O palestrante versava sobre um texto da Unicef. Fazia parte do treinamento que estava ocorrendo já havia duas semanas. Mas meus olhos estavam concentrados nela. E os dela em mim. Estava escuro, pois as cortinas já haviam sido fechadas para a projeção dos gráficos e o caralho-a-quatro. Aproximei a minha poltrona até a dela. Não houver reação. Por ser inverno, cochichei se a mesma sentia frio. Estava usando uma blusa de cacharrel. Ela sussurrou que sim. Ofereci minha jaqueta para cobrir nossos braços. Ela se aproximou e puxou um pouco para si. Mal dava para cobrir corpo e meio, mas meio de cada um foi aquecido. Inevitável: dedos se cruzaram. Logo, vieram as carícias. Tínhamos tempo. O flerte vinha de outros momentos. Toquei a sua calça jeans, na altura do joelho. Abriram-se, quiseram afastar-se um do outro. Subi, aos poucos com as carícias. Pelas laterais da direita, pela parte interna, pela parte de trás. Afinal, os pés dela já não estavam no chão, repousavam sorrateiramente no balanço da poltrona da frente. Isso facilitava a exploração. Apertava um pouco, buscando encontrar a pele que descansava sob o jeans, mas que já ansiava o contato dos meus dedos preguiçosos (tínhamos quinze minutos transcorridos de palestra para um total de noventa minutos) que perscrutavam a trama do jeans. Alguns dedos esquentaram-se, quando ela apertou com força suas coxas ao redor da minha mão. Excitação. Senti seus dedos tocando minha coxa esquerda. Só que esses estavam ávidos, e logo buscaram o centro do meu equilíbrio corporal. Senti o aperto, a umidade na minha roupa. Os olhos de ambos voltados para o telão. Senti sua mão esquerda soltar o botão e abrir o que foi possível do seu zíper. Arrumou-se na cadeira, permitindo que meus dedos invadissem o seu interior, que logo aqueceu e umedeceu e muito, os dedos meus. Tentei repetir o que ela havia feito. A calça larga de hiphopper facilitou o meu intento. Senti seu clitóris na ponta dos meus dedos. Seus dedos já estavam molhados, úmidos do meu líquido. A jaqueta, sempre sendo ajeitada. O caso durou três meses.
Mão Negras
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