O Alceu era um verdadeiro jumento. Era um fenômeno da natureza. Seu pau era enorme. Sei lá quanto media,
Ele tinha orgulho daquele caralhão comprido e grosso. Mas nem tudo era alegria. Na verdade, Alceu sofria por ser pauzudo. Não havia mulher que quisesse transar com o Alceu, pois era um verdadeiro sofrimento trepar com ele e sentir aquela máquina invadindo suas entranhas.
Coitado, não tinha nem namorada. Sua fama já havia se espalhado por todo o bairro onde morava.
Na zona, até as prostitutas fugiam do Alceu.
- Vamo dá uma trepadinha, bem?
- Vai ti fudê, contigo nem pensar, dizia uma.
- Vai enterrar esta piroca na buceta da tua mãe, dizia outra.
- Dobra e enfia no cu, dizia uma terceira.
E o Alceu, cabisbaixo, vivia mais na punheta para quebrar o seu galho.
O Alceu não agüentava mais.
- Vocês não sabem o problema que é ter um pau grande, dizia na roda de amigos.
- Você não tem pau grande, você é anormal, alguém observou.
- Ah! Eu queria ter um pau do tamanho do seu, disse outro.
- E eu queria ter um pequeno como o seu, disse Alceu.
Diz o ditado que toda panela tem uma tampa que serve para ela. E é verdade. Inclusive no caso do Alceu.
Ele devia ter uns 22 anos quando chegou à boate da cidade uma prostituta nova. Era uma mulher uns 10 anos mais velha que o Alceu.
Numa determinada noite chega o Alceu na casa.
- Corre que chegou o Alceu, gritou uma delas. E a mulherada correu para os quartos se esconder.
Todas correram, menos uma: a novata, a puta nova que supostamente não sabia da fama de pé de mesa do Alceu.
Conversaram numa mesa. Trocaram carinhos. Combinaram o programa. E lá se foram para um quarto transar.
A putarada foi toda para o corredor que dava acesso aos quartos para ouvirem os gemidos e gritos de dor da Maristela, esse era o nome da puta neófita.
No entanto, ao invés de gritos, reclamações ou gemidos de dor, ouviram suspiros, exclamações de prazer e até juras de amor.
Era o encontro do grande com o enorme. Verdadeira pororoca de prazer.
Aquela mulher também era um fenômeno como o Alceu.
Ela saiu da zona, Foi morar com o Alceu. Vivem felizes até hoje.
Volta e meia encontro com eles passeando de mãos dadas e sorridentes.
Aquele ditado popular da tampa e da panela encerra uma grande verdade. O Alceu é a tampa que combinou com aquela panela. Para todo o sempre.
Amém.