Estranhas Confusões

Um conto erótico de Lindolfo Carcará
Categoria: Heterossexual
Contém 519 palavras
Data: 25/02/2008 20:23:13
Assuntos: Heterossexual

Aghata acordou desesperada. Ainda não sabia como tudo tinha ocorrido naquela noite que passara. Sua cabeça doía. Girava ao redor das lembranças vagas que vinham como vultos visitá-la para instigar a sua memória a buscar o complemento das informações mal processadas.

Olhou ao seu redor e nada a ajudou na sua intenção. Via apenas o normal. Seu quarto com suas coisas habituais. Algumas garrafas de bebidas destoavam à decoração, mas isso não lhe prendeu a atenção.

Voltou-se para a direção do banheiro. A luz estava acesa. Uma desordem lhe provocou o instinto da curiosidade. Levantou-se e sentiu as dores de um esforço físico exagerado. Percebia agora seu corpo nu. Reparou ainda que seu sexo estava diferente. Estava depilada, coisa que nunca lhe agradou. Sentia-se menos mulher. Se sentia menos fatal, como se aquele aglomerado de pelos lhe garantissem um desempenho acima do normal na hora da trepa.

Praguejou qualquer coisa sem sentido em relação ao que notará. Passou a mão nela e verificou que estava lisinha. Sentiu-se envergonhada e impotente. Pensou no que seu marido iria pensar. Deu-se conta por um momento, que seu marido não passou a noite em casa. Seu pensamento focou em chegar até o banheiro.

Adentrou ao recinto e se deparou com um homem feio e magro tomando banho. Estranhou aquele ser em seu aposento, de uma forma tão íntima. Agora ele se voltava para ela e exibia um sorriso escroto, baseado em falta de dentes.

Ela o olhou como se não o conhecesse, mas o achou másculo. Olho seu sexo e o desejou. Vagas lembranças começavam a lhe ferver a memória e sentiu-se mal. Aquele ser repugnante, com o estilo de homem bronco, lhe começava a fazer uma figura assustadoramente familiar.

Ele agora apanhava a toalha e se secava, como se fosse o homem da casa. Ela sentou-se no sanitário e colocou as mãos na cabeça. Olhou suas pernas entre abertas e percebeu que sua genitália estava úmida. Repleta de resquícios de uma relação que ela não recordava.

Perguntou a ele. Em silêncio ele confirmou.

Ele agora passava a toalha pelos pentelhos. Secava sua intimidade. Ela o fitava em busca de respostas. Reparava naquele membro que, pelo jeito em que se encontrava, tinha a invadido diversas vezes na noite anterior.

Voltou a passar a mão na buceta. Lamentou novamente a falta de pelos. Excitou-se quando seu desconhecido parceiro virou as nádegas para ela e se abaixou para pegar a mesma cueca que usava na noite anterior. Lembrou-se da cor.

Quando este se virou, achou a visão de Aghata se masturbando lentamente. Na sua simples ignorância repleta de erros de português, perguntou-a que espécie de fogo ela tinha, pois foderam a noite toda e ela ainda se masturbava quando acordava.

Ela não respondeu. Reparou o volume se fazer e transparecer por entre o pano da roupa íntima de seu parceiro. Agarrou-lhe pelas pernas e arrancou-lhe novamente a cueca.

Assustado, não ofereceu resistência. Afinal, teria muitas histórias para contar aos amigos da pocilga a qual freqüentava no final da tarde para tomar suas bebidas de homem ignorante.

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