divagando no quintal

Um conto erótico de marcinho23
Categoria: Homossexual
Contém 1571 palavras
Data: 09/12/2007 16:25:43
Assuntos: Homossexual, Gay

Houve críticas e elogios ao outro conto, "A TRÊS"...

Mando um novo, no mesmo estilo, esperando agradar a quem se agradou do primeiro, e a enervar os que não gostaram daquele.

Bjs,

divagando no quintal

O ideal é transar no quarto, sobre a cama, no maior conforto... Com liberdade pra dar vazão à criatividade, tentar variações, outras posições ainda mais excitantes. Esse é o ideal, mas nem sempre é possível, em vista de aproveitar as ocasiões.

Eu, pelo menos, não tenho tanta facilidade assim, muitas vezes o parceiro com quem eu pretendia ir pra cama não está a fim naquele dia e, pra não perder o ímpeto, acaba sendo com outro e no momento em que esse outro está disponível. Assim é que já vivi diversas experiências: no chão do banheiro, sob o chuveiro, no quintal de casa, num ônibus intermunicipal, num carro-forte de uma empresa de valores... Até debaixo da arquibancada de um estádio de futebol já me “passaram a vara”...

Isso porque sempre procurei aproveitar as ocasiões que se ofereciam, de modo a não perder a oportunidade de dar e receber prazer, embora houvesse algo de desconfortável e arriscado. Parece que o perigo funciona como um afrodisíaco, contribuindo para encher de tesão um tempo que, não fosse isso, seria vazio de emoções.

Escrever isso me recordou um episódio que vivi há algum tempo, que hoje parece ter perdido a graça, mas que foi emocionante quando se deu. Pra variar, eu estava “na seca” há dois ou três meses, pois meu parceiro habitual estava servindo ao exército e eu não me animava a procurar outra pessoa; um pouco por receio de me revelar e sobretudo medo de ser rejeitado e o carinha ainda ficar tirando sarro com o meu jeito. Eu vivia de casa pro trabalho e do trabalho pra casa; nos fins de semana ficava mofando e, quando a situação esquentava, me trancava no banheiro ou no quarto e tentava me satisfazer com os “brinquedos” que eu sempre inventava nessas ocasiões.

[Acho engraçado quando leio alguns relatos e os candidatos a homo vêm dizer que “o pau entrou de uma vez”, “sem doer nada, só tesão”... Pode até ser, mas não é o que eu tenho experimentado. Todos os meus parceiros tinham pênis medianos, nada de 25 cm nem 30 cm... Teve um só que me assustou quando vi duro, que media uns 20 cm e parecia uma estaca de madeira; mas todos eles, se metiam em mim depois de um intervalo de algumas horas da última vez, a impressão que eu tinha era de que estava perdendo outra vez o cabaço do anelzinho. É certo que a dor diminuía e o que seguia era mesmo muito prazer, mas... daí dizer que não havia dor alguma é exagero! Sempre dói, mesmo que seja um pouquinho...]

Naquele dia eu não via sentido sequer na masturbação, estava com o corpo ansiando pela caceta de meu parceiro e, para disfarçar um pouco essa ansiedade, deixei o quarto – que me lembrava de algumas de nossas transas ali – e fui para o quintal, à sombra de mangueiras e outras árvores que havia. A tarde já ia acabando e, por ser mês de dezembro, um quê de frio pairava no ar, deixando o clima bastante agradável, embora minha ânsia não tomasse conhecimento disso, era como se eu estivesse sufocando.

Como falei antes, nessa época eu não me atirava à caça, preferia, ainda que minha carne sofresse com isso, ser “caçado”, talvez por ser menos revelador de minhas tendências afloradas. Justamente naquele quintal, alguns anos antes, um de meus vizinhos usara de artimanhas pra me comer, acreditando que era só dele a vontade.

Passeando sob a brisa que o fim de tarde trazia acabei me lembrando desse acontecimento e fiquei a imaginar como seria se esse dito garoto voltasse a aparecer naquela hora, quando eu estava tão carente de um pau e estivesse disposto a repetir o que fez comigo no passado e que eu achei tão bom...

Minha ansiedade deve ter realizado algum prodígio, pois não se passara muito tempo e escutei uma voz, vinda do fundo do quintal e que só poderia ser destinada a mim:

— Moleque!

Meu coração como que disparou e, estando de costas, voltei-me em direção ao lugar de onde escutei a voz. Era mesmo ele, cuja cabeça despontava entre os braços, apoiados no muro que servia de divisa de propriedade com os vizinhos. Aquele mesmo sorriso debochado, senhor de si, possivelmente imaginando o que viria em seguida. Logo todo o seu corpo estava sobre a murada, o peito nu e as pernas saindo de uma bermuda surrada, uma das mãos no alto da cabeça e a outra sobre uma perna.

— Tava me perguntando quando a gente ia repetir aquela parada que rolou tempos atrás...

Procurei me controlar, afinal eu não podia deixá-lo seguro quanto às minhas intenções. Tentei não prestar atenção ao que ele dizia, palavras cheias de duplo sentido que, no passado me deixavam atordoado, quando ainda não conhecia o seu significado. Diferente de agora, que eu sabia muito bem o que ele pretendia ao dizer que queria “comer a minha bunda”, me “rachar no meio com a sua pomba” e outras no mesmo estilo. Ele era rude, grosseiro mesmo, mas eu não estava querendo ternura, mas sexo. E com ele, por experiência, sabia que teria uma transa capaz de aliviar toda a minha tensão pela ausência de meu parceiro habitual.

Eu precisava de habilidade para não me entregar de primeira nem deixar que ele se fosse sem que nos saciássemos... Continuei a passear pelo quintal, agora me detendo mais na região próxima à em que ele estava, procurando não deixar indícios a quem estivesse na casa. A noite já caía e logo nada se poderia enxergar. Decidi arriscar de uma vez.

— Aí em cima eu não vou...

No instante seguinte o garoto estava ao meu lado e eu pude perceber que, se eu crescera, ele também, estava mais forte e pensei que sua rola deveria ter seguido o mesmo caminho... Ele me segurou por um dos braços e foi me conduzindo para o espaço que fica entre duas árvores maiores e o muro, onde havia um banco e uma mesa rústica que meu avô construíra anos atrás, justamente onde ele me colocara da primeira vez que me comeu.

Fez com que eu sentasse à sua frente e abriu o fecho da bermuda, arriando-a juntamente com a cueca e deixando à mostra um pênis de médio porte, já a caminho da ereção. Só fez um gesto e logo eu o segurava com ambas as mãos e massageava, tentando disfarçar meu contentamento. Ele nem precisou dizer nada para que minha boca engolfasse aquele membro pulsante e que tanta falta me fazia. Eu caprichava no boquete, completamente entretido, lambendo, chupando e arranhando com delicadeza com os dentes, pois sentia sede daquele gozo, que há meses não provava.

Mas ele não me deixou prosseguir, seus planos eram outros. Sem muitas palavras me fez debruçar sobre a mesa e foi arriando a calça de tactel que eu usava. A cueca foi junto e logo eu sentia sua língua quente bolinando meu orifício, enquanto suas mãos afastavam minhas nádegas e deixavam à sua disposição o meu anel que, penso eu, piscava de tesão naquele momento.

Diferente da outra vez, ele ficou de joelhos sobre o banco e apontou o pau na direção do meu buraquinho sedento. Doeu um pouco, fosse pelo tempo que eu ficara sem dar o rabo, fosse pela rudeza de seu procedimento. Mas agüentei o tranco e logo o pau abria caminho, invadindo meu ânus guloso. Cravado em mim ele segurou meus ombros e me fez deitar sobre o banco, as pernas abertas e caindo pelas laterais. Ele então se deitou sobre mim, as mãos apertando minha bunda e afastando as bochechas, o que permitia ao membro ir mais fundo dentro de mim.

Aí ele passou a me fuder bem gostoso, usando seu peso para me penetrar e cadenciando o ritmo do seu vai-e-vem. O atrito do pau com as paredes do reto me arrancava suspiros que eu não procurei esconder. Antes, colaborava ativamente na foda: quando ele me golpeava eu atirava a bunda em sua direção e afastava quando ele subia, quase saindo de seu “ninho”.

Esse transe demorou em torno de uns dez a quinze minutos, até que ele me apertou com mais força e cravou ainda mais fundo a rola, gozando com um gemido contido e me enchendo o rabo de seu gozo quente. Talvez pela pressão e pelos movimentos sobre o banco acabei gozando também e senti que isso aumentava ainda o prazer de meu macho, pois a cada ejaculação o ânus contraía o pênis alojado em mim.

Saciado, deixou-se arriar todo sobre mim, fazendo-me sentir o calor quase febril de seu corpo másculo e viril, o rosto com a barba por fazer numa quase carícia em minha nuca. Mas isso durou somente poucos minutos. Sem esperar o pau amolecer ele o fez sair de dentro de mim e, enquanto se vestia e antes de sumir depois do muro, ele admitiu:

— Essa bundinha continua gostosa...

Depois desse episódio consegui ficar sem mais sexo até o retorno de meu parceiro, pouco antes do Natal. Lógico que a ele não contei nada a respeito desse meu “visitante”... Ele não entenderia e não adiantaria tentar esclarecer. Além disso, esse garoto só me comeu mais uma ou duas vezes depois dessa.

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Comentários

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marcinho,

seu conto mostra bem como o gay tem mais tesão que o hetero. se voltasse esse fogo para uma mulher, seria sucesso puro. seu texto está muito bom, gostei. não tenho nada contra nem a favor.

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tô esperando as esperneadas do pastor e de seus seqüazes...

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