Aquela noite parecia mesmo diferente, afinal seria a última festa que todos nós estaríamos presentes, nossa despedida da faculdade e depois dela iniciaríamos nossas vidas distante um dos outros, seríamos profissionais formados e alguns de nós iriam pra outro país, outros mudariam para cidades distantes, sem falar daqueles que se apaixonaram e decidiram se casar.
Enfim seria a grande despedida afinal de contas passamos dias, meses e alguns anos juntos. Muitas aulas, grupos de estudo, provas e inúmeras confidências, alem é claro de muitas festas, precisávamos mesmo finalizar todo esse grande acontecimento com uma grande despedida.
Escolhemos como tema: Fantasias! Cada um escolheria a que mais lhe atraísse, tínhamos muitas opções: personagens infantis, desenhos animados, filmes de terror, personagens da história do brasil e do mundo esse último com certeza usado pela turma formada em história, fantasias de médicos, enfermeiras, juízes, enfim inúmeras opções.Poderíamos também e faríamos o uso de máscaras. Afinal de contas as máscaras encobririam os nossos rostos o que deixariam a todos muito mais à vontades.
Eu já tinha escolhido minha fantasia, estava um pouco triste e sentia no peito uma dorzinha de despedida, afinal de contas sair da faculdade e encarar a vida me deixava muito confusa, pensei rápido e escolhi a primeira peça que vi na minha frente, uma roupa de fada com asas de borboletas, amo borboletas! Apesar de ser uma peça que lembre infantilidade, era bem decotada e curta fazendo jus às curvas do meu corpo, a cor era um tom de lilás forte que sempre me caiu bem, a máscara era simples e leve cobriria do nariz até minha testa, deixava livre minha boca que é pequena porém desenhada e vermelha, modéstia parte sempre fui alvo de muitos elogios.
A noite estava quente mas eu constantemente sentia um arrepio que percorria todo o meu corpo, da ponta do pé até o último fio das minhas longas madeixas. Parecia que eu estava prevendo algo. Será? Mais o que de fato poderia acontecer? Era mais uma festa, ia me divertir muito, dançar, gargalhar... Deduzi que eu devia mesmo estar muito sentimentalista, só podia ser isso!
Cheguei à festa com duas amigas, pra variar chegamos um pouco atrasadas, a decoração estava caprichada e enfeitiçava a todos, era um convite escancarado para a diversão, à festa já estava cheia e muitos já se acabavam de dançar na pista, decidimos nos juntar a eles, nos três sempre fazíamos isso quando estávamos sem namorados íamos as três pra pista dançar, quem nos conhecia sabia que aquele trio só poderia ser a gente.
Essa tática sempre dava certo e logo os rapazes se aproximavam, percebi que o meu par se tratava de um amigo meu do tempo do primário, nos reconhecemos e continuamos a dançar até estarmos muitos cansados pra continuar. Depois de muita dança nos separamos e fomos um pra cada lado, no caminho reparei melhor nas pessoas a maioria estava muito bonita e todos muitos soltos, talvez por conta das máscaras ou talvez por ser a última festa, mas de fato todos muito felizes, era incontável o número de casais se beijando, pareciam que estavam todos muitos decididos a namorar.
Eu me dirigi ao balcão do barzinho queria beber algo precisava me refrescar, a dança e a noite abafada deixavam o ambiente muito quente, borbulhando feito um caldeirão. Pedi ao garçom uma lata de energético e quando a esperava senti alguém se aproximar atrás de mim, novamente senti aquele arrepio que a pouco me perturbava, me virei e tentei ver quem era mais não consegui, a pessoa tinha sido mais rápida e sumiu sem que ao menos eu pudesse ver quem era, nem um traço seu muito mesmo sua roupa, nem se era homem ou mulher, o que restou foi um perfume no ar que identificava sendo fragrância masculina, mas poderia ser de qualquer um que estivesse ali.
Tive um pressentimento e instintivamente tomei um caminho, comecei a caminhar em direção daquele perfume e a cada passo o cheiro parecia mais perto, me lembro que várias pessoas vieram me cumprimentar, não conseguia respondê-los pois tinha pressa, precisava andar mais rápido antes que o perfume evaporasse de vez no ar.
Quando me dei conta estava num corredor longo e estreito, ainda estava perto do salão de festa porque o piso tremia com a batida da música, deduzi então que não tinha me afastado muito, imaginei que aquele corredor poderia ser uma saída de emergência.Senti o perfume mais forte, antes que eu me virasse pra percorrer o mesmo caminho e voltar pra festa, uma mão tocou em meu ombro, tive receio, medo e quando tentei me virar a pessoa não permitiu, percebi que era um homem só poderia ser, toque masculino, qual a mulher que não reconhece um?
Parecia ser alto e forte, me recostei nele sentindo que tinha ombros largos, o arrepio me dominou quando ele num movimento leve tombou de lado minha cabeça e cheirou meu pescoço e com uma voz bem baixinha disse ao meu ouvido:
- Seja minha, nem que seja só por hoje...
Tentei me virar mas ele não permitiu, quis decifrar de quem seria aquela voz, percorri em minha memória todos os homens que eu tinha conhecido e cruzado nesses anos pelo corredor da faculdade, eram muitos não ia conseguir saber quem era.
Fui interrompida no meu processo de busca pela minha memória, quando ele me segurou firme em seus braços e beijou meu pescoço percorrendo o caminho até chegar a minha boca, recebi um beijo delicioso, quente, molhado e muito intenso. O seu perfume parecia dançar sobre nossos corpos, nos enlaçava, penetrava em minhas narinas parecendo me levar pro céu, tive a certeza que estava inebriada com aquela fragrância. Ao final do beijo, ele repetiu a frase:
- Seja minha, nem que seja só por hoje...
Não tive dúvidas e me entreguei, disse um singelo: Sim! Singelo de mais pra quem estava inebriada por tudo aquilo.Num movimento rápido ele me virou de frente pra ele, como eu também usava máscara, antes que eu tentasse reconhecer fui tomada por mais um beijo, me segurava forte parecendo até que me levantava do chão, estava totalmente entregue, já desejava aquele desconhecido e queria senti-lo, já tinha necessidade dos seus toques.
Sem parar de nos beijar ele me levou pra uma sala ao fundo do corredor, começamos a nos despir fazendo um rastro de roupas pelo caminho, peça por peça até que ficássemos completamente nus, ele não permitiu que eu tirasse a sua máscara interrompeu meu ato mais uma vez com um beijo, tomei certa distância e me pus a observar o corpo daquele homem, como era bonito, forte e viril.
Obedeci aos meus instintos e comecei a beijá-lo primeiro o pescoço, os mamilos, seu umbigo e finalmente o seu membro, de joelhos fiquei por certo tempo observando aquele mastro, ereto, grande e firme, olhei nos olhos e o encarei com desejo, não foi difícil fazer isso por que eu de fato o desejava muito, aproximei meu rosto e comecei a banhá-lo com minha língua, como o gosto daquele membro era bom, chupei com muita vontade e a cada gemido dele o sugava mais.
Ele me puxou pra cima e mais uma vez me levantou do chão, mais um beijo quente, febril e molhado, como se quisesse agradecer pela sensação sentida a pouco, fui levada até um sofá ainda enlaça por seus braços ele me pôs deitada. Senti-me inebriada por todas essas sensações, fui toda percorrida por sua boca e língua, meu corpo se arrepiava a cada toque das suas mãos grandes e quentes a cada afago nos seios e cintura, pensava que estava no céu, só podia estar lá, aquelas sensações eram no mínimo sublimes e me faziam gemer muito, sua língua ia mais fundo e eu me arrepiava mais.
Sentimos que não nos contínhamos e precisávamos nos unir, nossos corpos estavam com febre e desejávamos nos sentir, quando finalmente nos unimos os gemidos soaram alto e forte, nossos corpos estavam encaixados procurando o prazer, dançando o mesmo ritmo, a mesma música, procurando o mesmo tom.
Éramos os maestros, conduzimos a música com nossos gemidos, aumentávamos um tom de cada vez até alcançarmos a nota máxima e mais forte. E finalmente numa explosão de prazer, gozamos... Gozamos muito, intensamente, ardentemente... E inexplicavelmente!!!!
Ainda unidos, não enxergávamos e nem ouvíamos nada, éramos surdos e mudos para o mundo exterior, só sentíamos nossos cheiros, o aroma e o perfume que exalam os corpos quando chegam num orgasmo intenso, nossas bocas não se desgrudaram pareciam uma só, nossas línguas já conheciam o caminho e a velocidade certa, adormecemos assim.
Ainda sonhando senti novamente o mesmo perfume que tinha me inebriado, acordei e me vi enlaçada nos braços de um mascarado, tirar a máscara e descobrir quem era seria só uma questão de tempo, o que eu já sabia e tinha certeza, é que as máscaras nos deixam anônimos, mas não escondem os nossos mais íntimos desejos pois mesmo usando-as, ainda somos os mesmos e embora muitas vezes escondamos nossos sentimentos sabemos que dentro de nós está: o desejo, a fantasia, a sensualidade e a ânsia de sexo!!!!!!
Espero que gostem... comentem!
Bjusss!!
Ly@