eu pensei que vc foi embora...vc é bancária então... ELA: seu nome é..deixa eu lembrar....Fa...Fá... Fábio...não é? ELE: isso mesmo...que bom que lembrou...ah, me desculpe...vou deixar vc trabalhar...é que vi vc, e te reconheci... ELA: legal tua cidade..to gostando..é bem calma... ELE: se gostar de agitação, sei onde encontrar... ELA: não, obrigada...eu gosto é de tranqüilidade mesmo... ELE: também sei onde encontrarEla riu. Ele, então, para não ser inoportuno, levantou-se e passou sua mão para ela. ELE: a gente se vê...prazer em vê-la...e nem sei seu nome.... ELA: é Alda...Alda Rocha...mas lá na minha cidade me chamam de..não vá rir....de Aldinha.... ELE: legal...gostei...... tchau então. Ela ficou olhando ele sair pela porta de vidro giratória. Achou o cara simpático. Sentiu que algo emanava dele... e era tudo de bom. Surpreendeu-se com aqueles pensamentos. Aquele rapaz, pensou, era mais um daqueles carinhas do interior, meios caipiras, que só gostavam de rodeio e congêneres. Mas tinha que admitir que ele tinha alguma coisa que, inexplicavelmente, lhe agradava. E era apenas a segunda vez que se encontravam.

Alda acordou com o corpo empapado de suor. Tivera um pesadelo. Os dias anteriores foram muitos tensos, e ela também não estava acostumada com aquela carga de trabalho, apesar de gostar do que estava fazendo. Era algo novo e o futuro era promissor. Seu soldo era infinitamente superior do que a média do trabalhador brasileiro, portanto, sentia-se satisfeita. Tomou uma ducha fria. A água fria deslizou pelo seu belo corpo e lhe deu novo ânimo. Era um sábado, e naquele dia não haveria expediente. E fora dispensada do expediente interno. Resolvera dar uma volta de bicicleta, veículo que era muito comum naquela cidade. Cibele ainda dormia, pelo jeito. Saiu sozinha. Um rio cortava a cidade pelo meio, e havia várias pequenas pontes que ligavam um lado ao outro. E aqueles locais eram os mais visitados aos sábados. Pessoas pescavam, ou sentavam-se em mesas espalhadas num calçadão, repletos de simpáticos e acolhedores barzinhos. Ela sentia-se radiante naquela manhã. Estava já inserida no seu local de trabalho, conquistou a admiração dos colegas de trabalho e até já gostava daquela cidade. Pequena, calma, bonita... Atravessou uma das pontes e apeou da bicicleta, debaixo de uma frondosa arvore. A brisa soprava fresca, inebriante. Elas pegou algumas pedrinhas, e atirou no rio... Ouviu passos atrás de si, mas não se voltou: eta mundinho pequeno... Ela se voltou e deu com Fábio sorridente, usando óculos de sol, olhando para ela. ELA: oi...é mesmo...o que vc está fazendo por aqui? ELE: chegaram umas máquinas da Massey lá ó....(apontando uma loja de maquinários que ficava do outro lado da ponte)...faz parte do meu trabalho. ELA: vc trabalha em que exatamente? ELE: meu pai é mecânico. E eu sou seu auxiliar. Então tenho que me inteirar sobre as novidades, entende? ELA: sei como é...aliás, sei mais ou menos... Ela riu da sua própria observação. ELE: e aí, muito trabalho? ELA: um pouco...mas to adorando...tua cidade é uma graça! ELE: que bom que está gostando...sem querer ser indiscreto, mas vc veio de onde? ELA: olha, eu vou até o outro lado da ponte...se vc quiser saber, me acompanhe.... ELE: claro..as máquinas podem esperar... Enquanto andavam (ela carregando a bicicleta) a moça falou da sua cidade, que ficava no estado visinho, do concurso, etc... Fábio a ouvia, se deleitando pela suavidade da sua voz... a simplicidade daquela garota era desconcertante para ele. Geralmente as “forasteiras” eram um tanto esnobes, mas ela não. Ela era diferente. E esse foi um dos fatores para que dentro do rapaz fosse crescendo um sentimento em relação a ela. Ele não sabia o que era, só sabia que era muito bom. A medida que ela falava, sua voz enchia os ouvidos como música. Observava os movimentos dos seus lábios. Que sabor teriam? Ela andava com a graça de uma princesa....” caramba... eu já estou confundindo as coisas...” pensou. O rapaz tentou afastar aqueles pensamentos da cabeça. ELA: bem, foi assim que eu cheguei até tua cidade... ELE: ainda bem...me dá o endereço do dono desse banco..preciso agradecer... Ela riu daquele jeito inocente de querer ser engraçado do rapaz. Logo ela mostrou disposição de voltar para sua casa. ELA: olha, ta na minha hora..preciso ir.. ELE: as coisas boas duram pouco... ELA: a cidade é pequena...a gente logo se esbarra de novo... ELE: vou ter que descobrir qual caminho vc toma te teu trabalho...só pra esbarrar em vc todo dia... Ela percebeu aquele tom de flerte do rapaz e se colocou, instintivamente, na defensiva. ELA: bem..tchau tchau... Ele respondeu, e ficou olhando enquanto ela montava na bicicleta para logo sair pedalando. Fábio ficou olhando a graciosa figura da moça até ela sumir numa esquina. ELE: linda...! sussurrou para si mesmo. E saiu andando em sentido contrário.

Os dias transcorreram tranqüilos para Alda. Recebera em casa o seu microcomputador, enviado pelos seus pais, e logo estava plugada na web. Assim, pode enviar fotos da sua nova cidade, de seus colegas, e bater longos papos com sua família através do MSN. A vida, enfim, se tornara menos melancólica para ela. As vezes ela saía com Sibele para jantarem numa pizzaria. Numa daquelas noites, estavam as duas degustando uma pizza de calabresa, quando ela percebe Fábio numa das mesas, junto com Pelé e mais dois rapazes. Ela ficou observando o grupo, e pelo jeito, ele ainda não dera pela presença dela. SIBELE: o que é que vc tanto olha praquela mesa? ALDA: é que conheço aquele moreno e aquele rapaz de cabelos pretos lisos.... SIBELE: um pedaço...! disse a colega, com aquele jeito “carioquês” no sotaque. ALDA: o moreno? SIBELE: não...o outro...são amigos? ALDA: ele me ajudou assim que cheguei..me indicou um hotel onde o moreninho trabalha... SIBELE: ahn ahn... sinto cheiro de romance no ar... ALDA: boba...não é nada disso...ele é apenas legal... E voltaram a comer. Pouco depois, Sibele disse: não se vire, mas ALGUÉM está vindo para cá... Alda se arrepiou, sem saber por que. Era Fábio. ELE: olá...tudo bem? alda: oi, Fábio... tudo bem... ELE: tua amiga? Me apresenta? ALDA: claro... Fábio, esta é Sibele.... Sibele, este é FábioSIBELE: prazer, Fábio ...sabia que estávamos falando sobre vc? Alda corou e fulminou Sibele com o olhar. A colega apenas sorriu. ELE: coincidência...eu e meu amigo Pelé também falávamos de vc..e eis que vc aparece sentada numa das mesas... Elas riram. Sibele mandou ele sentar-se com elas. Ele pediu mais um refrigerante para elas. Sibele, que boa de papo, logo engatou uma conversa com o rapaz. Alda as vezes intervia, mas era boa ouvinte. Logo depois, ele se levantou. FÁBIO: bem, Sibele, foi um prazer...muito bom saber que a Aldinha está bem guardada na sua casa.... SIBELE: pode deixar que eu cuido bem dela... Alda lançou um olhar assassino para a colega, do tipo “em casa a gente conversa”.

A TURMA DE FABIANA

Fabiana, como sempre, após as aulas, saia com suas inseparáveis colegas Keka e Veruska. Keka era uma morena de 18 anos, a mais agitada das três. Verinha, ou Veruska, mais comportada, era, naturalmente, a mais quieta. Já Fabiana era a líder natural, pois ganhava em tudo: beleza, inteligência entre outros atributos... era a que mais chamava a atenção, mas ela tirava de letra qualquer cantada. Adorava baladas, onde ia acompanhada de suas amigas. As vezes, Túlio, seu “ficante”, ganhava um desconto e podia desfrutar de sua companhia....mas ela não admitia que este pegasse no seu pé. As três estavam sentadas numa mesa do barzinho do Zé, que ficava perto do pólo onde estudavam. KEKA: olha, eu não agüento mais estes trabalhos...não sei se vou fazer... Veruska: ah, temos muita alternativa...! KEKA: e vc, Fabi...o que diz...? FABIANA: eu? Bem, eu vou pedir pro meu mano fazer pra mim...ele é craque em digitar... KEKA: é..vc tem o gostoso do teu mano...e nós? FABIANA: tem gente que cobra pra fazer esse tipo de serviço...ou façam vcs mesmas... VERUSKA: por falar em Fabinho, ele ainda está com a Madá? FABIANA (mostrando irritação): claro que não.,. vcs acham que Fábio iria ficar com aquela? KEKA: e vc..morre de ciúmes...que coisa..deixe seu mano ficar com quem quiser... eu mesma...se ele olhasse pra mim... FABIANA: vc se te enxerga, boba..mas se quiser, vai a luta...quem sabe vc consegue... Logo mudaram de assunto, e a conversa tomou outroFábio chegou em casa bem tarde naquele dia. Foi direto para o seu quarto, onde tomou uma ducha e caiu na cama, exausto. Pensou no encontro com Alda na pizzaria. Tentou entender o que acontecia com ele, pois era a primeira vez que uma garota ficava insistentemente na sua cabeça. Aos 24 anos, já tivera várias experiências amorosas, mas nenhum grande amor...a não ser uma, quando ainda fazia científico..ela tinha quase dez anos a mais que ele..e era sua professora! E casada. E pior...ela nem sabia que ele era apaixonado por ela. O clássico caso do amor platônico do aluno pela professora bonitona. riu ao se lembrar desse episódio. E de Pelé, que fazia sua cabeça, ao insistir em dizer que ela também correspondia ... Bela época aquela. As garotas foram se tornando cada vez mais volúveis, mas superficiais. Ele, na verdade, ia na contramão de tudo aquilo. Ele queria algo mais consistente, algo que o fizesse tremer nas bases. Alda parecia ter todos os elementos para isso. bela. inteligente. Parecia ser dona de uma simplicidade desconcertante. Talentosa. E, caramba, tinha um belíssimo corpo! Mas seus olhos, que sorriam gentilmente, denotavam esconder um segredo... e esse mistério era um ingrediente a mais que exercia uma forte atração em Fábio.

Alda e Sibele chegaram em casa. A carioca ainda ria ante a cândida “revolta” de da outra. ALDA: quem te deu o cargo de cupido? SIBELE: diga que não gostou do que fiz...só quis ajudar..rsrsrsrs ALDA: o que o cara vai pensar? Que eu to a fim dele...eu não to a fim mesmo... SIBELE: diga, minha querida amiga....eu adoro vc...e tenho percebido que as vezes vc fica melancólica...pensativa...já ouvi vc soluçando dentro do teu quarto...me cortou o coração...quer se abrir comigo? ALDA: então vc é das que ficam atrás da porta escutando? SIBELE(nem se abalando): sim...quando se trata de ajudar...eu vou fundo...vai, se abre.... Sibele tanto insistiu que a outra cedeu, Precisava mesmo desabafar. Era algo que parecia superado, mas aquele tipo de ferida quase nunca cicatrizava. Sentou-se na cama e respirou fundo. ALDA: bem, o nome dele era Lucas. E era bem mais velho que eu, uns 10 anos... a gente se conheceu numa exposição lá na minha cidade. Foi quase a primeira vista. Ele se aproximou de mim e gostei daquele jeito educado, mas cheio de ousadia dele...Tivemos outros encontros. Aí fiquei sabendo que ele era militar, um oficial, e tinha sido transferido havia poucos dias por ali...ele era lindo, Si...lindo....acho que nos beijamos já no terceiro encontro....e fiquei caidaça, de quatro.... apaixonadíssima... e ele também parecia ser... era um sonho, um lindo sonho... eu era totalmente inexperiente, jamais tivera um namoro intenso como aquele...e ele era extremamente sedutor...tanto que não resisti, me entreguei de corpo e alma... vivia sonhando..l. comecei a faltar as aulas do curso de administração que fazia... lembro que marcamos para ele ir em casa numa noite. Ia apresenta-lo aos meus pais. Seria uma noite inesquecível,a aprovação do nosso namoro pela minha família. Na última hora, ele ligou dizendo que não poderia ir, pois teria que substituir um colega no quartel. Foi uma decepção. Mas o pior viria depois. No dia seguinte, o procurei e só fui encontra-lo perto da rodoviária. Ele parecia muito nervoso e disse que precisava me falar uma coisa. E o que ele disse foi uma bomba: ele era casado, tinha dois filhos. E disse que era apaixonado por mim..disse que sua esposa estava chegando num ônibus dali a pouco.... eu não esperei ele dizer mais nada...sai correndo, aos prantos, fui em casa e me tranquei no meu quarto...foi um desastre aquilo tudo...mesmo assim, consegui disfarçar dos meus pais, dizendo que ele teria que viajar a serviço do exército para outra cidade, por algum tempo. Jorge voltou a ligar para mim. Disse que precisava ficar comigo, que poderíamos ficar juntos assim mesmo...ou seja, ele me propunha que fôssemos amantes.... fiquei com tanta raiva que gritei ao celular para ele nunca mais ligar para mim... desde então, evitei me encontrar com ele, evitei até sair de casa...o resto vc sabe... SIBELE: caramba...que canalhice..! pior que é o que mais acontece.... Os olhos de Alda estavam cheios de lágrimas. Elas se abraçaram. Era evidente o alívio que se apossou dela ao desabafar com a amiga.

Num domingo, teve um torneio de futsal no único ginásio da cidade. O local estava lotado. Alda foi prestigiar o amigo Pelé, que jogava num dos times. Sentado na arquibancada, o rapaz se alegrou ao ver a garota e Sibele entrando juntas no ginásio. Mas estavam acompanhadas de um rapaz. Admitiu para si mesmo que aquilo o incomodou. Viu que elas sentaram-se nos últimos degraus da arquibancada. O barulho era ensurdecedor. Os jogos começaram. E o time de Pelé levou uma goleada! Fábio lamentou pelo amigo, cujo time foi desclassificado logo de entrada. Desceu para dar amparo psicológico ao frustrado colega. E o destino, naquele momento, resolveu dar as cartas. Deu de encontro com uma garota que vinha em sentido contrário a ele. E qual foi sua surpresa! Era Alda! ELE: não acredito...você?! ELA: ah, não...foi de propósito.... ELE: juro que não..estava indo para prestar minha solidariedade ao Pelezinho..vc viu o vareio que eles levaram? Ela teve que rir da cara que Fábio fizera. ELE: escuta..vc gosta de pipoca? ELA: adoro...por que? ELE: por que lá fora, tem um carrinho de pipoca de um amigo meu...a melhor pipoca do estado.... quer? Ela se rendeu àquele charme provinciano do rapaz. ELA: tudo bem..só preciso avisar uns amigos meus ali...me espere na porta, ok? Fábio quase gritou um “aleluia” de tão feliz que ficou. Ficou a espera na porta. Ela demorou a aparecer. E ele estava ficando ansioso. Mas seu coração deu um salto quando ela surgiu, por fim, a sua frente, sorridente,linda.... ELA: vamos, então? ELE: é pra já... Foram ao tal pipoqueiro que realmente fazia uma pipoca fora do comum, a julgar pelo aroma delicioso no ar.

A uns metros dali, Fabiana, que estava num grupo de amigos, observava os movimentos do irmão. Keka, que estava ao seu lado, lhe deu uma cotovelada de leve. KEKA: hi, parece que o teu irmão já se arranjou...e que morena, heim? Fabiana olhou furiosa para a colega. Mas disfarçou. FABIANA: bem melhor que aquela outra com quem ele andava...KEKA: ei, amiga, disfarça, né? Fabiana não parava de olhar em direção ao irmão. Mas saiu-se com esta: FABI: to louc pra conhecer ela...parece ser legal... KEKA: ela parece bem mais velha que ele..e é bem bonita...e ele parece caidaço! FABI: sera? Meu irmão, pelo que eu sei, só pensa naquilo...! KEKA: como é que vc sabe? FABI: eu sei, ele me conta tudo o que faz com as garotas..ou quase tudo...tem coisas que não dá pra contar, mas eu percebo... KEKA: sério? to louca pra saber... me conta, vai..! FABI: nunquinha...é meu segredo e dele... KEKA: credo, meu irmão não é assim como ele... não me conta nada..! e olha que eu pergunto..! FABI: como vc é curiosa...quer saber quem teu irmão anda comendo? KEKA: credo, amiga!! que maneira de falar! FABI: mas não é isso que vc quer saber dele? tá louqinha pra saber quem teu irmão tá..tá...fudendo....rsrsrsrsrsrsr KEKA: vc é doida...vc me assusta...sua besta! As duas continuaram a conversar, mas os olhos de Fabiana sempre buscando o irmão.

Alda e Fábio compraram dois saquinhos cheios de pipoca e saíram andando sem direção. Comentavam sobre o infortúnio do Pelé. ELE: coitado..até me esquece de dar uma força pro coitado... ELA: quer voltar lá e fazer isso? ELE: não...amanhã eu converso com ele...afinal, o time dele sempre foi de levar goleada mesmo...um a mais, não faz diferença... Ela desatou a rir. E ele fez coro. Os minutos se passaram. Ela falava sobre seu trabalho no banco, e ele ouvia, sempre atento... ele cada vez mais gostava daqueles movimentos que os lábios dela faziam, quando ela se punha a falar... e seus olhos, estavam radiantes..diferentes de quando a vira pela primeira vez...agora estavam cheios de brilho... uma brisa fresca soprava, e eles nem perceberam que já estavam bem afastados do ginásio. Iam por um calçada arborizada. Pessoas passavam por eles, mas Fábio nem os percebia. Estava encantado com aquela garota que falava de si, e das coisas mais simples, com tanta desenvoltura. Quem será teu dono? Quem será o afortunado que beija esses lábios? Que abraça esse corpo? que tem o supremo privilégio de ouvir essa voz de anjo todos os dias? Fábio despertou do seu devaneio. ELA: ooi...volta pra terra...! brincou ela. ELE: estava aqui pensando...pergunto ou não pergunto? ELA(divertindo-se com a expressão do rapaz): pergunta o que, pelo amor de DeusELE: pergunto..vc tem namorado? ELA: ah, é isso....rsrsrsrs ELE: tem ou não tem? ELA: nossa...quanta curiosidade....! ELE: bem...acho que fiz mal em perguntar.... ELA: não...não..eu posso responder...eu não tenho... ELE: mesmo?? Não tem namorado? ELA: claro que não...não tenho. ELE: sério? Ele se aproximou dela, ela firmando seu olhar no dele. Nisso, aparecem Sibele e o rapaz que as acompanhava. SIBELE: ora ora....vejam só os pombinhos.... A carioca cumprimentou o rapaz, sorridente. SIBELE: acho que atrapalhei..desculpem... Fábio: nada disso..já íamos te procurar....amanhã é dia de acordar cedo, não é mesmo? Alda piscou para a colega. SIBELE: sim, mas vc pode dormir mais tarde.... ALDA: não vem... a gente precisa irFÁBIO: ela tem razão...sabia que tua colega, além de linda, é super responsável? Sibele deu-se por vencida e concordou em irem para casa. Alda se aproximou de Fábio , lançando um olhar cheio de carinho. E promessa. ALDA: obrigada pelas pipocas..adorei... FÁBIO : sempre que precisar....me dá teu celular.... Ela fez isso e se despediram. Assim que ficou numa distância prudente deles, o rapaz deu um salto de pura alegria.

A semana seguinte foi de espera para Fábio. Vivia de olho no celular, e a cada chamada, seu coração disparava. Mas nunca era Alda. Pensava na moça direto. Não conseguia tirar da cabeça aqueles lábios tentadores, o jeito doce e o olhar as vezes carregado de meiguice. Quem seria ela, na verdade? Ele estava louco para descobrir seus mais íntimos segredos. Tentava se concentrar nos seus afazeres diários, mas tudo que lhe vinha a mente era bela figura da moça. Estaria se apaixonando? Estaria? Concluiu que já estava....

Alda, por sua vez, se empenhava no trabalho. Assimilou rapidamente o ritmo dos colegas. Naquela cidade existiam apenas dois bancos, e o dela era quem mais tinha clientes. Na maioria, eram pecuaristas, granjeiros, gente do campo. E ela, com sua beleza e simpatia, logo se tornou popular entre os clientes. Vez ou outra, sempre nos fins de expediente, ela e a amiga Sibele se esbaldavam numa pizzaria, e não raro tomavam uns copinhos de chope. Sibele, pelo jeito, “entornava” muito mais que a colega. Numa dessas ocasiões, as duas iam saindo da pizzaria, quando Alda vê, ao longe, Fábio subindo num jeep, em frente a uma loja de auto peças, acompanhado de uma ruiva de corpo escultural. Sem querer, sentiu um aperto no coração. O que ela não sabia é que a tal garota era sua irmã Fabiana. Ela não conteve a decepção. O que eu esperava? Um cara como ele deve viver rodeado de mulheres... pensou.

Fábio chegou em casa com Fabiana, após ter deixado umas peças na oficina do pai. Estava exausto. Sua irmã logo subiu para o seu quarto ( a casa era um sobrado com dois andares) que ficava na parte de cima. Ele olhava o celular. Sentia ímpetos de ligar para Alda, mas não queria ser chato. Pedante. Mas a vontade lhe atormentava. Ligo? Não ligo...Ligo? Ligo....! Discou o número que ele havia gravado na memória. Chamou uma, duas vezes, três vezes... ele já estava quase explodindo de ansiedade. Mas, para sua alegria, ela atendeu: ELA: alô... ELE: OI, ..espero não incomodar... ELA: Fábio? Não..não incomoda... ELE: eu estava pensando em vc... ELA: será mesmo? ELE: vou ser sincero...eu só penso em vc já há algum tempo.... ELA: não parece.... ELE: estou te incomodando? Vc parece cansadaELA: não..não estou cansada.... ELE: queria te convidar para tomarmos um chopinho...vc gosta? Fábio deixou escapar uma pequena risada.... Ele, lógico, não entendeu. Mas não disse nada. ELA: tudo bem... ELE: sério? Topa mesmo? ELA: sim...quando? ELE: hoje.... vc mora na república dos bancários, não? Te pego às sete.

Assim que desligou, Fabiana apareceu na sala, banho já tomado, cheirando a sabonete. ELA: mano, preciso de um favor seu... ELE: diga.... Preciso que instale aquele teu programa de editor de fotos no meu PC...pode fazer isso por mim? Ele solícito,levantou-se. ELE: claro..vamos lá... Subiram até o quarto dela. Lá ele sentou-se diante do micro que ficava perto da cama da irmã. Ela sentou-se perto dele. ELE: legal este programinha..só que dá um trabalho... ELA: pára de reclamar....se vc fizer direitinho, te dou um presente.... ELE: não reclamo..e que presente vc vai me dar...?... ELA: humm..faz primeiroELE: só faço se vc me der o presente primeiroELA: vc não tem jeito...não sabe esperar... Ele insistiu com o olhar, então ela cedeu. Ficou de pé diante dele e começou a fazer uma coisa impressionante: tirou a blusinha pela cabeça, lentamente....seus seios perfeitos, de biquinhos róseos, saltaram para fora... incrédulo, o rapaz acompanhava com o olhar os movimentos da irmã. Esta deixou a blusinha em cima da cama, ajeitou o cabelo, e olhando bem nos olhos do irmão, começou a descer sua bermuda preta de cotton, logo aparecendo uma calcinha branca, de tecido finíssimo.... ELA: quer que eu faça isto? quer? Dizendo isso, aos poucos,ela foi mostrando seu exuberante corpo ao irmão, que fazia força para ficar sentado. Logo ela estava apenas de calcinha... Dues uns passos cadenciados para o lado, ele mal contendo sua expectativa. ELA: pronto..agora faz o que te pedi...eu já estou te dando teu presentinho...gostou? ELE: espere,, deixa eu olhar só mais um pouco... ELA: como vc é tarado...gosta de olhar sua própria irma!! que safado! eu to apressada..!. ELE: como vc quer que eu faça alguma coisa assim? Impossível.. vou tentar......ELA: capricha... Ela ficou olhando ele fazer a instalação do tal programa, andando de um lado a outro, desfilando toda sua formosura. Sua bela irmã, exibindo a ele aquele corpo tentador, quase nu em pelo, o estava deixando louco de excitação. Ele mal conseguiu introduzir o cd no drive. Suas mãos estavam trêmulas. FABI: humm..todo atrapalhadinho..o que tedeixa tão atrapalhado assim..? Ela se aproximou e se pôs a acariciar a cabeça do irmão...Ele olhou de lado...aquelas coxas estavam alí, pertinho dele..nuas, brancas, e pareciam sedosas.... Ele por fim, conseguiu instalar o tal programa. Ele se levantou e olhou para a irmã. Ela sorriu. ELA: obrigada, mano.. Ele se aproximou dela. Mas, quando ele menos esperava, ela começou a se vestir. ELE: hei, já vai se vestir..? ELA: se alguém chegar e nos pegar assim, o que vão pensar? ELE: ninguem vai entrar...a porta está trancada... ELA: não dá pra arriscar...se me pegam aqui com vc, eu só de calcinha...nem quero pensar... ELE: mas, Fabi... ELA: não dá... não insista! Ele resignou-se e saiu do quarto, ainda muito excitado.

Alda desligou o celular, o coração, sabe lá porque, batendo forte... Não entendia o porque de tanta emoção... parecia uma colegial no primeiro encontro. Ele disse que só pensara nela nesses últimos dias. E a garota do jeep? Ele teria que explicar aquilo. Seria apenas uma amiga? Surpreendeu-se fazendo-se essas perguntas. Afinal, eles mal se conheciam. Mais tarde, Sibele entrou no seu quarto e se surpreendeu com o que viu. SIBELE: Nossa mãe, onde é que vc vai? Ta toda prodúALDA: adivinha quem vem me pegar asSIBELE: Fabinho ....não acredito! ALDA: ele mesmo...o que acha? SIBELE(exultando de alegria pela amiga): eu acho ótimo...morro de inveja....ai ai ALDA: boba...pensa que não sei de vc e o Guto? (o rapaz que os acompanhava nop ginásio). ALDA olhou-se no espelho e gostou do que viu. Colocara um vestido preto, e um decote discreto, porém sensual. Por coincidência, passara pelo salão naquele dia, e fizera o serviço completo. SIBELE: amiga, vc vai matar o carinha... ALDA(rindo): pára com isso...a gente vai só tomar um chopinho e depois voltamos para casa...cada um para a sua....entendeu? SIBELE: claro..claro...

As sete em ponto, Fábio chegou. Ficou de queixo caído com a beleza da moça. ELE: vc está linda, Alda... ELA: ah, não exagere... ELE: ta bom..vc está apenas....maravilhosa.... Ela riu e entrou no jeep, pela porta que que ele lhe abria. Ele dirigiu com calma pelas ruas até chegar a choperia. Lá já havia uma mesa reservada, pois a lotação costumava esgotar cedo. Mas ele, pelo jeito, tomara as providências. Sentaram na parte externa do recinto, onde soprava uma brisa deliciosa. E era um lugar discreto. O som era suave. Nada de música sertaneja, nada de música hip hop, ou qualquer outra coisa barulhenta. A noite estava mais para um pop romântico. Alda reparou no modo largadão do rapaz se vestir. Jeans e camiseta. Nos pés, um tênis. Pediram um chope para cada um. E ela, mais solta, começou a falar mais de si, das suas coisas, da sua cidade... Ele, como sempre, era todo atenção. Se deleitava em ouvir a voz da bela moça. Quando pôde, ele também falou de si. Do seu trabalho, do seu sonho de dar continuidade ao trabalho do pai. ELA: vc não pensa em sair daqui? ELE: não..eu tenho tudo aqui...não que eu não tenha ambições, mas o meu projeto de vida se resume a viver aqui...adoro isto aqui ELA: concordo com vc. Este lugar é um paraíso...aqui as pessoas devem ultrapassar os 100 anos! Riram. Após o quarto copinho de chope, ele ficou de pé. ELE: eu to louco pra te mostrar um lugar...topa ir comigo? Ela sorriu. ELA: onde vc quer me levar? ELE: vc não vai se arrepender.... Ele chamou o garçon e pagou a conta. Ele a pegou pelas mãos e foram em direção ao jeep. Logo o veiculo pegou a avenida que dava acesso a saída da cidade. Logo a cidade ficou para trás. A moça observava as luzes que costeavam a BR. ELA: meu DEUS...onde estamos indo? ELE: calma...já estamos chegando.. Ele conduziu o jeep por uma estrada lateral, e pareciam que estavam subindo uma elevação. Logo depois, a moça constatou que era exatamente isso. Percebeu que estavam numa colina. Diego parou o veículo, desceu e abriu a porta para ela. De mãos dadas, foram mais adiante. ELE: olhe..não é lindo? Alda, maravilhada, olhou para a cidade lá embaixo, toda iluminada... ELA: é lindo...que maravilha...! Ela estava realmente extasiada com a paisagem que se descortinava diante dos seus olhos. ELE: eu sabia que vc iria gostar...tem tudo a ver com vc... Ela se virou para ele. ELA: vc não existe... ELE: existo sim... Ele, que não largara as mãos dela, as apertou nas suas. ELE: Aldinha.. eu tenho pensado muito em vc... Ela abaixou a cabeça. E a outra? pensou ELE: o que foi...estou sendo precipitado? ELA: não..é queELE:fale... ELA: hoje cedo vi vc com uma garota... ELE: uma branca, bem bonita...cabelos meio ruivos... tipo gostosona? ELA: como vc é....cínico... ELE: peraí..ela é minha irmã...a Fabiana... Ele desatou a rir. ELA: sua irmã? ELE: sim, minha irmã....vc não sabia, nem tinha como saberELA: credo..que mico... ELE: achei legal...teu ciúme... ELA: não era ciúme..eu... Ele não a deixou terminar de falar. Estava louco pra sentir o sabor daqueles lábios tentadores, sensuais. A puxou para si, e colou sua boca na dela. Ela, a principio pega de surpresa, mas logo começou a corresponder ao beijo do rapaz. Ela cedeu, e se abraçou toda nele. Fábio achou que estava sonhando. Aquela boca tinha sabor de favos de mel...trouxe-a toda para si, e o contato daquele corpo ao seu foi como sonho. O beijo foi ganhando em intensidade. Alda sentiu suas pernas fraquejarem, seu coração acelerar. Estava totalmente tomada pela emoção provocada pelo contato do seu corpo ao dele. Na primeira pausa, ela já estava ofegante. Olhos semicerrados, lábios entreabertos, como se pedissem mais e mais beijos. ELE: Alda...acho que te amo...! ELA; não fale assim...não pode... ELE: vc também me quer..eu sinto... Ela ofereceu os lábios novamente e desta vez o beijo foi molhado, e intensamente sensual. As mãos do rapaz passeavam por suas costas, sua cintura, insinuantes....a moça sentia arrepios de prazer ante aquele intenso beijo... ELA: oh, FábioELE: Alda....vc pé linda demais.... E a cada beijo, ela sentia o calor subir pelo seu corpo. E sentia o quanto o rapaz a estava querendo, pois seus corpos estavam colados, e cada protuberância denunciava o intenso prazer que o momento propiciava aos dois. Alda sentiu, lá no alto das coxas, entre elas, sua flor se umedecer....

Em casa, Fabiana estava ao celular. Keka havia ligado. FABI: oi, amiga da onça...onde vc andou o dia inteiro? KEKA: estudando, sua besta! e ai...anda secando muito o maninho? FABI: tenho o meu gato pra secar... KEKA: ah, todo mundo sabe que vc não tá nem ai pro idiota... FABI: como vc é fofoqueira..! e o Roni... tá secando ele? KEKA: besta..Roni é meu irmão... FABI: mas vc vive enchendo ele, querendo saber das fodas dele...rsrsrsrs... KEKA: como vc é lingua suja...credo! aposto que fica tesuda se ele te contar... KEKA: acho que ficaria sim...vc ficaria? fabi: não sei, não..mas ele é um

gato..sei lá...KEKA: que papo mais estranho...xô!! isso é incesto...! FABI: não é não, vc não quer meter com ele, não? KEKA: claro que não que idéia...! Logo as duas desligaram. Fabi rolou na sua cama. Sua cabeça estava em, Fábio. "aposto que está com ela, a tal e Alda...que nome ridículo.." Sua mão tateou suas partes intimas. "Ele me quer...ele me quer muito...eu ví que ele me quer demais! ah, maninho, se soubesse como to louca por vc...!" Fabi tirou de ladinho sua calcinha, e seu dedo indicador tateou sua intimidade rubra...a flor estava úmida...cálida...quente... ELA: Ah...Fábio...ah...mete...mete..mete em mim....aah!!

CONTINUA

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Comentários

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Excelente, bela trama e enrredo, continua está muito bom....

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