A porta se fechou. Vista do janelão do apartamento a cidade parece uma imagem distante. Estamos em outra dimensão agora.
Sem mais qualquer censura. Aqui todas as palavras, todos os atos são bem-vindos.
Aquele beijo após minha viagem até aquele quarto de um discreto apart-hotel havia terminado com nossos corpos nus. No furor do encontro se desnudaram um ao outro em segundos.
Agora, é uma outra viagem que começa...
Ela se deixa escorregar, beijando meu peito até se por de joelhos.
Acomoda-se sobre o carpete macio e me olha, serva que instiga seu Senhor, provocadora nua:
- O que quer que a tua puta faça?
Como se a resposta fosse necessária. Mas entendo: ela me chama para o jogo, pede que apimente o momento com a ousadia das palavras e atos.
- Está aqui teu material de trabalho, sua vagabunda... digo-lhe, quando exibo o membro em que ela inspira a rigidez.
Como se numa suave tortura, passo-o no seu rosto. Deixo um rastro úmido. Faço circunvoluções, na sua face, seu nariz, seus lábios, mas sem permitir que o abocanhe. Aguardo sua rendição, que logo ocorre, com seu pedido que ponha tudo na sua boca.
Permitido: ela toma meu pau com a fome de sempre. Passa a língua em todo seu comprimento, com a ponta dela em cunha rodeia a cabeça roxa que brilha, toca a entrada do canal. Então o engole e o suga com avidez.
Vejo-o sumir e voltar ritmadamente. A visão de seu olhar me fixando, provocadoramente, enquanto ele se aloja na sua boca me extasia ainda mais.
E como sei como a pimenta das palavras a excita nessas horas, cacheio seus cabelos em minhas mãos, e vou lhe dizendo:
- Chupa sua puta!
- Engole tudo safada...
Aquele suave ruído da sua sucção, somado aos murmúrios de prazer que ela emite, harmoniza o momento, como música.
Os minutos passam, intensamente, até que sinto o momento chegar e seguro seu rosto, fazendo-a parar:
- Quer beber do teu homem?
Indescritível. Impossível definir em palavras o seu olhar me respondendo. Solto e ela retorna à sua deliciosa chupada com mais vigor ainda.
Leva-me ao delírio. Retribuo e alimento-a toda de minha essência masculina.
Como sempre, foi delicioso. Gulosa, bebeu até a última gota. E isto foi apenas o começo...
Quando ela se levanta, levo minha mão até a confluência de suas coxas. Encontro muita, muita umidade.
Pouco tempo a perder:
Num misto de atitude carinhosa com uma ação rudemente brusca a jogo sobre cama. Lá se acomoda, apoiando-se sobre os cotovelos, exibe seus seios e, mais, dobrando os joelhos e separando as coxas se abre. E me olha, sempre provocando...
Esta sua atitude só tem um resultado: fazer seu homem literalmente voar. Para aterrisar de boca em seus seios. Sugo esta parte - uma delas... - de seu corpo que me encanta sempre com a voracidade faminta de um predador selvagem. Sugo, chupo, mordo de leve cada biquinho, enquanto ela geme e se contorce no leito.
Não para fugir. Para se entregar, mais e mais...
Aquele aroma almiscarado de fêmea no cio toma o ambiente. Inebriante.
Ergo minha cabeça e a encaro. Agora sou eu que provoco, sem censuras ou meias palavras, na linguagem livre das alcovas:
- Quer que te chupe a buceta, putinha?
Ela se contorce e diz o "sim" mais com seu corpo que com palavras.
Lanço-me à sua fonte de prazer, que me recebe como uma fornalha úmida. Percorro com a língua em cunha cada lábio, toco e prendo nos lábios seu clitóris. Minha língua ávida vai e vem, penetra, meus lábios a chupam toda.
Esses caminhos continuam por ela num crescendo. Não paro, nunca me sacio. Até lhe arrancar seu gozo, um grito que preenche o ambiente...
Então me deito a seu lado.
Um momento de descanso, ela chega a pensar. Mas logo percebe que se engana.
Ali, naquela posição de barriga para cima, todo meu estado de excitação se mostra. O membro que ela antes tão bem chupou está rijo, erguido no ar.
Sabe o que fazer. Sabe que o corpo de seu homem faz outro chamado.
Levanta-se e prepara-se para sentar-se sobre minha pélvis. Ah! ...Sua buceta escorre, a penetração inicial é rápida e fácil. Logo estou todo dentro de dela!
Rebola como uma bailarina do sexo. Leva minhas mãos a seus seios. E a cada meneio de seus quadris, eu entro mais fundo.
Seus gemidos já se transformaram em gritos de prazer.
Chamo-a safada, vagabunda, puta...
Chamo-a amiga, amante, minha querida....
Faço-a toda minha!
Sem parar, até nosso êxtase pleno...
Agora sim um momento de descanso. Celebrado com aquele bom e velho beijo da cumplicidade total: seu sabor na minha boca saudando o meu na sua.
Carinhos, longas conversas sussurradas ao ouvido.
Então repentinamente levanta-se e caminha nua pelo quarto. Algo na forma com que se movimenta me sugere que seu andar insinua nova provocação. Quando passa em frente, a luz de um spot na parede incide o foco nas suas coxas, revelando o brilho molhado que lhe desce pelas pernas.
Vai até a mesa e começa remexer na bolsa.
Ah!... Aquele mistério dos miríades de objetos que surgem de dentro da bolsa de uma mulher...
Vai apanhar cigarros, eu penso? Pegar certamente o celular para conferir as mensagens, sinalizando que seu tempo livre acabou e tem que partir agora?
Parece que tudo estava lá, apanha a bolsa e vai ao banheiro. Fico aguardando seu retorno, talvez para um derradeiro beijo e nos vestirmos, tomando o rumo de volta a nossos cotidianos.
Retorna nua. Com aquele olhar, aquele sorriso que sempre me enternece e provoca.
Sussurra ao meu ouvido:
- Já passei o gel...
Empilha dois grandes travesseiros sobre a cama. Deita-se de bruços sobre eles, separando bem as coxas. Vira o rosto para mim, encara-me e diz naquela voz rouca temperada de desejo:
- VEM!...
LOBO
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