Meu nome é Janaina. A maioria me chama de Nina, mas pode me chamar de VADIA. Acho que essas cinco letras definem bem o que eu sou. Ou estas quatro aqui: PUTA. Sou uma menina de sorte. Aos 13 anos de idade descobri minha verdadeira vocação, meu papel no mundo, os motivos pelo qual nasci com este corpinho lindo e este fogo no meio das pernas. A revelação aconteceu durante umas férias de verão, que fui passar chácara de meus tios, em no Mato Grosso. Foi lá que conheci profundamente o meu primo mais velho, o Marcelo. Com 16 anos na época, Marcelo tinha mudado bastante desde a última vez que nos vimos, dois anos antes. O então moleque tinha hoje uma barba nascente que lhe caia bem e o corpo, como crescera. A primeira coisa que reparei foi nos ombros. O trabalho na chácara sempre lhe dera músculos definidos e tal, mas a adolescência fizera milagres. Marcelo se tornou um homenzarrão e tanto. Eu era inocente ainda naquela época, mas já sabia apreciar a beleza. Mal sabia eu que Marcelo ia me ensinar a apreciar outras coisas e me ajudaria a assumir em relação ao mundo uma posição mais sensual e menos contemplativa. Isso aconteceu em meio a uma brincadeira inocente, quando ele me convidou para aliviar o calor num açude da chácara, que ficava relativamente distante da casa. Eram duas horas da tarde, meus tios tinham ido dormir logo depois do almoço, como de costume. A cesta, naquela casa, era algo obrigatório entre as duas e as cinco da tarde. Estava conversando bobagens e jogando pif-paf com Marcelo na rede da varanda para passar o tempo quando comentei: Nossa, como tá quente aqui, não sei como é que vocês agüentam. A gente acostuma, já nem sinto mais o calor, ele disse. Se você quiser a gente pode ir lá pro açude. Não vai fazer mal, a gente acabou de almoçar, questionei. Que nada, já são quase duas horas. Até a gente chegar lá! Não tem perigo não, ele me tranqüilizou. Então vamos!, concordei, empolgada. Fui pro meu quarto-de-verão e coloquei meu biquíni, o que já foi um alívio. Desci as escadas lépida que só vendo. Sem canga, sem nada, apenas com o minúsculo biquíni já datava do verão passado. Quando me viu, Marcelo desviou um pouco o olhar. Percebi, mas não percebi nada de errado. No caminho até o açude notei que ele foi meio calado. Perguntei se estava tudo bem e ele disse que estava. Parei de me preocupar com ele e comecei a entrar no clima, não via a hora de cair na água. Quando chegamos, coloquei meus pés e fiquei eufórica. A água estava uma delícia, refrescante sem estar gelada. Perfeita! Fui logo mergulhando. Marcelo veio um pouco depois de mim e continuou calado. Enquanto eu nadava de um lado pro outro, mergulhava, jogava água pra cima, molhava os cabelos, Marcelo ficou lá, encostado na pequena represa que segurava água da pequena nascente da chácara para formar o açude. Ai, Marcelo, você ta muito esquisito, falei, levemente irritada. Vamos brincar! Quero pular da mureta! Vamos pular!. Vai você, eu fico te olhando. Só toma cuidado com as pedras do fundo, essa parte é meio escorregadia, Marcelo advertiu. Chato!, falei. Ele riu, sem graça. Subi na mureta, me preparei e saltei. O mergulho foi maravilhoso, mas quando tentei ficar em pé, percebi que Marcelo tinha razão. Tinha limo nas pedras soltas do fundo e acabei me desequilibrando. Quase caí de costas e bati a cabeça na mureta. Foi nesse exato instante que Marcelo apareceu pra me segurar. Meu herói! Segurou-me pela cintura e puxou meu corpo com força, pra junto do dele. Foi nesse momento que eu descobri o motivo de tanta quietude. Meu herói tinha algo duro dentro do calção. E não era uma espada. O susto dessa descoberta foi meio que o da quase queda. Fiquei meio vermelha na hora, com vergonha, sem saber o que dizer. Marcelo falou primeiro. Desculpa, prima, mas não dá pra agüentar. Mil coisas passavam pela minha cabeça. Eu não conseguia falar nada, mas ao mesmo tempo não arredava o pé dali. Fiquei um tempo que pareceu a eternidade sentido aquela coisa dura contra a minha barriga, me pressionando. Como eu não fizesse nada, Marcelo foi deslizando a mão que estava na minha cintura até encontrar minha bunda. Com a mão praticamente entre minhas nádegas, ele me puxou mais forte ainda pra junto dele e começou a friccionar o pau contra a minha barriga. Senti seus dedos tocando minha bocetinha, afastando de leve o biquíni. Senti minha jovem bocetinha dar claros sinais de vida. Era a primeira vez que eu me excitava na vida. Antes daquilo, nunca havia me interessado pelo assunto. Conversas sacanas com as colegas, masturbação, nada disso me chamava atenção. Mas naquele momento, com Marcelo, com aquilo que eu sabia ser um pau duro tão perto de mim, com aqueles dedos acariciando minha xana, naquele instante eu gozei. Gozei assim, do nada, senti meu corpo todo explodir, amolecer, sumir. Não fosse o braço de Marcelo a me segurar, teria submergido feliz nas águas daquele açude. Demorei a me recuperar. Abracei forte o corpo de Marcelo e fiquei ali, sentindo aquelas coisas, com o pau dele duro, duro latejando junto ao meu corpo. Impressionante como o instinto deixa essas coisas gravadas na gente. Naquele instante, pra mim, houve uma transição abrupta e completa do universo cor-de-rosa da infância para uma realidade de cores muito mais intensas. Virei mulher ali, naquele açude, descobri que tinha entre as pernas algo capaz de me arrebatar de um jeito todo novo. Marcelo me fez descobrir que eu tinha um corpo e que este corpo me reservava muitas surpresas. E Marcelo me fez conhecer também o corpo dele. Ainda em silêncio um silêncio que agora era de cumplicidade ele me pegou minha mão e a conduziu até seu pau. Ah, o instinto! Segurei com força aquele pedaço de carne intumescida. Marcelo olhava pra mim agora. Eu não olhava pra ele. Olhava para baixo, para o que estava entre minhas mãos. Tirei aquele objeto novo para fora do calção e entreguei-me à tarefa de explorá-lo, extasiada. Senti o volume, a forma, a textura. Era bom sentir um pau em minhas mãos pequeninas. Teria ficado ali por horas, não fosse a didática silenciosa de Marcelo. Ele segurou minha mão e me fez envolver seu pau. Faz assim, ó, explicou lindamente, ensinando-me a milésima lição do dia: como punhetar um cacete. A descoberta agora não era mais o pau, mas o rosto de Marcelo. Seu pau já estava dominado pela minha mãozinha delicada. Ocupei-me então de admirar a infinidade de expressões que tomavam conta do rosto dele. Aquilo me excitava. Eu estava, naquele instante, descobrindo uma forma de poder. Era simples comandar as emoções de um homem. Era fácil dominar aqueles seres enormes, às vezes assustadores. Bastava ter nas mãos o pau e pronto: tornavam-se nossos títeres. Até o gozo. E o gozo de Marcelo veio abundante. Senti seu pau crescer e se contrair todo em minhas mãos, quente, vivo como um pássaro. E tomei conhecimento da porra, a porra que saltava daquele pau aos jorros e subia lentamente até a superfície para me cumprimentar: Olá, vadia, olá porra, tudo bem com você?
Não fomos além desse sarro no açude. Não precisávamos. Tínhamos construído um elo silencioso ali, um acordo tácito entre duas pessoas que ao menos por enquanto queriam apenas descobrir os próprios corpos. E teríamos um mês ainda de curso intensivo.
http://janainamenina.wordpress.com/