Estávamos ha quase um ano juntos, tinha tido minha primeira relação com ele. Tudo tinha sido com ele, cada experiência, cada toque diferente pelo corpo... Nos adorávamos, e tudo ia bem entre nós quando meus pais resolveram fazer guerra contra o nosso relacionamento; simplesmente nos proibiram de continuar o namoro e deram desculpas esfarrapadas para isso, dizendo que ele não era bom o suficiente para mim e coisas do tipo. Briguei, chorei, esperniei, expliquei diversas situações o quanto consegui, mas não havia como desfazer a vontade deles.
Eu e o Jonas, o meu namorado, então resolvemos conversar. Disse a ele, sem fazer nenhuma pressão, que entenderia caso ele não quisesse mais ficar comigo, porque a situação aqui em casa iria ser péssima pra ele e eu também não queria brigar com meus pais, que me sustentavam e a quem eu devia muito respeito. Mas ambos sabiam que nenhuma opção era boa, pois ou ficávamos juntos e aturaríamos brigas constantes ou não ficávamos nunca mais...
Jonas queria me encontrar para falar o que tinha decidido, queria ficar cara a cara comigo, mas nem vê-lo mais eu podia, então disse que me ligasse e conversávamos por telefone, que eu não me importava.
Mas eu já sabia o que ele ia dizer muito antes dele me ligar, e tinha prometido a mim mesma que não julgaria-o mal pelo o que ele viesse a escolher e que não faria nenhum tipo de pedido, não iria forçá-lo a nada, queria que ele pensasse sozinho e decidisse. Até então, eu jamais tinha derramado uma lágrima na sua frente, mesmo quando falava de coisas muito tristes, ele nunca me vira chorar, apesar de ser só o que eu fazia quando não estava em sua frente...
Então ele ligou, conversamos bastante, eu chorava com medo do que viria pela frente, mas chorava baixo o suficiente pra não deixar ele perceber, abafava os soluços e, quando ele não conseguiu dizer que decisão tinha tomado, falei por ele e ele, baixinho, só confirmou. Ele pedia desculpas, mas eu dizia que eu entendia, que não tinha problemas... e as lágrimas corriam sem parar enquanto eu falava um monte de mentiras.
Brigar nada adiantaria, nunca tínhamos brigado então pra que fazer isso na última vez que nos falávamos?!
No final da ligação, ele se despediu dizendo "beijo" e eu apenas "tchau", ele insistiu com o "beijo" e eu, entre lágrimas já muito explícitas, repeti o "tchau" e desliguei o telefone.
As horas seguintes não passavam nunca. As 24 horas do dia, para terminar, era uma tortura. Tinha vontade de beijá-lo, de abraçá-lo. Pensava nele e sofria, querendo-o de novo pra mim, queria ir até sua casa vê-lo pelo menos... já seria tão bom só olhar para ele. Tinha certeza que se fosse até lá conseguiria ficar apenas como bons amigos, que também éramos. Ver TV, conversar sobre qualquer coisa, dar umas risadas... (como pude pensar isso se nunca tínhamos conseguido sequer ver até a metade de algum filme, se é que dá pra entender).
Passou-se um dia, dois, três... achava que ia morrer de aflição.
No quarto dia, lembrei de um presente que tinha comprado em uma viagem e ainda não tinha lhe entregado. Inventei uma desculpa pra sair de casa mais cedo, um pouco antes da aula da auto-escola e fui até lá jurando a mim mesma que iria vê-lo, entregar o presente, nem desceria da bicicleta e já voltaria. Pedalei rápido como nunca para chegar até lá.
Ele veio me receber e pediu se eu não queria entrar e eu:
- sim, só vou beber um pouco de água.
(pensei: só bebo água e vou embora)
Ele sentou num sofá e eu no outro, eu sentia um clima pesado, como se o teto fosse cair sobre nós. Ele conversava qualquer coisa sobre o que passava na tv e eu só concordava, nem me mexia, nem conseguia olhar para ele, de tão tensa que eu estava.
Aí ele olhou pra mim e disse: E então... o que vc acha de a gente se beijar?
e eu disse "eu acho uma boa idéia".
Sentei do seu lado, soltei a bolsa no chão e, com medo que meus pais soubessem do que estava fazendo, deixei ele chegar bem perto e me beijar, com a força inexplicável de quem quer muito alguma coisa, e aí, parei de pensar. Os beijos, que já não começaram sutis, se envolveram em abraços cada vez mais fortes, um querendo entrar no corpo do outro. Eu apertava suas costas enquanto ele beijava meu pescoço, queria marcar minhas unhas nele, queria possuí-lo e ele quase não me deixava respirar, passando suas mãos grandes pela minha nuca, costas, barriga...
Segurou-me pela cintura, sentou-se e me colocou de frente pra ele, com as pernas abertas sobre as suas. Não falávamos nada, só ouvia-se uma respiração sufocada, quase sem fôlego, precisando de ar.
Nunca me senti daquele jeito, quando ele me abraçou forte, eu ainda sentada sobre ele e automaticamente começamos a nos esfregar loucamente, eu cavalgava sobre seu membro, ele me ajudava com as mãos na minha bunda, apertando forte, me deixando sem consciência... parecia que ia sair do meu corpo, que ia ficar louca.
Minhas pernas ficando bambas, tremendo de tesão. Não aguentava mais aquele ritimo frenético do meu quadril sobre o dele, de sentir que seu garoto tava rasgando sua bermuda e não parava de roçar em mim, me deixando cada vez mais mole, mais fraca... gozei de torcer os olhos, de roupa mesmo, eu e ele. Quase perdi os sentidos.
Num súbito momento de lucidez, fiquei de pé sobre ele e, ainda muito ofegante, tentei respirar, tentei recobrar o fôlego... rimos da situação alucinante e ele foi pegar água pra mim.
Bebi um copo enorme num gole só e ficamos ali na cozinha nos olhando, maliciosos.
Bastou só isso pra ele me agarrar de novo ali mesmo, me jogar sobre a mesa e começar-mos tudo de novo. Quando a mesa tremeu, sem nos desgrudarmos, nos escoramos na primeira parede que apareceu e seguimos naquele beijo forte. Eu pegava sua bunda e o puxava na minha direção, querendo-o mais perto, mais dentro de mim. Passava as unhas pelas costas e pelo pescoço, sentindo-o arrepiar em minhas mãos, enquanto ele colocava suas mãos por dentro da minha calça jeans, pegando minha bunda inteira, parecia que ia rasgá-la, eu me contorcia como uma cobra, torci minhas costas pra trás e deixei ele me beijar o colo, com uma mão nos meus peitos e outra apertando minha bunda, bem lá embaixo, bem onde é muito bom. Não tinha controle sobre mim, se ele me soltasse, eu caía... ainda assim, enrosquei uma perna em seu quadril e deixei ele fazer o que quisesse... apertou minhas coxas, muito forte, e subiu a mão sem dó, me acariciava, colocava um dedo, dois... soltei as duas pernas no chão... eu ia cair! eu tava sem fôlego... nossas bocas entreabertas ficavam bem perto uma da outra... ninguém aguentava mais aquilo...
E a auto-escola já ia começar, e perder a aula estava fora de questão..
Eu, que mesmo sendo malhadora de carteirinha, não tava aguentando o sufoco, não tinha mais circulação nos braços, nas pernas... só lá...
Fomos colados até lá fora, nos despedimos com um beijo discreto e eu fui pra aula...
Hoje em dia acho que eu sei porque não sou muito boa motorista... Não conseguia prestar atençao nas aulas com tantas memórias na cabeça...
Espero que tenham gostado. É uma história real.