Ás onze da noite, a minha amiga Xana estava desesperada. O dia tinha acabado, e Pedro não tinha cumprido a promessa que lhe tinha feito, de lhe telefonar. O que seria de esperar? Mentiras e promessas feitas por homens, para aliviarema dor na consciência. Mesmo assim, ela tinha ficado com a idiota sensação que ele queria mesmo estar com ela de novo.
Como pôde ter sido tão ingénua... mas tinha sido tudo tão mágico, a forma como se olharam desde o primeiro momento, e como o seu coração tinha estremecido ao sentir aquele olhar azul trespassá-la.
Era a festa de um amigo de ambos, e com o passar da noite foram-se naturalmente aproximando, meteram conversa, riram, e a química entre eles era cada vez mais óbvia. Quando o joelho dele tocou a sua perna, ela deixou-se ficar, em vez de se afastar.
A sintonia entre eles era perfeita, as horas foram passando sem darem por nada, e quando deram conta, já todos os convidados tinham saído e eles estavam só com os donos da casa. Atrapalhados, despediram-se e saíram juntos.Quando chegaram à rua, reinou o silêncio entre eles. Ela queria-o mais tempo, e ficou nas núvens quando ele a convidou para ir beber alguma coisa.
Foram para um bar na praia e o clima era de puro romantismo e excitação. Ao voltarem para o carro, Pedro agarrou-lhe suavemente na mão, puxou-a para si, e beijou-a lenta e sedutoramente.
Foram para casa dela. Entraram no quarto, e Pedro despiu-a muito lentamente, com mãos suaves e sedutoras, até ela estar completamente nua. Deitou-a na cama e começou a percorrer-lhe o corpo com a boca, em carícias que despertavam ainda mais o desejo dela. Ele acariciou-lhe então, o clitoris com os dedos, procurou-lhe a vagina com os lábios, fazendo-a atingir o primeiro orgasmo. Então, ela puxou o corpo dele para junto do seu, e ele entrou nela, o pénis erecto e sedento do seu corpo, levando-a aos limites do prazer.
Dormiram juntos, abraçados, e ao despedir-se ele disse que ligaria nesse dia.
Onze da noite, e nem uma palavra. Como é que ela se deixou envolver desta maneira...?
Tocam à campaínha. Quem poderia ser àquela hora? Pelo intercomunicador, reconheceu a voz dele. Abriu a porta e ouviu os seus passos rápidos na escada... afinal, não tinha motivos para receios.