24 de Julho de 2003
O dia estava quente, do jeito que o diabo gosta.
Peguei meu caderno, minhas canetas, resolvi sair. Precisava sair dali.
Andei pela alameda sombreada observando tudo ao meu redor, as pessoas as ruas, as casas, as árvores tudo parecia fulgurar numa dança louca e exótica através do vapor que saía do chão, aquele mormaço me fazia suar por todos os poros.
Precisava escrever sobre a noite anterior, sobre os gemidos de dor e prazer ainda ecoando na minha cabeça, o cheiro daquele suor de homem emanando da minha pele, a sensação daquele membro rígido e quente me rasgando a pureza há tanto, irrefutávelmente, protegida por minha mãe. Mal ela sabe.
Quando aceitei aquele convite para ir à casa dele eu sabia que a partir daquele momento tudo ia ser diferente. Contei para Fabi sobre o convite e ela me repreendeu: Você está louca? O que você vai fazer na casa de um cara de 27 anos?
E eu respondi: Eu não sei, jogar conversa fora, quem sabe jogar banco imobiliário ou ver um filme, ainda não pensei nisso...
Mentira. Eu sabia exatamente o que ia acontecer. Na realidade eu pensava nisso há mais tempo do que o tempo que eu tinha de menstruação, estava me preparando para esse dia há meses.
Às 15:00 horas cheguei na casa dele. Apertei a campainha. Silêncio. Apertei de novo. Mais silêncio. Empurrei a porta, estava aberta, entrei. Passei pela sala e vi um enorme espelho no qual foquei minha atenção me castigando por não ter ido em casa trocar o uniforme, parecia ainda mais menina com aquela saia e blusa polo. Subi as escadas eram muitos quartos, não sabia qual era o dele, estava me encaminhando para uma porta quando ele me abraçou por trás, cobriu meus olhos com uma venda e disse bem baixinho: Shiii, você é minha hoje, bonequinha...
Ele me levou para algum aposento, senti um cheiro forte de incenso e o calor aconchegante de velas, me posicionou em pé e bem devagar tirou a minha roupa, primeiro a blusa, depois o sutiã, me encolhi, era a primeira vez que outra pessoa além de mim mesma me via nua e ele disse: Bonequinha, você é linda, eu nunca havia visto seios tão lindos assim, sua pele é tão macia e branca, você ainda me deixa louco qualquer dia desses... E beijou meus seios, como se quisesse mamar neles, beijava com força, com vontade, com fome, me senti poderosa, senti que pra ele naquele momento eu era a única coisa do mundo inteiro que ele queria.
Ele se ajoelhou na minha frente, pegou no meu tornozelo e foi subindo, chegou nas minhas coxas e me olhou com uma cara de safado que só ele sabia fazer, que me dava um tesão danado e foi objeto das minhas masturbações diárias nos últimos meses. Foi subindo a mão, me acariciando, senti um calor, uma tontura, e ele me olhando, parecia não querer perder nem um segundo da minha reação, as pernas foram ficando bambas, me faltou o ar e ele chegou na minha calcinha. Com a outra mão abriu o zíper sa saia e disse: Eu adoro calcinha branca de algodão. Tirou-a de um puxão só e cheirou. Adoro o teu cheiro, o teu cheiro de virgindade.
Delicadamente entreabriu minhas pernas e me chupou, eu sentia que um caldo quente descia da minha vagina, um caldo que ele fazia questão de sorver até a última gota. Nem sei por quanto tempo foi. Só sei que gozei, como jamais havia gozado antes, ele enfiava a língua em mim e eu gostava, e gemia e me debatia. Mais, mais, por favor, não pára!
E ele louco de tesão me jogou na cama e tirou a venda, me olhou bem dentro dos olhos e disse: a partir de hoje você é minha, todo pedaço do seu corpo, tudo é meu e nunca mais vai ser de mais ninguém e você nunca vai conseguir me esquecer por que sou eu quem vai te transformar em mulher, bonequinha.
Dito isso, ele me penetrou forte. Gritei, de prazer e de dor. E ele continuou, tirava e colocava gemendo me chamando de gostosa, de linda, me apertava, me dava tapas que me faziam gemer de tesão, quanto mais eu gritava mais o pau dele ficava duro, eu sentia. Ele não aguentou, me virou de quatro e me penetrou, bem devagar, na minha vagina. Segurou meus cabelos compridos e me puxou, penetrando forte e rápido, e eu rebolava no pau dele e pedia mais forte, mais rápido, e mais fundo.
E assim continuou por mais uns 10 minutos, a minha dor e o meu prazer lutavam entre si, e eu sentia aquele homem de 27 anos se desfazendo numa menina de 17 anos, como um animal selvagem que se recostava após a longa caçada. Aquele arfar cansado e um cheiro de porra e sangue, o perfume dele que impregnou na minha pele e o suor que umedecia nossos corpos.
E ele, após 45 min, se rendeu aos meus pés, menininha, bonequinha meiga e delicada que fiz ele gozar fudido, como nunca antes na vida.
Levantei da cama, deixando-o entorpecido com seu próprio orgasmo. Vi uma cartela de cigarros na mesa, fui pra janela e acendi um.
Caralho, agora eu sou mulher.