Ela já estava em casa quando ele chegou. Na verdade, tinha passado o dia todo em casa. Estava só esperando ele voltar, mas como ele estava demorando demais ela arrumou algo para fazer enquanto esperava. Ele é que não sabia. Chegou cansado. O dia de trabalho foi longo e chato. Um monte de burocracias e pessoas de quem ele não gostava falando de assuntos sobre os quais ele não agüentava mais ouvir, em suma: um tédio só. Ele tirou os sapatos ainda no hall de entrada, como sempre fazia. Deixou a valise ao lado da mesa e foi subindo as escadas enquanto afrouxava a gravata. Quando ia entrar no quarto se deu conta da presença dela, deitada na cama. A princípio achou que ela estava dormindo, mas a impressão não durou mais que alguns segundos. Viu o braço dela acompanhando os contornos de seu corpo e sumindo por entre as pernas. A camisola preta cobria seus peitos e barriga, mas abaixo da cintura encontrava-se nua. Olhou rapidamente para o chão e viu a calcinha e os sapatos, altos. Era um sapato que ele gostava, mas não o suficiente para tirar sua atenção do que acontecia em cima da cama. Nada teria conseguido. Havia um tripé e uma câmera ao lado dela e ela agia como se eles nem existissem.
Ela não se mexia mais que o necessário. Só a mão e o rosto. A mão direita estava agarrando o travesseiro com força, atitude não estranha a ele, que já tinha lhe causado esse tipo de prazer. Achou intrigante a mão direita estar mais estática e duvidou que ela fosse mesmo destra. Ela escrevia com a direita, disso estava certo. Aparentemente a mão esquerda era também muito útil. O pensamento não durou muito tempo. Logo tinha fixado o olhar nos peitos dela. Apesar da camisola se percebia os bicos bem definidos e o movimento leve que eles faziam acompanhando o braço. Com o tempo, o movimento foi ficando mais rápido e ele voltou o olhar para onde as pernas se encontravam. Pôs um e depois dois dedos dentro e ele observou a expressão dela de prazer. Abriu o zíper da calça e botou a gravata no ombro. Se ainda estivesse pensando normalmente teria dado graças a Deus que tinha recebido carona e não levara a valise pesada durante muito tempo. Seu braço não estava doendo e ele nem se sentia mais cansado. Quando começou a se tocar já estava excitado. De fato já eram claros os efeitos da cena antes dele começar a acompanhá-la, mas não tinha aberto o zíper quando abriu à toa. Foi tocando o pau e sentindo a própria pele.
Sua idéia inicial era esperar entrar no quarto para se juntar a ela, mas quando ela arqueou o corpo ele quase que por reflexo baixou a mão e a colocou dentro da calça. Ela enfiou o dedo mais fundo e ele notou que a respiração estava se tornando mais inconstante. Para sua surpresa ela enfiava os dedos com mais velocidade e principalmente com mais força do que ele teria esperado. Pensou nela falando isso baixinho quando ele metia nela com força.
Então ela fez algo que fez com que ele não conseguisse esperar. Tirou a mão e dedos de onde estavam e primeiro cheirou a mão. Logo a direita estava dentro dela fazendo novamente movimentos lentos. E aí ela teve uma curiosidade de sentir não só o cheiro, meio ácido, de mulher, mas o gosto. Não sabia que estava sendo observada ao vivo, e chupou os dedos. Não era um gosto tão forte, como ela havia esperado, e ela lambeu a mão. Ele começou já com alguma velocidade, mas não demais, pois não queria acabar ali. Os olhos andavam pelo corpo da mulher, que pensava no marido sem saber que ele estava ali parado. Quando, depois de um tempo, contraiu todos os músculos, e depois relaxou, sua cabeça virou para o lado, e ela o avistou. Levantou devagar da cama, foi até a porta, pegou a gravata e a pôs de volta no pescoço, observando por um momento como ele havia ficado sexy de terno, gravata e uma calça social aberta. Enquanto puxava ele até a cama pela gravata, ela substitui as mãos dele pela sua direita, que ainda estava molhada. No meio do caminho, sem tirar a mão dele, puxou sua cabeça de encontro à dela e deu-lhe um beijo longo, primeiro tomando toda a boca dele na dela e depois brincando de leve, passando a ponta da língua nos lábios dele.
Com suas duas mãos livres ele pegou os cabelos dela com força e a levou para a parede. Ela tirou o terno e abriu a camiseta dele deixando um dos ombros aparente. Mordeu ele com força, e sentiu que ele teve vontade de gritar. Continuou chupando a pele dele e não deixou de mordê-lo até que ele pôs a mão dentro dela. Foi perdendo pouco a pouco as forças e o arranhou com as unhas recém feitas. Sem deixar que ele tirasse a mão dela pôs a perna em volta dele. Gemeu baixinho. Começou a lamber a orelha dele e a soprar de leve, causando uma espécie de frio que arrepiava a espinha. Tira a camisola. Ela tirou. Tinha peitos grandes e bonitos. Os mais bonitos que ele já tinha visto, ele afirmava. Ela, apesar de não ter certeza se acreditava, gostava de ouvi-lo repetir isso. Ele tirou as mãos da boceta dela e enfiou seu pau. Ela sentia o contraste entre o gelado da parede e o calor do corpo dele. As mãos que brincavam com os peitos dela e de vez em quando se descontrolavam e apertavam eles. As bocas sempre juntas. Um beijo longo, molhado, espalhado. Apesar de ela ser metódica no dia-a-dia gostava da desorganização no sexo. Misturas não eram um problema aqui. Era estranho, mas fazia sentido. Não eram só os corpos que se misturavam. E não eram só os cheiros também. Ela cheirava a homem. Lambia o sal da pele dele e depois sentia tesão quando ele fazia o mesmo.
De repente ela se deu conta que a câmera ainda estava ligada, no tripé, apontando para a cama. Me leva para a cama. Quero filmar você gozando em mim. O que poderia ter sido uma interrupção nem foi notado. Ele a jogou na cama e ela o puxou pela gravata. Entrou dentro dela de novo. Ele era forte e vigoroso. Ela era tudo menos fresca.
Continua....