Paixão antiga

Um conto erótico de Ricardo de BH
Categoria: Homossexual
Contém 1591 palavras
Data: 21/12/2008 02:30:50
Última revisão: 19/04/2010 08:56:34
Assuntos: Amizade, Gay, Homossexual

Fui sócio de uma loja de material de camping. Eu e um amigo do tempo do colégio resolvemos montar o negócio porque gostávamos muito de acampar e tínhamos adquirido um bom conhecimento nessa área. Organizávamos escursões de camping ecológico e tínhamos uma boa clientela. Sérginho, meu sócio, era casado com Lúcia que também era amiga desde os tempos de criança. Tudo ia muito bem nos negócios e por conta disso, os laços de amizade com Sérgionho foram se estreitando ainda mais. Confiávamos muito um no outro, havia uma total inetegração entre a gente.

Bom, numa das escursões que organizamos à Chapada da Diamantina formamos um grupo de 16 pessoas reunidos em oito barracas. Uma dupla em cada barraca. Eu e Sérginho ficamos em uma delas. Num dia terrível em que choveu torrenciamente o dia todo, praticamente ficamos dentro das barracas. Durante o dia bebemos bastante e à noite, que estava bem gelada, fomos dormir cedo. Na nossa barraca continuamos a conversa. Sérginho sabia a minha orientação sexual, ou pelo menos intuia isso, já que aos 28 anos eu nunca aparecera com namoradas ou falava delas. Nunca me afirmei como gay mas nunca fingí ser heterosexual. A conversa acabou indo para esse lado. Até estranhei porque apesar de amigos íntimos, nunca cruzamos essa fronteira para falar sobre minha sexualidade.

Abri o jogo com ele, falei que era homosexual, disse que tinha tido experiências com outros caras mas que nunca havia namorado ninguém. Disse que isso me incomodava muito porque o sexo clandestino, de encontros casuais em boites gay não era o que eu queria. Ele me perguntou porque eu nunca tinha encontrado um namorado fixo e eu disse que era porque sempre havia gostado de um cara mas que esse cara não era gay, tinha mulher e tudo mais e que, por isso nunca havia tocado no assunto com "esse cara". Serginho continuou fazendo perguntas e eu respondia sempre de forma evasiva, mas ele sacou que o cara de quem eu gostava era ele mesmo. Não só percebeu isso como perguntou diretamente se ele era o meu caso "não resolvido". Não tive como mentir e confirmei. Tentei até dizer para ele que aquela conversa não tinha sentido, e que era para ele esquecer tudo, mas ele fez o que eu não imaginava que poderia fazer. Chegou-se para mim e me beijou na boca. Eu meio que congelei na hora, mas deixei rolar, afinal eu estava apaixonado por ele e aquele beijo era o que eu sempre quis. E era o que o Serginho queria também, pelo que notei. Ele disse que embora sentisse tesão por mulheres e acreditava que era heterosexual, na cabeça dele as coisas não eram tão simples pois ele sentia um carinho bem grande por mim e que, de uns tempos para cá, desde quando começamos a fazer as excursões, ele vinha fantasiando fazer sexo comigo. Nunca me passou pela cabeça que ele pudesse ter esse tipo de fantasias.

Naquela noite ficamos apenas nos beijos, num demorado e gostoso namoro. Estávamos excitados, o que era visível, mas não queríamos avançar mais além de onde estávamos.

De volta ao Rio, uma ou duas semanas depois, voltamos a tocar no assunto e ele me propôs ir a um motel. Ele queria ir até o fim e eu, como mais experiente, poderia mostrar o caminho. Saímos no meio da tarde e fomos para um motel na Barra da Tijuca. Para ele era uma experiência toda nova tirar a roupa na frente de outro homem. Para mim era muito diferente tirar a roupa na frente do homem que sempre amei. Nós nos beijamos carinhosamente e eu, tomando a dianteira, fui beijando seu corpo desde o pescoço, passando pelo seu torax forte, descendo pelo abdomem e chegando nos seus pelos onde afundei meu nariz. Seu penis já estava rígido e eu o chupei como havia sonhado chupar, durante tantos anos. Lambí suas bolas gentilmente e sentia sua excitação crescer a cada novo gesto meu. Chupei se pau até ele gozar em minha boca. Ele tentou tirar o pau de dentro de mim mas eu continuei chupando e engolindo seu semem tentando não deixar escorrer nada para fora da boca. Aproveitei cada gota do seu esperma quente e gostoso. Quando acabou de gozar, ele se ajoelhou na minha frente e me beijou na boca. Delicadamente, enfiou sua língua em minha boca como se estivesse a procura do seu esperma. Nos abraçamos bem apertado e ficamos assim, durante algum tempo até que ele perguntou o que faríamos a seguir. Levei ele para o banheiro e entramos no chuveiro. Comecei a ensaboá-lo mas ele tomou o sabonete das minhas mãos e começou a me ensaboar. Era gostoso sentir o contato das suas mães sobre meu corpo. E ele não deixou nada de lado. Vendo meu pau duro, eu ainda não tinha gozado, ele pegou em mim e começou a me masturbar. Eu estava pronto para explodir mas procurava me conter ao máximo. Serginho se ajoelhou no box e, debaixo da água quente que caia sobre nossos corpos ele começou a me chupar. Dizia que não sabia se estava fazendo da maneira certa e eu disse que estava ótimo, que continuasse assim. Enquanto ele me chupava passei as mãos pelos seus cabelos e depois, segurando sua cabeça, passei a movimentar meus quadris de forma que eu enfiava e tirava o pau de dentro da boca do Serginho. Fodí sua boca enquanto ele segurava meu pau pela haste rígida me masturbando no mesmo ritmo. Logo, não conseguí mais segurar e sentí que ia gozar. Avisei a ele que estava pronto e ele, da mesma forma que eu fizera antes, engoliu toda a minha explosão. Lambeu minha cabeça com o esperma misturado com a água do chuveiro e engoliu tudo.

Do banheiro passamos para a cama. Peguei um preservativo e me preparei para colocá-lo no Serginho mas, pintou um certo constrangimento nele e ele deu uma brochada. Ele disse que não estava certo se queria me penetrar. Disse que era compreensível, mas que ele me daria muito prazer se, pelo menos, tentasse. Ele se deitou de costas na cama e eu, de cócorar ao seu lado comecei a chupar seu pau. Em pouco tempo já estava rígido e, com uma simples troca de olhar em concordância, coloquei a camisinha nele. Passei para cima do seu corpo deitado e, com uma perna de cada lado, fui descendo meu corpo até sentir seu pau roçando meu anus. Segurei seu pau para dar firmeza e fui baixando e sentido seu pau me penetrar aos poucos. Cavalguei seu pau vagarozamente, deixei que ele se sentisse à vontade com a situação e, aos poucos, fui acelerando os movimentos. Sentia seu penis entrar e sair de dentro de mim. E foram tantas vezes, e de forma tão gostosa, que eu achava que ia gozar. Acho que Serginho adivinhou e pegou no meu pau que estava flácido e começou a me masturbar. Foi só por alguns segundos pois eu gozei imediatamente, antes mesmo de ficar com o pau competamente duro. Continuei cavalgando Sérgio até ele gozar. Depois deitei ao seu lado e ficamos olhando nossos corpos pelo reflexo no espelho do teto. Ficamos no quarto daquele motel até quando já era noite.

Não fizemos nenhum tipo de acerto quanto a um relacionamento mas, mesmo sem planejar nada, ainda voltamos aquele motel várias vezes durante alguns meses. Nunca chegamos a nos considerar namorados, Sérgio era casado, mas eu, que havia passado toda a minha vida me sentindo solitário, sem um relacionamento que pudesse ser considerado sério, estava feliz. E assim foi por um bom tempo.

O problema aconteceu quando Lúcia descobriu tudo sobre a gente. Sérgio chegou na loja com cara de velório, parecendo transtornado. Me chamou no escritório e me contou o que havia acontecido. Disse que Lúcia já estava desconfiada de alguma coisa e que havia nos seguido numa das tardes em que fomos para o motel. Ela achava que íamos nos encontrar com outras mulheres mas havia flagrado um beijo que nos demos quando ele me deixou em um ponto de taxi. Eles conversaram durante a noite toda. Pressionado, ele acabou confessando o que nós estávamos fazendo.

Ansioso e preocupado, perguntei o que iria acontecer agora. Ele me respondeu o que eu já esperava. Disse que amava a Lúcia e que não podia perdê-la e ia fazer de tudo para continuar com ela. Lúcia aceitou o fato como um acidente na vida deles. Ela amava Serginho e acreditava na promessa dele que tudo seria terminado. Preferiu aceitar que a nossa relação havia sido uma experiência sexual, uma coisa que ele tinha que experimentar e resolver na sua cabeça. E ele já tinha resolvido.

Tivemos até que dissolver a sociedade na loja. Ele comprou minha parte na loja e passamos a nos evitar sempre que possível. Quando, por um acaso, cruzávamos em algum lugar qualquer, apenas nos cumprimentávamos com aceno da cabeça e Lúcia desviava o olhar.

Nunca cheguei a saber exatamente o que Sérgio sentia por mim. Se era apenas uma amizade transformada em experimento sexual. Mas não posso deixar de pensar que ele devia sentir alguma coisa já que me tratava com muito carinho e nosso sexo não era uma simples experiência. Era feito sempre com paixão. Uma paixão contida, tímida, mas sempre muito carinhosa.

Tive que seguir em frente e até arranjei namorado. Ainda sinto pelo Sérgio o que sempre sentí. Nada mudou. Quanto a ele, não sei. Só espero que esteja felizEste é um conto de ficção.

rick_bh_2006@yahoo.com.br

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Comentários

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tive um caso muito semelhante a este...amei demais...eu nunca soube se ele me amou de verdade.. preferiu ficar com a esposa.tb.....apesar de ter durado 10 anos e tinhamos ate apartamento montado que so' nos dois sabiamos..um ano depois me procurou de novo..queria reatar, comecar de novo...eu nao quis...ainda tentou varias vezes...entao? sera'que amamava? falava que sim...mas eu acreditava? nao....pq nao ficou comigo na 1a.e desisitia dela...nao'e?...gostei nota 10 Rich...sou eu a zelona...bjs

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Foi pena o vosso idílio não ter continudo. Gostei, pareceu-me ser escrito com sinceridade. Nota 9

jes_martins@iol.pt

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